Os Diários de Mim Mesmo escrita por Arth Alves


Capítulo 4
Ah, o amor


Notas iniciais do capítulo

Por um assunto tãaaao extenso, tãaaao complexo e tãaaao subjetivo, ele pode estar em constante mudança e sendo aprimorado ao passar do tempo. Enjoy e perdoem-me se tiver sido cético demais.



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Amor

Quatro letras. Duas sílabas. Substantivo masculino. Tão carregado de sentimento que acho necessário olhar no dicionário:

“Afeição profunda a outrem, a ponto de estabelecer um vínculo afetivo intenso, capaz de doações próprias, até o sacrifício; dedicação extrema e carinhosa; apego; carinho; ternura; cuidado; zelo.”

Mas uma amiga minha já definia de outra forma tão satisfatória quanto:

“amor é tão awn

porém é muito blerghhhhaeghhhainFELIPEcuafff também”

É. Certas coisinhas as palavras (ou grunhidos, no caso dessa amiga) não podem definir. Certas coisinhas precisamos sentir com esse instrumento mágico, exaustivo e que muitas pessoas já desejaram não ter chamado “coração”.

Mas por onde começar? Começarei pelo início, ora, mostrando os meus pontos de vista, como de praxe. Quando penso em amor, não vejo apenas aquela pegação louca entre um casal (incluo os casais homossexuais). Existe todo aquele carinho, aquele vínculo de atenção e dedicação em viver ao lado de outra pessoa que você quer contar pro que der e vier. Mas essa pegação louca em que os jovens quase se engolem numa vulgaridade muitas vezes desmedida não me agrada tanto, além de influenciar absurdamente as crianças, que tem a mente corrompida por pensamentos não apropriados para a idade delas. Como qualquer adolescente, eu também gosto de ter alguém pra ter essas... “experiências”, rs. Mas que certas coisas passam dos limites, não há como negar. São tempos em que aquela simplicidade vista nos tempos nem tão distantes em que tocar na mão do seu amado era um absurdo são vistas como baboseiras e que o socialmente correto é pegar todos e todas numa noite só. “Mas Arthur, isso realmente é uma baboseira”. Meh. Talvez. Mas é importante que a galera saiba encontrar um... meio termo. Não é bonito ficar com todo mundo que vê pela frente como se o mundo estivesse acabando mas também é bem zuado crer que devemos voltar aos tempos antigos fofos porém inviáveis nos tempos de hoje.

Pegando esse gancho de amor na nossa atualidade, entre no ponto da homossexualidade. Não é algo complexo como dizem. Aliás, não é um tabu. Se é, não deveria ser. Ora, somos todos humanos (afinal, se está amando um animal, já entra em zoofilia, não homossexualidade), e enquanto humanos estamos em nosso total de direito de nos apaixonar por outros HUMANOS, independente de sexo, gênero, raça, religião ou qualquer outro desses pontos que apenas servem pra termos rótulos escritos na nossa testa para satisfazer a sociedade. Afinal de contas, se dois indivíduos se amam, que deixem eles se amarem. É disso que o mundo precisa, não é? Amor. Se alguém se incomoda com alguém estar junto de outra do mesmo sexo, então de duas, uma: ou essa pessoa é invejosa e nunca amou ninguém ou essa pessoa precisa se tratar.

Outro gancho: iniciação a amores. Sinceramente, sou suspeito a falar, nem sou experiente. Mas digo o seguinte: entrar no mundo de amores, sensações únicas de sentir um ser junto a ti, que você sente que te completa, que faz seus dias felizes, que você quer passar os dias inteiros com essa pessoa que te faz sorrir com pequenos gestos e palavras é também entrar num mundo de dor, onde ter decepções é um risco iminente, sentir alguém que você já amou (ou não) te trazendo dor é um fato e frustrar-se é algo taxativo. Existia um filósofo cujo nome me fugiu que tinha essa ideologia: amar traz uma sensação única de bem estar, mas que também acarreta sofrimento em mesma quantidade.

Sofrer por amor. Regra básica: ame-se em primeiro lugar. Sempre. Viva sozinho, se preciso for. Depender da crença de que aquela pessoa vai fazer ou sentir o mesmo que você faria/sente por ela é uma maldição (sem falar que algo inocente demais) que eu não desejaria nem pra pessoa que eu mais odeio. “Mas Arthur, eu amo ele/ela/it mais do que tudo”, pois bem, meu caro leitor, já começou errado. Se estou sendo cético demais pro assunto? Provavelmente. Mas é só um alerta antes que se percam nesse abismo que é o “sentir” e o “apaixonar”.

Por fim, talvez me contradizendo, digo: não desista. Amar dói e dá vontade de desistir? Sim. Amar cansa e frustra? Às vezes. Mas não devemos deixar que nenhum de nossos sentimentos morram dentro de nós. O mundo precisa de amantes. De semeadores dessa palavra absurdamente complexa chamada de “amor”. De um grito de pureza no caos de sentimentos pesados em que vivemos.


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Notas finais do capítulo

Perdoem as iminentes contradições D=



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