Modified - Interativa. escrita por uzumaki


Capítulo 2
Diana e David Mills, Daphne Vladesco, Andrômeda Alves


Notas iniciais do capítulo

Oieee! Adorei as fichas, sério, tô passada com a criatividade!
Ainda tenho algumas dúvidas sobre os poderes dos próximos três personagens que virão a aparecer aqui (no caso aqui tem quatro pq tem um casal de gêmeos)
Eu acho que vai ser muito legal ter vcs aqui junto comigo!
Bem vindos!



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EXPERIENCE X-078

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DAY: 5985.

NAME: DIANA MILLS & DAVID MILLS

AGE: 16

LIVE IN: ---------------------------

Diana estava esperando o ônibus da escola aparecer para levá-la até o Colégio Anaximander, o seu colégio. Isso era decididamente complicado. Ela não sabia se o ônibus se atrasava ou se iria se adiantar então ela resolveu ficar esperando na porta da casa quinze minutos antes do horário estipulado pelo colégio. Teimosa? Não, só precavida.

– Diana, querida, você realmente quer ficar esperando aí? Você sabe que o ônibus vai apitar quando chegar! – Sua mãe sugeriu, da janela da casa. Diana virou a cabeça, balançando os brilhantes cabelos castanhos.

– Mãe, eu sempre me atraso. Eu quero ao menos chegar adiantada dessa vez, os melhores lugares sempre vão embora antes! Sabe qual é o meu apelido na escola? Atrasilda! – Ela argumentou, fazendo reluzir os olhos azuis. – É melhor esperar.

– Do jeito que você quiser, Atrasilda. De qualquer jeito você vai ter que esperar o David. – Gritou Antony, se intrometendo na conversa. A família Mills, estava sempre adotando crianças e as fazendo se atrasar. O segundo irmão mais velho de Diana, Antony, estava quase saindo de casa para cursar a faculdade, mas por enquanto, ainda estava em casa, para o terror de sua mãe, que era a única que impedia os filhos de botar a casa abaixo a chutes e rir enquanto faziam isso.

– Ana, aonde é que você vai? – Liz, a irmã mais nova apareceu, ainda de camisola, com um bichinho de pelúcia.

– Para um lugar cheio de magia, onde criaturas selvagens que moram lá VÃO FAZER PICADINHO DA SUA IRMÃ! – Berrou Diana.

– Você tem que ir nesse Acampamento, querendo ou não, mocinha! – Sua mãe gritou. – Veja Cassie! Ela também foi a esse Acampamento e adorou.

– Eu. Não. Sou. Cassie. – Protestou a baixinha. De longe, parecia uma menina fofa, delicada e amorosa. De perto, era melhor não dizer que chocolate dava espinhas. – E, fala sério! Pelo menos ela não ficou nesse acampamento idiota na semana do aniversário de 17 anos.

– Mãe, não me compara com essa maluquete, por favor! – Cassie chegou se sentando a mesa de café de manhã e ignorando a irmã, que lhe mostrou a língua.

– Não é tão ruim assim, é? – Tomas perguntou. Finalmente já estavam todos os Mills na mesa de café da manhã, com a exceção de Alex, que havia saído para trabalhar e David, que estava arrumando as malas, mais atrasado que a própria irmã gêmea.

– Diana, faça o favor de entrar, menina! – A senhora Mills se irritou, colocando um prato repleto de panquecas e outro cheio de bacon, na qual cada filho se atracou. – Liz, tira a mão daí, isso é do Alex! Antony, larga esse garfo e para de ameaçar seu irmão! Cassie come um pedaço de torrada, garota! Diana entra agora mesmo! DAVID!

Diana pescou uma torrada e um bacon e comeu rapidinho, engolindo o suco de laranja em três goles. Quando ouviram um berro do andar de cima, todos correram para ver o que acontecera. O gato da família, Pudim, estava atracado ao cabelo de David, que esperneava, tentando arrancar o gato da cabeça.

– Eu vou esganar esse gato! – Berrou o moreno.

– Não vai não! – Diana gritou. – Pudim, vem cá!

Um ônibus buzinou na frente da casa dos Mills e Diana bufou.

– Eu devia ter deixado esse gato na sua cabeça, David! – Gritou ela. David ergueu a enorme mochila que carregava e colocou-a nas costas. Diana desceu as escadas e correu até a mochila do exercito.

– Tchau família! – Gritou ela.

– Tchau galera, adeus! – Berrou David, logo atrás da irmã gêmea. – Se eu morrer na Floresta, a culpa é dos Unicórnios.

Os gêmeos entraram no ônibus e deram adeus a família. Não viram a nuvem negra que iria se abater sobre os Mills dali a uma semana.

EXPERIENCE X-078

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Day: 5985.

Name: Daphne Vladesco.

Age: 16

Live in: -------------

– Você sabe que não é necessário fazer isso, sabe? – Perguntou Behati, vendo a cunhada tocar perfeitamente o violino. Vendo Daphne fazer uma cara confusa, emendou: - A ida até aquele tal de Acampamento, eu quero dizer.

– Eu preciso ir, Behati. – Daphne se desculpou. Ela sabia a razão de Behati não querê-la longe de casa. Gunther, seu sobrinho, adorava Daphne, e sem ela, quase nem comia. – Eu também gostaria de pular esse Acampamento, mas infelizmente vale pontos.

– É, infelizmente. – Behati se levantou da poltrona e tomou o violino de Daphne, o guardando. Daphne mexeu no bolso do casaquinho e pegou um chiclete.

– Onde está a mamãe? – Perguntou ela, curiosa.

– Elizabeth está na aula de dança. – Behati respondeu, com um suspiro. – Até porque seu irmão nunca trás dinheiro para casa.

– O que disse? – Daphne disse, assustada por ter ouvido a voz da cunhada tão alta e clara, mas por não ver a boca dela desenhar nem uma única palavra.

– Que a sua mãe está na aula de dança. – Repetiu Behati, parecendo preocupada. - Daphne, você está bem?

– Claro, eu pensei que você havia dito...

– Ah, ótimo. Além de obsessiva está ficando louca.

– Behati! – Daphne arregalou os olhos. Novamente, a imaginação atacava Daphne. Ela sempre se assustava a imaginar frases completas de pessoas que nem abriam a boca. Isso sempre a apavorou.

– Daphne, tem certeza de que você está bem? – Behati tocou a testa da cunhada, procurando por uma febre que não existia. – Seus olhos... Isso são lentes de contato? Você andou usando colírio novamente?

Daphne correu até o espelho mais próximo e viu sua imagem refletida. Os longos cabelos ruivos ondulados graciosamente e embaixo dos óculos que usava, os olhos verdes. Tão verde quanto musgo, brilhando como faróis. Piscando, ela tirou os óculos e limpou as lentes na barra do vestido. Quando pôs os óculos novamente, os olhos verdes estavam tão normais quanto sempre foi. Antes que pedisse desculpas a cunhada, o ônibus que a levaria até o Colégio Anaximander. Correndo até o quarto, pegou a bolsa e com dor no coração, deixou o violino para trás. Gunther, que estava dormindo no quarto dele, nem acordou. A loira foi até o sobrinho e deu um beijo em sua cabeça.

Com Behati nos seus calcanhares, ela desceu as escadas da casa e foi até o segundo andar, onde a mãe ensinava aulas de balé para crianças. Ela andou até a mãe e a abraçou.

– Fique bem, minha violinista. – Elizabeth desejou, a abraçando. – Volte logo, pequena viking.

Daphne riu, se lembrando de como Isaac, seu irmão mais velho e esposo de Behati a chamava.

Dando um abraço na cunhada e pedindo que ela mandasse um beijo a Isaac, a ruiva partiu para o ônibus. Ao ver alguns colegas, ela ficou mais calma, mas a maioria dos adolescentes era das outras escolas da Califórnia. Vinda da Scorpion High School era apenas ela e quatro garotos da sua sala que iriam para o Acampamento. Ela viu um casal de gêmeos de cabelos castanhos que jogavam comida um no outro e mais outros alunos zoeiros que Daphne evitou. Uma garota de gorro azul bebê lhe olhou como se ela fosse alguém muito perdida, mas Daphne não ligou. Um garoto moreno de óculos de grau estava com os olhos presos em um jogo de videogame. Infelizmente, o único lugar vago era ao lado da loira ou ao do garoto. Engolindo a frustração, Daphne se sentou ao lado da garota.

– Oi, eu sou Lilah Zendaya Collins. – A loira estendeu a mão, que brilhava com várias bijuterias.

– Daphne Vladesco. – Ela apertou a mão da garota. Lilah parecia animada, com uma super mochila aos seus pés e um skate meio escondido.

– Esse skate é seu? – Daphne perguntou, curiosa.

– Ah, isso? É, é meu sim. – Lilah estava nervosa de contar isso.

– Você sabia que é proibido trazer isso para o Acampamento? – Daphne retrucou, entendendo o motivo de Zendaya ter tentado esconder o skate.

– Eu sei, por isso resolvi trazer. Eu sei que é proibido, mas sei lá. Tem alguma coisa interessante em desafiar as regras. E o proibido é andar de skate, mas não falaram nada sobre trazê-lo junto. – A loira parecia muito confiante em si mesma por ter pensado nisso. Lilah... Daphne tinha certeza de que já tinha ouvido o nome daquela loira em algum lugar.

– Você por acaso seria a filha de Yanna Collins, a vidente? – Perguntou a garota, se lembrando da vez que a amiga havia dito que fora a uma vidente e a mulher dissera que ela iria ganhar uma coisa boa dali a dois dias. A amiga de Daphne ganhou uma corrente de “Best Friend” do garoto que gostava (que se descobriu gay).

– É, sou. – Lilah corou violentamente, contrastando com os olhos azuis esverdeados, que brilhavam.

– Me desculpe, você não é muito parecida com ela. – Daphne resolveu levar a conversa para um tópico mais tranquilo.

– Ah, é que eu não sou filha da Yanna de sangue. Eu fui adotada. – Despejou a loira, sem medo de repulsa.

– Eu também fui adotada. – Contou Daphne. Não era sempre que ela encontrava crianças adotadas como ela. E Lilah parecia ter sua idade.

– Legal. Quem cuidou do seu caso?

– Ah, acho que foi a Martha alguma coisa. – Daphne desconversou, se lembrando de uma conversa que a mãe teve com o esposo quando a filha tinha oito anos.

– A minha também. – Zendaya olhava pela janela, sem nem ligar para a conversa também, então Daphne deixou o assunto morrer, pegou um livro da mochila e começou a ler.

EXPERIENCE X-078

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DAY: 5985

NAME: Andrômeda Alves.

Age: 16

Live in: ---------------

– Oi povo! – Gritou Andrômeda, para a câmera na sua frente. Como sempre, ao acordar ela ia direto a webcam gravar um vídeo para o seu blog de jogos de RPG online. – Bem, pode não parecer, mas eu tenho uma vida fora daqui, ok? Essa semana o Colégio Freedom, publicou uma noticia de que teria um Torneio com todas as escolas ao redor daqui de San Francisco. E como eu amo viajar, mesmo que seja pro meio do mato, eu coloquei meu lindo nomezinho na lista e contei aos meus pais. Eles concordaram, para o horror de todos vocês, nerds. Então, serão duas semanas sem vídeos diários. Mas, quando eu voltar, eu ensino a vocês como o Kratos, matador de deuses gregos morre por causa de uma caixa. Bem, fiquem com a minha pontuação maravilhosa em God of War! Tchau!

– Andrômeda, filha, o café está na mesa! Acorda o seu irmão, por favor? – Gritou Paula, no andar de baixo. Andrômeda desligou a webcam e correu ao quarto do irmão Hugo.

– Hugo! – Gritou ela, pulando na cama do irmão. – Hey, é hora de dar tchau para a sua irmã preferida!

– Tchau. – Hugo trocou de posição na cama e caiu no sono novamente. Andrômeda riu e ajustou o despertador dele para tocar dali a quinze minutos.

– Andrômeda! – Gritou Paula, novamente.

– Já estou descendo, mãe. – Berrou ela, voltando ao quarto e fazendo as malas que havia se esquecido de fazer.

– Sim, você já está descendo. – Paula repetiu. Andrômeda odiava quando a mãe repetia o que ela havia dito com uma voz arrastada, como se tivesse sido programada para dizer aquilo. Vestindo uma calça jeans branca, uma regata com a estampa dos Vingadores e um all star botinha também branco, ela correu escada abaixo. A mãe estava calmamente servindo suco de abacaxi. E o pai, Jorge Alves, lia o jornal.

– Mãe, pede pro Hugo descer? – Implorou a ruiva de olhos azuis, fazendo beicinho.

– Tudo bem, mas vá se sentar, ok? – Jorge mandou. Rolando os olhos, Andrômeda se sentou à mesa e comeu mecanicamente. Quando o irmão desceu as escadas, com o cabelo amassado e parecendo furioso, Andrômeda se pôs a rir.

– Não faz mais isso, caramba! – Gritou ele.

– Desculpa, é engraçado. – Andrômeda recebeu um olhar fulminante em resposta.

– É, é engraçado. – Repetiu o irmão, imitando o tom de voz da mãe. Andrômeda achou aquilo muito sinistro, mas devia ser para assusta-la.

– Esta é a primeira viagem da Andy sozinha! – Paula começou a chorar, nervosa. – Jorge, como nós concordamos com isso?

– Porque a Andy pediu, e vocês fazem tudo o que ela quer. – Hugo resmungou. Andrômeda rolou os olhos e bebeu o suco de laranja.

– Bem, eu tenho mais o que fazer do que ficar brigando com vocês. Eu vou subir e arrumar minhas malas. – Andrômeda correu da mesa e subiu as escadas em direção ao seu quarto, que no momento estava completamente bagunçado. Colocou mais alguns jeans dentro da bolsa e escondeu a câmera enrolada em uma camiseta.

O ônibus buzinou na frente da casa e Andrômeda olhou na janela. O ônibus amarelo estava lotado de adolescentes.

Com um suspiro de nervosismo, ela pegou a mochila, guardou o celular no bolso traseiro da calça e saiu do quarto. Hugo a esperava no pé da escada.

– Vou sentir sua falta. – Ele abraçou a irmã.

– Eu também. Mas, ei, vai ser bom. – Andrômeda largou o irmão e abraçou os pais. Dois minutos depois, Andrômeda subia as escadas do ônibus. Quando olhou para trás, o ônibus deu um tranco para frente e ela caiu como uma pata no corredor. Sua cabeça foi parar no videogame de um moreno que a olhou como se ela fosse um Gholum. – Ai, me desculpa.

– Você. Me. Fez. Reiniciar. O. Meu. Jogo. – Disse ele, calmamente, mas com raiva. Então seu rosto se desanuviou e ele apertou os olhos. – Você não é a Andy, daquele blog... Zerando Jogos.com?

– Sim, sou. – Andrômeda, mais vermelha que os próprios cabelos, tentou desviar o olhar, procurando algum lugar para sentar. A sua direita, uma garota baixinha, de um tom de cabelo quase tão vermelho quanto o dela, lia um livro ao lado de uma garota loira de gorro azul que mexia no celular. Uma dupla de gêmeos estava comandando a algazarra no fundão do ônibus. – Então né... Acho que vai ser legal sentar com um fã, ou sei lá.

– Até porque o resto do ônibus está cheio. – O garoto riu. – Pietro Kennedy. – O garoto estendeu a mão a ela.

– Andrômeda Alves. – Ela apertou a mão estendida do garoto e sentou ao lado dele, na janela.

– Prazer em conhecê-la, Andrômeda. Agora eu vou voltar ao meu jogo. – Pietro se concentrou no videogame portátil.

– Você se importa se eu gravar? – Perguntou Andy, pegando a câmera escondida na camiseta dentro da mochila.

– Não, vá em frente. – Pietro respondeu, sem nem tirar os olhos da tela.

Com um BIP, Andrômeda começou a gravar a viagem para o seu blog.


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Notas finais do capítulo

Qualquer coisa que não entenderem ou eu pus errado, me avisem, eu vou corrigir!
Até o próximo! ('3')/