Para Sempre Chiquititas escrita por SrtaTames
Notas iniciais do capítulo
Oi peoplezinha, tudo okay? I lovei esse cap.
POV Mili
Na sala estava eu, a Cris, a Vivi, o Mosca, o Duda, a Marian e a Carol. Todos estávamos preocupados com o sumiço da Bia. Eram 3h28min e estávamos lá desde 00:00, horário combinado dela voltar pra casa. As pequenas (Ana e Tati) estavam dormindo e não sabiam o que tava acontecendo. 3:30 Bia apareceu do nada, vindo do corredor.
– BIA! Onde você tava menina?! - perguntei assustada, me levantando do sofá.
– Eu tava na casa do Janjão, só voltei aqui pra pegar uma coisa naquela hora, e voltei já pra ficar aqui. Boa noite meninas! - sorriu e subiu rápido, não sei por que. Bem, depois tudo se normalizou.
Vivi foi dormir, Marian foi na cozinha com a Carol e ficamos eu, Mosca, Duda e Cris.
– Duda, posso falar com você? - perguntei a ele, que estava sentado ao lado de Cris.
– Não tem o que falar comigo - ele respondeu grosso sem olhar pra mim.
– Ei, amor! A Mili já explicou tudinho, lembra? - disse Cris. Estranhei, por que ela não fugiu dessa vez? Ri comigo mesma.
– Verdade, que foi Mili? - perguntou se virando pra mim.
– Você e a Cris hein! - eu ri da cara dos dois.
– Affs, era só isso? Vem Cris, vamos sair daqui. A Mili é uma chata mesmo.
Então eles saíram e provavelmente foram ao jardim, conversar. Ficamos eu e... ah não.
– Mili? Não quero me intrometer mas, já me intrometendo... - falou Mosca.
– Que é que cê quer, destruidor de sonhos, de prazer e de amizades? - perguntei nervosa.
– Calma - ele riu cavajeste.
Sentei ao lado dele no sofá de braços e pernas cruzados. Passamos um bom tempo nesse silêncio constrangedor. Do nada ele colocou o braço em meu ombro esquerdo e eu perguntei, tirando a mão dele de lá:
– Você não vai falar o que quer?! - me levantei nervosa.
– Acha que eu não devia ter te mostrado aquele vídeo? - ele disse elevando a voz, se levantando do sofá e ficando de frente pra mim. - Olha só, liga pra ele. Vai, liga.
Me senti obrigada a ligar, então lembrei que horas eram.
– Ele tá dormindo com os anjos... e com a beleza... ai... - suspirei. - O que ele vai achar de uma menina apaixonada ligando pra ele acordando seu sono... da beleza... - suspirei novamente. - Às três horas da manhã? O que ele vai pensar de mim...?
– E o que ele já pensa de você?! - falou quase sem deixar eu completar a frase. - Liga, por favor.
Concordei com ele e disquei o número. Vi Mosca mandando uma mensagem pelo celular, mas não me importei.
– Aloô - disse JP com uma voz sonolenta e totalmente sexy e encantadora.
Nessa hora bati o telefone e falei: "eu desisto" pro Mosca, caindo sobre o sofá. Daí meu telefone tocou de novo.
– Alô! - falei ansiosa e feliz por ele ter me retornado.
– Olha, Milena Campos, precisamos conversar.
– Você nem parece cansado... haha! - ri andando pela sala.
– Eu acho que ainda não entrou na sua cabeça que eu não quero ficar com você e que nós não vamos nos casar, ter dois filhos e um cachorro chamado Rex, né? - perguntou, o que me entristeceu.
– Seu rabugento, nunca pensei nisso e...
– Peraí! Eu era o galã da história, né? As princesinhas ficavam correndo atrás de mim... mas você não é uma princesa. É uma pobrezinha que deve sofrer por falta d'água e de comida, de tão pobre que você é. Ahn... você estuda? Você tem escola? Acho que não, porque tem o jeito de falar tão inútil que eu... eu...
– Olha aqui seu idiota, eu não sou pobre coisa nenhuma! E você deixa de me subestimar, porque...
– Não tenho tempo pra besteiras vindo de uma sem vergonha , prostituta e intrometida que você é. Além de ser pobre, é falsa. Me poupe. Uma podre noite! TCHAU.
Fui tirando o celular lentamente dos meus ouvidos. Fiquei observando o nada, como se a vida desabasse.
– Não fica assim, Mili. Essa cara não te merece - Mosca se aproximou.
– Sai da minha frente, Mosca! SAI DAQUI! ATÉ AGORA VOCÊ SÓ ESTRAGOU TUDO. SAAAAI! - falei como uma leoa brava porque meu leão me traiu.
Ele fez sinal de reprovação, balançou a cabeça negativamente e subiu as escadas em olhar pra trás.
De dia - POV Marian
Ouvi a campainha tocar. Só eu estava acordada. Me espreguicei, desliguei a TV e fui abrir a porta. Pela minha surpresa ou não, era o André todo molhado por causa da chuva. Sério como sempre. Fiquei séria também, olhando fixamente pra ele.
POV Bia
Acordei de olhos inchados, com MUITA olheira, dor de cabeça e dores abdominais. Fui até o banheiro e escovei os dentes. Tomei banho, desci e fui diretamente pra cozinha. Nem vi se tinha alguém na sala, mas senti olhares sobre minha pessoa. To nem aí. Na verdade eu tomei banho mas não penteei o cabelo, e vesti o pijama de novo. Nem o rosto lavei. Peguei um cacho de uvas, um livro e fui até o jardim pela porta da cozinha e, mesmo chovendo, fui ler meu livro num banquinho. Como ele molhou, deixei o livro de lado e encostei minha cabeça em umas florezinhas perto do banco.
– Girassóis... violetas... rosas... por que a vida é tão difícil assim? Por que é tão ruim se apaixonar? Por que eu sou desse jeito? Por que ajo sem pensar nas consequências? E agora, o que eu faço? Todos ao meu redor provavelmente são falsos. Só posso confiar na Marian, que nem comigo tá falando mais por causa da mentira que eu descobri. O Janjão... esse se foi.
Quando me dei conta, Janjão me observava de longe, com um guarda-chuva. Mudei totalmente de comportamento, comecei a abrir e folhear o livro, pra molhar ainda mais na chuva. Me encostei no portão e provoquei:
– Awn... não aguenta nem um dia sem a namoradinha né? Não esqueci o fora de ontem. Mas pra sua sorte, sou gente boa, não ligo pra isso. Agora...
Antes de eu terminar, ele fez expressão de raiva, jogou o guarda-chuva no meio da rua e saiu, caminhando, sem dar ouvidos pra mim. Percebi a besteira que eu fiz. Me espantei, abrir o portão e saí gritando:
– Janjão, espera!! Janjão! - corri até alcançar ele. - Janjão, por favor, eu quero te divertir, você vai lá e me expulsa? Incrível como certas pessoas não valorizam as outras.
– Para, Bia. Para de se fazer de coitadinha. Todo mundo sabe que você é a pessoa mais cruel e insuportável que já conheceram na vida. Há 3 anos eu tenho que te suportar. Mas eu te suportava de uma maneira gentil, amigável, carinhosa. E você nunca nem ligou pra mim. Sempre me fazendo passar por vexames, vergonha alheia, mico... Você sempre foi desse jeito. Marrenta, sem querer admitir o erro ou a falha.
– Janjão, eu...
– Eu sempre tentei demonstrar o quanto eu te amo através de váárias formas... e você destruía tudo o que eu fazia em relação a você... me contrariava, a gente brigava demais. Mas eu voltava correndo atrás de você, nos seus pés, e você adorava né? Se sentia a rainha da quebrada, dona do mundo. Acredite, você não é. Eu cansei de correr atrás de quem não me merece, sinto muito. Entenda, entre nós, acabou. Jamais terá algo novamente.
– Janjão... - sussurrei de cabeça baixa. Ele foi se afastando, se afastando... então gritei:
– Janjão... me des-des-cul... descul-cul-p... des-cul-pa. Eu... eu acho que te amo. Não, eu não acho. Eu tenho certeza. Eu te amo! Me perdoa!! - chorei. Quando vi que ele estava já dobrando a esquina, desabei. Fiquei de joelhos no meio da rua, quase como um lago, chorando. Me senti como a Alice com aquele mar de lágrimas.
Voltei caminhando pro orfanato com mais dor de cabeça e olho mais inchado ainda. É, eu tava de pijama. Abri o portão e fui sussurrando "eu te amo Janjão... sempre te amei" até abrir a porta principal. Me deparei com Marian e André olhando um pra cara do outro... nem me viram. Fechei a porta e voltei ao jardim. Dormi até a noite (eu não sei como).
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Ai que tragedia Janjao e Bia - the end. Kkkkk, oh no.. eu ia fazer um beijo no final mas desisti.