Pequeno pedaço de morte escrita por Ann


Capítulo 5
Marcada.


Notas iniciais do capítulo

Então, voltei aqui depois de milênios asoidnasdlknasdasda espero que gostem!



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Posso dizer que Roy fez um bom trabalho em me ignorar durante um bom tempo. Até mesmo quando eu vomitei os cacos de vidro que meus dedos não capturaram, ele nem olhou para mim antes de pegar o vidro babado ( nojento) e jogar pela janela do carro.

Eu: Você pode acertar alguém com isso. - resmunguei, mas ele fingiu que não ouviu. Fiquei encarando com raiva seu rosto torcendo para que meus estranhos poderes incluíssem soltar laser pelos olhos.

Óbvio que não aconteceu, mas garanto que com certeza algo mudou.

A estrada na nossa frente se retorcia, como se fosse feita de geleia e alguém estivesse balançando o pote. Esfreguei os olhos, sem acreditar no que via. As cores iam e vinham na minha cabeça e eu não conseguia focar em mais nada, até que uma luz forte me atingiu.

Eu: O que é isso? - Perguntei e segurei forte a mão de Roy, mas eu não vi a sua reação, até por que não estava vendo nada.

No momento em que a minha visão voltou, comecei a me sentir estranha. Não estranha o tipo " céus, estou cuspindo vidro" mas estranha... feliz?

Não me pergunte a razão, mas eu sentia que naquele instante, nada no mundo poderia me atingir, soltei imediatamente a mão de Roy e dei um riso espontâneo.

Roy: Kate? - Finalmente ele havia parado de me ignorar, mas agora eu não queria mais a sua atenção. Não precisava. Quem Roy era, perto do ser perfeito que eu sou?

Nada pode machucar Katherine Mason, e eu gargalhava diante desta conclusão.

Roy: Katherine, você está me assustando. - Ele tirou os olhos da estrada e me encarou.

Parei de rir e só continuei sorrindo para o nada.

Roy: O que está acontecendo? - Então ele tirou uma mão do volante e virou o meu rosto, para que eu encarasse ele de volta.

Aqueles olhos... Ele me olhava preocupado enquanto eu só pensava em tê-lo para mim.

Eu: Só estou cansada. - falei com uma voz de menina indefesa e enjoada, que saberia que ia convencê-lo a parar para que eu descansasse.

Roy: Ah, você me assustou. Podemos parar em algum lugar.

Qualquer lugar.

Roy: Olha, Kate, a próxima parada é em vinte minutos, ok?

Eu: Sem problemas. - Falei esticando os dois braços para cima- onde nós vamos parar?

Roy: Só vamos continuar a rota que eu recebi.. Nas paradas que estão nelas.

Eu: E onde é essa tal parada?- foi essa pergunta que saiu, ao invés da óbvia pergunta " Que rota?"

Roy: Em uma casa perto de uma pequena cidade.. agora ela está abandonada há anos, eu preferia passar esta parada, mas...

Estava fácil demais.

Roy: Só fico preocupado, se aqueles demônios nos acharem, vai dar problema.

Mal sabia ele que o maior problema ali... era eu.

Estava escuro demais quando paramos na tal casa abandonada que era excelente, pois como percebi, minha lista de poderes incluía enxergar no escuro sem problemas.

Mas logo vi que isto não seria exatamente uma vantagem, quando Roy começou a mexer em sua mochila, claramente conseguindo ver tudo ali também.

Eu definitivamente, teria de aprender mais sobre humanos subordinados.

Talvez a visão perfeita de Roy não fosse um problema tão grande assim, afinal. Percebi isso quando ele me olhou de cima a baixo meio em dúvida. Claro, eu ainda estava vestindo somente um short curto e meio rasgado com uma camisa mais rasgada ainda.

Ele balançou a cabeça e desceu do carro, tendo o cuidado de ter estacionado entre algumas árvores. Sorri para mim mesma e desci logo em seguida.

O rapaz me guiou pela escuridão - apesar de não ser necessário- até a casa, que eu chamaria de chalé. Apesar de Roy falar que preferia não ficar ali, a casa pareceu extremamente encantadora aos meus olhos, encantadora porém mal cuidada. Era um pequeno espaço que eu tinha certeza que contava apenas com um quarto, e pelo visto ninguém entrava lá há anos.

Estranhei quando entramos, pois notei que ela estava... Limpa? A casa estava visivelmente abandonada mas por dentro estava extremamente faxinada.

Roy: Estamos preparando sua fuga há anos.- Ele comentou reparando meu olhar.

Eu: Fuga?

Roy: Desde o momento em que nasceu, os lugares certos foram preparados para você fugir na hora certa. - Ele comentou.

Estranhamente, eu não estava dando a mínima para isso. Sentei em uma poltrona e ele acendeu a lareira, então olhou para mim. Claro que eu só tinha pedido para parar ali por um único motivo.

Eu precisava ter Roy. Não sabia a razão, mas sabia que precisava tê-lo. E por isso não ligava para qualquer outra coisa que ele me contasse.

Nem pense nisso. Ouvi aquele meu amigo quando meu olhar cruzou com o de Roy e ele leu a minha expressão.

Eu sabia que era ele.

Eu não pensei em absolutamente nada. Respondi, inocente. Vi que ele arregalou os olhos quando percebeu que eu também podia brincar com a mente dele.

Opa, eu podia brincar com a mente dele?

Era ele que brincava com a minha?

Espera aí.... Por que minha mente estava ignorando todas aquelas informações importantes?

Arregalei os olhos quando percebi que uma batalha se travava dentro de mim, eu queria ter Roy mas algo muito forte me dizia que eu não devia fazê-lo.

O que porra eu estou fazendo? Desesperada, percebi que eu estava prestes a me atirar naquele cara. O que está acontecendo aqui?

Mas logo,os meus pensamentos normais foram abafados pela " outra Kate" novamente,e ela me invadiu, eu deixei ela tomar conta de mim, eu gostei quando ela fez isso.

Roy: Kate?- Ele deve ter acompanhado a mudança de expressão que eu tive: Desejo, confusão, medo, desejo e superioridade.

Eu: Sim?- Perguntei, me sentindo novamente superior, e me levantei.

Roy: Você está meio.. esquisita. - ele parecia confuso.

Eu: Esquisita? - repeti usando a melhor voz de falsa-inocência que consegui encontrar. Ele andava para trás enquanto eu caminhava até ele.

Até que ele parou de andar e eu o empurrei em cima da cadeira que estava nas suas costas.

Roy: O que exatamente você pretende fazer, Katherine?

Me abaixei até que nossos olhos ficassem no mesmo nível e sorri para ele.

Eu: Diga-me você. - E sentei em seu colo, puxando seu rosto para mim.

Tudo foi tão rápido que ele demorou alguns segundos para me questionar.

Roy: Kate, você é linda, mas eu não acho que isso seja uma boa ideia. - Ele falou para mim, tentando se afastar.

Devo dizer que ele parou de lutar quando eu comecei a roçar meus lábios em seu pescoço. Ele continuou seu discurso sem sentido, mas ao invés de me empurrar, deixou que eu beijasse sua garganta, contradizendo tudo o que ele tentava me falar.

Homens.

Roy parecia ainda ter dúvida quando eu cheguei perto dos seus lábios, mas eu não dei tempo para ele protestar e pressionei minha boca contra a dele, só então ele parou de blábláblá.

E para provar que eu não sou a única culpada, ele também traçou a minha boca com sua língua.

Nossa, você deve estar achando que eu sou uma vagabunda, mas não era bem assim. Garanto que não faria isso se estivesse normal, mas a questão era essa, eu não estava normal.

Eu não sei exatamente a razão de estar me sentindo assim mas o que me levava a explorar os lábios dele naquele momento, era algo além do meu alcance, algo que eu não controlava, algo que no fundo, eu sabia que era terrível.

Mas não tive como me aprofundar no assunto " Coisa ruim" pois logo eu já estava arrancando a camisa dele, e ele a minha.

Só então quando passou o olhar pelo meu corpo, ele me empurrou.

Eu: Mas que porra? - perguntei em pé na frente dele.

Roy: Kate, eu realmente não acho que é isso o que você quer. - Ele afirmou sem qualquer traço de dúvida na voz, e pôs as duas mãos na minha cintura. Não de um jeito sensual, e sim para... Me manter parada?

Eu: E como você poderia ter tanta certeza disso? - Falei irritada.

Como aquele vermezinho podia me rejeitar desse modo? Quem era ele para dizer o que eu quero ou não?

Roy: Não creio que isso seja uma tatuagem.

Tatuagem? Olhei para onde ele me encarava e quase desmaiei ao fazer isso.

Por que na base inferior da minha barriga, onde o short começava, subia uma marca... traços negros e vermelhos, e eles estavam se mexendo, indo para cima. Estavam quase no meu umbigo.

Roy: Parece que alguém aqui foi marcada.

Perdi todo o sentimento de superioridade naquele momento.


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Notas finais do capítulo

E então, eu to percebendo que PPDM não está tendo grande repercussão, por favor quem (se) estiver lendo, comente para eu saber continuo ou não a história, beijinhos.



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