Modified - Interativa. escrita por uzumaki


Capítulo 32
Enterros


Notas iniciais do capítulo

Haya! :') não demorei tanto, mas em minha mente pareceu que foram cinco anos
QUE SAUDADE DE VCS SEUS DIVOS



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Os helicópteros voaram rapidamente, seguindo o outro, que carregava Charlie e Oliver em uma rede.

Luke e David estavam desolados por Aaron. Aaron fazia parte da turma do Camaro, e sempre brincava, ria e era muito amigo deles. As garotas estavam completamente sem reação pelo sequestro de Charlie e Oliver. Andrômeda, melhor amiga de Charlie chorou uma vez, mas se obrigou a ficar forte. Catherine estava tão mal que não falava com ninguém além de Mariana, Connor e Allec.

Calebe não ligava muito, mas estava de olho no bom humor de Allec, que parecia nem se importar por dois deles terem sido capturados e outro morto. Daphne e Grim estavam conversando baixinho sobre o que acabara de acontecer. Pietro estava triste por Aaron, por mais que o garoto havia o perturbado em vida.

– Ahn... Alguma ideia do que fazer? - Lilah perguntou.

– Seguir para Nevada. - Allec deu de ombros.

– Você está louco, querido? - Maison exclamou. - Aaron acabou de morrer, Charlie e Oliver foram sequestrados e estamos no meio de corpos que já estão começando a feder!

– Vamos queimá-los. - David disse, cabisbaixo.

– Aaron não. Para Aaron vamos abrir uma cova. - Luke discordou. - Ele era nosso amigo, e eu me recuso a vê-lo queimando igual a esse bando de filhos da mãe que o mataram.

David concordou. Sobrou para os garotos arrastarem os corpos para o mais longe da plantação de milho para queimá-los. Eles fizeram tudo rapidamente, porque os donos do local poderiam aparecer e chamar a polícia. Quando Luke iria arranjar alguma coisa para abrir a cova de Aaron, Pietro o parou e abriu ele mesmo a cova, a base da força. O buraco ficou um pouco irregular, mas Aaron coube ali.

– Ele tinha família? - Daphne perguntou.

– Não. - David respondeu. Eles taparam o buraco com terra e Andrômeda colocou no chão o colar que Charlie havia deixado no carro de Luke, uma corrente prateada com pingente de cruz.

– Ela teria colocado também. - Andy se apressou a sair dali, não conseguia controlar as lágrimas. Maison e Clary a seguiram.

– Eu juro que tudo o que eu quero é ir pra casa. - Pietro se sentou no chão.

– Sabe o que temos que fazer agora? - Allec chamou a atenção. - Seguir nosso caminho. Meu pai está nos esperando. Ele vai nos dar um exército para arrombar a porta de entrada da Área 51 e matar cada um dos cientistas que nos fizeram assim. Se não quiserem vir comigo, ok. Mas se vierem, a vingança nos aguarda.

A mente de Allec estava nebulosa. Ele sabia o que estava dizendo, e no começo não acreditava, mas conforme as palavras lhe vinham a cabeça, ele acreditava ser essa a verdade do mundo. Parecia que ele estava drogado: o cérebro enevoado, vozes na sua cabeça. Com certeza seria uma peça sendo pregada pelo seu cérebro.

– Eu tô dentro. - Luke disse. - Quero arrancar a cabeça do cara que matou o Aaron.

– Com requintes de muita crueldade. - David concordou.

Já Hugo e Rafael que não concordavam com o plano de Allec, discutiam arduamente com Diana.

– Eu concordo que sim, estou com medo de morrer. Mas tô com mais medo do Allec. O olhar de ódio dele quase me fez fazer xixi nas calças. Aquela cicatriz na cara dele me assusta. - Rafael contou.

– Deixa de ser medroso. - Diana rolou os olhos. - E eu também acho que deveríamos entregar esses caras pra polícia, sei lá.

– Diana, eles são a polícia. - Hugo disse. - Eles são o alto escalão do alto escalão. A área 51, a área mais secreta dos EUA.

– E o que faremos? - Rafael perguntou, sussurrando.

– Seguir o plano de Allec até descobrirmos qual a dele. - Hugo respondeu.

– E é por isso que você é meu crush. - Diana sorriu, dando um beijo na bochecha de Hugo. O garoto corou como um tomate.

– Er... Obrigado. - Ele gaguejou.

~~☆★~~

Só Eva sabia o que era sofrer 17 anos por uma criança que ela nunca vira na vida. Depois que os gritos da menina a encheram de pavor, e seu marido, Daniel Levigne se separara dela, ela tentara tirar a menina de lá. Nunca conseguira. Mas alguém sim. E ela devia muita coisa a esse homem. Avenger W-032... Ah sim, ele tinha apenas 20 anos quando entrara no time de Uriah, e agora, 17 anos depois, continua lá, mas se para espião ou escudeiro fiel ela pouco sabia, e na verdade, pouco se importava também.

Mas então chegara aquela mensagem que mudara tudo.

"Ele pegou sua filha. Sua filha foi raptada e está nas mãos dele. Ironia ela ter fugido dele e dezessete anos depois voltar. Só que desta vez não há como libertá-la"

Ela sabia que era dele porque só ele poderia se importar o suficiente para avisar. Ela teve um baque enorme. Não só no sentido figurado, porque ela realmente sentiu as pernas cederem seu peso e ela apagou. Acordou pouco tempo depois, ainda no chão e com pessoas ao seu redor acudindo-a. Ela agradeceu a preocupação e se levantou. Meia hora depois disso a mensagem oficial de Uriah chegou, dizendo que ele havia raptado sua filha e mais um menino. Ele fez um vídeo e o mandou para Eva.

Era a primeira vez que ela vira a filha moça. Seu nome era Charlotte, e não Ruth, como ela havia chamado. Mas Uriah não se dera conta de quem era o menino. A pele albina era tão lógica. O neto de Helena Beauregard. Bem, pensou ela, tenho uma aliada se quiser resgatar essas crianças.

Agora ela estava sentada na sua sala, cercada de assistentes dando sugestões de como resgatar sua filha. Eram pessoas boas mas muito fantasiosas. Ninguém sabe como vai reagir a nada até que a situação realmente aconteça, e eles pensavam que era só negociar com Uriah. Ela sabia que não. Ele é que iria negociar com ela.

– Senhora... Uriah invadiu um dos nossos sistemas. Diz que não sai até falar com a senhora. - Will disse, a olhando nos olhos. Eva suspirou e ligou a tela do seu computador. Como já era esperado Uriah estava ali, como em uma videoconferência.

– Eva. - Uriah parecia de bom humor.

– Uriah. - Eva rebateu, fria.

– Creio que já tenha recebido minha mensagem. - Uriah sorriu.

– Sim. Mas não acredito que seja minha filha. - Ela tentou mentir. Sempre fora uma péssima mentirosa.

– Ela é sua cara mesmo sem exame de DNA. - Uriah rebateu.

– Fale logo o que você quer. - Eva perdeu a paciência batendo uma mão na mesa.

– Quero pegar todos eles. Quero abrir suas cabeças e testá-los para ver se podem servir a nosso país. Quero ver o Afeganistão debaixo dos meus pés por ter ganhado a guerra. - Uriah respondeu.

– E o que isso tem a ver com a minha filha? - Eva perguntou.

– Preciso da garantia de que você não vai mandar alguém meter uma bala na minha cabeça na primeira oportunidade. - Uriah deu de ombros.

– Pode ter certeza que não vou mandar ninguém fazer nada, eu mesma terei o prazer de enfiar essa bala na sua cabeça. - Eva disse, olhando com fúria para Uriah. - Se você fizer algo com a minha filha, considere-se um homem morto. Eu mesma vou arrancar sua cabeça com uma faca de cozinha.

A sala ficou em silêncio. Ela deveria ter parecido uma serial killer ou algo assim, porque as pessoas na sala se entreolharam e a encararam.

– Isso não é nada educado da sua parte. - Uriah a repreendeu.

– Uriah, vá se ferrar. - Eva disse, sem se aguentar. - Eu vou te pegar. E quando eu fizer isso, é melhor você guardar minhas palavras.

Eva desligou a tela e encarou os assistentes.

– O que foi? Voltem a seus afazeres. - Ela mandou. - Rastreiem Uriah. Eu quero que Mariana saiba a exata localização dele antes que eles cheguem em Nevada.


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Notas finais do capítulo

Dá pra dizer que amei ter escrito esse "Eva revolts"? Acho que não, vocês sabem muito bem disso.
EVA REVOLTS MINHA GENTE. Sabe o que me lembrou? Pitty e Anitta tretando no Altas Horas. Foi um enorme TURN DOWN FOR WHAT. Tá, eu não gosto da Anitta, mas fui educada (pelos meus livros) a ver ambos os lados, e não apenas um só porque gosto de alguma coisa. Tenho certeza que alguém neutro viu que o argumento da Anitta tinha alguns pontos certos, mas qualquer coisa que podia chamar-se de respeito por ela foi por água abaixo quando ela disse que mulher tem que se dar o respeito. Tudo bem, concordo, mas isso veio da boca de uma mulher que se esfrega nos dançarinos nos shows. Gente, meus olhos e ouvidos não mereciam aquilo.
Ok, agora voltando: tô com algumas ideias para uma nova interativa depois de Modified. Muito cedo, mas gente, eu tô remoendo essa ideia desde... julho mais ou menos. Não fiz sinopse nem nada, mas acho que posso explicar um pouquinho:
"O planeta Terra não pôde mais aguentar. A década de 2010 foi desastrosa em muitos pontos. A água secou em diversos países, plantações inteiras foram perdidas e doenças quase incuráveis levaram o coração do nosso planeta a dizimação. Depois de uma grande guerra entre vários países, órgãos não governamentais tomaram uma atitude radical. A partir do ano de 2045, os filhos mais novos de todas as famílias dos continentes devem ser estéreis, a fim de controlar e reduzir ao máximo o número de habitantes no planeta e os filhos mais velhos de todas as famílias devem ser conservados. A sociedade se dividiu em letras. A, B, C, D, e E. Todos têm suas obrigações e deveres para com o planeta e seus habitantes.
Mas o que aconteceria se no Brasil, na classe A, uma menina, a caçula da família se rebelasse contra esse sistema? Maria Luíza, 17 anos, é uma A cheia de privilégios. Seu pai, biólogo, havia morrido quando a menina havia recém completado 8 anos. Agora, no aniversário de 18, sua mãe e irmãos mais velhos somem, sem deixar pistas. Ela não sabe o que fazer, mas uma coisa é clara: juntar o quanto puder de adolescentes rebeldes e desgostosos a esse sistema e juntos, tentar trazer novamente, a paz ao Brasil por meio de escolhas. Mas nesse caminho, muitos segredos serão revelados."
Tá, tomara que esteja legível. Como disse, tô remoendo essa ideia desde julho, logo depois de ter lido Inferno, de Dan Brown (realmente, esse livro mudou minha vida. Sintam o poder: escolhi não ter filhos. Não vou colocar crianças nesse mundo doente e triste. Minha escolha, e estou lutando contra minha família para mantê-la)
Enfim, me digam o que acham, não é só a única ideia para interativa que tenho em mente, as outras direi quando for tempo.
Bjos na bunda, sobrevivam ao hiatus dessas séries maravilhosas. Espero que todos tenham passado de ano.
Bái.