The Beautiful Girl. escrita por Natalha Monte


Capítulo 34
Capítulo 34 - Pesadelos e Saudades de ter você.


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiieeeee cheguei! Primeiro capítulo do ano! Yep! Aqui estou! Agradeço os comentários lindos! Eu amei cada um! Irei respondê-los agora mesmo! Amo vocês babys! Espero que gostem!



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POV Ally

"Nem tudo o que parece ser, é."

Eu estava sozinha e perdida numa floresta nublada. Meu pé doía por andar demais e eu já estava muito cansada. Eu não sabia ao certo onde estava, e quando pensava em chamar por alguém minha garganta doía antes mesmo de eu abrir a boca. De repente encontro uma porta branca no meio das enormes árvores ali presentes. Ainda com medo resolvo abrir, e o que vejo me quebra totalmente por dentro.

Uma casa. Simples e aconchegante, mas nela estava Austin, e ele beijava a barriga de Piper, demonstrando que ela estava grávida. Depois ele a abraçou e eu não conseguia enxergar mais nada. As lágrimas cobriam meu rosto, eu tentava, tentava gritar e não saia voz nenhuma.

Eu estava desesperada, até me mexer eu não conseguia mais...

–Ally! ALLY ACORDA! -Ouvi a voz de Austin e pulei da cama rapidamente, o pesadelo que eu acabara de ter me deixara suando frio, e assustada. Ele me olhou preocupado e eu tentei controlar minha respiração. Austin tinha apenas ficado até eu dormir, e depois ele iria ao seu quarto. Vê-lo ali, saber que tudo o que eu tinha visto era apenas um pesadelo me deu um alívio tão grande. Sem pensar duas duas vezes eu corri em direção ao loiro que estava sentado em minha cama. Me encaixei em seu colo e o abracei com toda a força que eu podia. Ele acariciava minhas costas me acalmando. - Shii calma, calma amor eu estou aqui. Foi só um pesadelo calma. -Ele dizia em meu ouvido.

–Isso, foi só um pesadelo. -Eu disse depois que terminamos o beijo e eu o abracei novamente. Suas mãos subiram das minhas coxas até as minhas costas, onde ele fazia um carinho.

–Você quer me contar? -Ele perguntou com a voz suave, e o rosto próximo ao meu, eu neguei com a cabeça. -Tudo bem então, vamos dormir. Eu fico aqui com você tá? -Eu assenti e ele se deitou me puxando para cima de si. Beijou minha testa e eu pude respirar tranquilamente antes de finalmente pegar no sono sem pesadelos dessa vez.

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A chegada de Piper trouxe ainda mais animação para a minha casa. Meus pais a amaram, e eu também não tive do que reclamar. Ela realmente era uma ótima pessoa. Nós conversamos muito pouco, pois logo assim que o jantar entre todos nós reunidos com a família de Austin também, ela pediu licença dizendo que ia dormir pois estava cansada da viagem.

No fim, todos fomos dormir cedo. E foi a noite onde eu tive o tal pesadelo.

O domingo foi normal. Minha mãe fez um almoço, e todos nós ficamos lá em casa. Quando Dez soube que a tal garota tinha chegado. Ficou plantado lá em casa o dia todo. E não é nenhuma novidade ele ter ficado o tempo todo perto dela. No fim, eles conversaram bastante. E a loira achou ele muito engraçado. Afinal ele não parou quieto em nenhum momento, sempre fazendo alguma palhaçada.

Austin tinha ido jogar Xbox na casa do ruivo, e eu estava lavando a louça do almoço.

–Quer ajuda? - A voz de Piper soou na cozinha.

–Ah não, não precisa. -Eu falei.

–Eu insisto, eu seco e guardo, só precisa me dizer onde. -Ela falou pegando um pano de prato. Eu sorri assentindo. -E então Ally! Me conta mais sobre você! Seus pais falaram tão bem, eles sentem muito orgulho. -Eu sorri enquanto a entregava um prato.

–Sobre mim? Não tenho muito a dizer. Bom, nasci e cresci aqui em Miami. Tenho 17 anos, estudo na Marino. -Falei e ela sorriu.

–Você toca não é? Seus pais me contaram. -Ela disse.

–Meus pais falaram muito sobre mim. -Ela riu - Sim, eu toco violão e piano. Na verdade eu entrei num projeto de Artes com uma professora minha. Vamos dar aula à crianças de outras escolas.

–Ah que legal! Isso é incrível! -Ela falou - E você, tem namorado? -Ela perguntou e eu engoli em seco.

–Não, sou solteira. -Falei sorrindo minimamente e voltando a minha atenção a vista da janela em cima da pia. Decidi mudar de assunto - E você? Conte-me mais sobre você.

–Ah eu estudava na França. Minha avó é de lá, então como ela morava sozinha depois que o meu avó faleceu, eu pedi aos meus pais para morar com ela. E eles mesmo ficando com saudades concordaram. Agora eu estou de férias do meio do ano, e bem, o resto você já sabe. -Eu sorri e ela continuou a secar as louças.

–E você tem namorado? -Ela riu.

–Não, nenhum francês se interessa por mim, acho que eu tenho algum problema. -Ela falou rindo e eu ri junto.

–Não tem não, problema tem eles. -Eu disse.

–Então os garotos daqui também tem. Você linda desse jeito e solteira? É muito difícil de se acreditar. - Ela falou sorrindo e eu fiquei vermelha de vergonha.

–Ah não, não. -Falei e ela riu. Minha mãe entrou e logo o assunto se encerrou.

...................................

A semana passou voando. Enquanto eu e Austin quebrávamos nossas cabeças para preparar as aulas que começariam na semana seguinte, tudo estava normal. Piper estava andando muito em Miami. Ela disse que estava com saudade de seu lar. Ela visitava várias amigas, e os seus outros parentes.

Eu e Piper nos aproximamos muito. Eu realmente gostei muito dela. Eu a apresentei a Trish, nós três conversávamos por horas. E tudo era muito divertido. Era sexta-feira. Estávamos todos na cantina na hora do intervalo. Essa semana toda eu não tinha visto Elliot. Mas Dez tinha comentado que ele estava indo à escola, só não ia onde nós estávamos. E o sorriso de Austin era de orelha a orelha por isso. Terminamos de comer, e ouvi Kira falar com Austin, dizendo que precisava falar com ele. O loiro assentiu e logo depois me olhou dizendo no olhar que não era nada demais. É, nós nos comunicamos assim.

Só uma notícia me entristeceu um pouco. A professora Clarissa me falou que não poderia colocar Austin no projeto, pois segundo os diretores apenas um aluno seria escolhido. O loiro não se abalou por isso, disse que não tinha problema, e que iria procurar outros projetos.

Segui para a sala, minha aula não era com nenhum deles, e sim, com Elliot.

POV Austin

Kira tinha dito que precisava falar comigo, que precisava de um favor. Quando eu estava trocando os livros ela apareceu.

–Oi loirinho. -Falou.

–Oi. -Falei ainda mexendo em algumas coisas no armário.

–E então já pensou em algo? -Ela perguntou e eu a olhei confuso. Ela revirou os olhos.

–Você esqueceu né? Só podia ser loiro mesmo. -Falou e riu.

–Esqueci do quê maluca? -Perguntei fechando o armário.

–Do trabalho Austin. Meu Deus! A professora nos colocou como dupla, não lembra? -Eu ainda estava confuso.

–De que trabalho você tá falando? -Ela deu um tapa na testa e sorriu.

–Ah você não sabia! Eu esqueci de te contar. A professora de biologia propôs um seminário valendo grande parte da nota. É em dupla, e ela colocou nós dois. Você não tava na sala. Foi na quarta, você não assistiu a primeira aula. -Eu lembrei. O ônibus tinha atrasado, o que fez com que eu, Ally e Dez chegássemos tarde à escola.

–Ah e é para fazer o quê? -Perguntei.

–Ela quer o resumo de um livro inteiro. E no fim, devemos explicar os conteúdos dele. Mas relaxa, não é tão difícil assim. Temos que fazer alguns slides e preparar tudo. Teremos algumas semanas para entregar. -Eu assenti e ela sorriu. -Até mais loiro aguado. -Falou e saiu em direção oposta a minha já que teríamos aulas diferentes.

............................

A aula tinha terminado e eu estava esperando a Ally.

–Austin! -Dez gritou chamando minha atenção. -Dá para você me escutar, eu estou a horas chamando você. -Ele reclamou.

–Deixa de drama Dez, nós chegamos agora! -Ele bufou.

–Eu estou com problemas cara! Não sei o que fazer. - Franzi o cenho e o eencarei confuso. -A minha pizzaria preferida vai fechar! E agora? -Revirei os olhos.

–E eu ainda me engano, pensando que você vai falar algo sério. Dez! Ela só vai mudar de endereço! Não vai fechar de vez! - Ele me encarou sério e eu ri.

–Pois é como se tivesse sido fechada, ela vai para o outro lado da cidade, eu não tenho como ir lá. Isso é um saco! -Ele reclamou.

–Você deixaria de se importar tanto com isso se tivesse uma namorada. -Falei e ele fingiu rir.

–Falou o cara compromissado! Me poupe! -Eu ri alto, ah se ele soubesse. -Queria ver se fosse você! Se as panquecas da Dona Marta se mudassem? -Eu arregalei os olhos e ele riu.

–Não fala uma coisa dessa nem brincando. As panquecas da Dona Marta são perfeitas cara! -Eu disse

–Você deixaria de se importar tanto com isso se tivesse uma namorada. -Ele repetiu mudando a voz e eu ri. De dentro da escola, Ally saiu acompanhada por Elliot. Os dois caminhavam normalmente, e ela me lançou um olhar calmo quando me viu de longe.

–Ciúmes é feio sabia? -Dez falou rindo. Eu o encarei sério. -Qual é! Você acha que eu sou idiota? -Eu o encarei e ele estreitou os olhos apontando para mim. -Não responda! - Eu RI. - O que eu estou querendo dizer é que você gosta dela. Eu sei disso. Não tente me enganar. Sou seu melhor amigo. Eu só fico surpreso é como isso pode acontecer. Você nunca sentiu nada por ela, e agora está apaixonado. -Ele perguntou sorrindo de lado.

Eu sorri assistindo a minha morena caminhar em nossa direção. E na minha cabeça, a resposta ao ruivo se formava: Não estou só apaixonado, não é uma simples paixão. É amor. Eu amo aquela baixinha.

.......................

Eu estava com saudade da Ally. Nós sempre estávamos juntos, mas nunca sozinhos. Piper em casa, sempre roubava ela de mim. A tarde sempre teria algum programa, um filme para as duas assistirem. Até ficar até tarde conversando elas ficam, e quando ela vai dormir eu já tenho apagado no sono. O que me fez essa semana toda dormir em meu quarto. São raros os momentos que eu a pego sozinha. A Piper parece uma cola na minha All, não larga um minuto! Eu estava morrendo de saudades dela. De sentir o cheiro, a pele, o gosto de sua boca. Estava desesperado na verdade. Fazia dias que nós não... Ahn... Ficávamos juntos.

Uns beijos roubados, rápidos. Era só o que nós conseguiamos. E isso me deixava totalmente irritado. Eu precisava dela!

POV Ally

Se eu não beijar meu namorado agora mesmo é capaz de eu ter um ataque de nervos. Fazia dias que nós não ficávamos sozinhos. Me dei muito bem com a Piper, até demais para o meu gosto. Eu precisava de Austin! E ela sempre comigo. Quando não era isso, era o projeto. Eu só chegava em casa praticamente a noite, nas terças e nas quartas. E quando chegava, lá estava ela pronta pra querer saber como foi o meu dia, e me contar o seu.

Mas voltando ao que interessa. Eu preciso do meu loiro. Nem na escola podemos mais nos esconder, novidade: Temos inspetor nos corredores, o que acabou com os nossos breves beijos na sala do zelador.

–Ally vou dormir na casa de uma amiga minha hoje! -Ela falou entrando na cozinha onde eu devorava um pote de picles, estava sendo o meu jantar. - Vamos comigo? Ela vai te amar! A Ty é super gente boa! Você vai gostar! -Por dentro eu comemorava.

–Não vai dar. Eu estou com algumas coisas pra fazer hoje a noite, tenho que terminar algumas coisas do projeto.

–Ah eu não queria ir sozinha, acho que não vou. -Ela falou.

–Não! Você deve ir! - Eu praticamente gritei e depois me recompus -Ela te convidou seria uma falta de consideração não ir. -Ela sorriu e concordou.

–Bom, minhas coisas estão prontas, estou indo já são 18:00, ah seus pais ligaram. Seu pai vai pegar a Penny no hospital e eles vão a uma comemoração de uns amigos deles, disse que você não os esperasse. Tá vendo, você vai ficar sozinha. - Ela quase choramingou.

–Não, vou ficar com meus papéis. É sério, tenho muita coisa para fazer. Vá lá e divirta-se! -Ela sorriu, me abraçou e saiu. O sorriso em minha cara demostrava minha felicidade. Fechei a casa e corri para o banheiro, eu tinha ficado o dia todo fora. O suor tinha se impregnado em mim. Tomei um bom banho. E vesti um vestido amarelo simples de altura na metade das coxas. Olhei pela janela e Austin não estava no quarto. Passei perfume e uma leve maquiagem, só o pó para melhorar a aparência. Soltei meus cabelos que estavam cacheados e sorri de frente ao espelho. Atravessei a árvore e fui atrás do loiro. Ele estava na cozinha, lavando a louça. Seus cabelos demonstravam que ele também tinha tomado banho a pouco tempo, estavam úmidos.

–Austin? -o chamei e ele olhou para trás rapidamente e sorriu ao me ver. Ele já tinha terminado, e quando pensou em chegar perto de mim, a porta da sala se abriu. Seus pais tinham chegado. -Olá! -Eu falei e eles sorriram, logo estavam na cozinha junto conosco, e em mais um momento o loiro me olhava com aquele olhar irritado, de que queria que nós estivéssemos sós. Eu RI e peguei meu celular. -Bom vou indo, vim desejar boa noite. -A mãe de Austin beijou minha testa e o seu pai acenou enquanto ligava a TV. -Vou pela árvore! -Gritei subindo as escadas e os pais deles riram. Enquanto caminhava, digitava uma mensagem para Austin.

"Me segue? " -Perguntei e ele logo respondeu.

"Estarei aí. "

Eu sorri e me encostei na parede do quarto esperando ele entrar. Passaram-se alguns minutos e eu o ouvi chegar perto. Quando ele entrou no quarto que não me achou eu o abracei por trás beijando suas costas. Só senti um rápido giro e logo sua boca estava na minha. Nosso beijo era urgente, intenso e desesperado. Meu Deus que saudade que eu estava dele!

Ele tocava em meu cabelo, e em minha nuca, logo me puxava para mais perto e me apertava mostrando as suas saudades. Nós sorrimos entre o beijo. Nós afastamos sem fôlego, procurando ar. Ele me puxou pra mais perto e eu senti o calor de seus braços. Ele me abraçava forte e beijava meu pescoço me fazendo arrepiar.

–Ah que saudade de você morena! -Ele falou e me puxou para mais um beijo. -Por favor, diga que você vai ser minha hoje All, eu não aguento mais ficar sem você! -Eu sorri e o beijei de novo, logo ele estava sentado na cama, e eu em seu colo. Ele me beijava e eu correspondia com a mesma paixão.

–Eu serei sua meu amor! Eu já sou sua! -Falei e mordisquei seu lábio inferior e ele sorriu me levantando e me deitando em minha cama, ficando sobre mim, onde o seu desespero em me ter resultava em beijos depositados em meu corpo.

E entre beijos quentes e muitas carícias, nossas saudades foram matadas no silêncio da minha casa, e do meu quarto. Onde os nossos beijos, e mordidas provocantes nos faziam a cada minuto ficarmos mais conectados, e mais uma vez, finalmente eu era inteiramente dele, e ele era inteiramente meu.


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Notas finais do capítulo

Tenho um comunicado: TBG acabará nessas férias! Não me matem calma! Gente, é ruim, mas uma hora ou outra ela acabaria. Mas calma, ainda terá alguns capítulos, não sei quantos ao certo, mas terá. Daqui para frente as coisas mudaram, veremos nos próximos capítulos o que acontecerá! Beijos! Até o próximo! 💕💕