Irmãos da Revolução Francesa. escrita por G V Gomes


Capítulo 1
O roubo.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.......



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A Bastilha estava em chamas, Aaron se apoiava em sua baioneta para andar, em sua testa um corte profundo e o escorrer do liquido grosso avermelhado, precioso para a corpo. Sua pele branca estava agora suja com a fuligem da arma, assim como seus trajes cerúleos manchadas com seu próprio sangue, o rapaz caminhava mancando por entre os corpos sem vida, muitos soldados, homens, mulheres e crianças, Aaron parecia procurar alguém; afinal onde estava seu irmão Heron...
Espere, como foi que isso chegou a este ponto? Você me pergunta. Irei lhes contar deste o inicio a historia dos irmãos Gerard e da Revolução...
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Em um dos primeiros dias de setembro, em 1770. Em uma casa de telhados altos, um grande piso inferior; que continha uma grande sala de estar e jantar, o hall e por fim a cozinha, enquanto no andar superior, onde se achavam os quartos banheiros e a biblioteca, era em um dos quartos que se encontra uma mulher, muito bela; de longos cabelos negro, pele clara e com olhos azuis fascinante. Já era tarde da noite, quando a Senhora Gerard, entrara em trabalho de parto. O Senhor Pierre, estava aflito, por situação, sua esposa gritava e gemia de dor, sem o sinal da chegada da parteira.
–Monsieur* Gerard, a parteira Helena está aqui. -Anuncia um homem de nariz enorme com uma roupa preta elegante.
–Venha, venha depressa. -Pierre Gerard, era um burguês, era um banqueiro, que pela primeira vez estava inquieto, e inseguro. Ele logo foi empurrando a velha parteira de cabelos atrapalhados para dentro do quarto.
–Oh mon Dieu!* -A parteira gritou assustada, a mulher estava gritando muito. -Senhor Gerard, farei o possível. -Ela tenta confortar o homem. Deitada na cama a Senhora Gerard gritava sentia uma dor insuportável. -Empurre minha querida. -A parteira pede calma, mas a mulher não ouve devido aos próprios gritos. -Empurre! -A Senhora Gerard usa todas as suas forças para tal ato, dando em fim a luz a um garoto. -Minha Senhora, veja é um garoto. -Exclama a parteira, mas a mulher urra de dor, era outra contração que sentia. -Força Madame, não desista agora. -Helena segura as pernas da mulher, que que grita muito alto, aponto de assustar o bebê já nascido. -Está quase. -E unindo sua ultima força pari outro menino, Mas o preço lhe foi alto, deixara de viver ali mesmo, Helena então coloca seu plano em ação. -Senhor, por favor poderia dar-me alguns panos velhos? -Desesperado Pierre Gerard corre para dar a parteira o que ela queria.
–Aqui está Senhora. -O homem entrega um saco de viagem para soldados e tem a porta fechada em seu rosto.
–Meu filho, nasceu morto, e você sua burguesinha dá a luz a dois enfants*, você não poderá cuidar dos dois, deixe que eu cuide de um... -A parteira em um ato de rancor e magoa rouba um dos recém-nascidos da família Gerard, e o coloca com cuidado em meio aos panos manchados de sangue, que ela mesma havia deixado no saco. Helena limpa o lugar, antes de abrir a porta para que o homem entrasse e visse sua esposa falecida e um de seus filhos. -Senhor Gerard, é um garoto, -O homem abre um enorme sorriso, -mas vossa esposa não resistiu e faleceu. -A alegria de Pierre desaparece, dando lugar a lagrimas. -Se me der licença senhor, irei... -O bebê no saco começa a chorar, e Helena tenta fingir um choro maior ainda. -...Desculpe é que é tão lastimável sua perda.... Buuuuuáááá, cof, cof... -Helena gira os calcanhares e sai do quarto rapidamente.
–Espere. -Pierre corre para alcançar a mulher.
–Ce n'est pas*. droga, droga, droga.... -Oui*, senhor? -Helena alterou a tom de voz, a medida em que o homem se aproximava.
–Tome dois francos. -o homem paga Helena e sai para ficar com o pequeno recém-nascido, estava tão apresado que nem notou os chorinhos de seu outro filho.
Ao sair da casa, Helena entra em um beco e tira as roupas de parteira, abre um caixote de madeira estranhamente escondido, ao abrir a tampa ela vê uma velha amordaçada, a mesma velha que era conhecida como parteira. -Obrigada. -Diz ela jogando as roupas de parteira em cima da idosa, assim como o saco de roupas sujas; tendo cuidado para ficar com o bebê no colo, e com um rápido movimento desaparece na escuridão da noite.
Dentro da casa, Pierre ergue o garoto sobre sua cabeça, admirando o menino de todos os modos, viu uma mancha no peito d bebê, o que de fato era um sinal de nascença, o garoto tenta abrir os olhos para ver seu redor; como qualquer criança curiosa, mostrando um pequeno brilho azul.
–Chamá-lo-ei de Aaron, em homenagem ao pai de minha falecida esposa. -Uma lagrima corre dos olhos do pai e o pequeno Aaron esboça um sorriso banguela.
Em um local distante da casa dos Gerard, no subúrbio da cidade parisiense em uma prédio velho com uns três andares de altura feito de madeira velha, onde funcionava o Albergue dos Leons.
– Monsieur*, está bem? -Jack pergunta para um homem gordo bêbado bem vestido, e o roubando descaradamente.
–Cher*, veja é um belo menino! -Helena entra gritando comemorando o suposto nascimento de seu filho.
–Mas é um belo menino! -Jack ergue o garotinho e vê uma mancha em seu peito. -O que é isso?
–É uma marca de nascença, querido. -Helena responde ao homem, insegura.
–Por mim está bem... -O homem beija a testa do bebê e o devolve a mulher, com um sorriso no rosto. -Chamaremos ele de Heron, Helena este rapaz vai nos tirar da pobreza. Bebida para todos.... -Ele vê que a comemoração foi grande, então completa. - Todos os que já pagaram!
De volta a casa dos Gerards, Pierre tinha o pequeno Aaron nos braços, quando seu criado entro para falar com ele.
–Monsieur*, uma senhora quer falar com você.
–Ora então mande ela entrar...
–Senhor, é que ela esta de roupas de baixo.... -O criado parecia encabulado.
–Segure meu filho, deixe que eu mesmo falo com ela. -Pierre se levanta e entrega o garotinho sonolento para o velho, ao sair de casa vê uma velha com trajes inapropriados para o lugar. -O que deseja, senhora?
–Eu sou Julia.... Sou a pateira. -A velha gaguejava muito.
–Não é possível, a parteira saiu de minha casa há minutos. A não ser que....
–Senhor, aquela mulher me amarrou e me jogou em uma baú, roubou minhas roupas e....
–E o quê? Diga! -Pierre sentia que algo estava errado, sentia um frio vindo de sua barriga.
–Senhor, ela lhe roubou um filho! -Desesperada a velha parteira grita.
–Um filho!? Mas ela me disse que.... -O Pierre dá um passo para trás.
–Senhor, sua mulher pariu duas crianças, e como eu havia realizado o parto daquela mulher, sei o por que dela ter lhe roubado o filho, é porque seu ventre matou a próprio filho.
–O que!?
–Isso mesmo, Monsieur*, o bebê que ela deu a luz nasceu morto.
–Oh mon Dieu!* -O coração de Pierre acelera a cada palavra da idosa. -Entre, minha senhora, deve estar morrendo de frio, aceita uma xícara de chá ou outra coisa? -Os dois entram na casarão e iniciam uma longa conversa sobre o parto de Helena e sobre o recém-nascido.


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Notas finais do capítulo

Monsieur.->Senhor.
Oh mon Dieu.-> Oh, Meu Deus.
Enfants.-> Crianças.
Ce n'est pas.-> Essa não.
Oui.->Sim/sim, sou eu.
Cher.->Querido.