Boys Before Flowers escrita por Gabriela Blanco


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Só tive 4 comentários e confesso isso desanima mais ainda assim vou continuar porque escrevo por prazer,mas é bom saber se vocês estão gostando ou não então, por favor comentem.



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Bem no fundo eu já esperava por aquilo, eu permaneci olhando para meu armário, tudo parecia muito surreal eu não consegui assimilar, não conseguia acreditar e a ficha só caiu quando ouvi os gritos, quando alguém recebe a Tarja as notícias se espalham rápido, logo todos saberiam meu nome, sobrenome, minhas condições financeiras, nome dos meus pais ,tudo aquilo necessário para me afetar, os gritos me tiraram do transe, os gritos que anunciavam o começo de mais um jogo, nada de mais até ai, mas daquela vez A Tarja era pra mim a voz do garoto anuncio o meu nome. Era eu quem estava no jogo deles.


Eles não vieram até mim como fizeram com Maxi, eu fui até eles. Eu fui até a sala de aula como se eu realmente fosse ter um dia comum. Ao entrar na sala, como de costume todos estavam em silencio, mas desta vez todos olhavam me olhavam,não um olhar comum ,mas um olhar malicioso. Eles se levantaram devagar e começaram a me cercar.


Ao perceber o que aconteceria a seguir eu corri e desci as escadas até o lado de fora, eu olhei para cima e pela janela Lara e mais duas de suas amigas despejarem uma lata de lixo em minha cabeça. Eu corri em direção ao banheiro e tranquei a porta. Eu estava desesperada não a ponto de chorar, minha respiração estava ofegante e meu coração batia acelerado, então eu sai de dentro da cabine e fiz o máximo que pude para me limpar. A aula possivelmente já teria começado, minha mãe provavelmente estaria em casa naquele horário e se eu fosse embora ela me encheria de perguntas. As aulas já estavam no fim, a hora do almoço já tinha passada e foi nela que ocorreu o incidente, então eu só teria que aguentar aquilo por mais duas aulas, não há muito que eles pudessem fazer hoje. Então eu resolvi voltar, meu objetivo era entrar sem que ninguém percebesse minha presença. Abri a porta lentamente, o que foi um erro, pois ela rangeu fazendo com que a atenção de todos se voltasse para mim.
Eu entrei rapidamente tentando evitar olhar nos olhos de qualquer um e me sentei.

–Pode entrar senhorita Castillo, já que pediu com tanta educação. -Meu professor diz irônico

–Perdão senhor. -Eu digo.


O professor voltou a explicar a matéria e no momento em que se virou bolas de papel de todas as direções foram lançadas em minha cabeça.

–Parem com isso. -Grito me levantando.

–Senhorita Castillo estamos no meio da aula-Disse o professor me reprendendo. E ao olhar para o lado percebi o motivo, todos estavam em silêncio como se nada estivesse acontecendo. Eu me sentei e mais uma serie de bolas foram lançadas em minha cabeça durante as aulas. O sinal bateu indicando o fim das aulas. Eu estava esgotada tanto fisicamente como emocionalmente, me sento em uma das escadas da Eitoku Gakuen e encosto minha cabeça na parede, respiro fundo. E der repente vejo Francesca.


–Francesca-Grito seu nome, mas ela simplesmente passa por mim e me ignora, e tenha certeza de que sempre dá pra ficar pior.

–Até sua amiga te jogou fora, certo? Isso é só uma prova de que aqui não é o seu o lugar, você é uma erva daninha no meio de milhares de flores.
–Lara diz atrás de mim e logo em seguida despeja um balde de agua em minha cabeça. Francesca para e por um instante e olha para trás com pena.

–Ela não é minha amiga, não tenho amigos. -Digo olhando nos olhos de Francesca. Eu disse a verdade Francesca não chegou a se tornar minha amiga, conversamos por um tempo, e confesso que pensei que ela fosse diferente, mas ai está a prova. Mas também penso e se fosse diferente? E eu, na situação dela fingiria que não a conheço? Provavelmente sim, eu passei todo aquele tempo vendo vários alunos sendo tratados daquela forma e nunca disse nada, então o olhar de pena de Francesca voltou em minha mente e minha raiva diminui, ela não queria se prejudicar, mas no fundo ela ainda se importava, então eu fui embora passando por ela que permanecia em de pé me fitando, junto a Lara e suas amigas. Fui até o único lugar que imaginei estar em paz.
A varanda.



Ao chegar La ainda com os cabelos encharcados olhei para o horizonte e bufei com raiva.

–Mas que droga! - Soltei sem querer com a voz carregada de ódio.

–Será que dá pra arranjar outro lugar pra resmungar? -Disse uma voz masculina vinda da escada lateral.

–Diego? -Eu disse surpresa. Mas ele não respondeu, simplesmente se levantou e se pôs do meu lado.

–Não volte mais aqui.- Ele disse olhando para o horizonte.
–Por que você não procura outro lugar? -Eu disse ignorante, eu estava irritada de mais pra me controlar e eu não tinha nada a perder eu já tinha caído no jogo deles.

–Essa escada é o meu lugar, não quero que você me atrapalhe -Ele diz apontando para escada atrás de nós.Eu respiro fundo.


–Tudo bem.-Eu digo me retirando, apesar de não querer sair, e aquele ser o único lugar onde me sinto bem, eu estava cansada de confusão.

–É você quem está com problemas, certo? -Ele diz e eu paro de andar por um instante e me viro para olha-lo, e ele caminha em minha direção, passa por mim e abre a porta. Ele tinha ido embora, mas por que? Ele estava com pena? Fiquei La por mais um tempo observando a bela vista que aquele lugar proporcionava.
Logo depois eu fui pra casa e naquela noite deitada em minha cama tentei buscar em minha memória uma única vez Diego participando de alguma crueldade dos F4, mas nada veio a minha mente, Diego não era bom, ele era frio mas não cruel. Mas acima de tudo, ele ainda era um deles, com esses pensamentos caio no sono instantaneamente.


Na manhã seguinte, a primeira coisa que fiz foi ir até meu armário eu o abri lentamente na expectativa de encontrar somente meus materiais, mas não foi isso que encontrei, mas também não foi A Tarja Vermelha.

Ao abrir meu armário uma serie de cobras venosas caíram aos meus pés.
O susto fez com que eu caísse no chão e as cobras se espalharam no mesmo, em seguida todos que se encontravam ali saíram correndo, deixando tudo como estava, materiais foram deixados no chão e também armários foram deixados com suas portas abertas. Logo escuto passos e ao olhar para trás me deparo com três garotos de pé olhando para mim.


–Peguem-na-Diz o do meio, em seguido os outros dois me pegam pelos braços e me carregam até o laboratório de ciências que se encontra vazio, eles me lançam ao chão e porta é trancada, logo um deles se aproxima com uma faca e leva ela em direção a minha blusa arrebentando todos os botões.

–O que vocês estão fazendo? -Digo e lagrimas escorrem descontroladamente em minha face.

–Deixem-na ir-Diz uma voz masculina. A mesma que veio da escada de emergência naquele dia. Era Diego. Ele estava deitado em uma das mesas do laboratório.

–Deixem-na ir-Ele diz novamente aos garotos que continuavam sobre mim.


–Não posso eu tenho que...


–DEIXEM-NA IR- Diego o interrompe gritando. Eles se retiram e eu permaneço no chão tentando me recompor. E por um instante, só se podia ouvir o som dos meus soluços.

–A moça da limpeza, ela está limpando. Diego diz palavras completamente sem nexo.


–Ela está limpando, a escada de emergência. Ele complementou- e eu achei que tinha finalmente encontrado um lugar calmo. Ele diz por fim num tom descontraído, acho que essa é sua forma de tentar me acalmar.Diego e frio, e por isso é difícil saber o que ele está pensando ou o que ele está sentindo.

–Obrigado. -Eu digo entre soluços e com lagrimas ainda escorrendo por meu rosto.

–Não entenda errado, eu só não gosto disso –Ele diz, e assim como na escada de emergência vai embora. Eu permaneço no chão, tentando não pensar no que me aconteceria caso Diego não estivesse ali.


Pov`s Leon

–O Diego? Como assim ele apareceu no último minuto? -Disse frustrado ao telefone. –Eu simplesmente não entendo como não conseguem se livrar dela. Digo e logo em seguida lanço o meu celular que vai de encontro a parede e cai aos pedaços no chão .


–Eu voltarei para Nova Iorque, quando eu acabar os negócios com IMPSA. -Escuto a voz de minha mãe no corredor cada vez mais próxima.
–Qual foi a resposta do banco de Manhattan? E logo a porta é aberta revelando uma mulher fria de expressão rígida ao telefone, na qual cada vez vejo menos apesar disso nunca está diferente, sempre com olhos vazios nunca demonstrado qualquer emoção, (nem se quer cansaço o que com certeza deveria ser uma característica de uma mulher que vive luxo, mas não tem tempo de desfruta-lo)seus olhos se tornaram assim desde a morte de meu pai eu nem sequer me lembro de tela visto derramar uma lágrima, possivelmente ao receber a notícia, seu primeiro pensamento foi que teria de assumir o império sozinha. Aquela mulher era Teresa Vargas, minha mãe.Ela desliga o telefone e passa a me observar.


–Então você está aqui. Diz desta vez dirigindo suas palavras a mim.


–Isso é algo que se diga a um filho que não se vê a mais de 6 meses. Digo sem olha-la nos olhos.


Ela permanece em silencio me fitando como se gravasse cada traço de meu rosto. –O jantar está servido senhor. –Obrigado, Marta. - Digo me referindo a empregada.
–Despedida. - Diz minha mãe naturalmente.

–Não aprenda o nome de empregadas, não é bom se apegar a nada. – Diz minha mãe me repreendendo.
Em seguida nos sentamos a mesa de jantar que me mantem a quase dois metros de distância dela. Não conversamos sobre nada fora meu futuro na empresa desde que minha irmã foi embora. (Pois quando ela ainda estava aqui conversávamos sobre o futuro de minha irmã)


Após aquela cena de jantar em família proporcionada por minha mãe fui até minha boate, onde é o ponto de encontro dos F4.

–Diego não veio hoje? Pergunto a Marco que nega com a cabeça.

–É bem prudente da parte dele, quer dizer depois do que ele fez. Digo pegando um dos tacos da sinuca. Estávamos em uma sala privada localizada no terceiro andar acima da boate.

É mais... você não acha que estupro é um pouco exagerado Leon? -Ele diz me repreendendo e se referindo a garota, Violetta.
–ELES FIZERAM ISSO PORQUE QUISERAM PEDI SOMENTE QUE DESSEM UM BOM MOTIVO PARA QUE ELA SAIA DO COLEGIO! - Digo irritado


–Ei, calma Leãozinho, por que você está tão mal humorado? -Diz Federico caçoando de mim.

–Vocês não entendem não é? O jogo só acaba quando ela sai da escola. Digo me mantendo sério.

–Não fique nervoso Leon é somente um Passa-Tempo. Diz Marco tranquilamente.

–Mas como você vai conseguir controlar o futuro do império Vargas se não consegue controlar se quer um colégio. - Federico caçoa novamente de mim me fazendo explodir, aquele era um assunto no qual eu não gostava de falar eles sabiam disso mais do que ninguém. O taco que até então que estava em minha mão fora lançado por mim se chocando com a enorme janela de vidro que nos dava visão da pista de dança ,o taco junto aos cacos de vidro foram a baixo provavelmente ferindo algumas pessoas a que estavam na pista de dança, logo saio deixando Marco e Federico rindo da minha irritação e nem um poucos surpresos com a minha ação, provavelmente por já estarem acostumados com as minhas explosões.


As palavras de Federico não saiam da minha mente elas se repetiam cada vez mais alto mais forte, como se alguém gritasse em minha mente, mas a voz que gritava em minha mente não era de Federico, era de minha mãe de meu pai de minha irmã e por fim ela era minha. Gritando constantemente e me perguntando como eu assumiria o futuro do Império Vargas.


–Você pode me emprestar seu isqueiro-Disse um rapaz acompanhado por três amigos, eu não tinha percebido mas já me encontrava do lado de fora da boate em uma avenida bem movimentada.

–Amigo pode me emprestar seu isqueiro-Repetiu o rapaz, mas eu permaneci em silencio com as vozes ainda ecoando em minha mente.

–VOCÊ NÃO ME OUVIU? -Dessa vez gritou em um tom rude, seu grito me fez explodir. Eu fui lentamente em sua direção, e quando me encontrava perto o suficiente depositei uma serie de socos o fazendo cair logo em seguida os outros dois vieram em minha direção com a intenção de prosseguir com a briga e depois de alguns minutos os três se encontravam caídos. Eu estava destruído por fora e também por dentro.
Para muitos eu tinha tudo, mas eu não tinha nada, eu não tinha escolhas.


Sou Leon Vargas para muitos somente herdeiro do Império que indiretamente controla a Argentina, mas na verdade eu sou herdeiro de um destino.

Pov´s Violetta

Quando finalmente pego no sono um ruído vindo da cozinha me desperta. Vou até La sorrateiramente mesmo sabendo que as chances de ser um ladrão são baixas, afinal quem assaltaria uma casa como essa. Espio pela fissura da porta e vejo meus pais em uma espécie de discussão.

–Não seja teimoso German! Assim você vai passar fome. –Diz minha mãe num tom repreensivo.


–Não tudo bem ponha mais para Violetta. Diz meu pai.

–Ponha mais esse bife que ela tanto gosta. Diz meu pai e minha mãe assente.
–Ela ficara muito feliz-Diz minha mãe, arrumando meu almoço de amanhã. Ver aquela cena dói. Resolvo voltar para meu quarto, sem que me vejam. E já em minha cama penso em como todas as noites dou meu melhor pro poder sonha e acreditar: “Amanhã será melhor”, mas acordo pra realidade fria e nada mudou.

A manhã seguinte transcorreu tranquilamente, sem nem um tipo de "brincadeira" relacionada A Tarja Vermelha pelo menor até agora...O sinal toca anunciando a hora do almoço. Me sento sozinha como de costume, logo percebo uma figura se aproximando devido a sua sombra. Levanto meu rosto e vejo Leon me observando.


–O que é isso? -diz apontando para minha comida-alguma tentativa de imitar as classes superiores? –Ele sorri friamente (aquele sorriso que podia ser facilmente comparado ao de um tubarão: frio, psicótico, acompanhados por olhos escuros). Não o respondo e espero por sua próxima ação, que para mim são sempre imprevisíveis.


–ODEIO ESSAS MARMITAS DE POBRE FEITAS POR UMA VELHA. Leon grita e logo em seguida lança meu almoço ao chão e pisa na comida espalhada. Aquela tinha sido o cúmulo, ele podia fazer qualquer coisa a mim, mas ao olhar para aquela comida espalhada foi como se ele estivesse ferindo a meus pais. Enquanto eu olhava para comida paralisada as palavras deles passavam por minha mente: "Não tudo bem ponha mais para Violetta. "
"Ponha mais esse bife que ela tanto gosta."
"Ela ficara muito feliz."
Aquele momento, podia ser chamado de o ápice da história.
Porque até então, eu só era o novo Passa-Tempo deles. Mas naquele momento tudo mudou porque eu tinha tomado uma decisão.

Naquele instante Leon ia em direção a mesa dos F4.

–Espere ai-Eu bem alto e bem determinada. Leon para de caminhar e se vira surpreso.


–O que você disse? -Leon pergunta cruzando os braços e arqueando as sobrancelhas, caminho lentamente em sua direção.


–Eu não ligo se você é um plutocrata (Pessoa de influência na sociedade devido a suas condições financeiras). Eu digo me aproximando cada vez mais.

–Você é um pirralho que nunca ganhou dinheiro por conta própria. -Eu digo tão próxima ao seu rosto que posso sentir sua respiração ficar pesada. Todos ficaram em silencio talvez esperando o que aconteceria a seguir.
E sem que eu percebesse como um flash o silencio tinha sido substituído por gritos eufóricos e expressões de surpresa. Leon estava caído ao chão e meus punhos que doíam muito ainda se mantinham no ar onde até então estava o rosto dele. Havia depositado toda minha frustração e toda minha raiva armazenada por todos esses anos naquele soco, e talvez por isso eu tinha lançado um homem quase adulto ao chão.
Todos estavam com expressões surpresas, exceto por duas pessoas: Francesca que sorria, assim como Diego que sorria bem disfarçadamente. Pode parecer estranho, pois eu acabei de socar a cara de seu melhor amigo, mas talvez Diego quisesse fazer isso já faz algum tempo, quem sabe ele conheceu um outro Leon que ninguém aqui conhece e que se tornou assim com o tempo. Mas ele sabia que era isso que seu amigo merecia no momento.

Leon me observava chocado como os outros e suas mãos se encontravam no rosto exatamente no local onde eu havia depositado o soco.


–Eu não vou mais fugir-Disse olhando no fundo de seus olhos.

–Isso é uma declaração de guerra Leon Vargas! Me enfrente se tiver coragem.

E então eu fui embora.

Eu fiz algo grande. Pensando nas consequências que podia sofrer a partir de agora. Pra ser sincera, fico com medo.


Mas eu não vou desistir, porque eu, Violetta sou uma erva daninha.


Na manhã seguinte já ao acordar eu me preparava psicologicamente para que eu iria sofrer, e que tudo aquilo pelo qual eu passei não seria nada comparado ao que eu sofreria agora, e ainda assim eu acordei feliz, acho que por ter finalmente saído da Eitoku Gakuen de cabeça erguida.

Eu caminhava para escola, já que não ficava tão distante de casa.


De repente, do nada surgem dois carros pretos um para a minha frente e outro por trás de mim me cercando e impedindo que eu passe. De dentro deles surge três homens que correm em minha direção.


E antes que eu tenha tempo de gritar um cheiro forte invade minhas narinas, e minha última visão foi o vidro escuro do carro a minha frente descendo e a visão de olhos castanho-esverdeados.


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