Fogo Contra Fogo escrita por Bianca Wagner
Notas iniciais do capítulo
Esse capítulo ficou mais curto porque eu estava agoniada para postar! Bjs
– É aqui que você vai ficar, Everdeen.
Peeta me olhou sério e apontou com a cabeça para a cadeira de couro marrom. A mesa onde eu devia sentar é compartilhada com cerca de vinte pessoas. Os computadores acoplados revelam os mais diversos comandos da Central.
– Eu não sei mexer em nada, Superior. - disse sentando-me.
– Sei disso. Por tal motivo ficarei com você nos turnos da noite e te mostrarei tudo. Por ora, vá até a ala de dormitórios e descanse. Tenho certeza de que a viagem foi muito cansativa para você.
Ele tinha razão. Peeta viajou na primeira classe do trem, mas eu dividi a minha cabine com catorze pessoas e, acredite, a Capital não nos deixou nada de glorioso para viajarmos.
Agradeci a compreensão e saí da sala de comando. Caminhei em direção à saída mais próxima, uma vez que não tinha ideia de onde os dormitórios se localizavam.
Deparei-me com um garoto que também estava com os nossos uniformes amarelos de iniciantes:
– Com licença, você sabe onde fica a ala com os quartos?
– Oi - o garoto sorriu - Sei sim, é só seguir reto até o pilar e então você vira à direita.
– Ah, obrigada. - comecei a caminhar, mas o menino me puxou pelo braço.
Sou Cato, muito prazer.
– Katniss. - apertei sua mão.
Com a ajuda de Cato, consegui avistar a parte dos dormitórios. Procurei a folha com a relação dos quartos. Ao avistá-la, procurei pelo meu nome. Meu quarto, 1876, ficava ao lado do quarto de Cato.
– Você é Katniss Everdeen?
Uma garota baixinha e morena me encarou e apontou para a folha.
– Sim, sou eu.
– Vamos dividir o quarto, sou a Clove. - ela estendeu a mão.
– Muito prazer.
Segui a menina até o nosso quarto. Não era nada extraordinário. As paredes eram brancas, havia duas camas de casal e um frigobar.
– Vamos sozinhas nessas camas enormes, dá pra acreditar? - exclamou ela, como se a Capital estivesse nos dando tudo de melhor.
– Incrível… - respondi irônica.
Alguns minutos depois, Cato passou no nosso quarto para se apresentar à Clove. Aproveitei a chance para questioná-lo, uma vez que parecia muito familiar aos Programadores:
– Então, Cato, o que eles fazem afinal?
Ele ficou pensando por uns segundos, talvez decidindo se devia ou não me informar do que sabia.
– Você realmente não sabe? - Cato se sentou em minha cama devagar.
– Não sei do quê?
Ele respirou fundo e disparou:
– Bom, acontece que os Programadores fazem muito mais do que todos pensam.
– Ok, mas o que eles fazem? E como você sabe de mais coisa do que qualquer um de nós? - me sentei ao seu lado.
– O que eu vou contar você não deve informar a ninguém, está me ouvindo? Posso confiar? Promete?
Depois de jurar algumas vezes de que não contaria nada a ninguém - assim como Clove, Cato finalmente desabafou:
– Ao nascer, a Capital implanta um chip em todas as crianças. Isso permite a eles programar toda a sua vida, daí o nome. Você não é filha dos seus pais. Sua irmã não é realmente sua irmã. Seu irmão não é seu irmão.
– O QUÊ?! Que diabos você está falando, Cato?
Levantei-me rapidamente. Como ele ousava dizer a minha família não era de sangue? Como ele ousava me dizer que a minha vida inteira havia sido uma mentira?
– Katniss, se acalma. - ele me abraçou rapidamente e prosseguiu: - Há trinta anos, a Capital passou a retirar os bebês das mães biológicas. Eles injetam o chip na criança e a enviam para uma família adequada: mesmo tom de pele, cabelo e olhos. Pode acontecer de mandarem-na para a família certa, mas é muito raro.
Precisei de um tempo para me recuperar do que Cato estava me dizendo. Depois de tomar coragem, perguntei algo que eu estava com medo da resposta:
– Como você sabe de tudo isso?
– Simples. Meu irmão sabe de tudo daqui.
– Seu irmão? - encarei-o.
– Sim, Peeta Mellark.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
É isso galera, me digam o que acharam ;*