Somebody To You escrita por CarolHust


Capítulo 33
O Caso de Mirajane Strauss. - Feito um homem das cavernas.


Notas iniciais do capítulo

Outro! Prometi e (dessa vez) cumpri!
Não tenho muito a falar já que postei mais cedo, mas como sempre eu tive de esqueer algum detalhe crucial: a música para o capítulo passado é "Leave a Kiss", de Maghan Trainor (adoro ela *v*). Mesmo quem não lê ouvindo, tentem dar uma olhada na letra. Às vezes eu procuro uma que se encaixe no tema, às vezes acho por acaso e às vezes eu até mudo algumas cenas para elas se encaixarem melhor na música, então...

IMPORTANTE:
(eu não sei se todo mundo lê isso aqui, mas espero que as letras grandes chamem atenção)
Para escrever algumas cenas a respeito de esportes, muitas vezes eu pesquiso mesmo. Coisas como assistir à uma luta, ler as regras do esporte, as posições e os jogadores... Nesse caso não foi diferente, e acho importante que vcs saibam uma coisa sobre baseball antes de lerem (senão podem ficar confusos). Está logo abaixo:

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Em geral, esportes têm sua duração definida por tempo (como no futebol, basquete e handebol) ou pontuação atingida (vôlei e tênis). No beisebol, entretanto, os jogos são definidos ao atingir um número de eliminações (27). Assim, as partidas não têm uma duração média predefinida, podendo variar de uma hora e meia, quando um time é muito superior ao outro, até verdadeiras maratonas de seis horas quando o equilíbrio prevalece!

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Sobre novos leitores e tudo mais, falo no próximo capítulo. Ah, esse aqui é para todos os que pediram. Tipo, para vcs mesmo (eu talvez não fosse escrever se não fosse por vcs),



Bjs e boa leitura ;)



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O sol de fim de tarde me deixava com calor suficiente para eu sair do banco onde eu estava e ir até a vendinha de picolés e sorvetes do lado de fora do estádio. Com estádio eu me refiro ao local onde a final de baseball estava sendo sediada. Dar tal nome ao local parecia formal e superestimado demais, visto que o espaço era uma versão mais simples dos gigantes vistos na TV.

Por mais que não fossem muitos que comentassem sobre o esporte, o time do colégio vinha vencendo todos os jogos, liderados por ninguém mais ninguém menos do que Laxus. Da arquibancada, eu podia sentir seu olhar raivoso enquanto gritava seu nome. Por mais que o loiro se divertisse, jogar era sinônimo de dois meses recebendo inúmeras ligações de caça talentos que nunca desistiam de tentar convencê-lo, e, raramente, de alguém que tivesse alguma proposta que realmente valesse à pena (mesmo que no final ele não fosse aceita-la). A antecipação disso já revirava o seu estômago, ele dizia.

Era então intervalo para descanso dos jogadores, após duas horas de jogo, e eu estava tremendamente excitada com a ideia assistir Laxus jogar desesperadamente por sabe-se lá mais quanto tempo. Meio sadista, eu sei. Mas a expressão de determinação do garoto e sua vontade de vencer demonstravam o que ele realmente sentia por mim – bem, eu sabia que ele não estava nem aí para ser campeão. Talvez esse carinho estivesse encoberto por algumas camadas de raiva, mas não achava que eu tinha muito direito de reclamar. Como ele parecia estar começando a notar, eu gostava de vê-lo mais autoritário. Esperava o momento em que ele fosse intenso e direto.

Eu ouvia as pessoas comentarem sobre as suas esperanças, alguns pais afirmando e ainda apostando que o time do seu filho iria vencer, mas a verdade era que o jogo estava muito acirrado. Se não estivesse, teria acabado rapidamente, assim que o Dreyar fizesse alguns homeruns. Por mais forte que ele fosse, Laxus não poderia carregar a equipe toda nas costas. E o outro time era muito bom.

A sorte, depois que o “segundo tempo” começou, pendeu para o time adversário. Enquanto eu observava uma ruga se formar entre as sobrancelhas de todos os jogadores da Fairy Tail, eu rasgava repetidamente o guardanapo que tinha em mãos. Eu queria que eles vencessem, e não só pelo motivo mais aparente: Makarov adorava ver o time vencer, e eu odiava perder. No fim, eu pensava mais na reação que Laxus teria caso não conseguisse.

O fato de eu ter perdido para Erza pareceu não ser suficiente, no final: o outro time fez sua vigésima sétima eliminação e eu assisti o lado oposto do estádio urrar e Laxus atirar seu boné no chão. O time todo veio para o seu redor, e ele assumiu sua função como “líder” e acalmou-os. De todo modo, eles tinham o segundo lugar.

Antes de eu me retirar do local onde estava e ir embora, ele me olhou de soslaio, de certo modo ameaçador, e indicou que eu não deveria ir para casa. Esse ato, que provavelmente assustaria a alguns, me fez sair andando saltitante, levando comigo todo o resto do grupo, que incluía meus irmãos e o “Fã Clube Oficial de Laxus Dreyar”: o Raijinshuu.

− Por que você vai ficar por aqui? – Lisanna me indagou, agarrada às costas de Bickslow como um macaco.

Os dois estavam “saindo” já havia alguns dias, e eu sabia que nada havia ocorrido entre eles, mas às vezes me perguntava se a natureza do relacionamento deles não estaria mais para “escravatura” e menos para “namoro”. Bickslow, no entanto, parecia estar satisfeito, e de vez em quando disparava com ela, correndo entre a multidão de fazendo-a rir.

− Laxus quer falar alguma coisa comigo. – eu me fiz de ignorante.

Freed me lançou um olhar acusatório quando eu levantei as sobrancelhas repetidamente para ela, e eu dei de ombros.

− Ele que disse que...

− Mirajane! – ouvi a voz grossa se sobrepor ao barulho das pessoas que passavam.

− Freed, estão me chamando. – eu brinquei com ele, vendo-o se irritar, e me voltei para a multidão.

Não demorou muito para eu ver o dono da voz, que surgiu do meu lado esquerdo e agarrou meu braço. Sem muita cerimônia, ele me virou em sua direção e foi direto ao ponto que desejava:

− O que vai acontecer agora? – ele indagou.

Não posso mentir que fiquei momentaneamente desapontada pela sua fala. Eu queria que ele parasse de me perguntar o que fazer. Olhei para as figuras confusas ao meu lado.

− Sinto muito, mas...

Meu discurso já estava pronto e decorado, feito especialmente para aumentar sua tensão ainda mais, porém não tive a oportunidade de pronunciá-lo. Laxus fez um gesto para que eu parasse, deu algumas voltas no mesmo lugar e então me encarou com um olhar desdenhoso.

− Quer saber, Mirajane? Que se dane. – ele jogou as mãos para o alto, em desistência.

Eu suei frio com sua última sentença, não sabendo, inicialmente, o que ele realmente queria dizer com aquilo. Não demorou muito, no entanto, para ele se abaixar até a altura da minha cintura, envolvê-la e me jogar por cima de seus ombros como uma mochila.

− Com licença.

Ele saiu andando, ignorando o bando de pessoas boquiabertas e dando gargalhadas que deixava para trás. Ignorando-me também, que estava acenando para eles e dizendo “tchauzinho”.

Para onde estamos indo?”, “ Laxus? Sério que você não vai me responder?” e “ Sabia que essa loja de crepes é muito boa?”, foram apenas algumas das perguntas que eu fiz. Ele só foi me colocar no chão quando chegamos a um local mais vazio, um beco entre uma livraria e uma loja de roupas.

− E então...?

Ele não respondeu. Ficou parado me encarando, em silêncio. E então, violentamente, me prensou na parede com o seu corpo. Tocávamos-nos em quase todas as regiões possíveis, exceto o rosto e lábios. E ele parecia querer que continuasse de tal modo.

− É, eu perdi. Mas eu não estou nem aí para isso. Ou nós vamos levar isso a sério ou acaba aqui. E eu nunca mais vou ceder quando você me pedir algo absurdo, não importando os seus argumentos.

Ele segurava meus braços, mantendo-os presos dos lados do meu corpo, e esperava uma resposta. Meu coração disparou quando eu tentei avançar para um beijo e ele me fez voltar à posição anterior. Ele colocava pressão para ouvir uma resposta, e eu podia ver o esforço que estava sendo necessário para ele tomar tal atitude.

− Ok. – eu cedi, sorridente.

Laxus finalmente me soltou, ofegante.

− Então nós estamos namorando.

Ele não perguntou, não pediu permissão para nos chamar assim. Ele simplesmente afirmou. E isso era raro vindo dele (ou de qualquer pessoa) em direção a mim. Geralmente ninguém tinha coragem de bater de frente com alguém como eu.

− Estamos. Mais algumas coisa?

Eu me aproximei dele e enlacei seus ombros. Demoraram alguns segundos, mas logo sua expressão mudou e as bochechas avermelharam-se. Ele se inclinou, vagarosamente, e encostou nossos lábios com ternura. Desde a primeira vez em que trocamos carícias, por volta da sétima série, não me lembro de ter sido beijada de tal modo. Com carinho. Sem pressa ou provocação.

Ele tomou o cuidado de quebrar o beijo com a mesma delicadeza que o começara, e pegou minha mão antes de me puxar para fora do beco, naquele momento escuro.

− Você devia agir mais assim comigo, sabe?

− Assim como? – ele indagou, limpando o meu batom da boca e tentando disfarçar o sorriso.

Mesmo que ele não quisesse admitir, Laxus entendia o meu ponto de vista. Só que sempre fingira achá-lo idiota para fugir do risco de ser rejeitado ao notar que tudo poderia ser uma brincadeira minha.

− Esse estilo homem das cavernas. Meio... “Pá! Te peguei e agora você é minha e não há como fugir.”. – eu tentei imitar um tom de voz masculino e andar como eu imaginava que um neandertal faria. − Mais bruto.

Me agarrei ao seu braço quando viramos uma esquina, e foi então que ele caiu na gargalhada.

− Você é louca, sabia?


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Notas finais do capítulo

Riram, coraram, gritaram ou se irritaram? Comentemmmm!!!!
(adorei essa última frase dele *v*)