Capítulo Dois.

Quando a fumaça sumiu e Thaís percebeu que estava em um gramado, ela pensou

que estava no jardim de sua casa, mas logo se deparou com uma realidade mais latente. Ela

estava no mesmo lugar do seu sonho, mas não estava sozinha.

Todas as onze garotas estavam ali, no mesmo gramado.

A segunda a despertar foi Karol, que olhou em volta e viu Thaís.

– Ei, garota. - Gritou para chamar atenção da menina de corpo esguio que estava em

cima de uma pedra. – Oi, eu sou a Karol e acho que meio que me perdi por aqui e não faço

ideia de que lugar seja esse.

– Aquele negócio roxo apareceu no seu quarto também? - Thaís desceu da pedra e foi

em direção a Karol.

– Apareceu sim, mas como é que você sabe? - Karol estava assustada com tudo aquilo,

não conhecia aquela garota. Só conseguia pensar em onde estava e porque estava ali.

– Ele também apareceu para mim.

Quando Vick e Lara acordaram, Thaís e Karol discutiam aonde poderiam está.

Logo depois Elisa acordou, assim como Anna, Sandy, Elaisa, Camila e Aline. Todas

agora estavam bem despertas, e, como em um passe de mágica, tudo virou um caos.

– Como assim vocês não sabem onde estamos? - Gritava Vitória.

– Calma, meninas, isso deve apenas ser um sonho. - Disse Aline. Para ela tudo realmente

era um sonho, não seria possível existir um lugar tão belo como aquele. Elas estavam no

meio de uma campina cheia de pequenas flores multicoloridas e grama, muita grama verde e

amarela. Tudo tinha um cheiro magico e encantador, era uma mistura de canela e lavanda.

– Eu não posso ficar aqui, meu recital de piano e na terça. - Elisa falava mais para si do

que para as outras garotas.

– Esse lugar é muito estranho, me lembra até um filme que eu vi uma vez. - Disse Anna. -

Mas se for como o filme... AI MEU DEUS ESTAMOS MORTAS!

– Acho meio difícil. - Lara finalmente se manifestou. - Aquilo que nos trouxe para cá deve

ser um miniburaco de minhoca que nos trouxe para um mundo alternativo.

– Um buraco de minhoca?! Só pode ser brincadeira. - Elisa dava gargalhadas forçadas. -

Será que você não acha que possa ter sido uma fada que o abriu?

– Quem você pensa que é? - Perguntou Lara a Elisa. - Para você saber, um dos maiores

físicos do mundo acreditava nessa teoria.

– Que nunca foi provada. - Elisa já gritava. - Isso é loucura! Você é uma louca! Todas

vocês são!

– Hey, lindinha, a única louca aqui é você. - Disse Sandy. - Agora todas poderiam formar

um círculo?

Uma olhou para a outra e formam o círculo.

– Vamos lá, cada uma de cada vez vai dizer o nome e idade, entenderam? - Sandy faz

uma pausa e diz. - Meu nome é Sandy e tenho 17 anos.

– Eu sou a Thaís e também tenho 17 anos.

– Elaisa, 17 também.

– Lara, 17.

– Batman, 17 coelhinhos. – Todas as garotas a olharam como se fosse louca e Vick

apenas deu de ombros. - Brincadeira, sou a Vick.

– Camila, 17.

– Anna, 17.

– Elisa, e adivinha só, 17 também.

– Karol, 17 também.

– Aline, acho que tenho 17 também.

– Vitória, tenho 17 anos.

– Bem, agora todas se conhecem, temos que tentar montar uma teoria sobre o porquê

que viemos para este lugar. - Diz Elisa.

– Bem, todas têm 17 anos, maioria e morena, e algumas são muito parecidas. - Elaisa diz

andando para o meio do grupo.

– E também usamos o mesmo colar. - Aline ressalta.

– Verdade, mas este colar não estava comigo. - Murmura Thaís tocando a pedra de

cristal.

– Então, o que vamos fazer? - Pergunta Vick.

– Vamos explorar esse lugar. - Diz Anna apontando para o sul.

– Não, não e não, eu tenho que voltar! Hoje é meu aniversário, a maior festa do ano. -

Vitória protesta inutilmente, pois todas já iam andando e ninguém a ouviu. Quer dizer, as fadas

a escutaram.