The Pain In Between escrita por bia souto


Capítulo 22
Seven Wonders


Notas iniciais do capítulo

voltei!
eu não morri!
quarta e quinta tive testes, então tive que estudar. quinta eu fiquei fazendo as malas e os deveres de casa, sexta, sabado e domingo eu viajei e... estou aqui.
é isso, leiam.



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— Deus, meu pai é incrível. — Kurt suspirou, se jogando na cama de barriga para cima com os braços e pernas esticados. Blaine engatinhou até o namorado e se deitou em seu peito, carinhosamente beijando o pescoço do mesmo. Kurt olhou para baixo e sorriu um triste sorriso para o moreno. — Eu queria que ele estivesse aqui para ver isso. Tenho certeza que ele ia ficar tão feliz...

— Ele está vendo, Kurtie. Da onde quer que ele esteja, Burt está de olho em você. — Confortou Blaine, erguendo o queixo para que seus lábios tocassem nos de Kurt em um beijo. — Eu te amo, baby.

— Eu também te amo. — Kurt suspirou, afagando as costas de Blaine. — Você pode me abraçar? Eu não quero dormir nem nada, só... fica comigo.

— Sempre, meu amor. Vamos lá, vire. — Disse o moreno, e Hummel se deitou de lado no colchão macio. Blaine passou um braço pela cintura de Kurt e outro ele colocou embaixo de seu travesseiro, de modo que ele podia ver o rosto do namorado dali. — Nós vamos ficar bem, Kurtie. Daqui a pouco será natal e aí nós vamos relaxar, quem sabe beber um pouco... — Propôs, e Kurt virou o rosto para Blaine.

— Violet disse que teríamos uma festa.

— Ela disse, é verdade.

— Podemos ter uma festa. Vamos lá, a luz voltou, temos geladeira, congelador, fogão a gás... por favor, Blainey. — Kurt fez um beicinho e o moreno sorriu. — Vai ser divertido. Eu prometo subir com você se estiver ficando chato.

— Está bem, está bem. Vamos falar com Violet para organizar tudo.

— Mais tarde, agora você fica aqui. — Kurt pediu adoravelmente, beijando o peito da mão de Blaine que estava até então descansando no início do estômago do mais velho.

Então Blaine só... ficou. Ele ouviu a respiração de Kurt, às vezes olhava para o rosto angelical pensativo, afagando seus cabelos castanhos e beijando sua bochecha de tempos em tempos. Era incrível como apenas um toque com a ponta dos dedos podia fazer Blaine se arrepiar, e sentir seu estômago dar cambalhotas apenas de Kurt olhar para ele. Realmente, ele não poderia estar mais apaixonado.

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— Por que você está estudando tanto, Quinn? Vamos ver a Bruxa de Blair. — Brittany disse, entrando no quarto para pegar um cobertor e encontrando a amiga com vários livros em sua volta, todos velhos e com as pontas dobradas. A loira estremeceu ao nome do filme, e a líder de torcida apenas deu de ombros. — Se precisar de mim ou de Sant, estaremos na sala.

— Está bem. Obrigada, Britt. — Ela disse, sem levantar os olhos do livro que lia sobre as sete maravilhas. Pelo o que Quinn havia entendido, os clãs tinham uma Suprema, que era a única bruxa que conseguia performar as Sete Maravilhas com a graça e beleza de tal. As mesmas eram: Telekinesis, Transfiguração, Concilium, Pyrokineses, Divinação, Vitallum Vitallis e Descensum.

Tekinesis: a habilidade de manipular objetos com o poder da mente; Transfiguração: a habilidade de se mover instantaneamente de um lugar para outro sem ocupar espaço físico; Concilium: também apelidado de controle da mente, é a imposição de um em outra mente; Pyrokinesis: a habilidade de fazer fogo com o poder da mente; Divinação: a habilidade de conhecer outro por meios não físicos; Vitallum Vitallis: a habilidade de transferir a força de sua vida para um falecido, sendo o mesmo bruxa ou não; Descensum: conseguir ir e voltar do inferno sã e salva.

Espera, Quinn pensou, Vitallum Vitallis! É isso, eu posso reviver Kurt e Blaine!, ela concluiu animada, jogando o marcador de texto para o outro lado do quarto e se levantando da cama, fazendo uma espécie de dança da vitória. Depois, ela colocou uma roupa descente se não o pijama que vestia e por cima pôs um casaco longo, saindo do quarto rapidamente.

— Oi, Quinn. — Santana disse, do lugar do sofá aonde estava deitava com Brittany em cima dela.

— Olá, Santana. Brittany, posso usar o carro?

— Você vai ver seus amigos? — Pierce se virou, seus olhos azuis analisando a roupa que Quinn usava.

— Vou, sim, Britt.

— Está bem. — Ela voltou a beijar Santana e Quinn pegou as chaves do carro junto das outras que ficavam perto da porta, saindo da casa como um furacão. Ela não sabia controlar ou como usar seus poderes ainda, mas faria o possível para trazer seus amigos de volta, e o quanto antes, melhor.

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Kurt e Blaine estavam migrando do estado “altinhos” para “bêbados inúteis e tarados” muito rápido. Tate e Violet haviam desaparecido escada acima aos beijos e eles estavam visivelmente controlando-se para não seguir o casal, apenas para seu próprio quarto, obviamente. O castanho estava com um copo de vodca na mão enquanto Blaine bebia uma caipirinha, os dois sentados de frente para o outro no chão com as pernas cruzadas, jogando um jogo de perguntas.

— Não, Blaine você já sabe que não é um homem! — Kurt disse. Blaine tinha que adivinhar o personagem ou pessoa que o castanho pensava com perguntas de sim ou não, mas jogar aquilo bêbado não era uma boa ideia.

— Então é- é uma mulher?

— Sim! Eu já- eu já disse mil vezes!

— Ok, chega desse jogo. Quem era a personagem?

— J.K. Rowling! Eu disse que ela não era difícil, e também que... — A voz do castanho falhou ao ver o namorado de cabeça baixa. — Blaine? Baby, o que foi? — Ele se aproximou, e o moreno levantou os olhos molhados. Kurt o abraçou. — Me diga o que há de errado, B.

— N-não se preocupe, deve ser a bebida.

— Não minta para mim, babe. Eu sei que você é um bêbado animado. Agora, vamos lá, olhe para mim e me diga o que está havendo. — Kurt beijou a testa do moreno e colocou um cacho negro que caía na testa de Blaine para trás, secando as lágrimas do namorado com o polegar.

— Eu só... eu sinto saudades de viajar com você. Não digo sair da casa. Me peguei pensando na vez que meus pais levaram a gente para nossa casa de campo...

Blaine saiu do carro e basicamente se jogou na grama úmida pelo sereno. Era a parte rural do Alabama, e os pais de Blaine tinham uma casa incrivelmente menor do que a deles no lado urbano, aconchegante e cheia de cobertores pela casa, janelas de madeira e chaminé... sem contar as temperaturas baixas. Era natal, então havia alguns pequenos cantos com neve derretendo. Kurt riu e apenas pegou a mochila que havia levado consigo para o final de semana que passariam lá.

O castanho teria levado uma mala maior do que a que estava no porta-malas, mas seu pai o obrigou a tirar algumas coisas da bolsa, e ele acabou trocando logo a mala. Combinava mais com o look que ele usaria na ida, de qualquer forma. Kurt saiu do carro alto e olhou com desaprovação para o melhor amigo, mesmo que houvesse um sorriso brincando nos lábios e olhos azuis do menino de quinze anos. Ele pegou a mala no porta-malas, entrando na casa atrás da mãe de Blaine, que estava o incluindo no funcionamento da casa e nos horários que ele e Blaine deveriam dormir, acordar...

— Mãe! — Protestou Blaine, entrando na cozinha cheio de grama grudada no casaco azul marinho de moletom. — Nove horas?! É natal, e final de semana! Não podemos acordar tão cedo.

— Deixe de drama, Blaine. Leve seu amigo até o quarto e depois saia de casa! — Insistiu a mãe do moreno. — Tem tanta coisa para fazer do lado de fora! Temos bola de futebol, vôlei e basquete, vocês podem jogar ou levar o Twister e Scrabble lá para fora. Filmes a partir das oito da noite! — Ela disse, e o moreno grunhiu enquanto Kurt assentia. Blaine puxou o melhor amigo pelo corredor e logo os dois estavam em um pequeno quarto com uma beliche.

— Largue sua mala aí ou coloque suas roupas no armário. — Instruiu o moreno. — Eu vou tomar um banho e depois você toma, ok? Se foi deixar a mala aí, pode ficar lá embaixo conversando com minha mãe, ou pode brincar com Noodles. — Kurt arqueou uma sobrancelha. Brincar com macarrão? — Não, não Noodles em macarrão instantâneo, temos um cachorro aqui. É só se aproximar lentamente e ele não vai te atacar.

— Espera, você tem um cachorro?! Eu te conheço há... — O castanho olhou para o teto de madeira, fazendo as contas. — Quatro anos! Eu te conheço há quatro anos e você nunca me disse que tinha um cachorro! O que mais você esconde de mim, Blaine Anderson? — Zombou o castanho, se ajoelhando no chão. — A propósito, eu vou desfazer a mala.

— Eu escondo muitas coisas de muita gente, Kurt Hummel! — Ele fingiu uma risada maligna e o castanho revirou os olhos enquanto tirava uma pequena pilha de blusas da mala e as colocava na beliche debaixo.. — Bom, já que você está desfazendo as malas, se importa em pendurar meu casaco gordo? Eu não quero que ele fique com cheiro de mala.

— Qual exatamente seria o cheiro de mala, B? — Quis saber Kurt, parando o que estava fazendo e se sentando do lado das blusas na cama.

— Não sei. É cheiro de mala, ora bolas! — O moreno saiu correndo para o banheiro e Kurt riu, tirando agora duas calças jeans e duas de pijama da mala.

Ao longo do final de semana natalino, os meninos não se lembravam da última vez que correram tanto desde os doze anos. Eles não se cansavam de correr e brincar de pique pega e apostar corrida e jogarem diversos jogos. O par não parou por um segundo sequer, a não ser pela volta para a cidade deles, na qual os dois foram dormindo ao balançar suave do carro, os dedos entrelaçados enquanto seus corpos estava colados, os rostos próximos para dividir um fone de ouvido.

Kurt suspirou. Aquele tinha sido um dos melhores finais de semana de sua vida inteira... e morte, mas não vinha ao caso. Ele afagou os cabelos do namorado, beijando os lábios do mesmo em um selinho rápido.

— Fique calmo, eu prometo que sairemos daqui algum dia. — O castanho disse, abraçando ainda mais forte o namorado.

— Deus, me desculpe. Eu sei que eu deveria ser o que te assegura das coisas, afinal, estou aqui por mais tempo. Droga, Kurt, você deve estar sofrendo tanto...

— Não, não, nada disso! Desde quando você acredita nessas coisas de “ter que ser”? E digamos que estou me acostumando. Eu sofro, sim, e você também. Deus, Blaine, seus pais estão no porão, sem falar com ninguém! Você tem razão de estar assim, querido, não se preocupe.

— ...Eu sempre esqueço que você é o bêbado terapeuta. Eu te amo. — Blaine tomou mais um gole da caipirinha e se levantou, puxando Kurt consigo. — Vamos dançar, agora!

— Esse é meu Blaine. Eu te amo muito, baby.

— Eu te amo mais que tudo, Kurtie! — Ele respondeu, puxando a última sílaba enquanto plugava o celular no som que tinha na casa, colocando um batidão animado e começando a fazer movimentos de dança não muito ágeis.

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Quinn demorou alguns minutos apenas para chegar na casa de Kurt. Apenas a janela da sala estava acesa, mesmo assim não era uma luz forte. Como se fossem as velas novamente, porém não tão baixas. A loira estacionou o carro e seguiu o caminho de pedra enquanto observava a fumaça saindo de seu hálito quente, encolhendo-se com as mãos nos bolsos. Estava frio e o natal chegava mais rápido, as lojas se preparando já no início de novembro, a decoração do feriado invadindo as ruas com o frio.

Ela bateu na porta e ouviu as risadas altas e claras de Kurt e Blaine. Não parecia haver mais ninguém com eles, então ela bateu mais alto. Nada, os meninos continuaram rindo. Quinn ficou esperando por uns três minutos, plantada do lado de fora, até que ficou de saco cheio e entrou, tapando os olhos, horrorizada. Kurt estava nu, no colo de Blaine – que também não estava vestido – e os dois riam e se beijavam, nem repararam a presença da loira ali.

— Kurt! Blaine! Ponham roupas! — Ela demandou, sem tirar a mão dos olhos.

— Quinn! Deus, como você- como você entrou? — Kurt perguntou, soluçando por causa do álcool que corria em seu sangue.

— Não importa, vistam-se e eu revivo seus corpos!

— Espere, sério? — Blaine se interessou, tirando gentilmente o namorado do colo e colocando uma cueca boxer que provavelmente era de Kurt.

— Sim, tem um feitiço para isso. Agora, vamos lá! Andem, rápido! — Ela os apressou, e em alguns segundos os dois estavam vestidos. — Ok, Blaine aonde está seu corpo?

— Eu... eu levo você lá. — Blaine gesticulou para Quinn e não fez contato visual com o namorado, porém o mesmo pegou sua mão, olhando em seus olhos. — Baby, não... é terrível.

— Eu- eu quero ir. Eu quero estar com você. — Insistiu, e Blaine respirou fundo, estendendo uma mão para Kurt, que a pegou de bom grado e a apertou suavemente.

— Ok, sigam-me. — Os dois se estreitaram por tubos escuros, iluminados pelo celular de Quinn. Eles chegaram em um pequeno espaço aonde se podia ficar em pé e Quinn teve certeza que Blaine tinha uma razão para querer que Kurt ficasse.

Seu corpo estava jogado em cima do de Violet, a boca aberta e o cenho franzido, seus olhos incolores arregalados e as roupas de um marrom escuro, indicando o sangue seco, manchando desde o pescoço até o final das costas. E, do lado, havia o de Kurt: esticado, uma expressão entorpecida de terror nas feições sem vida e sangue por todo o peito do castanho. Quinn deu um passo à frente e colocou as mãos sobre o rosto do corpo de Blaine.

— Vitallum vitallis.


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Notas finais do capítulo

Sim, fãs de AHS, eu coloquei as Seven Wonders u-u
Boa semana, muchachos!



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