The Pain In Between escrita por bia souto


Capítulo 31
Keeping Promises


Notas iniciais do capítulo

eu só to atualizando porque eu atingi o limite de post do tumblr
ok



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/526498/chapter/31

— Finn? — Kurt perguntou, sonolento. — São três e quarenta da manhã.

— Eu sei, eu sei, mas minha mãe está acordando e eu não consigo mentir para ela. Eu- eu não sei o que falar! — Disse o mais velho, do outro lado da linha.

— Espera, espera. — Kurt olhou para o namorado, que dormia. — Eu vou- eu vou levantar e falar com você direito. Não quero acordar Blaine. — O castanho segurou na cabeceira da cama com a mesma mão que usava o celular, levantando-se com dificuldade com uma mão no colchão. Ele se apoiou na parede, segurando-se na maçaneta da porta rapidamente para não cair. — Pronto, vamos lá. Até onde eu sei, ela acha que tudo isso foi um sonho. Fale para ela que ela foi, e Sebastian a deixou aqui porque estava com pressa, mas que nada demais aconteceu no jantar. Ela voltou para casa sozinha.

— Ok. M-mas e se ela conseguir dizer que eu estou mentindo?

— Bom, é melhor você ser bem convincente. Se não a atuação vai ser toda de Brittany. — Finn emitiu um som positivo. — Boa noite, Finn.

— Boa noite, irmãozinho.

— Kurt? — O castanho se virou, vendo o namorado do lado de fora. — Baby, você não devia estar em pé. Vamos lá, vamos voltar para a cama.

— Eu estou bem, B. Não se preocupe. — Assegurou Kurt, mesmo sem negar o braço que circulou sua cintura. Blaine beijou sua bochecha carinhosamente.

— Eu sei que está, mas seu quadril não. Se você ficar em pé por muito mais tempo, talvez a ferida volte a sangrar. Nunca se sabe. — Explicou o moreno, fechando a porta do quarto dos dois com o pé. Ele ajudou o namorado a se deitar novamente e o cobriu gentilmente. — Eu vou pegar um copo d’água. Você quer um? — O castanho assentiu, sorrindo. — Eu vou ver se temos mais comprimidos para dor, está bem? Não pense que eu não vejo quando você está com dor. — Kurt suspirou, se ajeitando na cama.

KB

Carole abriu os olhos e imediatamente os fechou novamente. A luz estava muito forte, fazendo sua cabeça latejar. Porém, ao se lembrar do que lhe havia acontecido, ela se sentou no sofá num pulo do sofá.

— Mãe? — Finn perguntou, andando até a mulher. — Ah, você acordou. Eu pedi pizza, espero que você não se importe.

— Finn, por que exatamente você está agindo como se nada tivesse acontecido?!

— Como se o que não tivesse acontecido?

— A... a casa. De Blaine, e ele estava chorando e Kurt estava vivo! Eu o vi! Ele- ele estava lá e eu falei com ele por telefone. Sebastian me levou para jantar e ele tinha uma arma e-

— Wow, mãe, calma. Que sonho foi esse que você teve? Ou, devo dizer, pesadelo...

— E-Eu sonhei tudo isso? Mas eu me lembro de sair de casa. — Carole levou uma mão à testa, sua cabeça ainda doendo.

— Mãe, eu cheguei aqui por volta das nove e você estava dormindo no sofá. — Explicou o grandão, olhando sua mãe nos olhos. Quinn abriu a porta de casa.

— Oh, olá, Carole! Dormiu bem? — Carole a olhou, atordoada. Tudo havia sido tão real... — Eu estou interrompendo? Eu estava só levando o lixo para fora.

— N-não, Quinn, fique tranquila. Eu só... — A loira a olhou, confusão expressa em suas feições delicadas. — Deixa para lá. Foi só um sonho.

— Ok... Eu guardei uma fatia de pizza para você na geladeira, se você quiser. — Ela se virou para Finn. — Finn, eu vou dormir, está ficando bem tarde e Brittany e eu vamos caminhar amanhã cedo. Sem falar que eu ainda tenho que passar em casa e pegar roupas de ginástica.

— Claro, tudo bem. Eu já vou subir. — Quinn beijou sua bochecha e subiu as escadas.

— Vocês estão namorando de novo? — Quis saber a mulher mais velha.

— Mais ou menos. Eu- eu ainda não a pedi em namoro ainda. — O mais alto deu de ombros. — Puck veio aqui hoje. Ele queria falar comigo sobre Quinn. Eu esqueço como as notícias voam por aqui, sério. Eu e ela saímos para o cinema hoje uma vez só e todos estão comentando.

— A boa e velha Alabama. — Carole suspirou, ainda intrigada com o sonho que tivera.

— Bom, eu vou dormir também. Você vai ficar bem?

— Vou, vou, não se preocupe, querido. Eu só- foi tudo bem real, então eu ainda estou me recuperando. Mas amanhã eu estarei melhor. — A mulher se levantou e beijou a bochecha do filho, andando até a cozinha.

KB

Blaine acordou com o sol diretamente em seu rosto. Eles realmente precisavam começar a fechar as cortinas ao ir dormir. O relógio no criado mudo marcava nove e trinta e seis da manhã. Grunhindo, Blaine se levantou e pegou o celular antes de sair do quarto. Descendo as escadas para a sala, ele viu um porta retrato dele, Kurt e Cooper na Disney. Provavelmente no verão antes do último ano de escola.

Blaine e Kurt andavam pelo parque de mãos dadas. O moreno estava puxando o melhor amigo até uma montanha russa, com seu irmão, Cooper, andando logo atrás.

— Blaine, por favor, não faça isso comigo. — Kurt pedia, andando devagar para não chegar até o brinquedo. — Eu vou vomitar em cima de você. E de você também, Cooper. Não pense que eu não estou ouvindo sua risada. — Ameaçou Kurt, fazendo Cooper imediatamente ficar quieto, mas Blaine apenas riu ainda mais.

— Vai ser divertido. Além do mais, você concordou em ir nessa montanha russa. Splash Mountain é a melhor da Disney inteira! ...Ok, não, mas é a melhor desse parque.

— Ugh, por que você quer tanto que eu vá nesse troço? Não vai fazer mais do que embrulhar meu estômago e me molhar inteiro.

— É, com água! Você vai estar seco em pouquíssimo tempo. Confie em mim. Vamos lá. — Pediu Blaine, com seus famosos “olhos de cachorrinho”. Kurt revirou os olhos e assentiu, murmurando um “vamos lá, seu babaca”, fazendo o moreno rir. Eles entraram na fila e, em menos de uma hora, estavam entrando no carrinho. Blaine se sentou ao lado de Kurt, que imediatamente pegou sua mão. Cooper estava atrás deles.

— Ei, Squirt, quando é que você vai pedir Kurt em namoro? — Perguntou o Anderson mais velho, fazendo Kurt ficar vermelho como um pimentão, mas não mais do que Blaine. Naquele momento, a montanha russa começou a andar e Kurt deu um grito agudo.

— Ei, ei, calma. Está tudo bem, vai ser divertido. Além do mais, eu estou do seu lado. Eu prometi que nunca ia sair, lembra? — Kurt assentiu. — Agora tente aproveitar, ok? você está seguro.

O carrinho andou e andou até chegar no topo, onde havia uma queda enorme. Blaine ouviu Kurt sussurrando um “ah meu deus” seguido por um grito longo. Depois de pouco tempo, o carrinho estacionou e todos podiam sair do mesmo. Quando Kurt colocou os pés no chão, com a ajuda de Blaine, ele instantaneamente colocou os braços ao redor da cintura do moreno, enterrando seu rosto em seu pescoço. Blaine sorriu e passou os braços pelos ombros do melhor amigo.

— Ai meu deus, Blaine, olha o que você fez comigo. Eu nem consigo andar com esses joelhos bambos. — Disse o castanho, com a voz trêmula. Blaine sorriu e se virou de costas para o mais alto.

— Nós vamos parar um pouco para almoçar. Eu te carrego até o restaurante, sobe aí. — Ofereceu, e Kurt pulou nas costas do melhor amigo. — Melhor? — Kurt assentiu, beijando a bochecha de Blaine e fazendo o moreno corar mais uma vez. Ele realmente precisava fazer algo em relação aos seus sentimentos por Kurt.

— Obrigado. Meu herói. — O castanho deitou o queixo no ombro de Anderson, suspirando.

— Vocês pombinhos vão querer um algodão doce? — Um vendedor perguntou, com vários doces azuis e rosas presos a uma vara de madeira.

— Oh, nós não estamos- — Kurt começou, saindo do segurar de Blaine.

— Não, você entendeu errado- — Blaine também disse, ao mesmo tempo enquanto deixava o melhor amigo descer.

— Nós vamos querer dois! — Cooper interrompeu, pegando a carteira do bolso. — Um para eles e um para mim. Quanto vai ser?

— Para vocês, eu faço dois por três dólares! — O vendedor ofereceu um sorriso, que foi constrangidamente retribuído. Cooper pagou o homem, que entregou os algodões doces e saiu, nunca sem deixar o sorriso cair.

— Sério, eu juro que se vocês não começarem a namorar nas próximas duas horas, eu me jogo do avião de volta para casa. — Cooper disse, rindo. — Vamos, temos que encontrar mamãe e papai para o almoço. — O mais velho saiu andando até o restaurante, não muito longe dali.

— Você quer subir de novo, não é? — Blaine perguntou, ao perceber que seu amigo não havia se movido.

— Você não tem ideia do que aquela montanha russa fez comigo. Eles não têm direito de fazer isso com um garoto de dezesseis anos. — O castanho disse, já se aproximando novamente de Blaine e subindo em suas costas. O moreno colocou as mãos atrás de seus joelhos e assim eles andaram atrás de Cooper.

— Blaine? Eu estou falando com você! Alguém aí dentro? — Violet estalava os dedos na frente de Blaine, tirando o moreno de seus pensamentos. Ao ver que conseguira a atenção do moreno, ela continuou. — Eu estava falando que minha mãe te chamou para ajudar na ceia de ano novo. Sabe, hoje é o último dia de 2014, e tal.

— Claro! Claro, eu tinha me esquecido do ano novo. Quer dizer, não esquecido, esquecido, mas meio que bloqueei da minha mente. Sabe, com tudo o que está acontecendo e tal, é difícil conseguir-

— Eu entendi, Blaine. Minha mãe está na cozinha.

— O-Ok. eu estou indo.

KB

Depois de fazer cookies e bolo para o jantar de virada, Blaine subiu de volta para o quarto, encontrando Kurt no celular com Quinn.

— Não, ele acordou cedo. ...Jura? Tipo, de verdade? ...Quinn! Não, Blaine não está aqui e você não está no viva-voz. ...Prometo. Agora, me fala, vai! Quais são as notícias chocantes? ...Ele fez o quê?! ...Ah meu deus, eu estou tão feliz. Espera, vocês têm certeza, não é? ...Não, não se incomode comigo, de verdade. Você só vai e se divirta muito por mim. ...Eu sei que vamos nos ver de novo! Você está maluca se achou que eu ia só te dispensar assim. ...Podemos ter uma festa do pijama. Claro. — Kurt brincava com a barra das cobertas. — Eu estou bem. Quer dizer, eu não posso sair da cama, mas estou bem. ...É complicado. Eu nem te vi aqui ontem à noite. ...Explico, é que eu realmente não quero falar nisso agora. ...Obrigado. Mudando de assunto: ano novo. A virada! O que você vai usar? — Blaine fechou a porta silenciosamente, decidido a ir para a sala e ler um pouco, ou ver se Santana estava afim de conversar. Quando ele se sentou no sofá, porém, ele recebeu um torpedo de Kurt.

Foi você que acabou de fechar a porta do meu quarto?

...culpado, heh.

Eu estava no telefone com Quinn, mas eu já desliguei. É melhor você vir aqui e me abraçar.

Não precisa pedir duas vezes! Já estou indo. Quer água?

Por que não, hidratação nunca é demais, né.

Ok, deixa comigo. ;)

Blaine fechou a porta do quarto com o pé, segurando dois copos cheios de água. Kurt o viu e deixou o celular no criado mudo, os cantos da boca elevando-se no que virou um sorriso de orelha à orelha. O moreno lhe entregou o copo e bebeu um gole do próprio, antes de coloca-lo em cima da cômoda e deitar-se na cama junto do castanho. Eles ficaram em silêncio por alguns minutos, até Kurt fazer uma pergunta:

— O que você faria se tudo tivesse sido diferente?

— Como assim?

— Se você não tivesse morrido, se eu não tivesse morrido... onde estaríamos agora?

— Você quer saber o que eu teria feito? Se, no halloween, você tivesse voltado e tudo estivesse bem? — Kurt assentiu. — Bom, eu estaria te esperando na sua porta, para começar. E eu ia te abraçar como se você fosse embora de novo, mas você não iria. Depois, quando estivéssemos no seu quarto e você estivesse nos meus braços, do jeito que está agora, eu te beijaria e nós conversaríamos. Eu teria te pedido em namoro bem naquele dia, ao invés de esperar nove dias. E quem sabe, agora, nós estivéssemos prontos para começar o semestre em NYADA porque obviamente eu e você seríamos aceitos. — Kurt chorava baixinho. — Eu... me desculpe, eu fui longe demais?

— N-não. Foi perfeito. É só que eu realmente queria saber como teria sido. Mas tudo bem, já passou. — Naquele momento, mais lágrimas encheram os olhos azuis de Kurt.

— O que aconteceu, Kurt?

— Quinn vai embora. Ela vai voltar para Yale e Finn quer ir com ela. Quer dizer, eu sei que ela tem que ir, mas... ela tem mesmo que ir? Entende? Ela é minha melhor amiga, e eu não quero me despedir dela.

— Ah, baby. — Kurt soluçou, seu corpo tremendo nos braços de Blaine. — Está tudo bem, nós vamos ficar bem, eventualmente. Eu te prometo. — O moreno afagava os cabelos do namorado gentilmente. — E eu pretendo manter essa promessa, ok?

— Ok.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

aquele povo que esquece o ano novo
claro



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Pain In Between" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.