Amor sem Compromisso escrita por BecaM


Capítulo 13
Sonhos Sem Nexo




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POV Austin

– Cancêr? - perguntei confuso.

– Sim, estado terminal.

– Ally, eu sinto muito, mesmo.

– Não sinta. Você nem a conhecia!

– E nem preciso. Eu agradeço todos os dias por ela ter te trago ao mundo. E eu realmente, sinto muito.

– Os médicos dizem que ela tem poucas chances de sobreviver. Um deles me disse que na média de seus pacientes, entre dez, apenas um sobrevive no estado terminal.

– Você deve estar sofrendo muito mais do que eu imagino.

– Eu estou praticamente morrendo por dentro, Austin! Fui afastada da minha mãe quando eu era um bebê! Só falo com ela no máximo cinco vezes por ano e quando eu recebo uma ligação dela que na verdade era para o meu pai descubro que ela está morrendo!

Ally já estava aos prantos, ela estava chorando no meu ombro, depois se aconchegou no meu peito. (http://31.media.tumblr.com/tumblr_lya21v1RHc1r8zes4o1_500.gif)

– Ally, não chora. - implorei - Você é mais forte do que isso…

– Não! Não sou! - gritou ela.

– Sim, você é. - repliquei - Olha só. Você consegue aguentar isso, sim. Eu odeio ver você chorando, odeio te ver triste.

Ela enxugou algumas lágrimas.

– Eu quero que você me prometa uma coisa. - falei - Prometa que não vai mais pensar nisso, e eu farei você ter os melhores três meses da sua vida.

Ela não disse nada. Sentou-se novamente e disse:

– Eu te amo…

– Eu também te amo pequena.

– Vou por o pijama. - disse ela.

– Ok.

Ally se levantou, se trocou e deitou na cama. Logo depois eu me levantei e pus meu pijama.

Assim que deitei ao lado dela, Ally me abraçou e em seguida pegou no sono. Eu gosto tanto de vê-la dormir, é como ver algo impossível. Como um unicórnio. Ok, acho que já estou viajando…

(...)

Eu tive um sonho muito estranho, na verdade ainda estou tendo-o.

Estava na praça de alimentação do shopping de Miami, aparentemente parecia tudo normal, com exceção das vestimentas das pessoas e da decoração do shopping: tudo praticamente branco. Isso mesmo! Tudo da mesmíssima cor.

Até eu estava vestindo roupas brancas. Ok, fiquei um pouco desesperado com isso, tanto que corri até a Sonic Boom, onde encontrei Ally (ignorem o Austin na foto). Ela parecia ter 14 anos de novo. Corri até ela e disse:

– Cacete! Por que ta tudo branco?!

– Primeiramente, falar palavrões é muito feio. - disse ela em tom infantil - Segundo, branco é a cor do momento. Não notou? - ela deu uma voltinha para mostrar sua roupa.

– Ally, o que aconteceu com você? Você é a garota mais estérica e preocupada que eu conheço.

– Ally? Essa é a minha mãe, bem o apelido dela. Meu nome é April. - disse ela.

– April? - perguntei confuso. - Acho que te confundi com…- Logo lembrei que Ally sempre disse que queria que sua filha se chamasse April... - Espera. - falei - Qual o nome do seu pai?

– Austin. Aliás, você parece com ele quando tinha a minha idade. Você o conhece?

– De certa forma…

O sonho mudou, agora eu estava no Marino HS. Estávamos todos na sala de música, todos encolhidos contra as paredes. Ally estava chorando e tremendo no meu peito, ela me abraçava com força, eu esfreguei a mão no braço dela como se estivesse dizendo: Vai ficar tudo bem.

Logo eu entendi tudo, um som de tiro soou do lado de fora da sala. Portas bateram, gritos soaram, passos ligeiros pelos corredores e o som que eu menos esperei ouvir: o gatilho.

– Onde está esta compositorazinha sem talento? - dizia Kira do lado de fora como uma canção de ninar.

– Eu vou lá. - disse Ally se levantando.

– Nem pensar. - protestou Trish.

– A qual é, se não fosse por ela nada disso teria acontecido! - disse Cassidy.

Ally andou até a porta, assim que pos a mão na maçaneta, eu levantei e puxei-a.

– Me solta! - disse ela com autoridade

– Não vou deixar você fazer algo tão estúpido.

– Solta! - disse ela mais firme.

Eu soltei-a e ela saiu. Alguns minutos depois, ouvi o último conjunto de sons que eu queria ouvir: um tiro, e um grito.

Logo acordei, eu praticamente quase pulei da cama gritando:

– Ally!! - gritei.

– O que aconteceu?! - perguntou ela preocupada sentando na ponta da cama, ela parecia bem.

– Nada, pesadelo.

– O que você sonhou? - perguntou ela.

– Não importa, não agora…

– Ok.

– Me da um abraço? - pedi.

– Claro.

Ela sentou mais próxima de mim e me abraçou com força, eu fiz o mesmo.

Será que esse sonho irá se tornar realidade? Ally realmente colocaria sua vida em risco para enfrentar Kira?


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