POV Maxon

Hoje era o aniversário de sete anos dos gêmeos, e desta vez, America havia convidado Nicoletta e sua família para comemorar conosco. Eles chegariam hoje de manhã, já que eu estava de madrugada tentando resolver os problemas do reino. Segundo algumas pesquisas feitas por meus oficiais, os rebelados estavam crescendo tanto em número quanto em poder bélico, e isso poderia levar a grandes problemas algum dia. Eu pensava em mil e uma soluções, mas nenhuma parecia boa o suficiente. Eu estava concentrado demais para notar quando America entrou no escritório e se aproximou, me assustando quando me tocou no ombro.

– Querido, venha dormir um pouco. Nicoletta logo chegará e você deverá estar disposto para recebê-los ou ao menos cumprimentá-los. – disse ela.

Eu concordei com minha cabeça e nos dirigimos até o nosso quarto. Ao sentar na cama, ela começou me despir vagarosamente, até me deixar apenas com minha cueca Box. Nos deitamos na cama, e ela começou a massagear os meus ombros. Eu realmente precisava daquilo, todo o meu trabalho estava me deixando muito nervoso e tenso. Antes que eu pudesse notar mais alguma coisa, minhas pálpebras pesaram e eu caí em um sono profundo.

Fui acordado pelos lábios de America, que passeavam por toda a extensão de minhas costas. Eu me virei, sorrindo, e a beijei.

– Você não deveria acordar os gêmeos? – perguntei.

– Querido, são sete horas da manhã, você me pediu para eu lhe acordar neste horário, não se lembra? – ela disse, me encabulando.

– Não, não me lembro de absolutamente nada. – eu disse, fazendo-a rir.

– Venha, levante-se e vamos tomar banho. – disse ela, me puxando levemente pela mão.

Depois de tomarmos banho e trocarmos de roupa já havia se passado uma hora, ou seja, já era hora de acordarmos os nossos filhos. America foi para o quarto de Katrina e eu fui para o quarto de Ethan. Depois que Ethan descobriu de que um bebê chorava e acordava muito a noite, ele pediu para mudar-se de quarto. Eu abri a porta vagarosamente e lá estava o meu ruivinho, dormindo feito um anjo. Me aproximei dele e o dei um beijo suave na testa.

– Acorde filho, já é hora de se levantar. – eu sussurrei em seu ouvido.

– Tudo bem papai. – disse ele, abrindo os olhinhos vagarosamente.

– Bom dia, filho. – eu lhe disse, com um sorriso.

– Bom dia, papai. – disse ele, quase saltando da cama após se espreguiçar.

– Ok, agora tome um banho e nos encontre no hall principal, certo?

– Não vamos ao escritório hoje?

– Hoje não filho, afinal é um dia muito especial e teremos visitas! – eu lhe disse, enchendo minha fala com meu ânimo.

– Eba! – disse, e logo em seguida correu em direção ao banheiro.

Sorri e fui até o quarto de Malcolm. Ao me aproximar de seu berço, não me atrevi a acordá-lo. Ele dormia profunda e calmamente. Ouvi o ranger da porta e de trás dela, saiu America entrando no quarto. Ela se aproximou de mim e sussurrou em minha orelha.

– Com medo de acordá-lo? – perguntou.

Concordei com a cabeça, fazendo-a sorrir. Ela se aproximou mais do berço e chamou Malcolm algumas vezes, bem baixinho. Logo ele abriu seus olhos azuis e sorriu ao nos ver. America sorriu também e o pegou no colo. Ela o balançou de leve e em seguida trocou sua fralda e roupa.

– Querido, vá ver se Katrina já está pronta? Você sabe que ela demora bem menos que Ethan.

– É pra já. – eu disse, já saindo do quarto.

Ao chegar ao quarto de Katrina, primeiro bati na porta e perguntei se poderia entrar, ao qual uma voz doce permitiu a minha entrada. Quando coloquei meus olhos em minha filha, não acreditei no quão bela estava. Ela usava um vestido amarelo rodado um pouco abaixo do joelho, brincos de rubi e sua tiara de princesa na cabeça. Ela e Ethan têm suas coroas desde o dia em que nasceram, mas nunca tiveram uma cabeça do tamanho certo para usar.

– Minha princesa...você está...está...

– Linda! – gritou America com Malcolm nos braços, logo atrás de mim, me cortando.

Eu corri até ela e a abracei. Ela sorriu com o elogio da mãe. Depois disto, fomos até o quarto de Ethan. Ele usava um terno azul que eu havia colocado em seu closet esta manhã, como presente de aniversário. Também usava sua coroa de príncipe e sapatos sociais marrom. Ele correu até mim e me abraçou.

– Obrigado papai. – disse ele.

Eu sorri. Com minha mão esquerda peguei na mão de Katrina e com a direita a mão de Ethan. America andava ao nosso lado, com Malcolm rindo em seus braços. Na metade do caminho até o hall principal, um guarda veio nos avisar que a família real da Itália havia chegado, deixando os gêmeos eufóricos. Nós nunca havíamos recebido visitas de outros países, apenas nossa família. Pelo menos, não a pouco tempo suficiente para Ethan e Katrina lembrarem. Ao chegarmos ao hall, uma loira, um moreno e uma garotinha loira estava de costas.

– Nicoletta! – America gritou, correndo até a amiga. Nicoletta se virou um pouco, porém Alissio impediu que America se aproximasse. Ambos estranhamos, até que Nicoletta se virou totalmente e pudemos ver um bebezinho moreno em seus braços. America esboçou um sorriso e ela e Nicoletta deram um gritinho ao mesmo tempo, fazendo eu e Alissio rirmos.

– Você teve outro filho! – disse America.

– Você também! – disse Nicoletta.

America se aproximou um pouco mais de Nicoletta e tocou levemente no rostinho do bebê.

– Qual o nome dele? – perguntou America.

– Pietro. E ele? – perguntou Nicoletta, apontando para os braços de America.

– Malcolm. – disse America no entusiasmo. – Maxon, poderia segurar Malcolm um pouquinho? – ela me perguntou e eu logo o peguei e meus braços. Nicoletta também deu Pietro para Alissio. Elas se abraçaram fortemente.

– Quanta saudade, amiga! – disse America.

– Eu também senti saudades! – disse Nicoletta.

Elas se afastaram e Nicoletta fitou os gêmeos, que estavam escondidos atrás de Meri.

– Nossa! Como eles cresceram! – disse Nicoletta. – Ah, como eles ficaram fofos! – disse, fazendo Katrina corar.

– E a sua Adelaide? Como está mocinha! – disse America.

– Ei, aonde ela está? – disse Nicoletta, virando-se logo em seguida e depois notando que a filha estava atrás dela mesma. Ela conduziu Adelaide até a sua frente e America fez o mesmo com os gêmeos. – Filha, esses são o príncipe e a princesa de Illéa, Ethan e Katrina. – disse Nicoletta.

– Crianças, essa é a princesa da Itália, Adelaide. – disse America.

Katrina olhava fixamente para Adelaide e vice versa. Ethan olhava admiradamente Adelaide.

– Você é também é loira. – disse Katrina, acanhadamente.

– Sim. – disse Adelaide, igualmente. Em seguida, elas se abraçaram, como se fossem amigas a anos. Todos nós rimos, menos Ethan. Adelaide se aproximou dele, sorrindo, e o abraçou também, porém não foi correspondida. Ethan a olhava de queixo aberto, quase babando em cima da menina. Nicoletta e Alissio riram.

– America, segure seu filho! – disse Nicoletta. America notou, logo em seguida, o estado de Ethan e riu também.

Depois disso, todos fomos ao jardim. Nós fizemos um piquenique enquanto Katrina, Ethan e Adelaide corriam, brincando, pelo jardim. Eu gostava de vê-los assim, brincando como crianças normais.

Depois daquele dia, Katrina e Adelaide viraram melhores amigas, e Ethan, um grande “admirador” de Adelaide.