Modified - Interativa. escrita por uzumaki


Capítulo 38
Pray


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoinhas? Comassim eu demorei uma semana pra postar essa joça? Sorry migos ;-; eu estava tentando me acostumar com a última semana de aulas (começo as aulas quinta feira) e minha inspiração foi toda pra algumas ideias aí que eu andei tendo (a qual nem se a Daph lesse minha mente saberia) e que eu nunca vou postar. Acho que tenho mais criatividade quando escrever fica mais como hobby do que como "trabalho", tendo que atualizar toda semana, etc.
Também comecei a ler umas fanfics aí e estou completamente viciada e já considero essa bagaça a melhor fanfic que já li na vida.
Fiz uma conta no wattpad! Postei uma fanfic hoje (a que pretendo postar aqui no nyah), só que lá no wattpad ela via ter uma releitura diferente, porque aqui vou escrevê-la como interativa, e lá como fanfic mesmo (complicado? É). Mas se quiserem dar uma olhadinha: TessGW8 a fanfic se chama Atlantic.
Bem, nos vemos lá embaixo!



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Entrar em uma batalha já ganha foi bem fácil. Na verdade, tão fácil que Calebe desconfiou. Quer dizer, ele gostava de coisas que vinham fáceis. Quem não gostava? Mas estava muito fácil dessa vez. Ele verificou o céu, procurando alguma aeronave. Mas ele não tinha o poder de Grim. Então foi verificar com ela. Mas isso infelizmente não aconteceu. Ele tropeçou em uma pedra no chão. Se perguntando como foi possível quase se estabacar no chão pela segunda vez na mesma semana, ele ergueu a cabeça, encarando a casa a sua frente. Talvez tenha sido por causa da forma angulosa da janela. Ou pela cadeira balançando sozinha na varanda. Foi como se tivessem ligado uma tomada na sua cabeça. E ele mergulhou nas lembranças de outra pessoa. Que ele conhecia muito bem.

Haviam muitos guardas. Ao ver o garoto com uma cicatriz no rosto e perdendo sangue, eles reconheceram. Allec Campbell, o segundo filho de Uriah. O garoto da lâmina sangrenta, como eles chamavam.

– Rápido, segurem o garoto, ele está desmaiando! - Um dos guardas gritaram.

– Meu pai... - Allec murmurou. - Onde ele está?

– Ele está lá dentro, menino. Sua família inteira.

– Minha mãe? Pietro? Louis?

– Louis está morto, Allec. - O guarda que o segurou disse. Allec estava delirando.

– Eu matei Rafael. E acho que matei Mariana. Ah meu deus. - Allec surtou. - Catherine... O que ela vai pensar? Ela vai querer me matar!

– Todos querem te matar nesse momento, criança. Mas seu pai não vai deixar.

– Isso... Meu pai. Me levem até ele. - Allec disse novamente claramente tonto.

Cinco minutos depois, e com muita dificuldade, os guardas deitaram Allec em um sofá na biblioteca, onde Uriah estava. Uma mulher estava ao lado de Uriah, não tão velha nem tão jovem. De cabelos loiros compridos, e olhos escuros. Ela se debruçou sobre Allec, preocupada, enquanto os guardas saíam.

– Ele está muito mal. - Ela constatou, passando a mão na cabeça do filho.

– Ele bebeu. - Uriah percebeu, com desgosto, cutucando Allec.

– E daí? - Allec murmurou. - Eu acabei de matar um garoto por causa sua. E provavelmente uma garota também. Daí eu roubei uma moto e fui até um bar. E enchi a cara.

– Ele está delirando também. - Uriah falou, tentando fazer com que o relato grogue e mal falado de Allec fosse fruto de sua imaginação. - Você está bem, filho? Quer alguma coisa?

– Quero sim...

– O quê? Diga e eu peço pra trazer pra você. - Uriah respondeu, com uma falsa preocupação.

– Que você vá a merda. - Allec falou olhando para o pai com ódio nos olhos. Seu irmão menor, Pietro, controlou a risada mordendo a língua. Miranda arregalou os olhos e olhou para Uriah, que fez uma careta de desgosto.

– Ele está perdendo sangue, Uriah. Não vou deixar meu filho sangrando na biblioteca. - Ela perdeu a paciência com o marido. - Pietro, querido, vá buscar algumas compressas.

Pietro se apressou para a cozinha.

– Miranda, querida, tente se acalmar. - Uriah pegou a mão da esposa. - O organismo dele talvez expulse o álcool com mais facilidade, e ele vai se curar. Lembre-se, ele é geneticamente...

– Não diga! - Miranda se levantou, encarando o marido com raiva. - Não diga essa palavra sobre o meu filho de novo, ou eu juro que arranco os seus olhos! Nós já conversamos sobre isso, Uriah. O que você fez com Allec foi imperdoável. Ele é nosso filho! Não uma das suas experiências. Ele era apenas um bebê. Eu só estou aqui porque você nos trancou. Eu quero o divórcio!

– Miranda. Se quiser o divórcio vai ter que ser passando por cima do meu cadáver. - Uriah disse, com raiva. - Foi só um pequeno chip na cabeça dele.

– Ah meu deus. Você está louco. Está completamente insano, Uriah. Rezo para que o Deus te faça pagar caro pelo que fez com ele e outras crianças. - Miranda disse, com ódio. Acertou um tapa na cara de Uriah com toda a força. - Eu, Pietro e Allec estamos indo embora.

– Não, vocês não estão. - Uriah murmurou. Observando Miranda se inclinar para verificar Allec, ele andou calmamente até a primeira gaveta da sua mesa. Tinha uma seringa com um liquido cinza claro. Era um tranquilizante poderoso. Ele pegou a seringa e deu volta até a esposa. Sem que ela percebesse, ele mergulhou a agulha no seu pescoço. Não deu quatro segundos e Miranda caiu desacordada no chão. Uriah a pegou no colo e a colocou sentada na poltrona. Pietro voltou correndo com alguns panos molhados.

– O que aconteceu? - Ele perguntou, estranhando.

– Estresse. Caiu no sono. - Uriah respondeu, colocando a seringa com cuidado no bolso.

– Mas não faz nem cinco minutos que eu...

Não discuta Pietro. - Uriah mandou. O caçula encolheu os ombros. Uriah o observou colocar o pano molhado sobre a testa do irmão. - Pietro... Arrume suas coisas. As coisas de Allec também. Vamos viajar.

– Claro senhor.

Calebe piscou, tentando se livrar da sensação estranha que era ver as lembranças de alguém. Daphne o olhava do outro lado do campo. Parecia preocupada. Ela caminhou até ele.

– O que você viu? - Perguntou. Já sabia quando Calebe fazia isso.

– Não vi nada. - Calebe mentiu.

– Sei que você viu algo. Acho que nessa última semana você aprendeu a confiar em mim, Calebe.

– Eu nunca vou confiar em ninguém. - Calebe desconversou.

– Vai sim Calebe. Você vai sim. Por favor, você pode me contar. - Daphne pediu, olhando fundo nos olhos dele. Algo lhe dizia que ele nem precisava contar. Ela saberia.

Ok, ruiva, você venceu.

Daphne sorriu ao ler a mente dele.

– Allec, Uriah e o resto da familia saíram daqui. Allec parecia arrependido de ter matado Rafael e meio bêbado. Uriah dopou a mulher dele pra ela ir com ele. Mas não tenho ideia de onde eles foram. - Calebe despejou.

– Uou. - Daphne levantou as sobrancelhas. - Bem, acho que devemos avisar aos outros.

– É, talvez.

Daphne deu as costas para Calebe que ficou pensando em como seu poder "ligava". Daphne mal chegou em Grim quando uma sirene começou a soar dentro da casa. Os dois se viraram naquela direção. Daphne temeu por Clary, David, Connor e Cath que estavam lá dentro.

– Abaixem-se! - Grim berrou, sentindo perigo se aproximando, e foi prontamente atendida.

Aproximadamente dez drones com luzes vermelhas se assemelhando a discos voadores foram vistos saindo sabe-se lá de onde. Alguns escolheram alvos bem direitinho. Quando um deles atirou pela primeira vez na direção de Diana e Hugo, a tensão estourou em forma de caos.

– Corram! - Grim avisou. Então todos apavorados, inclusive os guardas imobilizados pelo poder de Andrômeda começaram a correr. Foi como se fosse uma guerra, mas que ninguém soubesse direito quem era o inimigo e o que ele fazia. Diana se abaixou de um tiro que acertou um dos homens ao seu lado. Ela tentou mandar um raio na direção dos drones, mas eles voavam muito rápido.

– Alguém precisa parar isso! - Ela gritou. - Deve de ter alguma sala de controle!

– E tem! - Grim gritou em resposta. - Eu consigo sentir. Um botão vermelho, em uma sala... Mas não sei onde fica! E eu derrubei meu walkie-talkie, e se eu for procurar vou acabar morta.

– Eu sei onde fica a sala! - Lilah gritou, puxando a saia que usava para cima e desejando loucamente seu skate, ou sua bicicleta. - Alguém tem que ir lá!

– Eu vou! - Pietro disse, ofegando. Ele se abaixou de mais um tiro.

– Eu vou, e Maison também! - Luke também disse. Ele estava se dando bem fugindo dos tiros até. Quem diria que parkour pode salvar sua vida algum dia. Combinado com uma super velocidade, lógico.

– E eu! - Andy berrou. - Não consigo usar meus poderes sem me concentrar, e algo me diz que esses drones não são muito de falar.

– Então vão! - Lilah mandou. - Sigam reto, sempre para o mais fundo dessa casa estúpida! Vocês vão encontrar um corredor cheio de estátuas, e no final dele uma porta. É a última porta! Não tenham medo!

– Vamos tentar. - Luke correu para Maison, a salvando no exato momento em que dois drones atirariam nela. Ele a pegou no colo e correu para a casa. Quando entrou lá, esperou Andrômeda e Pietro chegarem. Ele pôs Maison no chão e se pôs a observar a casa. Era definitivamente grande. Talvez do mesmo tamanho que a sua em LA. Ao pensar nisso ele se lembrou do seu quarto, da sua cama macia, do cachorro que tinha e até do pai chato e insistente.

– Feche a porta! - Maison pediu para Andrômeda, que chegou com Pietro a sala. Andy se apressou em fechar a porta.

– Acho que estamos seguros. - Maison constatou.

Eles se prepararam para correr à procura do corredor que Lilah disse. Foi quando perceberam que haviam derrubado as armas no percurso. Pelo menos tinham seus poderes.

Havia apenas uma porta na sala, que era dupla e estava fechada. Devia ter algum tipo de sala ou salão do outro lado.

Maison, Luke, Andy e Pietro cruzaram a porta, com Luke na frente. No exato momento que deu um passo à frente, Luke foi alvejado por um tiro. Nem sua super rapidez foi o suficiente. A bala se instalou na perna direita dele, o fazendo cair. No mesmo momento eles se jogaram no chão. Mas Maison se levantou, furiosa por terem dado um tiro em Luke. Ela ergueu as mãos no ar e o homem que estava escondido começou a levitar.

– Seu filho da puta! - Ela berrou, levando o seu braço para o outro lado e fazendo o homem ir de encontro com a parede. Ele caiu, desacordado. Ela levantou uma mesa e a jogou no homem, só pra garantir.

– Ah, essa é a minha garota. - Luke disse, sorrindo. Ele colocou a mão na perna. - A segunda vez que eu machuco minha perna e você me salva, hein morena.

– Não vamos fazer disso um hábito. - Maison sorriu. Ela se inclinou sobre ele e o beijou. - Você vai sair dessa.

– Ahn... Maison? - Andrômeda a chamou, se sentindo como uma vela. - Não podemos dar volta, já chegamos muito longe.

– Concordo. - Maison disse. - Vão na frente, eu fico com Luke. Você consegue achar essa sala, Andy. Pietro pode te ajudar. Eu preciso ficar aqui com esse boca aberta. Pelo amor de deus, fiquem vivos. Já é ruim demais ficar sem notícias da Clary e do David.

– A gente vai voltar. - Andy afirmou. Maison assentiu. Então a ruiva e Pietro correram.

Quando passaram por aquele cômodo, eles correram para o próximo. Era um corredor sinistro. Uriah era estranho, sem dúvidas. Estátuas com estilo grego eram vistas, contracenando com quadros estranhos. Andy lembrava de ver Allec ter dito que morava em uma casa normal, que tinha uma academia de artes marciais no lado. Restava a dúvida se Uriah nunca havia mostrado essa enorme casa para o filho mais velho ou se Allec mentira. Andrômeda desconfiava que ele não sabia.

– Pietro, Lilah te deu as coordenadas certas, não é? - Andy perguntou, pulando sobre uma mesinha. - Porque eu realmente não prestei atenção no que ela disse.

– Na verdade, ela só disse siga reto no corredor das estátuas. Não se distraia, corra e entre na última porta. - Pietro respondeu, bufando. - Ela disse pra não termos medo.

– Lilah está enlouquecendo.

– Aliás, todos nós, né. - Pietro disse. - Você viu? Calebe confiou em Daphne. Isso é o apocalipse.

– Claro que ele iria, ele gosta dela. - Andy sorriu.

– Quê? - O garoto ficou confuso.

– Ai, Pietro. Acho que você passa tempo demais jogando e esquece de aproveitar a vida lá fora. - Ela revirou os olhos.

– Não sou eu que tenho um blog de jogos. - Pietro retrucou.

– É, eu sei, mas não passo 24 horas por dia na internet. Eu tenho uma família, amigos. Uma vida. - Andrômeda respondeu. - Sabe o que é?

– Uma vida? Desconheço. - Pietro sorriu, sarcástico.

– Você é muito antissocial. Já experimentou fazer amigos?

– Já, e olha onde eu vim parar. - Pietro disse. - Lembra? Você virou minha amiga no exato momento em que me fez reiniciar meu jogo.

– Ah é. No ônibus. - Andrômeda lembrou. - Parece que fazem séculos desde aquele dia.

– Sinto saudades de casa. - Pietro confidenciou. - Do bolo de chocolate da minha mãe. Do meu pai falando de futebol. Do meu WI-FI. Dos meus irmãos.

– Você nunca falou dos seus irmãos. - Andy observou.

– Tenho dois. Phelipe, que tem 19 anos e cursa faculdade e Peter, de 10 anos. - Ele disse, sorrindo. - Sinto falta deles também.

– Em breve a gente vai ver eles de novo. - Andrômeda respondeu.

– Você acha? - Pietro perguntou.

– Claro. - Andrômeda revirou os olhos diante da pergunta óbvia do amigo. Então resolveu reforçá-la. - Eu prometo. Hein, sua família é feita de P's? Phelipe, Pietro, Peter...

– Minha mãe é viciada nessa letra. - Ele riu. - E como adotou nós três decidiu colocar nomes com P.

Pietro parou de falar. Ambos pararam na frente de uma porta um pouco estranha. Era feita de metal, mas era completamente preta. No metal estava entalhada a palavra Laboratório. E embaixo, Uriah James Campbell.

– Acho que chegamos. - Pietro declarou o óbvio.

– É. Eu vi. - Andrômeda respirou fundo. Pietro deu um chute na porta, que saltou longe. Superforça era boa às vezes.

A sala estava escura. Mas dava para ver algumas telas bem espalhadas. Eles hesitaram antes de entrar. Alguma coisa estava terrivelmente errada. Mas mesmo assim Pietro entrou. Andrômeda atrás. Eles precisavam encontrar o computador central e desarmar o alarme. Talvez desligar ou cancelar o chip em Allec se conseguissem. Mas antes até de procurarem um interruptor para ligar as luzes, algo puxou Andrômeda pra trás. Ela deu um grito.

As luzes ligaram, os cegando. Andy então pôde ver o que estava acontecendo. Havia um homem encolhido no chão. Ele era loiro de olhos claros, na média de uns 40 anos. Estava algemado. Havia outro homem também. Este de pé, e de algum modo arrogante. Andrômeda reconheceu alguns traços familiares. Os mesmos olhos de Allec, o mesmo queixo. E se não fosse pela cicatriz no rosto de Allec, ele seria igual a este homem. Então a ruiva soube que estava na frente do próprio Uriah Campbell. Pietro estava aos seus pés, sangrando, de joelhos. Uriah tinha uma faca no pescoço dele. Andrômeda percebeu o detalhe mais estranho. Os braços que a seguravam eram brancos como a neve. Não eram musculosos, até o contrário disso. Mas ela reconheceria a pele albina em qualquer lugar.

– Oliver. - Ela disse. Tentou se remexer, mas ele a apertava muito. Então ela resolveu bater de frente com Uriah. - Pensei que tivesse fugido daqui. Como a barata covarde que você é.

Ao contrário do que ela pensava, Uriah apenas riu. Como se fosse engraçado, ou como se ela fosse uma criança aprendendo a dizer o primeiro palavrão, sem saber o significado.

– Olá, Andrômeda Alves. - Ele disse por final.

– Olha que bom, nem preciso me apresentar. E nem você, Uriah James Campbell. - Andy respondeu, no mesmo tom superior que ele. Tentou encarar aquilo a fase final de algum jogo. Ela finalmente estava na frente do chefe de fase, e ele tem um trunfo em mãos. Mas ela tinha a voz.

– Não abra a boca criança. Sei seu poder. Se falar mais alguma palavra, seu amiguinho aqui vai sofrer. - Uriah falou. Ele enfiou a faca no pescoço de Pietro, mas não tanto. O suficiente apenas para fazer sangrar. - Então você resolveu se jogar de frente para a morte. Não foi muito inteligente, tenho que dizer.

– Não estou aqui por você. - Andy disse. Depois se censurou. Uriah cortou um pouco mais o pescoço de Pietro. O garoto manteu a boca bem fechada, com medo. Andrômeda controlou as lágrimas.

– Então por que está? Como me acharam? - Uriah perguntou. Andy não respondeu, com medo que ele machucasse Pietro ainda mais. Uriah se irritou. - Fale logo, não vou cortá-lo.

– Viemos aqui para procurar algo que faça desligar os alarmes. Meus amigos estão tendo problemas com seus drones lá fora. - Andy respondeu. - Achamos você por acaso, não sabíamos que estaria aqui. Se quiser podemos voltar mais tarde.

– Hum... - Uriah parou um minuto. Depois cortou o pescoço de Pietro mais um pouco. Andrômeda ficou chocada.

– Você disse que não o machucaria!

– Eu menti. Eu faço isso. - O homem deu de ombros. - Meu querido ex-amigo Téo pode dizer.

Uriah meneou a cabeça para o homem no chão.

– Sabe quem ele é? - Uriah questionou. - Foi ele que os salvou. Foi ele que os tirou naquela noite pra longe, os deixou em orfanatos. Ele salvou a vida de vocês. Infelizmente não viverá muito.

– Eva não vai deixar, Uriah. - Téo cuspiu.

– Oops. Más notícias. Eva está sendo mantida como prisioneira na minha... Outra... Outra casa de campo. E aposte que eu estou morrendo para cortar aqueles longos cabelos cinzentos. - Uriah sorriu. - E os únicos salvadores do dia seriam esses moleques inúteis. A maioria já deve estar morta a essa hora.

– Minha filha. - Téo perguntou, desesperado, para Andrômeda. - Onde está a minha filha?

Andrômeda não respondeu. Em parte porque não podia. Em parte porque não sabia quem era a filha do homem.

– A Mariana! Mariana, minha filha. Onde ela está? Ela está bem?

Andrômeda assentiu com a cabeça. Então esse deveria ser o pai que Mariana tanto dizia. Do jeito que a garota falava parecia ser um deus, e não um pobre homem algemado e sangrando, à mercê de Uriah.

– Ora, ora. - Uriah olhou para Téo com nojo. - Então parece que além de colocar essas crianças em orfanatos você ficou com uma, hein. Não se preocupe. Vou ir atrás dessa Mariana eu mesmo. Só para trazê-la de volta para casa.

– Não ouse! - Téo se levantou de repente, com ódio.

Foi a deixa perfeita. Uriah deu um pulo para trás, possibilitando que Pietro reagisse. Ele se levantou, empurrando Uriah com força na parede. Mas Uriah era duro na queda. Antes que Pietro fizesse algo, ele puxou uma faca do bolso do casaco. Andrômeda gritou. Uriah arremessou.

A faca acertou o pescoço de Pietro. Perfeitamente na garganta, se enterrando na carne. Pietro caiu, morto.

– Não! - Andy berrou.

Seu cérebro entrou em curto. Ela mordeu o braço de Oliver, que a soltou. Correu para socorrer o amigo, ver se ainda tinha esperanças. Oliver se teletransportou para o lado de Uriah, sem mudar a expressão. Os dois sumiram no ar, sem conseguir levar Téo, que fugiu para o outro lado da sala, apertando um botão que desativava os drones da segurança, trabalho que deveria ser de Andrômeda.

– Ah... - Téo se aproximou de Andy, que estava encolhida segurando o corpo do amigo, enquanto chorava. - Menina? Nós temos que sair daqui. Uriah pode voltar a qualquer momento.

Andrômeda olhou para Téo com os olhos cheios de lágrimas. Então baixou o olhar para o corpo de Pietro. Ela não tinha nada para deixar com ele. A sua corrente havia ficado com Aaron na sua sepultura. Então ela deixou com ele a pulseira dela que tinha como pingente um controle de XBOX. Era uma homenagem singela. Então ela se levantou e enxugou as lágrimas.

– Temos que ir. Nós vamos te levar até sua filha. - Andy disse. Téo sorriu tristemente.

Andrômeda saiu correndo, com Téo em seu encalço. Ela continuava a chorar, mas pelo menos agora tinha algo a fazer.

Em sua cabeça passava uma retrospectiva dos melhores momentos com Pietro. Do dia em que se conheceram, quando eles quase foram atropelados por Maison e como recompensa ganharam uma viagem na Ferrari. Milhares de momentos como esses, inclusive de quando Pietro a salvou uma vez, na batalha que levara Aaron.

– Não estamos muito longe. - Andy disse à Téo, que já respirava com dificuldade por causa do cansaço.

Andy então se forçou a pensar em Oliver. Como de repente ele parecia controlado, assim como Allec. Será que o mesmo havia acontecido à Charlie? Aliás, ela estava morrendo de medo que algo acontecesse com os amigos. Quando Téo desligou os alarmes, os homens de Uriah que estavam lá fora e que tinham saído do controle de Andrômeda haviam feito o que? Embora não quisesse pensar nisso, milhões de perguntas e possibilidades pipocaram em sua mente. Ela se obrigou a apagar isso.

Quando ela emergiu na porta da frente direto para o pátio, havia um pandemônio.

– Parem! - Ela berrou. Geralmente não gritava com tanto ódio e força, mas dessa vez conseguiu. Todos pararam o que estavam fazendo e olharam para ela. - Vocês, guardas estúpidos e idiotas, vão embora já! Nunca mais voltem aqui ou voltem a trabalhar para Uriah. Vão embora daqui!

Os homens se apressaram para ir embora, enquanto os amigos dela voltavam a atenção para ela.

– Ah, você conseguiu! - Maison sorriu, a abraçando. Mas ela não entendeu quando Andrômeda começou a chorar no seu ombro. - O que aconteceu Andy?

Andrômeda não conseguiu a olhar no rosto. Mas nem precisou.

– Ué. Onde... Onde está o Pietro? - Maison perguntou, com a voz meio embargada, a ficha caindo. - Cadê ele, Andy?

Andrômeda não disse nada. Maison ficou boquiaberta, as lágrimas jorrando. Ela colocou a mão na boca, tentando abafar os soluços. Ela abraçou a amiga com força, enquanto as duas choravam.

– Oh Pietro Kennedy, no que foi que você pensou? - Maison perguntou, chorando.

Andrômeda não conseguiu abrir a boca para dizer que ela sabia no que Pietro pensara. A voz morreu em sua garganta. Então ela ficou apenas chorando com a amiga.


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Notas finais do capítulo

Ué. Bem, quando eu disse que iria matar alguns aposto que vocês não pensaram que foram os meus, não é? Outro dia eu disse que não mataria Lukaison. Bem, estou considerando MUITO o contrário. Quem sabe matando a Maison ou o Luke vai dar um empurrão pra vingança? Hum, veremos.
Bem Pietro (já vai tarde sqn), adiós baby.
Quero que saibam que sinto muito a morte dele, ele foi o primeiro personagem que eu criei pra essa fanfic. Algum dia conto pra vocês o que essa fanfic seria se de repente não me desse um estalo "vou fazer uma interativa". Essa é a minha primeira interativa (a ficha acabou de cair aqui) e ela já está prestes a acabar. O coisinha, vá devagar, viu?
Bem, como eu disse lá encima:
Wattpad: TessGW8
Facebook (por que não?): Tess Gonçalves Winchester
Twitter: NÃO DIGO PRA VCS EU FALO BOSTA LÁ
Whatsapp: me peçam por inbox no facebook ou por MP :v
Bem, o que mais?
Fiquem vivos. Aposto que a maioria daqui de vocês já começou as aulas, então esse conselho é bom.
Peace out, bitches, kisses