Caminhos Traçados escrita por RQLMS


Capítulo 27
O perdão- Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiee pessoas lindas que eu amu de montão :3 Yes! Aqui estou eu! Vamos cantar ALELUIA porque acabaram minhas provas (Duas provas por dia foi dureza -_- ) U-u E como eu sou uma pessoas muiitooo boa e estou muuuiiitttoo contente com os 134 comentário eu simplesmente mandei a louça que eu tinha que lavar para os ares e estou aqui :) me amem meus queridos :* Ok, chega de fazer vocês perderem tempo e vamos ao que importa... Boa leitura meus doces e leiam as notas finais!!!



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Eu ainda precisava dizer muitas coisas para ela, e esse era o momento...

Narração Fernanda- On

– Vem, vamos lá fora - falei e ele me seguiu até o pátio de trás que estava deserto e vazio.

Sentei-me no banco mais longe dos corredores e ele se sentou ao meu lado. Uma corrente de vento atingiu meu pescoço, fazendo-me arrepiar por inteira, o céu estava meio nublado, como ontem, um ótimo cenário para um dia triste.

– Aqui está frio - sussurrei

– Estamos no comecinho do inverno, isso é normal -

Suspirei lentamente e o encarei.

– Bru, eu sei que é difícil, eu sei que pode doer lá fundo, eu sei que dá medo as vezes, mas uma hora as pessoas tem encarar a realidade - falei

– Você não entende... -

– Para! Para de dizer que eu não te entendo, eu estou tentando te entender Bruno! Eu estou tentando... Apenas quero que abra os olhos para encarar a verdadeira realidade -

– Como assim encarar a realidade? Você não entende a MINHA realidade Fê! você não sabe como é não ter um pai! não sabe como é ter que ficar sozinho metade da vida porque não tem ninguém para conversar! não sabe como é ter um primo que sempre foi o melhor! Que sempre te roubou tudo oque ti fazia feliz! - ele disse em um tom raivoso e eu o fuzilei com o olhar .

– Você está dizendo que EU não sei como é essa realidade? - perguntei fria, apontando para mim. - Eu cresci sem uma pai, e nunca tive irmãos ou tantos amigos, sei muito bem como é ficar sozinha e não poder falar como me sinto! E você quer saber uma coisa que o Harry me falou Bruno?! Ele me disse que para ele, não importava ter tudo oque ele tem, e sabe porque? Porque para ele VOCÊ é que era o melhor! -

– E você acreditou no que ele disse Fernanda? Acho que você ainda é muito ingênua para entender que ele só está tentando ti colocar contra mim! - Bruno esbravejou e eu revirei os olhos angustiada.

– Porque você ainda pensa nisso Bruno? - perguntei

– Porque você ainda acredita nele Fernanda? -

Suspirei pesadamente, eu não estava reconhecendo esse Bruno, esse não era o Bruno, não era o meu Emo.

– Ele não está tentando me colocar contra você! - falei

– Você vai acreditar em mim ou nele? -

– Ele não falou mal de você! - gritei dessa vez, deixando Bruno estático, analisando minhas palavras. - Ele não falou nada que ofendesse você, ele só disse como ele se sentia, só falou a verdade para mim! Ele não criticou você e nem tentou me agarrar, ele só foi verdadeiro comigo Bruno, só isso -

Bruno me encarou por alguns instantes e baixou o olhar.

– Ele sabe Bruno, ele sabe que eu gosto dele, mas ele também sabe que apesar de eu gostar dele, eu amo você! - falei e Bruno voltou a olhar para mim.

– Eu não quero brigar com você, eu quero ficar em paz, quero esclarecer essa história toda, esse não é só o passado de vocês, é o meu passado também! - falei -

– Estou cansado - ele falou e se virou.

Uma pontada de dor se fez presente no meu coração, ele iria ir embora? Iria simplesmente me deixar aqui sozinha sem nem dizer nada!

– Então é isso Bruno? você simplesmente vai embora desse jeito! - falei e ele ignorou e apenas continuou andando.

Sozinha... Eu estou sozinha... Mais uma vez, como no baile quando eu voltei para minha casa, eu estava sozinha, e agora a mesma cena se repetia. Eu estava indo sozinha até o meu dormitório.

Olhei para o relógio e faltava 15 minutos para o horário do lanche, então não voltei para sala, não queria vê-lo novamente, eu desconhecia aquele Bruno, aquele não era o meu Bruno, era outro. Adentrei o meu dormitório bufando de raiva e fechei a porta.

Eu sou uma idiota! Que droga! Deixei ele estragar meu dia! Eu odeio ele! Odeio ele por ter virado as costas para mim agora assim como ele virou no dia que viu Harry me beijando naquele baile. Odeio ele por não ter respondido as coisas que eu falei! Odeio ele por ainda desconfiar de mim e do Harry e principalmente odeio ele porque eu amo ele, odeio ele porque eu sou capaz de amar ele de uma forma tão profunda que cada palavra que ele diz é importante para mim.

Deitei-me na minha cama e olhei para o teto, por quantas noites e quantos dias eu me perguntei se o motivo para ele terem se mudado era eu... Naquela época eu me sentia tão culpada. Eu podia sentir eles comigo. Eu gostava de pensar que era Bruno que cantava no lugar do tordo que voava no alto céu azul, mas eu me sentia tão vazia nos dias que chovia e eu não era capaz de ouvir o cantos dos tordos, e o Harry eu gostava de pensar que era ele quem mandava as chuvas, só para eu me desencantar da melodia dos tordos e ir até a quente lareira me aquecer da chuva.

Mas eu cresci, cresci e percebi que eles tinham ido embora e que não iriam voltar. Nos dias em que eu me sentia sozinha eu chorava escondida em cima do telhado da minha casa, quem havia me mostrado essa passagem para o telhado havia sido eles, no primeiro dia em que vieram na minha casa, eles não estavam do meu lado, mas sempre estiveram no meu coração. um ano sem eles... Dois anos sem eles... Três anos sem eles. E foi quando eu estava prestes há completar quatro anos sem eles na cidade, eu resolvi esquecê-los de vez, eles não iriam voltar. Eu já sabia.

Tirei meus sapatos e suspirei mais uma vez. Porque tudo tinha que acontecer comigo meu deus?

2 semanas depois...

Acordei com cólica, que ótimo começo de dia!

Meus dias tem sido completamente horríveis, eu não falo com Bruno desde aquela discussão que tivemos, hora ou outra eu ainda esbarro com Harry, mas não nos falamos muito, ele sabe que eu ainda estou brigada com Bruno e sabe que é culpa do maldito trabalho. Nada tem dado certo para mim, o papel de personagem principal da peça foi dado para Geovanna e eu fiquei como substituta caso algo aconteça com ela.

Levantei da cama e fui até o banheiro, olhei no espelho e praguejei, olheiras profundas se faziam presentes no meu rosto. Entrei no chuveiro e tomei uma banho demorado, sequei meus cabelos e passei uma maquiagem leve para disfarçar as olheiras, por mais que eu estivesse passando por dias ruins eu não quero parecer fraca, não quero ser vista por ter chorado pela milésima vez por Harry ou Bruno.

Aquilo já estava se tornando insuportável para mim, eu e Bruno não nos olhávamos mais, tampouco nos falávamos. Mas no fundo eu sentia que ele ainda pensava em mim como eu pensava nele. Irônico não? O grande problema era algo que eu e ele tínhamos em comum: Orgulho. Eu era orgulhosa demais para pedir desculpas e ele também... Tudo isso estava me ferindo em um lugar que eu até então não tinha sido profundamente ferida: O coração.

Acordei Sofia e Laura (que havia dormido aqui também) e Sofia me olhou serena e me abraçou.

– Você está péssima amiga - ela disse

– Está tudo bem, é só uma fase - falei e ela sorriu.

– Fê, você é a garota mais forte que eu conheço, está suportando tudo isso e olhando para ele todos os dias... - ela disse e puxou para a cama dela, me deitei do lado dela e ela me abraçou como se eu fosse uma criancinha que se perdeu dos pais.

– Eu não consigo mais aguentar isso Sofia... - falei com a voz embargada pelo choro e Sofia me apertou mais á ela.

– Nós estamos aqui amiga - Laura se pronunciou

– Fê, pode chorar amiga, põe para fora tudo que está acontecendo aí dentro, nós temos que ser fortes, mas nem todo mundo é perfeito, as pessoas também, choram as vezes... - ela disse e dito isso eu fiz a única coisa que tinha mais me restringido de fazer esses últimos dias: Chorar.

Sofia e Laura escutaram todas as minhas palavras com a maior atenção, e fizeram eu me acalmar.

– Fê, eu sei que isso é difícil e que o amor é uma droga, mas pense não só pelo seu lado - Laura disse

– Isso, olha pelo lado dele Fê... - Sofia falou - Ele cresceu cercado pela vitória e reconhecimento do Harry enquanto ele ficava só na sombra do primo... Você foi a primeira que preferiu ele no lugar do Harry, ele tem medo, medo de perder você como ele sempre perdeu tudo... -

– Se você soubesse como ele era antes de você chegar... - Laura disse

– Ele era totalmente diferente, ele era frio e nem falava com as pessoas direito - Sofia concordou.

– Fala com ele Fê - Laura pediu - Diz oque você sente e se ele não corresponder... Bom... -

– Se ele não corresponder saberemos que ele não é a pessoa certa para você - Sofia disse e eu assenti.

– Eu amo vocês duas - falei e ela me envolveram em um abraço.

– Melhores amigas são para isso - Laura falou e sorriu.

Então seria isso... Eu iria jogar meu orgulho pela janela (oque era até comum porque TUDO caí dessas janelas) e iria falar com ele, iria pedir desculpas e pisar em cima do meu ego.

Eu estava receosa, já faz um bom tempo que eu e ele não nos falamos, tenho medo de simplesmente levar um NÃO na cara e perder minhas esperanças sobre ele, tenho medo de me separar dele mais uma vez, medo de não ser mais amada... eu nem sabia afinal se eu ainda tinha um "namoro" com ele ou se já não tinha mais nem a amizade dele... Por mais que a situação seja ruim, eu ainda amo ele...

Saí do quarto e me dirigi até o quarto deles.


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Notas finais do capítulo

E então gente? U-u Capítulo tenso... Bom pessoal, eu queria saber se tem algum fã de Harry Potter em Caminhos Traçados, tem? Se tiver eu gostaria muiiiitooo de saber as opiniões de vocês sobre isso: Estou pensando em postar uma fic de HP (Dramione, é isso mesmo gente: Draco e Hermione como casal principal) Oque vocês acham? Comentem a opinião de vocês, eu vou ficar muiiittooo feliz com isso, sério mesmo.



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