Modified - Interativa. escrita por uzumaki


Capítulo 3
Catherine Jones, Calebe di Cássio e Oliver Sonenclar


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoinhas! Adorei os reviews, sério, obrigada a todos!
Eu estou postando todo dia porque eu estou maluca pra começar a parte de ação, porque por enquanto é só as apresentações mesmo :/
Bem, no começo da fic eu disse: eu vou abrir cinco vagas femininas e masculinas, não vou extrapolar, vai ficar tudo muito bem.
Resultado: Acrescentei a diva Clary James e a doce Charlotte Rowley.
Como eu realmente gostei das personagens (e eu estava com um ótimo humor), as coloquei na história. O problema era: sete garotas e quatro garotos? Daí não dá, né gente?
Então, as vagas masculinas ainda estão abertas (se quiserem criar mais um personagem, ok)
Aproveitem o capítulo!
Próximos: Clary James, Hugo Benett, Grim Kinuyt e Charlotte Rowley.



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EXPERIENCE X-078

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NAME: Catherine Jones

AGE: 16

LIVE IN: -----------------------------

– Cath, acorda! Acorda,filha.

– Mãe? Que horas são? – A garota, meio grogue de sono abriu os olhos.

– São sete horas, Catherine. – Diane Jones olhou no relógio de pulso que carregava.

– Mãe, hoje é sábado. – Catherine enterrou a cabeça no travesseiro. Havia chegado em casa as duas da madrugada e subira no quarto pela janela.

– Também é o dia do Torneio, mas se não quiser ir, melhor. – Diane se levantou. Como se tivesse levado um choque de adrenalina, Catherine Jones se levantou, sem nenhum sono e ficou sentada na cama, clareando a cabeça.

– Por que você está com cheiro de uísque? – Diane perguntou a filha rebelde.

– Quem? Eu? Eu não. – Cath correu do quarto e foi direto ao banheiro tomar banho. Lampejos da noite passada começaram a correr pela sua cabeça. Uma turma de cinco pessoas pichando o muro da Prefeitura, o arrombamento da pista de skate, um guarda enfurecido atrás do grupo, um garoto e uma garota de cabelos verdes curtos fazendo aposta de quem bebia mais... Ah, as belezas da adolescência. Ela tinha certeza de que a garota de cabelos curtos era ela. Dez minutos mais tarde, Catherine já saia do banho, sem nenhum cheiro que a lembrasse da noite anterior. Dentro do quarto, ao se olhar no espelho, a única coisa em seu corpo (além do cabelo verde e dos olhos negros como tuneis) que era mais berrante era a tatuagem que havia feito duas semanas antes, uma enorme cobra que dava a volta em seu corpo e que tinha a cabeça esculpida no seu pescoço. As sete e quinze, já vestida com uma minissaia branca e uma regata azul, Cath procurou os tênis VANS que amava. Era difícil encontrar alguma coisa que combinasse com o cabelo verde, mas como ela não ligava muito pra essas coisas, nem se importava.

– Catherine, vá fazer suas malas, por favor. – Pediu Chandler Jones. Seu pai, um homem trabalhador, amava a filha e a mulher mais do que tudo na vida, mas infelizmente, sua paciência com a única filha estava se esgotando. Cath pegou uma bolacha e subiu para o quarto fazer as malas. Cinco minissaias, sete shorts e 16 regatas. Quatro pares de sapatos e um caderno para escrever como havia sido o dia. Por mais incrível que parecia, Cath adorava escrever como havia vivido uma aventura. Talvez no meio da mata descobrisse um pneu amarrado em uma corda, ou coisa assim. As sete e quarenta e cinco já havia enchido uma mochilona com roupas e artigos para esportes. Cordas, bússolas, capacetes, joalheiras, cotoveleiras e até mesmo um sinalizador.

– Filha, o ônibus chegou! – Diane gritou. Mais rápida que a Luz, Cath pegou as duas mochilas, as equilibrando nos ombros e abriu a porta do quarto. O dedo se enroscou na maçaneta e abriu um corte profundo e comprido.

– Droga! – Resmungou ela. Com uma expressão sombria, viu o corte se fechar rapidamente, a pele branca e pálida como marfim novamente perfeita, sem nem o mínimo sinal de uma cicatriz.

EXPERIENCE X-078

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NAME: Calebe di Cássio

AGE: 16

LIVE IN: -------------------

– Cal, a mamãe pediu para você descer, já é hora de você ir para o tal acampamento. – Calebe ouviu a voz de Morpheu, seu irmãozinho mais novo.

– Que horas são, moleque? – Calebe resmungou, ainda tapado até a cabeça nas cobertas.

– Sete e meia, e o horário pra chegar até a escola é oito e quinze.

– Droga! Por que não me acordou antes, imbecilzinho? . – Calebe di Cássio se levantou, ainda sonolento. O moreno de olhos castanhos andou calmamente até o banheiro da Mansão dos di Cássio, que já estava com a água quente e com toalhas brancas a disposição. Despiu-se e ficou na água por uns quinze minutos, até a empregada bater na porta lhe dizendo o horário. Ao sair da banheira, percebeu as roupas que usaria no Torneio idiota que ele iria. Uma camiseta preta do AC/DC, jeans pretos também e coturnos. Só para a mãe não encher seu saco com reclamações idiotas como “leva um casaquinho, está frio”, ele colocou uma jaqueta de couro e desceu para o café da manhã. Eram exatos sete e cinquenta quando se sentou à mesa e observou o que restava da família di Cássio. A mãe, Teothora, e o irmão, Morpheu, eram a pior família que ele poderia ter ido. O pai... Ah sim, o seu pai, Kennedy di Cássio era o homem que merecia estar vivo. Ele trocaria até a pobre coitada que chamava de mãe para ver o pai novamente.

– Dormiu bem, filho? – Teothora perguntou, passando manteiga na torrada que comia. Calebe a ignorou.

– Mamãe está dizendo...

– Eu ouvi, Morpheu. – O mais velho cortou o mais novo no meio da frase, com um olhar fulminante. – E a minha resposta é: como não dormir bem se você tem todos aqueles travesseiros de penas de pavão sob a sua cabeça?

– Que bom que gosta dos travesseiros, querido. – Teothora sorriu, nunca cansada de tentar ter uma conversa civilizada com o filho mais velho. – Eu os importei especialmente para você da África e...

– Muito interessante o que você estava dizendo, Teothora, mas infelizmente, eu tenho que ir. – Calebe, sem a mínima paciência com a mãe, se levantou da cadeira, deixando o café da manhã pela metade e indo direto para a Garagem dos di Cássio. Calebe podia ter escolhido qualquer carro da garagem que quisesse, mas preferia o Impala do pai. O carro no qual ele morrera, e que era uma das poucas coisas naquela casa que ele amava.

Passando o dedo no volante, pensou em qual teria sido as ultimas palavras do pai, em quem que ele havia pensado. Será que havia pensado nele? Ou será que havia amaldiçoado a esposa, a mulher que havia sido culpada pela sua morte? Será que se a maldita Teothora não tivesse pedido ao marido que fosse até o banco naquela tarde chuvosa de novembro, seu pai ainda estaria vivo? Será que Calebe teria sido feliz?

Mas, pensou ele, eu não posso lamentar uma coisa que não existe mais. Teothora tem que pagar pelo que fez com o meu pai.

Com este pensamento na cabeça, apertou o botão da garagem e deu a partida no carro, sem nem ver o rosto preocupado da mãe pela janela.

EXPERIENCE X-078

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NAME: Oliver Sonenclar

AGE: 16

LIVE IN: -----------------------------

– Ollie, querido, você dormiu encima dos seus cadernos!

– Legal, mãe.

– Ollie, é melhor você correr, tem meia hora para se arrumar e pegar o ônibus.

Com esta frase, o albino de olhos azuis se levantou e correu para o banheiro. Como sempre, Oliver dormia demais. Mas não era sua culpa. Seus pais, professores do Colégio Centaur, e super-protetores, o obrigavam a revisar a lição antes de dormir. Oliver entendia que eles queriam o melhor para o filho, mas isso era cansativo. E com o tempo virara hábito. Muitas vezes Oliver dormira sobre as lições, chegando até a babar sobre elas.

Oliver Sonenclar, filho único de Sergio e Natalia Sonenclar, era o filho dos sonhos. Estudioso, obediente, quase nunca saía para festas, não bebia, e era leitor compulsivo. Perfeito filho para qualquer tipo de pai. Só havia um problema. Ele não era um garoto normal. Nunca soube por que diabos a sua mãe o vira em um orfanato qualquer e decidira adotá-lo. Que tipo de pessoa adotaria uma criança tão cheia de problemas? Claro, não era sobre a pele branca como neve que estava falando. Nem sobre a antissocialidade. Nem sobre a sua excitação por fofocas. Era na verdade a coisa que ele mais temia que fosse descoberta: ele podia se teletransportar. E era chocólatra.

O que ele ainda fazia com os Sonenclar? Ele amava os pais mais do que tudo na vida. Infelizmente, sua mãe não o dera irmãos, nem irmãs, mas o dera amor, carinho e compreensão. E deixavam-no cortar o próprio cabelo – de um loiro que se passava a ser branco. Com a água escorrendo pelo corpo magro, percebeu que o cabelo estava realmente comprido demais, mas ele gostava assim. Odiava chamar a atenção. Mas quando você é um albino em San Francisco e que sempre usa preto, as pessoas vão te olhar, de um jeito ou de outro.

– Oliver, saia desse chuveiro! Você sabia que a água que você está desperdiçando não parece apenas mililitros? São litros de água a cada minuto! – Gritou o pai, da porta do banheiro. Uma vez professor de matemática, sempre professor de matemática.

– Já estou saindo, pai! – Oliver desligou o chuveiro, interrompendo o fluxo de pensamentos sobre a vida e o sentido das coisas e começou a se secar e logo a se vestir. Amante de capuzes e tênis VANS, Ollie colocou um jeans azul marinho e um casaco com capuz preto. Os tênis também eram pretos. O contraste com a sua pele era inevitável, e ficava ainda mais marcado se ele baixasse o capuz e revelasse os longos cabelos. Mas ele sempre usava capuz. Com um salto, se deu conta de que já eram sete e quarenta e cinco.

Oliver desceu correndo para o café da manhã. Sua mãe caprichara. Ao invés das duas panquecas, um ovo frito e duas tiras de bacon de sempre, hoje havia três fatias de bacon. Era quase um milagre. Era quase um milagre também que os pais houvessem autorizado à viagem. E a culpa era do sexto sentido da mãe. Ela havia batido o pé e dito que o filho iria se encontrar nessa viagem. O pai dera um tapa nas costas do filho, brincando que ele iria arranjar uma namorada. Ollie havia rido, mas agora realmente sentia o que a mãe queria dizer com aquela frase. Algo – como um sensor eletromagnético – o puxava para o Colégio Anaximander. Oliver não tinha certeza do que pensar sobre aquelas babaquices de sexto sentido que via nas revistas de fofocas, mas tinha certeza de que se algo como aquilo realmente existisse, ele sabia o que era.

– Oliver, o ônibus acabou de passar por aqui! – Sua mãe resmungou, nervosa. – Como é que você vai agora? Não podemos chamar um taxi...

– Eu posso fazer aquele negócio lá...

Oliver viu que a respiração da mãe foi cortada bruscamente e que a torrada do pai parara a sete centímetros da boca.

– A... Aquele negócio? – Repetiu Sergio, massageando as têmporas.

– Pai, a última vez que eu fiz aquilo deu certo. Eu só preciso de uma foto ou outra coisa. – Oliver implorou. – Por favor, por favor.

– Tudo bem, filho. – Natalia cedeu, com um olhar triste. Sergio se levantou da mesa e foi até o álbum de fotos da família Sonenclar, que era guardado na mesinha de centro da sala de estar. Pescando uma foto antiga de si mesmo, Sergio a passou para o filho, que observou o local. Era o colégio Anaximander, em toda a sua imponência. – Acho que esta árvore aqui é apropriada para você fazer aquele negócio. Fique bem, por favor.

Com um abraço nos pais, e com medo que o teletransporte não funcionasse, Oliver pegou a mochila que havia arrumado na noite anterior e se concentrou na foto, onde seus pais estavam abraçados. Olhou com concentração para a árvore e o mundo pareceu girar 360º graus. Sentiu como se estivesse sendo esticado, puxado, comprimido e remoldado.

Então, sentiu o chão frio aos seus pés.

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Notas finais do capítulo

Comentem, e se acharem algo errado, comentem também!