Good girls go bad escrita por Ann


Capítulo 7
Too big to fail


Notas iniciais do capítulo

Genteee eu decidi fazer um capítulo com o Lucca narrando, até por que queria apresentar uns personagens novos antes mesmo da Vicky saber que eles existem euhbaiudakjdn A NET VOLTOU ! AIHANDFALKDSNld espero que gostem de entrar na cabeça do Lucca, e pra ser sincera, não sei se consegui reproduzir com fidelidade os pensamentos dele, até por que ele é bem mais idiota nas coisas que faz do que nas coisas que pensa mas é a vida. E eu cortei a maioria dos diálogos Vicky-Lucca para não ficar repetitivo. Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/531426/chapter/7

Eu: Hummm, Victoria Winters. - murmurei mesmo sabendo que não tinha ninguém para me escutar.

Eu estava sentado, com os pés na mesa do escritório do chefão desta porra toda (vulgo: meu pai), e analisava a ficha da melhor caloura que tivemos na mais nova geração de espiões.

E a mais gostosa também, diga-se de passagem. Eu tinha toda a sua vida impressa naquele papel, aquilo me dava uma sensação de controle que eu adorava. Tirei uma cópia do documento e coloquei o original em seu lugar. Decidi sair dali antes que meu pai viesse cacarejar no meu ouvido.

Eu amava entrar naquela empresa de noite, os corredores quase vazios, ninguém me olhando e pensando " o que esse porra vai fazer agora?!". Tudo em silêncio dava uma sensação de que tudo ali era meu, e um dia seria mesmo. Fui olhando para a vida de Victoria Winters enquanto passeava pelos caminhos que conhecia de cor.

Pelo o que eu estava vendo, amanhã ia ser o primeiro dia da minha caloura favorita aqui na agência, e nossa... Olha só a missão que colocaram ela, senti meu sorriso se alargar antes de poder segurar. Guardei o documento no meu casaco, amassando ele todo, quando ouvi saltos finos batendo no chão. Eu sabia quem era antes mesmo de me virar.

Judy: Oi, Lucca.- Ela arrastou o "Lu" de um jeito esquisito, que definitivamente não foi sedutor.

Sorri amarelo para ela. Judy era uma coroa do setor financeiro que vivia de olho em mim, ela devia ter uns quarenta anos e deve ter cansado de dar em cima do meu pai, mas não era essa a herança que eu queria dele.

Eu: Judy. - cumprimentei, mantendo o meu sorriso nervoso.

Judy: Muito ocupado?

Aquela velha acabou de me estuprar com os olhos! Alguém chame a polícia... Pensamento idiota para quem trabalha para a polícia. E sem falar que eu não podia negar que gostava quando faziam isso comigo, me desculpem, irmãos, eu sou hétero.

Eu: Pois é... - cocei a cabeça, por mais que Judy fosse uma coroa ajeitadinha, esse jeito dela já estava me enchendo o saco. - Desculpe, Judy. Importante. - falei e apontei para um papel qualquer que eu tirei do bolso.

Judy: Ah - ela suspirou, saí de lá sem olhar para trás.

Vale ressaltar que a folha que eu segurava estava em branco.

Entrei na minha sala, pensando em chamar aquela coroa para sair um dia. Dizem que mulheres mais velhas são um tesão, mas eu sempre preferi as ingênuas. Peguei minha mochila e soquei tudo que eu ia levar para casa ali dentro e apesar da minha vontade de ir assediar as vizinhas do meu pai, decidi dirigir até o meu apartamento. Liguei o som alto e fui dirigindo pela cidade deserta, já deviam ser quase meia noite. Passei pelos bairros residenciais buzinando alto só para incomodar mesmo.

!: FILHO DA PUTA!!!! - gritou alguém de algum lugar.

Eu: ELA ME FALOU QUE TU TÁ DEVENDO O ÚLTIMO PROGRAMA. - gritei de volta mesmo sabendo que já estava longe do meu mais novo admirador.

Pra ser sincero eu nem sei se minha mãe é uma puta mesmo, se for, eu estive certo em todas as piadinhas que já fiz. A última coisa que lembro daquela maluca, é ela gritando com o meu pai e dizendo que não se arrependeu, mas até hoje não sei o que ela fez. Não sei, e não me importo. Parei o carro na minha garagem, e desci. O porteiro me amava tanto que quando cheguei no elevador, minhas cartas estavam jogadas e pisadas no chão. Catei elas e fui lendo enquanto subia, era só conta pra pagar aquela merda.

Eu: Caralho Will. - falei quando a porta da frente emperrou em alguma coisa.

Will: Não fode, Lucca. - Escutei sua voz em algum ponto da sala escura e acendi a luz.

Will praguejou quando a luminosidade atingiu seu rosto, ele era o idiota que rachava o apartamento comigo. William Wogeley foi meu melhor amigo durante o treinamento especial e juntos cumprimos nossas primeiras missões. Depois ele arrumou uma parceira gostosa com quem decidiu trabalhar, não o culpo, estava mesmo ficando desgastante dividir a casa e trabalhar junto todas as horas do dia. Foi engraçado quando cheguei para ele e disse que precisávamos " discutir a relação" mas não se preocupe, ele ainda é o meu parceiro de fazer merda, então foda-se .

Eu: Com você? Não mesmo. - Então eu achei ele, estava sentado no sofá, com mais um dos seus gorros esquisitos e um cigarro no canto da boca.

Will: Eu que não foderia com um defunto desbotado, vai pra praia. Não pera... hahahahaha - sempre esfregando na minha cara que ele era moreno e eu não.

Eu: Vai, humilha mesmo, piranha. - falei dando dedo para ele.

Peguei uma cerveja na geladeira

Will: Amanhã tem social na casa do David. - ele falou depois que eu desisti da cerveja ( por que ainda estava quente, Will devia ter colocado ela lá há pouco tempo)

Eu: Quem porra é David? - perguntei e puxei o cigarro.

Will: Um puta mauricinho.

Traguei como se aquilo em minhas mãos fosse o último copo de água do deserto, segurei a fumaça por alguns segundos e depois soltei para cima.

Eu: E por que exatamente você está me contando isso? - perguntei enquanto me levantava e andei até o meu quarto, tirando a blusa no caminho.

Will: Por que só tem gostosa nas festas dele.. - Parei de andar e voltei de costas.

Ouvi a risada de Will segundos antes da campainha tocar. Abri primeiro a porta e depois o meu melhor sorriso da noite.

Eu: Maggie.

Maggie: Lucca.

Will: William. - e nós dois olhamos para ele.

Maggie: Bom te ver, Will - ela falou entrando no apartamento. Ele piscou de volta para ela e voltou sua atenção ao cigarro.

Eu: O mesmo trato?- perguntei, guiando ela pelo corredor.

Maggie: Com certeza. - E me agarrou ali mesmo.

Não sei como conseguimos chegar no meu quarto.

O lance com Maggie é que nós dois curtimos o sexo, mas odiamos aquela parte de " agora temos que nos ver todo dia" então simplesmente pegamos a parte boa e depois foda-se. Seria como uma amizade colorida, mas ela não é minha amiga, é só uma garota que eu peguei e quis repetir a pegada.

A única coisa que me deixava irritado em relação a loira era que ela gostava de gemer alto que nem uma vaca parindo, como ela estava fazendo naquele momento, era meio broxante, eu não sabia se ela estava gostando ou se estava tentando fazer sinal para uma manada de elefante. Mas em nome do nosso lindo conto de fodas, eu aguento isso.

Eu e Maggie demos o último suspiro juntos e deitamos na cama ainda ofegando.

Eu: Tenho trabalho amanhã - comentei, para quem vê de longe, soa como um " vai embora", mas para mim e Maggie seria como um.... Ah, um "vai embora" mesmo, sendo que menos grosseiro.

Como eu sei lidar bem com as palavras... Autógrafos na saída, por gentileza.

Maggie: Tudo bem. - Ela interrompeu meu devaneio - nos vemos depois?

Eu: Com certeza.

Esperei até que ela saísse para analisar outra parte da ficha de Victoria, mas o sono me venceu e decidi terminá-la pela manhã.

Will: Lucca?- Mal abro os olhos e o filho da puta está com a cara quase na minha.

Que maravilha, primeira porra de susto do dia.

Eu: SAI FORA PORRA. - já levantei gritando.

Will: SAI VOCÊ, PELADÃO! - e ele começou a rir enquanto eu dava dedo e catava as minhas roupas, claro que ele não ficou lá para desfrutar da minha sensual troca de roupa. - Ah, a gente tá atrasado pra caralho. - depois dessa eu não sensualizei mais e tomei um banho voando.

Peguei a mochila na sala e entrei no carro. Will já estava me esperando e batia impaciente com os dedos no volante.

Will: Você ainda está com cheiro de vadia.

Eu: Atestado de foda, eu diria.

Li o resto da ficha de Winters enquanto Will tentava matar todos na rua e nós dois, com aquela velocidade. O cara odiava se atrasar, eu amava, por que toda vez que ficávamos dois minutos fora do horário era como jogar GTA na vida real. Ele só se acalmou quando estávamos dentro do elevador.

Will puxou o papel da minha mão e sorriu, já sabendo o que eu planejava fazer.

Will: Não dou uma semana para ela fugir.- Ele falou sem se importar com as outras pessoas que nos cercavam.

Eu: Três dias. -E peguei a ficha de volta.

Will: Pega leve. - Ele disse quando o elevador parou em seu andar.

Eu: Você me conhece. - Pisquei para ele antes da porta fechar.

Tive quase certeza que o cara do meu lado resmungou algo que soava muito com " gays" , então virei para o homem e coloquei meu cartão em seu bolso.

Eu: Me liga, talvez. - Falei com uma voz afeminada e saí rebolando (ou tentando) do elevador, antes da porta fechar novamente, vi que ele arregalou os olhos quando percebeu quem eu era. Comecei a rir histericamente que nem um idiota enquanto andava até o escritório do meu pai.

Mas antes de abrir a porta meu sorriso sumiu quando percebi que esqueci a merda do distintivo. Porra.

Entrei chutando a porta só para incomodar.

Eu: Caralho, eu não consigo achar meu distintivo.

Erick: Está se referindo a esse aqui, Lucca?- Escutei sua voz e me virei bem a tempo de agarrar o objeto no ar, então percebi a presença dela.

Victoria Winters me olhava com curiosidade, ela tinha os olhos cor de mel, um leve bronzeado natural que era extremamente sedutor, e uma boca ainda mais tentadora na vida real ( até então, eu só a conhecia por foto), foi tudo que reparei antes que meus olhos deslizassem por corpo, e caralho quanta tatuagem, não consegui evitar e imaginei outros lugares que ela poderia ser tatuada. Gostosa era a palavra que vinha na minha cabeça quando subi meu olhar de volta para o seu rosto, então percebi que ela também me analisava.

Eu: Porra, pai, se sabia que estava aqui, por que não me disse? - Falei ainda meio hipnotizado por seu rosto aparentemente ingênuo.

Já falei que tenho uma queda pelas ingênuas?

Erick: Queria ver você procurar.

Winters parou de me encarar e eu abri meu sorriso presunçoso.

Apresentações a parte, eu me sentei do seu lado e Erick começou a passar para ela a missão. Eu já queria muito ir na maldita república e agora, com essa guria como parceira, eu não perderia a tarefa nem fodendo. Ficamos conversando sobre a missão até a hora que Erick atendeu o celular e nos dispensou. Enrolei a tal Vicky e dei um jeito de ela me seguir até a minha sala.

Vicky: Hey, onde estamos indo? - Ela perguntou quando já estávamos bem perto do meu escritório.

Eu: Eu estava pensando em abrir o envelope, hum... - pensei enquanto analisava ela novamente. - na minha sala.

Vicky: Hum. - ela resmungou, mas no meu ouvido pervertido soou como um gemido.

Eu: Ou no meu quarto, quem sabe. - Adicionei sem pensar duas vezes e ela arregalou os olhos e eu sorri de volta.

Vicky: A gente podia abrir outra coisa.. - Agora fui eu quem arregalou os olhos, Ingênua ? Nem fodendo. - quero dizer... - ela tentou corrigir mas eu não dei atenção. Agarrei ela e joguei (é, joguei) dentro da minha sala.

Winters tinha um sorriso indecente no rosto igual ao meu e eu me aproximava dela, me preparando para arrancar a roupa, mas uma voz me interrompeu.

Takumi: Não pode ficar cinco minutos sozinho com a novata, né?

Ótimo, o japa empatando a minha vida, tudo que eu queria.

E depois de mais duas horas de blábláblá, meu dia na empresa finalmente havia terminado, desci primeiro e estava assediando a secretária nova quando ouvi Vicky resmungar no telefone, passando atrás de mim.

E pelo que eu entendi, ela voltaria de táxi para casa, deixei a nova funcionária para trás e segui Winters com meu sorriso se abrindo novamente. Alcancei ela no meio da rua e consegui fazer com que ela aceitasse minha carona, então levei ela até em casa. Ah, vale dizer que no meio do caminho fizemos uma espécie de show desafinado e sem plateia.

Ainda tentei a sorte e mandei mensagem para Vicky, chamando-a para sair, sim eu admito que mexi na gaveta de contatos do meu pai, mas isto não vem ao caso.

Winters me rejeitou de uma forma que quebrou o meu coração, agora vou cortar meus pulsos enquanto escuto Depressive metal rock songs.

Ha-ha, só que não. Ela só disse que teria uma noite de gurias e eu decidi ir para a festa do mauricinho que Will me falou.

Ah, e nada contra quem escuta DMRS.

O resto da tarde se resumiu em uma rápida ligação para o tal David, algumas centenas de dólares a menos na minha conta e dormir pra caralho no sofá surrado.

Will: Sério que tu quer acordar com a minha linda voz duas vezes no mesmo dia?- abri os olhos ao escutar isso.

Eu: Tudo que é bom merece bis. - resmunguei. - que horas são?

Will: Hora de sair. - Ele estava de mãos dadas com Paloma, sua namorada. Eu nunca olharia com segundas intenções para a namorada de um amigo meu, Bros before whores, mas Paloma tinha uma beleza exótica. Era brasileira e a pele dela parecia, sei lá, brilhar com o bronze de sol que nenhuma americana conseguia pegar, até mesmo o bronze tentador de Victoria Winters ficava parecendo desbotado perto de Paloma, era simplesmente incrível e Will tinha muita sorte.

Eu: Oi, Paloma.

Paloma: Diz aí, Chase.- Ela acenou para mim, sorrindo.

Eu: Hummmm- e me levantei.- Um dia eu vou começar a te dar um salário por ser meu alarme.- Falei para Will.

Will: Vai logo, caralho. É tarde. - Ele parecia o coelho de Alice no país das maravilhas Sendo agressivo e falando palavrões. Nem preciso dizer que tomei um banho voando por causa do maldito " parece uma moça" de Will.

Durante o caminho inteiro, Paloma foi cantando alguma música em português que eu não entendia a letra, mas que parecia ser boa só pela batida. Ela só calou a boca quando chegamos perto da casa e porra, o tal David fez um ótimo proveito do meu dinheiro por que o que tinha de bêbado caído no chão não era brincadeira.

Casa grande pra caralho, iluminação foda pra caralho, música boa pra caralho e a melhor parte: Guria gostosa pra caralho. Acho que me perdi do casal feliz nos primeiros quinze segundos dentro da casa, então um ruivo pulou em cima de mim.

Ruivo: Graaaaande Lucca. - Olhei pra ele em dúvida. - David! - Ele gritou por cima da música.

Eu não fazia ideia de como ele tinha me reconhecido, mas sorri de volta pra ele e batemos nossas mãos em um toque de moleque.

David: Sabe aquela guria ali?- E ele apontou para uma doida que estava dançando com uma garrafa na mão, nem prestei atenção nela, estava mais ocupado curtindo o medo que tinha daquele ruivo começar a chorar dizendo que ela não quis ele, sei lá.

Eu: Hummm?

David: Aquela ali é pra levar pro quarto, não pro banheiro. - Ele disse dando um tapa de leve nas minhas costas e indo atrás da tal guria. Sorri quando vi que ele a levou para um dos sofás. Peguei uma garrafa em um dos baldes de gelo e fui para perto das escadas, imaginando quem eu arrastaria para um dos sofás.

Não demorou muito para o tal ruivo aparecer com a menina dele no colo e começar a levá-la para o andar de cima. Mas quando ele abaixou a cabeça para beijar o pescoço dela, tive uma visão de seu rosto.

Victoria Winters, sua safadinha.... Hummmmmmm...

Quais as chances dessa guria estar aqui? E pegando meu mais novo amigo do peito?

Ela voltou os olhos para mim e sustentei seu olhar. Impressão minha ou ela estava... Hesitando? De fato, era só impressão mesmo, pois quando levantei a garrafa em cumprimento, ela piscou para mim enquanto desaparecia pelo primeiro andar.

Virei a garrafa na boca antes que ficasse quente e coloquei ela na mão de um cara que estava desmaiado no chão. Fui andando para uma morena que estava de olho em mim há alguns minutos, já cheguei puxando ela pela cintura. Ela fez uma cara estranha, mas como não ouvi reclamações, comecei a beijar ela ali mesmo.

Eu estava feliz com a morena, mas ela começou a me puxar para um dos banheiros, então tá né. Empurrei ela e tranquei a porta, quando eu estava me preparando para tirar aquele vestido colado (ou pelo menos levantar ele) ela me empurra e levanta meu rosto, me fazendo parar de encarar seu decote.

Morena: Qual o seu sonho de vida?

Mas que porra?

Morena: Teu sonho. - Ela repetiu, quando eu não respondi e fiquei de boca literalmente aberta, que nem um idiota.

Caralho, eu estava sem camisa, pressionando ela contra a porra da parede e a guria vem perguntar o sonho da minha vida?

Eu não mereço isso.

Eu: Descobrir se isso aqui é silicone.

Morena: É sério. - ela falou segurando minhas mãos.

Puta merda, essa guria não vai liberar.

Eu: É sério isso, morena?

Morena: Lara.

Eu: Lucca. - falei impaciente, se não fosse tão gostosa, eu já teria saído de lá

Lara: Você não tem sonho?

Eu: Caralho. - eu não queria ser escroto com ela, mas puta que pariu.- Que tal conversarmos sobre isso depois?- Falei e levantei o queixo dela com o meu polegar.

Então a vadia bipolar abriu um sorriso.

Lara: Então tudo bem. - E ela me empurrou para cima do vaso sanitário ( que estava tampado)

Que doida.

Eu é que não vou reclamar.

Bom, digamos que eu visitei tanto aquele banheiro naquela noite que tenho certeza que se tivesse uma câmera ali, eu já seria um ator pornô conhecido. Okay, Okay... Foram só três vezes.

Tá legal... Duas.

Quando eu estava saindo do banheiro depois da segunda garota (Zoey, se eu não me engano) Vi a senhorita Victoria Short curto Winters dançando de costas para mim. Cheguei por trás dela e coloquei as duas mãos em sua cintura, não preciso dizer que comecei a passear pelo corpo dela não é?

A vida estava muito boa ali, apertando Vicky mas é claro que ela decidiu se virar para ver quem era o dono da melhor pegada que ela já teve (se eu não pensar assim, quem vai?), então ela me viu.

Para o meu desgosto, ela me soltou.

Só sei que teve um papo meio sem noção, e ela saiu da casa, eu fui atrás, obviamente, e acabei levando ela e amiga doida dela para casa, não antes de uma conversa bizarra onde ela assumiu que talvez tivesse medo de se apaixonar. Não sei por que, mas eu imediatamente entendi o que ela quis dizer. Deve ser brisa de bêbado, apesar de eu não ter bebido tanto assim.

Confesso que não foi só a minha boa vontade que me fez entrar na casa de Winters atrás dela. Ela falava coisas sem sentido, com certeza estava alta demais e eu não me aproveitava de garotas assim. Ajeitei ela na cama e desci as escadas, pronto para ir embora, mas então um papel em cima da mesa que chamou a minha atenção.

Era o mesmo currículo que eu havia lido, mas havia uma parte que eu não conhecia. Uma parte que falava sobre a sua família. Pelo o que dizia o papel, ela fora abandonada pela mãe aos cinco anos, sendo criada por seu pai até hoje. Me identifiquei com ela pela segunda vez na noite, talvez seja por isso que nós temos tanto medo de nos envolver seriamente com alguém.

Me senti intruso lendo aquelas palavras, se não estava no currículo oficial da empresa, era por que ninguém deveria saber, mas eu sabia. E não sei se isso é bom.

Finalmente o sono me venceu e eu desabei no sofá.

Não sei como acordei sem o meu despertador particular, eram duas da tarde, levantei com a cabeça doendo e estranhei o lugar, mas logo lembrei que estava na casa de Vicky.

Peguei meu celular enquanto abria a geladeira.

Erick- Onde caralhos você está, filho da puta?

Pra você ver que eu não sou o único que faz piada com a minha mãe. Logo depois havia outra.

Erick- Caralho, vem aqui em casa moleque.

Will- cade você, seu porra?

David- Do caraaaalho ontem, quando tiver outra eu te ligo bro.

Enchi o saco e não li o resto, até por que eu achei o que eu procurava na geladeira. Subi as escadas e vi que Winters não estava mais na cama, devia estar no banheiro. Como todo homem de honra, eu fui examinar o seu closet, mais especificamente, sua gaveta de calcinhas.

Eu estava sentado de costas quando ouvi a porta do cômodo abrir me virei segundos antes de Vicky se virar com uma arma em minha direção, e ela estava de toalha.

Puta merda, eu perdi ela pelada. Era minha chance de descobrir sobre a tatuagem íntima.

Eu: Tatuagem foda. Como tu teve coragem de chegar em um tatuador e pedir pra ele fazer ela aí? - E sorri como se nada tivesse acontecido.

Ela ficou vermelha, bingo.

Depois de uma calorosa conversa, que me inclui pelado na cama dela (não, não rolou nada), ela disse que ia me levar para casa. Como Erick já devia estar mandando o FBI atrás de mim, passei o endereço dele para ela.

Claro que eu não perdi a oportunidade de fazer ela passar vergonha na frente do patrão, mas foi aí que nós começamos a brigar. Eu não sabia por que caralhos ficamos tão putos um com o outro do nada, só sei que acabei exagerando e falando uma merda.

Eu: [...] De achar que ninguém se importa contigo, só por que tua mãe te abandonou.

Por que caralhos eu falei isso?

Claro que ela foi embora depois dessa, não me julgue assim, eu tentei impedir, mas Erick me interrompeu, soltando a notícia.

Erick: Lucca, você está fora da missão. - E o carro de Vicky sumiu pela rua.

Eu: Por que?

Erick: ora, Lucca, você perseguiu sua parceira! Não tem maturidade para entrar em uma república.

Eu: Não precisa de maturidade para entrar em uma república, pai.

Erick: Caso encerrado.- Ele me ignorou.

Odeio quando ele faz isso.

Eu: Se eu te provar que consigo me misturar entre os universitários, to dentro novamente?

Ele hesitou por alguns segundos e eu sabia que isso era um "sim".

Eu: Valeu, pai- gritei e saí correndo antes que ele mudasse de ideia.

Demorei pra caralho pra chegar em casa e quando finalmente cheguei, atirei minha camisa no chão e me joguei no sofá.

Paloma: " too big to fail"? - Ouvi sua voz e abri os olhos. Ela estava lendo a tatuagem que tinha na parte inferior do meu abdome. Vale dizer que de cada lado da frase havia uma seta apontando para baixo. Se serve de consolo, eu não lembrava nem de quando fiz esta porra.

Eu: É o que dizem. - falei casualmente - WILLIAAAAAAAMMMMMMMMM - gritei como uma criança mimada, o que fez Paloma cair na gargalhada.

Will: Que é, caralho?- ele saiu do banheiro de toalha.

Eu: Como eu peço desculpas para uma guria?- a pergunta saiu antes que eu conseguisse impedir e então percebi que era com isso que eu estava preocupado.

Will: "desculpa"? - ele fez aspas no ar e me olhou como se eu fosse um retardado.

Paloma: Claro que não - ela se intrometeu. - Manda flores, chama pra sair... Essas cosias. - e sorriu. - Tem que ser fofo que nem o meu Willzinho. -

" Willzinho?" pensei enquanto olhava para Will com uma cara de " ela tá mesmo falando sério?" mas os dois abriram um sorriso de casal apaixonado, que me fez revirar os olhos e fingir ânsia de vômito. Não preciso dizer que fui ignorado pela aura cor de rosa.

Contrariado, me levantei do sofá.

Eu: O quarto é logo ali. Obrigado!

Mas eles nem estavam me ouvindo e enquanto sumiam pelo corredor, eu liguei para uma floricultura e encomendei um buquê. Quase senti a mulher ficando vermelha quando eu especifiquei muito bem o tipo de cartão que eu queria que acompanhasse as flores e o nome da pessoa que receberia, não se engane, isso não seria nem um pouco romântico. Se esta palhaçada não fizesse a maluca da Vicky rir, eu não sei o que faria.

Mandei duas mensagens para Winters. Eu não queria que ela ficasse assim, eu fiz merda e ela é a minha parceira. Querendo ou não, eu me identifiquei com ela, não do tipo " awnnn vamos casar agora" ( mas se ela quisesse dar para mim, eu não reclamaria), só não quero que ela fique mal por que eu fiz merda, porra. Depois de dormir o resto da tarde toda, decidi que eu definitivamente ia fazer algo, afinal eu sou sempre idiota ( qual é, não é surpresa para ninguém), mas desta vez eu exagerei.

Liguei para Winters e ela não demorou para atender.

Só então percebi que não tinha ideia do que eu queria falar.. Pedir desculpas talvez, mas claro que eu não parei para pensar muito nisso, Whatever bro?

Eu: Disk sexo, boa noite.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, estão vivos? Então comentem o que acharam, o que acham que vai acontecer ou o que comeram hoje de manhã apoasjdaklsdnalsd por que sinceramente estou abandonada aqui u.u



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Good girls go bad" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.