Julgamento escrita por Luc
Notas iniciais do capítulo
É confuso assim mesmo. Relaxem, tudo será esclarecido.
–Acha que essa foi a última?
–Tenho certeza. Não sinto nada. Acredito que se não fosse a última, ainda haveria tumulto do outro lado.
A ruiva encarava o túmulo a sua frente. Sem epitáfio digno. Sem nomes. Uma lápide fria, com uma simples frase "A morte a ninguém espera".
–Eu espero que você esteja certa. Mais problemas com esse tipo de coisa chamariam atenção do Parlamento e da Igreja. Já é muito trabalhoso lidar com esses aristocratas curiosos, enfiando seus narizes em todos os lugares.
–Estamos levantando muitas suspeitas. Vamos ter que calar algumas pessoas.
Ela estendeu a mão para o homem ao seu lado. Ambos estavam ricamente vestidos, preparados para o frio de Londres. Ele colocou um cigarro em sua mão, estendeu o isqueiro e ela tragou.
–Vamos voltar, antes que alguém nos note. Temos que chegar antes do anoitecer se quisermos falar com Asar.
O homem tragou seu cigarro e franziu a testa.
–Asar?
–Você o conhece por Osíris. - A ruiva puxou seu manto ao seu redor.
–Por que ele? Achei que isso fosse sobre Sokaris e o Tuat.
A ruiva abaixou a voz enquanto ambos passavam por um grupo de homens na rua.
–Eu também. Mas não é. Sokar não controla o que acontece, ele é um guardião, um acompanhante para a morte, não quem a controla. Além do quê, eles não diria algo como aquilo...
Ele puxou o braço dela pra que ficassem cara a cara.
–Falar o quê? Do que você está falando?
Ela suspirou e se aproximou.
–"A morte a ninguém espera". Sokar nunca diria isso. Ele é o eterno paciente da morte.
–Achei que você havia mandado gravarem aquilo.
–Eu sei. Mas eu não mandei. E a lápide estava lisa no começo do dia. Então a questão é: quem foi?
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Digam o que acharam!