The Pain In Between escrita por bia souto


Capítulo 27
Promises Broken


Notas iniciais do capítulo

AEHOOOO PESSOAS DA TERRA
não, eu não morri e fui parar na murder house, calma
desculpem :(((
ENFIM ESSE CAPÍTULO: derrubador de forninhos, desmaiador de julianas. CUIDADO1!!!!1!!!11!!!



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Dois dias depois, dia 27 de dezembro

— Ahhh! — Kurt gritou, agudo, da cozinha. Blaine e Tate saíram correndo do sofá da sala e direto para o cômodo onde seus respectivos outros se encontravam, além de Brittany, uma amiga de Kurt. Os meninos, porém, encontraram Kurt e Brittany abraçados em cima de uma cadeira e Violet com uma pantufa na mão correndo em volta da mesa. — Mata, Violet, mata! — Exclamou o castanho, sem perceber a presença do namorado e do amigo na cozinha. Blaine pegou sua mão depois de andar até ele, fazendo o mesmo pular na cadeira. — Deus, Blaine, que susto, eu achei que fosse o rato.

— Rato? Que rato, baby, não tem nenhum... rato! — Blaine pegou um jornal e enrolou, dando um tapa no balcão da cozinha, revelando um pequeno camundongo morto no mesmo.

— Meu herói. — Kurt sorriu, e desceu da cadeira. Ele andou até o namorado e o beijou nos lábios carinhosamente. Blaine passou os braços pela cintura do mais alto e sorriu no beijo. — Mas eu não vou mais comer nada que estava perto desse... dessa criatura. — Brincou Kurt, com a mão no peito do mais baixo.

— Vocês são uns mariquinhas. — Violet disse, entregando a pantufa de coelhinho para Brittany. — Olhem o tamanho do bichinho, é só um camundongo. Tinham vários deles por aqui antes de se mudarem para cá mais uma vez. — A menina pegou o animal falecido pela cauda e o ergueu no ar. Tate riu e andou até ela.

— Deixa ele aí, Vi, daqui a algumas horas ele vai estar andando de novo, só que morto. — O loiro beijou e bochecha da menina e os cinco ficaram ali, em um curto silêncio.

— Ei, gente, Santana quer saber se pode vir. — Brittany falou, com o celular em mãos.

— Santana quem? — Perguntou Violet, com as mãos na cintura.

— Minha namorada, ela é super legal. Eu juro de dedinho. — A menina dos olhos azuis se aproximou, só então descendo da cadeira, e estendendo o dedo mindinho para a outra.

— Diga à ela que pode vir, Britt. — Blaine disse, e Brittany guinchou de felicidade. — Ei, gente, vocês querem jogar Twister?

— Oh, não, você se lembra do que aconteceu da última vez, não é? — Tate quis saber, levando uma mão à testa. — Esquece, eu vou preparar os tampões de ouvido para depois do jogo. — O menino loiro saiu da cozinha, deixando a namorada e os outros três rindo.

— Vamos lá, eu concordo com Blaine. — Brittany se pronunciou. — Eu não tenho nada para fazer mesmo, Santana ainda vai demorar porque ela acabou de acordar. — Todos deram de ombros.

— Bom, eu sou a favor. Vamos? — Kurt sugeriu, já puxando Blaine pela mão suavemente. O quarteto se dirigiu para o andar de cima, onde pegaram o jogo em um armário que também guardava toalhas e finalmente entraram no quarto que seria uma sala de televisão mas na verdade não tinha nada. Kurt e Brittany ficaram frente à frente e esperaram que Violet girasse a roleta enquanto Blaine observava o par.

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— Ei, Kurt, Santana está quase chegando. Eu vou abrir a porta para ela, ok? — Avisou Brittany, enquanto Blaine e Violet estavam começando provavelmente a sexta rodada de Twister. Kurt assentiu e pegou a roleta da mão dela, olhos fixados no traseiro do namorado, que se abaixava para colocar uma mão no círculo em sua frente.

A loira desceu as escadas com um sorriso no rosto e cumprimentou uma empregada de cabelos ruivos que trabalhava na casa, indo até a porta saltitando. Ela saiu da casa e se abaixou para passar por baixo das faixas de polícia, imediatamente localizando a namorada do outro lado da rua. Ela acenou, chamando a atenção da latina, que começou a atravessar a rua justo quando um carro estava vindo e-

Santana foi arremessada alguns metros à sua frente, e o carro que havia passado por cima da menina estava acelerando rua abaixo. Brittany estava do lado da namorada em um piscar de olhos.

— Santana... San, você me prometeu, você prometeu que não ia me deixar. Não morra em mim, Santana! — Pedia a loira, relembrando várias vezes da promessa que a morena lhe havia feito no dia de natal.

Passar os feriados de final de ano na casa dos Pierce era sempre animado e confortável. Santana sempre havia sido muito bem vinda por toda a família da namorada, e era muito bem tratada na casa da mesma. Os adultos entendiam a necessidade de ficar cada segundo perto uma da outra quando se era jovem e apaixonada, por isso deixavam que as garotas ficassem abraçadas no sofá ou na rede que havia no quarto de hóspedes de Brittany na maior parte do tempo, sussurrando doces nadas no ouvido uma da outra e conversando casualmente.

Mas Santana não esperava que fosse ter que fazer uma das mais impactantes promessas para sua namorada, numa tarde do dia depois do natal.

— Santana?

— Sim, Brit?

— Você tem que me prometer que nunca vai morrer.

— Eu... Brit, todos morrem, amor. Isso é algo que eu não posso evitar.

— Mas... mas eu não quero que você morra. Não é- não é justo. — Ao ver a namorada à beira das lágrimas, Santana calou a loira com um dedo em seus lábios suaves.

— Eu prometo, bebê, eu prometo. Vamos ver um filme e tirar nossa mente dessas coisas ruins.

— Mas você promete? De verdade? — A Pierce estendeu o dedo mindinho com os cantos da boca apontando para cima.

— Eu prometo de verdade. — Suspirou a latina, juntando o mindinho ao da namorada. Brittany sorriu, e Santana soube com aquele ato que a promessa valia à pena.

Arrastando a namorada inconsciente para dentro da casa, Brittany via embaçado em meio à lágrimas. Santana havia prometido, ela prometera que nunca ia morrer, uma promessa de dedinho! Como aquilo podia acontecer?

— Kurt! Blaine! Violet! — Chamava Brittany, desesperada. — Me ajudem, por favor! Por f-favor... — Chorou a loira, agora levantando a cabeça de Santana pelos degraus que antecipavam a porta de entrada, já dentro da propriedade. Brittany então se jogou no peito da namorada, aquele que não se movia mais. Passos puderam ser ouvidos, seguidos de gritos, mas a loira não ouvia mais nada, apenas nos olhos pintados de delineador, fechados.

— Brittany, vamos lá, venha comigo. — Kurt chamou, e puxou a loira de pé, quem começou a gritar e tentar se livrar do segurar do amigo. — Vamos lá, querida.

— E-Ela prometeu! Ela me jurou d-de d-dedinho! — Exclamou a loira, e Kurt suspirou antes de pegar a menina nos braços, assentindo para Blaine e Violet, que levavam o corpo de Santana para o mesmo local onde os cadáveres de Violet, Blaine e Kurt estavam.

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Horas depois, Brittany ainda chorava, agora no colo de Violet, quem afagava seus cabelos loiros e tinha um braço ao redor de seus ombros. Kurt e Blaine estavam abraçados, discutindo em sussurros como avisariam o paradeiro da latina para a família da mesma. Seria Brittany quem precisava ficar de boca fechada, e, conhecendo a Pierce, aquilo seria uma tarefa difícil. Bom, seria difícil para a loira fingir que não podia ver a namorada todos os dias.

— Foi minha culpa... — Murmurou Brittany, uma expressão de horror em seus olhos azuis. — E-eu que acenei para San enquanto ela atravessava a rua...

— Espere! — Violet exclamou, fazendo a loira saltar para fora do abraçar da menina. — E aquela amiga de vocês que é bruxa e tentou reviver Kurt e Blaine? Quer dizer, Santana está muito menos morta que vocês, e tal. — Blaine assentiu e Kurt concordou sonoramente, sentando-se na cama.

— Eu vou ligar para ela. — Kurt anunciou, e beijou a bochecha do namorado antes de sair do quarto. O castanho pegou o celular do bolso e discou o número familiar, o qual estava decorado junto com o de Blaine (que não era de muito mais uso), seu pai e Carole. Após algumas chamadas, a risada de Quinn soou do outro lado da linha, sem fôlego. — Quinn?

— Kurt! Kurt, oi. C-como estão as coisas na casa? — Um gemido foi ouvido sendo reprimido e Kurt semicerrou os olhos.

— Lucy Quinn Fabray, se você estiver com um garoto no quarto, trate de trazer essa bunda gorda para cá, porque houve um acidente. Grave. — Com isso, o castanho desligou. Alguns segundos depois, o iPhone tocou novamente, o nome da bruxa no visor. — Agora você se interessa, não é?

— O que houve? Eu estou pegando as chaves do carro e vou para aí.

— Santana precisa de você, Q, por favor se apresse. — Ela murmurou um “Ok” e Kurt desligou, respirando fundo. O castanho pulou ao sentir braços ao redor de sua cintura, mas logo relaxou ao perceber os lábios macios e suaves contra seu pescoço. — Como está Brittany?

— Violet está falando com ela. — Blaine respondeu, e virou delicadamente o namorado para que ele ficasse de frente para o mesmo.

— Deus, como isso foi acontecer? Eu não posso evitar porém sentir como se tudo isso fosse minha culpa. Quer dizer, Sebastian te colocou aqui, mas eu... eu poderia ter evitado todo esse drama, e essas pessoas sofrendo. Inclusive você, B, eu poderia ter apenas... vivido. E eu viria te visitar e dormiria aqui e talvez meu pai ainda estivesse vivo. Me entende? — Blaine o ouvia sem interromper o castanho, sabendo que o mesmo precisava desabafar, tirar aquilo do peito. O moreno assentiu, porém pegou os dois lados do rosto de Kurt em suas mãos e o olhou nas esferas azuis.

— Kurt, nada disso é culpa sua, ok? — Ao ver que o mais alto estava prestes a contestá-lo, o moreno rapidamente pediu: — Por favor, me ouça. Eu sei que você deve estar pensando algo como “É claro que ele ia falar isso, ele é meu namorado”, mas... não é assim. Se isso fosse culpa sua eu teria te falado, eu juro que teria. E acho que você sentiria um peso maior nas costas e falaria comigo antes... antes de hoje. Mas não é, Kurt, não é culpa de ninguém. Talvez seja remotamente dos pais de Sebastian, por não usarem camisinha, mas... — Kurt sorriu, assim como Blaine. — O que eu quero dizer é que, deus, Kurt, isso está longe de ser sua culpa. Acredite em mim, está bem?

— E-Está bem. Eu acredito, B, sempre acreditei. Eu não sei o que faria sem você. — Suspirou o castanho, colando a testa na do namorado e abraçando o pescoço do moreno.

— Você estaria vivo sem mim.

— Blaine... você sabe que não. Eu provavelmente teria sido morto por Karofsky ou qualquer um desses trogloditas em um baile de formatura. — O moreno torceu a ponte do nariz. — Depois da nossa formatura junior, eu nunca mais vou deixar você sozinho. Eu te prometi, e você também me jurou que nunca deixaria meu lado. E estamos aqui, cumprindo nossa promessa.

— Eu sei, é que...

— Eu entendo, B, de verdade. Agora, por favor, vamos resolver logo o que faremos agora porque eu tenho uma dor de cabeça horrível e Santana por aqui não vai melhorar muito. — Blaine riu de leve, beijando os lábios de Kurt rápida e amorosamente. — Mas é sério, você tem algum remédio para dor de cabeça?

— Tenho, vamos lá buscar. Quinn está vindo?

— Deve demorar mais uns quinze minutos.

— Hmmm, muito pode ser feito em quinze minutos, não é?

— Vamos só pegar a droga de um remédio, seu safado. — Brincou o castanho puxando o namorado para o quarto.

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Depois de exatamente dezessete minutos, Quinn Fabray tocou a campainha da casa que lhe era tão familiar. Kurt atendeu a porta com as bochechas ruborizadas e Blaine atrás, sorrindo. O casal a guiou até o quarto de hóspedes, onde jazia o corpo de Santana, um rastro de sangue saindo de suas narinas. Violet chegou no quarto, e olhou para a loira curiosamente. A bruxa assentiu, respirou fundo e colocou as mãos sobre o cadáver.

— Vitallum vitallis.

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Da primeira vez, Quinn não conseguiu e pediu que todos deixassem o quarto. Da segunda, a loira quase conseguiu. E na terceira... Quinn apagou. Completamente.

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— Quinn, Quinn, acorde. Vamos lá, Bruxa de Salém. — A Fabray acordou com tapinhas em sua bochecha, e se deparou com cabelos negros e olhos cheios de delineador. — Vocês deixaram meu corpo aí de exposição ou vão tirar ele e enterrar?

— S-Santana?

— Não, não, o Homem de Ferro.

— Oh, não.

— Oh, sim! Vamos dar uma festa! — Disse, o sarcasmo ainda extremamente presente em sua voz. — Ah, espera, é um funeral, certo.

— Santana, não faça piadas. Você viu como estava Brittany? — Os olhos da latina se suavizaram à menção de sua namorada. — Você está morta, Santana. E você não pode sair dessa casa. Parabéns.

— Eu a prometi. — A porta do quarto de hóspedes foi aberta, revelando olhos azuis e inchados de choro.

— San?

— Me desculpe, Britt.


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Notas finais do capítulo

AHEUAHEUAHEUAHE
BEIJOS



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