My sister, my queen escrita por Annary Morgensterse


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Hei, gente! Estou sendo mais rápida do que o último, viram? Bem, eu queria postar antes de fazer anos amanhã, então aí vai mais um, e espero que não se decepcionem!



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PoV Clary

E então caí na escuridão.

Não sei quanto tempo estava se passando do lado de fora, mas minha cabeça trabalhava lentamente com todas as informações que teve antes de eu cair no buraco.

Depois eu comecei a ouvir ruídos e percebi uma dor lancinante na perna direita, não como algo quebrado ou fraturado, mas algo muito pior e mais forte, que me deu vontade de levantar imediatamente, mas eu não conseguia mover um musculo sequer.

Ouvi gritos, sussurros e brigas, até sentir uma mão em meu ombro. Nesse momento, o ritmo já lento do meu cérebro diminuiu mais e a maioria dos pensamentos congelaram no espaço, deixando claro para a parte em funcionamento que eu estava morta. Na verdade era uma boa ironia, que a menina que estava destinada a viver para sempre morresse tão rápido. Mas eu não me sentia mal. Talvez, se Sebastian tivesse matado Jace, eu poderia encontra-lo para termos nosso “final feliz”, como nos contos de fadas.

Era isso que eu pensava, até que percebi que os meus pensamentos principais voltavam a fluir na velocidade normal, e que a mão que tinha ficado no meu ombro minutos ou segundos antes estava apertando mais forte, e senti que uma pessoa se abaixava sobre mim e que sua boca se encostava na minha, gentil e doce. Só podia ser Jace! Talvez eu só tivesse tido um pesadelo com o reino demoníaco de Sebastian e agora eu e Jace estamos bem!

Juntando todas as minhas forças, consegui me mexer um pouco e abri os olhos.

Meu primeiro sentimento ao ver meu irmão se virando para outro lado e saindo de cima de mim não foi decepção nem raiva, mas sim surpresa por eu ter sido enganada.

–O que você estava fazendo, Sebastian? –Perguntei confusa, mas ainda com dor na perna que lentamente se espalhava para a outra.

Meu irmão virou bruscamente na minha direção, momentaneamente com uma cara de mistura de alívio e de susto, mas que logo se transformou na dura e fria de sempre.

–Consegue se levantar, Clarissa?

Eu estava prestes a abrir a boca para reclamar de ele tão ter respondido a minha pergunta e já ter me feito outra, mas então eu reparei na presença dos Crepusculares que olhavam discretamente com um ódio sobre mim que eu nunca tinha percebido, então resolvi que eu poderia discutir isso em outro momento e tentei me levantar, fracassando quase que instantaneamente.

Sebastian passou a mão no cabelo e se abaixou para me carregar, ignorando completamente todos os meus protestos enquanto me erguia e eu via meus amigos atrás da barreira de Caçadores Malignos sem poder fazer nada.

O caminho enquanto ele me carregava foi em silêncio. Ele não parecia estar com muita vontade de falar e eu ainda estava confusa o bastante, e isso só aumentou quando ele abriu uma porta do primeiro andar, já que eu pensava que ele me levaria de volta ao quarto onde estava antes.

Ele tirou uma das mãos que me segurava para empurrar as roupas da cama em que me colocou logo em seguida, antes de sair por uma porta dentro do próprio quarto, me dando a chance de o observar melhor.

Fora a completa desarrumação, era até um quarto que podia ser considerado bonito. Era cinza claro e havia uma janela pela qual a luz fraca do dia lá fora entrava. Fora isso haviam 3 portas, contando com a de entrada, um guarda roupa, um criado mudo e, para a minha intensa surpresa, a caixinha com as iniciais da minha mãe. Como será que ele havia conseguido a caixa de novo? Da última vez que eu a vi, ela estava na casa de Amatis! Talvez ele a tivesse conseguido com a Rainha Seelie, mas eu não pude ter certeza, já que ele chegou na hora com uma estela nas mãos.

–Por que eu não estou surpreso de isso ter acontecido justo com você, Clarissa? –Ele disse enquanto fazia uma Iratze na minha perna, mas a mesma sumiu tão rápido quanto foi feita, sem demonstrar efeito nenhum. –Droga! Caiu sangue de demônio em algum lugar dos ferimentos originais.

–Como é que você sabe? –Disse, com certa raiva na voz. –Já fiz várias Runas nesse lugar e nenhuma delas teve um bom efeito.

Sebastian me olhou como se fosse um adulto olhando para uma criança que tinha falado algo tão idiota quanto constatar que o céu é azul e a grama é verde.

–Eu sinto. Meu sangue pulsa ao encontrar seus iguais.

–Eu não sabia.

–Você não sabe de nada, irmãzinha. –Ele disse, curto e frio. –Ao contrário de mim. Você caiu no fosso porque estava correndo procurando seu Jace, não é?

Como ele sabia? Isso não deveria ser possível, só Izzy sabia o que eu estava fazendo, mas aparentemente ele parecia ter um controle diferente nesse reino demoníaco. Ou talvez de fato me conhecesse melhor do que eu gostaria de admitir, mas não podia considerar essa última opção.

–Não! –Eu disse, tremendo um pouco na cama. –Só queria correr um pouco, sentir o vento batendo no corpo e...

–Percebe que está mentindo somente para si, não percebe, Clarissa? –Ouvi-o com uma pontada de ciúmes na voz. -Porque sei plenamente que você estava conversando com a Lightwood e acabou se lembrando da existência do menino anjo. Se já não adiantava você mentir pra mim no seu mundo, quanto mais nesse!

A nossa conversa estava me deixando assustada. Eu nunca tinha visto Sebastian tão zangado, mas ele ainda passava a imagem de calmo. Não entendia como ele conseguia fazer isso, mas a essa altura ele já percebia que eu havia sido afetada e agora eu sentia meu rosto corar e a raiva começar a fluir no meu corpo.

–Sabe o que eu penso? –Comecei aumentando o tom da voz e começando a me levantar da cama. –Acredito que...

–Eu sei o que você pensa –Sebastian falou, me interrompendo no meio do meu discurso impulsivo. –Eu te conheço, e não é difícil imaginar que você, vejamos –pigarreou e mudou a voz, em uma imitação quase boa da minha –“Não concordo que ter concordado em ficar ao seu lado para sempre me impeça de fazer o que der na cabeça e ficar com outros que não são você”. Vamos lá, Clary –voltando a voz normal, com um pouco de raiva –,você sabe que liberdade tem que ser conquistada, e não é assim que você me mostra que merece a liberdade que eu quero te dar.

Espera, ele queria me dar alguma liberdade? Porque para mim ele me manteria em uma gaiola com sete cadeados se pudesse! Eu já ia falar isso mesmo quando alguém gritou Sebastian do lado de fora. Eu o vi pensando um pouco e logo gritando de novo, em resposta.

–O que foi, Goldtree? Estou ocupado!

–Achei que fosse se interessar, senhor!-Gritou o Crepuscular de volta. –A Rainha da Corte Seelie acabou de se comunicar conosco e exige falar com você.


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Notas finais do capítulo

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