Good girls go bad escrita por Ann


Capítulo 9
Twill, Trash e Snake


Notas iniciais do capítulo

Oiie voltei, desculpa a demora, mas a vida não tá fácil aqui, e ainda to bloqueada para escrever então não tem previsão para o próximo capítulo, e como se não bastasse eu ainda excluí esse capítulo sem querer (É, de novo) fiquei extremamente puta e tudo mas consegui reescrever



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Ah, Claro.

De todos dos mercados do universo, este aqui foi o escolhido por três caras com máscaras pretas para ser assaltado.

Sei disso por que vi os dois primeiros trancando as portas e o terceiro atirando aleatoriamente só pra causar mesmo. Se me perguntassem, eu apostaria que ainda havia mais deles lá fora, cercando o perímetro.

O atirador patético acabou conseguindo acertar a cafeteria, fazendo com que os vidros se quebrassem e Lucca se jogasse em mim, derrubando nós dois no chão e me protegendo com o próprio corpo.

!: PORRA, CARA! - gritou a mesma voz que anunciou o assalto. Aposto as bolas do Lucca (Quê? Eu não tenho bolas para apostar) que era o líder do grupo, e provavelmente estava censurando o atirador.

Lucca me encarou na escuridão.

Lucca: Tá tudo bem?

Eu: Claro que não, tem um otário em cima de mim. - já falei que não sou uma pessoa muito grata, né?

Lucca: De nada. - ele falou e se agachou do meu lado.

Eu: O que faremos agora?

Analisei o lugar enquanto fazia essa pergunta, o funcionário que estava conosco havia sumido, provavelmente fugiu depois dos tiros, e todo o mercado estava escuro, na hora que eu percebi isso, uma luz acendeu forte em um dos corredores, no último.

!: TODO MUNDO PRO CORREDOR DEZ! - gritou o líder novamente, provavelmente foi esse corredor que acenderam.

Lucca esvaziou os bolsos na minha frente e eu fiz o mesmo para ver o que tínhamos ao nosso favor. Eu tinha uma pistola totalmente carregada e duas facas, Lucca tinha duas pistolas, uma faca e um chiclete (?) que eu peguei e coloquei na boca só de marra.

Lucca: Quem é a infantil agora, hein? - Ele perguntou, contrariado e eu fiz uma bolha bem na cara dele.

Lucca: Já sei. - Pegamos nossas coisas e nos levantamos, ainda meio abaixados, ele segurou minha mão e me guiou para fora da cafeteria, para onde eu tinha quase certeza que não era o corredor dez.

Um número um brilhante acima de nós confirmou minhas suspeitas.

Eu: O que você está fazendo? Eles vão ver a gente!

De onde estávamos, eu conseguia ver os três caras cercando um grupo de mais ou menos 35 pessoas, o corredor dez era o último, e depois dele não havia mais estante nenhuma, só aquela parte de frutas que era enorme, então os assaltantes contavam com uma distância de mais ou menos 15 metros de onde eles estavam até a parede do fim do mercado.

Lucca e eu estávamos no corredor mais distante, e como estava tudo escuro, eles não nos viram passar da cafeteria para o corredor.

Lucca: Só se você continuar gritando!

E ele estava falando no mesmo tom de voz que eu, que babaca.

Assim que ficamos seguros entre as estantes, me abaixei, peguei meu celular e mandei uma mensagem para Rennan.

Eu- SOS, assalto no mercado, três armados, 35 possíveis reféns e dois agentes prontos esperando ordens.

Mas a resposta não veio.

Lucca: O papai está ocupado? - mesmo no escuro eu conseguia ver seu sorriso irônico.

Eu: Larga de ser assim. - Falei me levantando.

Lucca: Você me ama assim. - Ele falou e foi andando na minha frente.

Ô Caralho, contei até dez olhando para cima entes de seguir ele.

E foi aí que eu vi as câmeras, que estavam ligadas. Que ótimo.

Eu: Psss. - chamei ele ainda olhando para cima. Lucca voltou e viu o mesmo que eu.

Lucca: Isso não faz sentido.

Eu: Claro que faz, assim eles conseguem monitorar as pessoas, estão na ala de segurança também!

Lucca: Vicky, quando se invade um lugar, a primeira coisa que se faz é desligar as câmeras, para não restarem provas depois.

Eu sabia disso, okay? Okay.

Eu: Mas se as câmeras estão ligadas então…

Lucca: Eles querem ser vistos.

Eu: Por que tu tá completando as minhas frases?

Lucca: Por que fomos feitos um para o outro.

Acho que nós dois temos problemas em focar nos assuntos sérios.

Para a nossa sorte, as câmeras estavam viradas para o outro lado então provavelmente eles não nos viram.

Lucca: Não podemos ser identificados.

Ele falou e se abaixou para pegar alguma máscara na estante debaixo.

Claro que ninguém pode saber que somos nós, por que se a gente fizer merda, a Chase’s vai levar a culpa, e como nós não recebemos ordens, provavelmente vamos fazer merda.

Não que eu seja negativa, mas o fato de Lucca me estender uma máscara de duende não pode ser bom sinal, né?

Eu: Vamos salvar o dia vestidos de ajudantes de Papai Noel? - resmunguei. - Ei, por que você pode ser o Freddie Krueger?

Lucca: Por que eu sou foda. Não sai daqui. - Ele falou e sumiu pelos corredores.

Eu fiquei resmungando indignada sobre como ser duende era ridículo perto de Freddie quando ele voltou com algumas chaves de fenda na mão.

Lucca: Se eu fosse o papai noel, pediria para você sentar no meu colo agora.

Eu: Vai se foder.

Então ele se abaixou e começou a fazer alguma coisa que eu não consegui ver o que era por causa da escuridão.

Eu: Sério, você é ridic..

Lucca: Vicky. - Ele me interrompeu. - Presta atenção, nesse exato segundo o atirador está de costas para nós e apoiado na décima estante, o Líder tem uma AK-97 e o outro tem uma beretta 200, quando o atirador cair, eu vou ir para cima do líder e quero que você derrube o outro, se realmente há alguém na sala de segurança devem ser dois caras, que demorarão no mínimo dois minutos para descer toda a escadaria e chagar até lá, temos que derrubar os outros nesse meio tempo e dar um jeito das pessoas chegarem na saída de incêndio, você entendeu?

Lucca deu aquele discurso enorme, e me olhou por baixo da máscara de pele queimada do Freddie, sinceramente ás vezes eu me esqueço que ele é um espião experiente e por isso é tão inteligente.

E que agora é meu parceiro.

Eu: E o que faria o atirador cair?

Lucca: Confia em mim, o importante é não dar tempo para eles pensarem, e mais uma coisa, seria legal se a gente evitasse usar nossas armas, ameace atirar mas tenta não matar ninguém. - Ele falou entredentes como se estivesse fazendo força lá embaixo, e provavelmente estava mesmo.

Satisfeito, ele se levantou e ficou do meu lado.

Lucca: Sabe..Se não existisse camisinha, provavelmente eu teria concebido muitos filhos exatamente onde você está em pé.

Olhei com nojo para o chão.

Eu: O que você pretende fazer agora?

Ele deu um sorriso malicioso e segurou a minha mão.

Lucca: Eu? Só pretendo derrubar esta porra toda. - percebi o que ele ia fazer um segundo antes de a estante cair sob o toque de nossas mãos.

Eu: MAS QUE PORRA?

Lucca: VAAAAI CARALHO! - E saiu correndo, me fazendo ir atrás dele. A primeira estante caiu e derrubou a segunda, em um efeito dominó perfeito e gigante, que logo esmagou o atirador com a décima estante.

Lucca havia calculado com perfeição, pois a estante caiu de um jeito que só prendeu o atirador e distraiu os outros dois. Nós trocamos um olhar de parceira e atacamos, arrancando suspiros incrédulos das pessoas, afinal não é todo dia que um Duende e um Freddie aparecem para te salvar de um assalto.

Como combinado, me joguei em cima do cara com a beretta, o que fez a arma sair deslizando pelo chão e nós dois cairmos, para o meu azar, ele era bom de luta corpo a corpo e conseguiu me desarmar, mas para o azar dele eu tinha uma faca no bolso. O bastardo não me deixava colocar a mão no bolso e ficamos trocando socos por um tempo até eu acertar a sua têmpora deixando ele confuso, e então eu peguei a faca e encostei em seu pescoço.

Eu: Quietinho aí.

Então um grito chamou a minha atenção. Para o meu alívio, constatei que a maioria das pessoas havia sumido daquele corredor, me fazendo achar rapidamente a dona do grito. A mulher olhava desesperada para um pacote embrulhado com pano no meio do corredor, foi quando eu vi que o líder apontava uma arma para o tal pacote, percebi que aquilo era um bebê.

Lucca desarmou o líder, dando uma coronhada na cabeça do cara e correu em direção ao bebê, com a arma apontada para o líder. Quando meu parceiro estava entregando a criança para a mãe, o cara se aproveitou se sua distração e atirou uma faca.

EU: CUIDADO! - gritei, mas era tarde demais, a faca se afundou em algum ponto das costas de Lucca, fazendo ele soltar a arma que estava segurando.

O líder sorriu por baixo da máscara preta e vendo a sua vantagem, se preparou para atirar a segunda faca.

Naquela hora, eu esqueci da luta que estava travando, esqueci que Lucca havia me pedido para não matar ninguém, esqueci até do meu nome quando vi que meu parceiro não tinha escolha, que preferiria morrer do que sair da frente daquela mulher. Peguei a minha arma no chão e dei um único tiro.

Sei que ele morreu instantaneamente por que acertei o ponto entre as sobrancelhas. O bastardo nem sequer viu o que o acertou. Lucca me lançou um olhar de desespero e gritou algo que não ouvi.

Só entendi a sua mensagem quando o cara que eu deixei jogado no chão me derrubou, me deixou de bruços e montou em mim. Nesse meio tempo, Lucca pegou a arma no chão e apontou para o cara.

!: Lara a arma. - Ele falou e eu senti o frio da minha faca contra a minha garganta. Lucca soltou a pistola no mesmo minuto que os dois caras que estavam na ala de segurança se juntaram a nós. O maior deles derrubou Lucca do meu lado.

E os nossos dois minutos acabaram.

!: Porra Twill, que demora do caralho. - falou o que estava em cima de mim.

Twill: Qual dos dois matou o Snake? - O grandão respondeu. Ele devia ser como o segundo líder ou sei lá o quê, por que quando ele começou a andar em nossa direção, os outros abriram espaço.

Eram três deles contra dois de nós, Lucca estava desarmado e ferido, eu estava imobilizada e tinha apenas uma faca.

Eu: EU. - falei, ainda olhando para Lucca, eu não conseguia ver seu rosto por causa da máscara, mas seu olhar mostrava dor e preocupação.

Twill: Trash, tu deixou ela matar o Snake? - Ele perguntou se aproximando de mim. Lucca se debateu do meu lado quando o grandão ficou com rosto perto do meu. o terceiro cara deu um soco em Lucca e o derrubou novamente no chão.

"Trash" me colocou de joelhos na frente de Twill e me fez olhar para cima, puxando os meus cabelos.

Twill sorriu por baixo da máscara que cobria parcialmente seu rosto e arrancou aquela coisa escrota de duende da minha cara.

Twill: Ora, que belezinha. - Falou passando o indicador pelo meu queixo.

Desta vez, Lucca conseguiu se levantar e deu um murro na boca do estômago do cara que derrubou ele.

Então um gatilho estalou do lado da minha têmpora e Twill foi na direção de Lucca.

Twill: O que caralho vocês estavam pensando?- Ele disse e arrancou a máscara de Lucca, revelando seu rosto suado e pálido, olhei assustada para o chão, onde a poça vermelha crescia cada vez mais, não sei como Chase ainda conseguia ficar em pé. - Não era pra ninguém se machucar.

Lucca: Claro que eu acredito nisso com uma arma apontada para ela.

Cala a boca, Lucca. Twill chegou tão perto de Lucca que se não fosse por seu olhar de ódio, eu podia jurar que ele ia beijar ele.

Twill: Tu não tem que acreditar em nada não, mauricinho. - E deu um soco na barriga dele, fazendo-do cair de joelhos.

Trahs me deu um chute nas costas, e eu caí de cara no chão perto de Lucca, que passou as mãos pelos meus ombros e me puxou para perto.

O terceiro cara, até então calado apontou uma arma para nós enquanto Twill e Trash começaram a discutir.

Trahs: O que a gente faz agora?

Parei de prestar atenção nos dois quando senti o sangue de Lucca melar meus joelhos, quando olhei para ele, havia um fiapo de sangue pendendo dos seus lábios.Ele caiu no meu colo e eu coloquei uma mão em cada lado do rosto dele e o olhei bem nos olhos.

Eu: Fodeu. - sussurrei.

Lucca: Quem vê de longe jura que você está falando alguma coisa fofa. - ele disse com a voz fraca.

Sorri para ele.

Eu: Até parece.

Lucca: É a sua última chance de dizer que me ama.

Eu: Não seja tão dramático. - Ele deu um sorriso fraco da minha piada mas eu sentia sua temperatura caindo.

Eu: Ei, não fecha os olhos.

Lucca: Eu não tava fechando os olhos.

Eu: Você não pode dormir.

Lucca: Por que não?- Suas íris reviravam para cima, mas eu via a sua luta para ficar acordado.

Eu: Por que você pode perder a minha linda imagem. - Falei, o sangue saia por suas costas, sujando toda a minha perna e eu tentava inutilmente estancá-lo com uma das mãos.

Lucca: Eu não vou perd…

Rennan: SAI FORA PORRA. - Sua voz soou alta por todo o mercado.

Por que Rennan sempre aparece falando merda em momentos como esse?

Rennan: EU MANDEI SAIR CARALHO!

Porra, Rennan! RENNAN?

Twill e Trash se olharam assustados e Lucca abriu os olhos usando de toda a sua força. Aproveitei da distração deles para pegar a minha faca e fincar no pé de quem tava mais próximo. O Terceiro cara deu um grito de dor e deixou cair a arma do meu lado, eu aproveitei e dei um tiro na perna de Twill e um na de Trash.

Não consegui pensar em nada legal para dizer na hora, mas Lucca fez isso por mim.

Lucca: Tomara que no céu tenha cerveja.

O que? - Olhei para ele que sorria no meu colo e segurava meu celular contra a sua orelha.

Lucca: Manda todo mundo entrar, agente ferido no corredor dez. - Nessa hora todas as portas se quebraram e vários policiais entraram. Aproveitei que os assaltantes não podiam se mexer e fiquei de pé, apoiando Lucca no meu ombro.

Lucca: É, você vai ter outras chances de dizer que me ama.

Eu: E você não iria pro céu, babaca.

Ele ficava cada vez mais pesado mas eu ia fazer de tudo pra tirá-lo dali.

Lucca: Então tomara que no inferno tenha cerveja. - A voz dele soava fraca e ele estava gelado contra a minha pele quente.

Rennan: Uma mãozinha aí? - Ele apareceu com o colete preto da Chase’s e um sorriso preocupado.

Sorri de volta para ele e nós três saímos de lá abraçados (para apoiar Lucca).

Fora do mercado estava um barulho infernal, Dezenas de policiais conversavam com as vítimas enquanto curiosos se aglomeravam por trás fita amarela que cercava o local, Erick estava conversando com a imprensa, mas quando nos viu, veio quase correndo em nossa direção junto com uma equipe de médicos, que colocaram Lucca na maca.

!: EEI SEU FILHO DA PUTA! - Gritou um cara, com a roupa da Chase’s correndo na direção de Lucca.

Lucca: Sai pra lá, Will. - Ele resmungou e finalmente, se permitiu desmaiar.

Enfermeiro: Ele perdeu muito sangue! Temos que ir agora.- Imediatamente o Tal Will e Erick entraram na ambulância.

Erick: Rennan, você pode cuidar disso aqui?

Rennan: Pode deixar.

Eu estava prestes a entrar na ambulância também mas o enfermeiro não deixou.

Enfermeiro: Está cheio.

Eu: Mas eu sou a parceira dele! - Gritei para a porta já fechada na minha cara. A ambulância se afastou com as sirenes ligadas para o meu desespero.

Filho da puta.

Sentei no asfalto e coloquei as duas mãos no rosto.

Rennan sentou do meu lado e me abraçou.

Rennan: Vicky, você está bem?

Eu: Eu tenho que ir com eles, Rennan! - Resmunguei com voz de guria mimada, não que eu estivesse ligando para isso na hora.

Eu estava completamente alterada, e Rennan percebeu .

Rennan: Vicky, calma!

Isso, pede para uma pessoa nervosa ficar calma, funciona que é uma beleza.

Renna: Winters! Vá para casa, tome um banho e vá para o hospital, eu vou conversar com a imprensa e passar o caso para a polícia metropolitana. - Ele continuou quando viu minha cara de raiva. - Não se preocupe, vamos ter acesso total a tudo que tenha haver com este caso.

Resmunguei algo que nem eu entendi, mas concordei com a cabeça.

Rennan: Vai ficar tudo bem. - Ele me deu um beijo na testa. - Agora vá.

Contrariada, peguei o carro de Lucca e fiz o que me foi mandado.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? não esqueçam de comentar, isso pode me ajudar a escrever mais rápido



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