The Pain In Between escrita por bia souto


Capítulo 28
Farewell parte 1


Notas iniciais do capítulo

oi :)
mais uma vez desculpa a demora etc e tal, aquelas coisas



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Brittany não havia parado de chorar desde que ela havia entrado na casa. Santana não conseguia pedir desculpas o suficiente, e a latina finalmente desistiu de tentar quando sua namorada adormeceu na cama. Santana deitou a seu lado e a abraçou, permitindo-se acariciar os cabelos de Brittany.

— Toc toc. — Kurt disse, num tom baixo, meramente acima de um sussurro. — Posso entrar? — A latina assentiu, e se sentou na cama enquanto secava as lágrimas.

— Eu havia prometido que não ia acabar nessa casa, eu prometi para Britt. — Sussurrou ela, passando uma mão pelos cabelos negros. — Eu sabia que não seria o suficiente para Brittany quando ela me pediu em namoro, ela merece melhor que eu. Porque eu sou... um lixo, Kurt. Eu não sei como começamos a conversar em primeiro lugar, que dirá como eu me apaixonei por ela, só sei que eu estou completamente entregue aos meus sentimentos por Brittany.

— Vai dar tudo certo, San, eu prometo. Você e Brittany se amam e qualquer um consegue ver isso, vocês conseguem consertar isso. E não vai ser fácil, eu te garanto por experiência própria, mas... eu sei que vocês vão conseguir. — Assegurou o castanho. — Está fincando tarde. Já são quase oito horas e Brittany não deveria ficar perambulando por Lima essa hora da noite. Só... tenha certeza que ela não passe tanto tempo aqui, está bem? Essa casa é malvada, e te leva a fazer coisas nas quais nem eu mesmo havia pensado antes. — Santana levantou uma sobrancelha, confusa. — Não é fácil passar pelo o que eu passei, até mesmo com Blaine eu sofria uma quantia absurda de bullying todos os dias. Eu só não desisti por causa de minha família e de Blaine. E depois, enquanto eu estava vindo para cá todos os dias, eu estava disposto a tirar minha vida para ficar com Blaine aqui, para sempre. E eu não duvido que, se Brittany ficar aqui tempo o suficiente, ela pode vir a fazer isso. Então não deixe que ela passe muito tempo aqui por dia, converse com ela sobre isso, é muito importante que Britt saiba de todos os perigos, está bem? — Santana assentiu, agradecendo, e Kurt saiu do quarto. O castanho fechou a porta e se encostou contra a mesma, respirando fundo.

— Ela não vai conversar com Britt, vai? — Blaine perguntou, passando delicadamente os braços ao redor da cintura do namorado e beijando seu pescoço carinhosamente.

— Eu acho que não. Nunca se sabe, porém. — Kurt afagou os cabelos cheios de gel do namorado e pressionou os lábios contra a bochecha do mesmo. — Ugh, você usa gel demais. Minhas mãos sempre ficam meladas.

— Amanhã eu não uso, então. Satisfeito?

— Satisfeito. — Kurt sorriu, e pressionou o namorado contra a parede perto da porta, distribuindo pequenos beijos por seu pescoço. — Eu te amo, B.

— Eu também te amo, K. — O moreno suspirou e puxou gentilmente o namorado para o quarto dos dois, fechando a porta delicadamente.

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Quando Kurt e Blaine finalmente saíram do quarto, eram nove e dez. Brittany e Santana estavam abraçadas na porta, e as vozes das duas eram ouvidas sussurrando uma para a outra. O castanho apertou a mão do namorado, e Blaine lhe beijou a bochecha carinhosamente. O casal desceu as escadas e foram silenciosamente para a cozinha, sem perturbar o momento das duas.

Despedidas provavelmente eram a pior coisa do mundo inteiro.

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Kurt acordou de madrugada, quase certo de ter ouvido algo. Tudo bem, ele estava morto, mas não significa que ele não poderia sentir a dor de uma garganta cortada ou de um tiro. Blaine podia sentir a dor de um tiro. O castanho olhou para o outro lado da cama, e cutucou o namorado do mesmo jeito que fazia quando queria acordá-lo. Porém, o moreno estava dormindo pacificamente, como sempre estava por volta das três da manhã.

Kurt então jogou as cobertas para longe e calçou os chinelos que sempre ficavam do lado da cama. O castanho andou até a cômoda e abriu a última gaveta, pegando um revólver e uma faca. Ele colocou as armas na calça do pijama e saiu do quarto, pé ante pé para não acordar ninguém.

Um barulho veio da cozinha. Ele tinha certeza. Ó, céus, poderia ser apenas um guaxinim faminto ou... deus o livre, ratos. Mas também poderia ser um ladrão, um psicopata, simplesmente uma pessoa interessada em machucar ele e os outros moradores da casa (que estavam todos mortos, mas detalhes à parte).

Kurt lentamente desceu as escadas, pulando os degraus que rangiam e imediatamente se virou para a cozinha, que tinha apenas a luz vermelha indicando que o micro ondas estava desligado iluminando o local. O castanho viu, porém, que não havia absolutamente ninguém ali. No instante que ele ia se virar, porém, alguém tapou sua boca com a mão.

— Shhh, não se assuste Kurtie. Eu não quero ter que atirar em você novamente. — Deus, era Sebastian. Não machuque Blaine, por favor., era tudo que Kurt pensava, sua mente automaticamente se encheu de Blaine, com os pulsos cortados e sangue por todo o corpo enquanto Sebastian apontava uma arma para ele e aconteceu tudo tão rápido, Kurt mal teve tempo de processar a dor- — Por que é que você não faz um chá para nós? Eu estou aceitando água, também. Mas lembre-se, sem um pio. — O castanho foi até o filtro d’água em silêncio, com lágrimas desesperadas em seus olhos azuis. Ele lentamente encheu um copo e entregou para Sebastian. — Vamos para seu quarto, Kurt, eu quero falar com você e Blaine.

Os dois subiram, e Kurt sentia seu coração tentando se livrar do segurar de Sebastian como se não houvesse amanhã. Tudo o que o castanho queria (e pensava) era proteger, eu tenho que proteger Blaine, meu Blaine., e nada o faria parar. Kurt protegeria Blaine.

O relógio digital que ficava na cabeceira de Kurt indicava que eram três e quarenta da manhã. Logo, logo, o sol nasceria e Blaine com certeza acordaria com a claridade, não teria jeito de deixar ele dormindo, até porque Sebastian não deixaria, de jeito algum. Smythe o largou e fez menção de silêncio com o indicador nos lábios, e andou até o lado de Blaine na cama.

— Blainey, querido. Vamos lá, acorde. — O menino dos dentes tortos se aproximou do rosto de Blaine e lambeu da bochecha até a testa do moreno, fazendo Kurt franzir o cenho e torcer o nariz de nojo. Sebastian deu um tapa sonoro na parte lambida do rosto de Blaine, fazendo-o acordar num salto. — Ah, você está acordado. Que bom que eu não interrompi seu sono.

— S-Sebastian, vá embora. Você não é bem vindo aqui. — Mandou Blaine, tentando ser autoritário, porém com medo estampado em suas feições.

— Ah, você não consegue mandar em mim, Abelhinha. Vamos ter uma conversa, ok? Você senta aqui. — Ele pegou Kurt pelo braço nada gentilmente e o sentou na beira da cama. — E você do lado dele. Vamos lá, depressa. — Blaine andou rapidamente até o lado do namorado e passou um braço pela cintura do mesmo. — Não! — Rosnou Sebastian, num tom baixo. — Sem contato físico. Eu quero falar com Kurt aqui. Eu chamei você, Blaine, para testemunhar o que seu namorado aqui vai falar.

— Sebastian, por favor, não há necessidade de envolver Blaine nisso, deixe-o, por favor.

— Eu duvido que ele conseguiria dormir novamente depois de saber que eu estou aqui, no quarto de vocês, com você. — Blaine engoliu em seco, controlando-se para não voar no pescoço de Sebastian. — Continuando! Eu quero que você faça uma ligação, Kurt. Me passe seu celular, por favor. — O castanho alcançou na cabeceira atrás de si e entregou o aparelho a Sebastian. — Senha?

— Zero Nove Onze. — Blaine o olhou com um pequeno sorriso no rosto, a senha do castanho era o dia em que Blaine havia o pedido em namoro.

— Obrigado. Bom, eu ligo e você fala que está vivinho da silva, foi tudo uma mentira e que você quer jantar na sexta, às oito no PJ Clark’s. Entendeu? — Kurt assentiu. — Você vai falar com Carole, ok?

— Oh, não, não, por favor, por favor, todos menos Carole. Pelo amor de deus, Sebastian, por favor! — Chorou Kurt, lágrimas descendo por sua face.

— Não tem volta, Kurt. Vamos lá, a não ser que você queria seu querido Blaine sofrendo. Dessa vez eu realmente atiro nele. — Kurt respirou fundo, e assentiu. Blaine o olhou, incrédulo, e com lágrimas próprias descendo seu rosto.

— Pode ligar. — Após três chamadas, Carole atendeu.

— Kurt?

— O-Oi, Carole.

— Kurt. Kurt, aonde você está? Você está bem? Machucado?

— Eu... eu não tenho como te responder agora, Carole. Me encontre no PJ Clark’s, o que tem no bairro, sexta feira às oito.

— Tudo bem. Claro, é claro. Eu estarei lá.

— Carole?

— Sim?

— Eu te amo, de verdade.

— Eu também te amo, Kurt. — Soluços foram ouvidos do outro lado da linha, e então a ligação acabou.

— Era só isso, Kurt, muito obrigado pela paciência. Ah, a água estava uma delícia, na temperatura certa. Eu vou indo, cavalheiros. Tenho um encontro depois de amanhã, às oito, no PJ Clark’s. — O mais alto piscou e saiu do quarto, deixando Kurt soluçando nos braços do namorado.

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Quando o castanho acordou, seus olhos azuis encontraram os de Blaine, olhando de volta para ele com um olhar dolorido e apaixonado. O moreno acariciava seus cabelos gentilmente e, ao perceber que o namorado estava acordado, beijou-lhe a testa.

— Bom dia, Kurt.

— Bom dia.

— O que você quer fazer hoje?

— Nunca mais olhar na cara de Sebastian?

— É uma opção. — Os dois ficaram em silêncio. — Como você está?

— Um lixo. Sebastian vai fazer alguma coisa com Carole. Ele pode simplesmente pegar ela e mata-la, ele pode prender Carole aqui para sempre, igual a nós.

— Ligue para ela, baby, você tem seu celular, ele está carregado. Ela está a uma ligação de distância.

— Eu sei, é só que... deus, isso não é difícil. Eu sou um idiota. — O castanho esticou o braço e pegou o celular, discando o número da madrasta logo após a senha. Depois de um tempo, ela atendeu. — Carole, você não pode ir na sexta.

— O-O quê?

— Me desculpe, de verdade. Sebastian estava mentindo, Carole, ele disse todas aquelas coisas... e ele me fez te dizer para ir até o PJ Clark’s. Por favor, não vá, ele pode te machucar.

— O que você quer que eu faça, Kurt?

— Só... vá para algum lugar seguro.

— Ok, eu vou. Eu prometo.

— Carole, eu falo sério, você não vai me ver na sexta, você vai ver Sebastian. Eu- eu estou preso.

— Preso?!

— É, e eu não sei onde é. — Mentiu o castanho. — Mas eu estou falando sério. Você não pode ir, ouviu?

— Ouvi, eu ouvi. De verdade, pode confiar em mim.

— Ok. Eu te amo.

— Eu também te amo. — A chamada foi encerrada.

— Oh, céus, Blaine. Eu não acredito. — Kurt disse, depois de colocar o celular de volta no lugar. — Carole vai na sexta. Ela não estava falando a verdade, meu deus.

— Acalme-se, amor, nós vamos dar um jeito. Podemos falar com Finn ou Quinn ou Brittany. Eu prometo, nada vai acontecer com Carole, eu não vou deixar.

— Deus, me desculpe, eu sei que esse lado chorão de mim não é o mais divertido nem de longe. É que... ah, eu desisto.

— Ei, ei, está tudo bem. Eu te amo, Kurt, e eu vou ficar com você pelo pior e pelo melhor. — Blaine pressionou seus lábios contra os do namorado, um gesto amoroso.

— O que eu faria sem você, B?

— Não quero nem saber. Vamos lá, vamos tomar café. Santana tem muito a aprender, ela precisa de algumas aulas com Violet. Talvez possamos jogar Twister... — Blaine piscou para o namorado, e levantou-se da cama para trocar de roupa. Rapidamente, Kurt o seguiu.

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Santana acordou num lugar estranho. Era uma cama mais dura e mais fria. Brittany não estava com ela.

Brittany havia ido para casa.

Santana estava sozinha. Santana estava morta.

A latina abraçou o travesseiro e impediu que lágrimas rolassem por seu rosto, engolindo o nó em sua garganta. Ela pegou o celular, vendo uma mensagem de bom dia de Brittany de apenas dez minutos atrás.

Bom dia :) — dizia a mensagem.

Bom dia ♥

Eu estou me vestindo para ir praí.

Britt... você sabe que não quero você aqui por muito tempo.

Mas eu me quero aí.

O que você vai fazer? Me barrar?

...é

por mais que me doa, amor, você não pode acabar aqui também

só... abre a porta quando eu chegar, ok?

Ok

Com isso, Santana esperou um pouco, e a campainha finalmente tocou depois de quinze longos minutos.

— Oi, baby. — Brittany disse, beijando os lábios de sua namorada.

— Oi.

— Seus pais estão preocupados, San. Eu não respondi nenhuma mensagem.

— Eu falo com eles. Invento que eu queria mais liberdade.

— Tem certeza?

— Sim, BritBritt.

— Ok. — Kurt e Blaine desceram as escadas de mãos dadas, e pararam ao verem Quinn entrando pela porta ainda aberta.

— Bom dia, povo! — Quinn disse, empurrando Santana do caminho. — Eu tenho ótimas notícias!

— Quinn, você bebeu? — Blaine perguntou, semicerrando os olhos.

— Bebi! A noite inteira, com Puck. Nós estamos tentando ter outro bebê! Isso não é ótimo? — Todos se olharam.

— E aí zumbizada? — Perguntou Puck, entrando pela porta. — Quinn me inseriu nos detalhes. Relaxem.

Brittany e Santana reviraram os olhos sincronizadamente, enquanto Kurt cruzou os braços e Blaine olhava de Puck para Quinn e para Kurt. Os três casais nunca conseguiriam viver juntos. Que dirá com um bebê.

O que significa que Kurt e Blaine e Brittany e Santana teriam que arranjar um jeito de separar os dois, ou fazê-los mudar de ideia. O que seria incrivelmente difícil.


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Notas finais do capítulo

"e aí zumbizada" desmaiada com minha piada, 2bj



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