POV America

Seis anos. Era inacreditável como o tempo passava rápido. Katrina, como eu já desconfiava, puxou pelo meu lado, e agora ama a música. Há alguns dias, eu estava na biblioteca. Era noite, eu já tinha posto os gêmeos e Malcolm para dormir, estava apenas esperando Maxon para ir para o nosso quarto. Eu estava tocando piano, o que eu sempre fazia quando esperava Maxon, quando um barulho logo atrás de mim me chamou a atenção. Virei-me calmamente, e lá estava ela, Katrina. Eu lhe lancei um sorriso e fui até ela.

– Querida, por que não está na cama? – eu a perguntei docemente.

– Não consigo dormir, mamãe. – disse ela, um pouco sonolenta.

– Venha, eu vou colocá-la na cama novamente. – eu disse, já pegando em sua mão. Ela me puxou um pouco insistente.

– Não mamãe! Eu não quero dormir! – disse ela.

– E o que a princesinha deseja fazer? – eu disse a ela, brincalhona.

– Eu quero te ouvir tocar piano. – disse ela, me fazendo sorrir. Eu concordei com a cabeça e a conduzi até o banquinho do piano.

Sentei-me e coloquei-a ao meu lado. Comecei a tocar uma música doce, enquanto ela observava os meus dedos atentamente. Depois de alguns instantes, seus dedinhos começaram a dançar pelo teclado. Eu sorri e tirei suas mãos cautelosamente do teclado. Ela me lançou um biquinho, me fazendo rir. Separei seus dedinhos e fui pressionando um por um nas teclas. Ela ficou maravilhada ao perceber que música poderia realmente sair de suas mãos, em vez de apenas notas desgarradas. Depois, eu comecei a tocar uma música vagarosamente e pausadamente para ela me imitar e tentar aprender. Após alguns minutos, ela tinha pegado o jeito. Ao tentar me imitar em uma música mais rápida, ela se embolou toda, me fazendo rir mais ainda.

Após um tempo, que mal sei determinar, Maxon chegou vagarosamente e nos assustou. Ele gargalhou, pendendo sua cabeça para trás de tanto rir. Katrina bocejou, demonstrando que já estava na hora de seu sono. Eu e Maxon a levamos até o seu quarto e a colocamos na cama. Fomos calmamente para o nosso quarto, em um silêncio que ambos não ousaríamos quebrar. Quando entramos, ele trancou a porta, como fazia toda a noite.

Dirigi-me até o cabideiro onde minha camisola estava, peguei-a e dirigi-me até o banheiro para trocar de roupa. Depois que troquei, encontrei um Maxon apenas de cueca, deitado na cama, lendo um livro desconhecido por mim. Aproximei-me e engatinhei até ele. Toquei em seu abdômen, que insistia em se manter duro e definido, e passei meus dedos até sua cueca Box. Ele desvencilhou seu olhar do livro e olhou desentendido para mim. Tirei o livro de suas mãos, o fechei e coloquei na mesa de cabeceira. Ele colocou suas mãos em meus cabelos e começou a brincar com os pelos em minha nuca. Aproximei o meu rosto de seu, até senti a sua respiração em minha bochecha. Ele roçou a ponta de seu nariz na ponta do meu e depois me beijou calmamente. Fui aproximando o meu quadril do seu, e quando não restou mais nenhum espaço entre nós, me senti ofegante. Nós nos separamos por um instante, para recuperarmos o fôlego. Ele sorriu e eu também, quase ao mesmo tempo. Voltamos a nos beijar, mas urgente desta vez. Suas mãos passeavam rapidamente por minhas costas, enquanto os meus dedos brincavam com os seus cabelos. Uma alça de minha camisola caiu pelo meu ombro, e eu não me importei em erguê-la novamente. Maxon parou abruptamente e ficou olhando fixamente para mim.

– O que foi querido? – perguntei.

– O quanto eu desejei este momento. – disse, sorrindo.

– Querido, sou sua esposa, você sabe que sempre pode contar comigo, até para isso.

– Sim, eu sei. Mas temos muito a fazer e pouco para desfrutar de nosso tempo. Faz muito tempo que eu e você não nos envolvemos.

– Eu sei. Mas só o que podemos fazer é aproveitar as raras oportunidades que temos, e valorizá-las ao máximo

– Bem, então venha aqui. – disse ele, com um sorriso malicioso. – Temos muito a fazer.

E ficamos nos amando a noite toda.

Desde aquele dia, pareceu que nossas vidas tinham melhorado. Agora eu realmente sabia que estávamos bem, não tinha mais com o que me preocupar. Apenas com o aniversário de meus filhos. Eu já o havia feito tanto dentro quanto fora do palácio, desta vez, queria fazer algo diferente. Então decidi que em vez de dá-los presentes convencionais, eu os daria uma música. Automaticamente fui até meu quarto, e revirei partituras e mais partituras em busca de uma música perfeita. Até que a encontrei. Ela também tinha vocal, mas não me importei. Eu cantaria no aniversário de meus filhos.

Fui em busca de Katrina, que provavelmente estava com May e Ernest. E lá estava ela, brincando com os dois. Aproximei-me vagarosamente e toquei em seu ombro, o que fez ela se virar e sorrir para mim. Eu a puxei docemente pela mão até o hall principal. Katrina gostava de fazer exercícios, então ela sempre subia de escada, já Ethan era mais preguiçoso e sempre subia de elevador. Subimos calmamente pela escada e ao chegarmos ao hall, ela se surpreendeu. Eu havia pedido para colocar um piano infantil no canto esquerdo do hall, e lá ele estava. Isso era só o começo de minha surpresa. Ela correu até o pianinho e tentou tocar algumas notas. Eu me aproximei e ela simplesmente pulou em meus braços, me dando um abraço bem apertado.

– Obrigado mamãe! – disse ela.

– E ainda tem mais. – eu sussurrei em seu ouvido.

Ela me olhou com os olhos brilhando de curiosidade. Eu ri de seu estado e a puxei para irmos atrás de Ethan. Eu já havia pedido na cozinha para fazerem, em vez de dois bolos, um grande bolo metade rosa e metade azul. Eu pedi para levá-lo ao escritório de Maxon alguns minutos depois de eu passar pelo hall, então em breve estaríamos comendo um delicioso bolo. A quantidade de pianos no palácio era impressionante, um no nosso quarto, um na biblioteca, um no escritório e um no hall. Quando chegamos, abracei Ethan e o entreguei seu presente que eu havia escondido no escritório de Maxon. O entreguei a caixa e seus olhos saltaram quando ele a abriu. Era uma coleção de livros infantis com dez edições. Ele me abraçou mais forte, me agradecendo dessa vez. Maxon se aproximou e me deu um beijo rápido. Neste momento, a porta se abre e May entra com Malcolm nos braços. Eu o tomei rapidamente dela e ela saiu apressada pela porta. Logo em seguida, uma cozinheira entrou com o bolo em mãos. Ela colocou-o em cima de uma mesinha no canto do escritório. Ela fez uma reverência e saiu. Entreguei Malcolm a Maxon e me sentei no piano.

– Queridos, eu queria fazer algo especial para vocês hoje. Então, organizando antigas partituras, encontrei uma música animada de uma antiga cantora, Katy Perry. Essa música se chama Birthday. – eu disse, virada para Ethan e Katrina.

E cantei toquei como se não houvesse amanhã. Era uma música realmente animada, e claro, ela falava sobre aniversário. Pude notar Ethan e Katrina dançando perto de mim. Quando terminei de tocar, cada um me abraçou de um lado. Maxon se aproximou e me deu um beijo na testa, me fazendo sorrir mais ainda.

Foi a melhor música que eu já toquei na vida.