Uma Babá Sem Noção escrita por Sáskya


Capítulo 3
Capítulo: 2 - Casamento


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Desejo boas vindas aos novos leitores e aos velhos, eu só tenho a agradecer por estarem aqui por aqui de novo. Obrigada por não me abandonarem



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Bella

Acordei com uma puta dor de cabeça e ainda mais com um serzinho tagarelando e um retardado rindo.

— Acorda Bellinha, temos muitas coisas para fazer. Daqui a pouco as cabeleireiras, maquiadoras e massagistas chegam – falava Alice, me sacudindo.

— Só mais cinco minutinhos – resmunguei, deitando de bruços.

PRIIIIIIIM!! Dei um pulo da cama assustada por causa do apito.

— Porra Alice, – resmunguei levando a mão a cabeça. Parecia que uma escola de samba estava dentro dela.

Emmett ria da minha cara. Lancei o dedo do meio para ele.

— Nossa, Bella, está de mau humor? – perguntou surpreso.

— Pois é. Vocês me acordam de madrugada ainda mais com a merda de um apito – reclamei.

— Tome um banho, vista apenas roupas intimas e coloque esse hoby – Alice me ignorou totalmente e me jogou um hoby azul – Assim que tiver pronta, rumo ao meu quarto – ordenou e saiu marchando.

Levantei da cama e pela primeira vez no dia, vi Emmett realmente. Ele estava vestido, pronto para sair e tinha uma sacola imensa na mão.

— Vai para onde mano? – perguntei.

— Pro apê do Jazz – piscou — Irei me arrumar lá. Alice esta com medo que ele surte e fuja – com essa eu gargalhei. Alice realmente era louca.

— Como foi à noite ontem? – perguntei.

— Muuuito boa – deu um sorriso sacana – Mas não entrarei em detalhes.

Revirei os olhos.

— E a sua? – indagou.

— Muuuito boa – o imitei – Mas também não entrarei em detalhes – pisquei e entrei no banheiro.

Ainda deu para ouvir o grunhido de Emmett

[...]

Estava no quarto da Alice deitada em uma maca, enquanto um cara fortão fazia massagem em mim.

Vocês devem estar se perguntando: Ué cadê as massagistas?

Pois é. Eu perguntei a mesma coisa e sabe o que me responderam? As mãos masculinas são as melhores. Agora diga ai se a Alice não era uma anã tarada? Ela estava toda tranquila, sendo massageada por um moreno fortão. Já eu estava tensa com aquele par de mãos masculinas subindo e descendo pelas minhas costas.

— Relaxe – falou a voz doce do homem, que era um loiro bem bonito – Eu não mordo – falou alto. Depois, aproximou sua boca de meu ouvido e sussurrou – A não ser que queira gata – sussurrou com sua voz rouca e máscula no meu ouvido. Arrepiei-me toda e fiquei mais tensa.

Crendeuspai me ajuda!

— Está tão relaxante, Juan – gemeu Alice.

O dia de noiva era para ser SOMENTE DELA, mas como Alice é um ser humano que adora estar em companhia dos outros, me arrastou junto.

Depois da massagem, tomamos um banho de banheira, fizemos as unhas, depilação, sobrancelha, maquiagem, cabelo e sem falar na tagarelagem com as cabeleireiras e maquiadoras.

Isso durou a tarde inteira.

Às seis horas, nós duas fomos nos arrumar e, finalmente, pude conhecer o meu vestido. Era dourado, longo, tomara que caia e perfeito! Obra de Rosalie. Alice disse que ela que fez o vestido das madrinhas, ou seja, o meu e o dela.

Já o vestido da Alice foi feito pela própria e eu só o viria na igreja. Não é uma anã do mal?

— Ain, Bella! Estou tão nervosa! E se alguma coisa de errado? E se o Jazz fugir? – tagarelava aflita.

Abracei a baixinha, apertado, e ela retribuiu com mesma intensidade.

— Fica tranks, Lice. Vai da tudo certo. O Jazz te ama e ele vai estar lá, ansioso, te esperando no altar – sussurrei em seu ouvido.

— Ah, Bella – fungou – Você é a melhor amiga do mundo!

— Você que é – sorri – Agora vá se vestir. Não pode se atrasar. Não muito.

Ela assentiu e correu para o seu closet. Entrei no quarto em que estava hospedada, e vesti o lindo vestido que já estava em cima da cama. Calcei os sapatos e olhei-me no espelho.

O vestido dourado cai graciosamente pelo meu corpo, os cabelos estavam metade presos e cacheados. Até franja eu tinha agora por causa da Alice. Peguei minha bolsa e sai do quarto, onde Rose já esperava na sala.

— Boa noite, Bella – desejou e olhou-me de cima a baixo – O vestido caiu perfeito em você – elogiou.

— Boa noite, Rose. Você está linda – elogiei.

Ela realmente estava, afinal quando Rosalie não era? Seu vestido era de um dourado mais escuro, o busto era brilhoso e a saia era mais discreta. Seus cabelos estavam arrumados elegantemente e ela estava com uma pequena bolsa em suas mãos. Madrinhas.

— Oh, como você está linda, Bella! – Esme apareceu com um sorriso imenso no rosto, vindo diretamente da cozinha. Ela era a mãe de Alice e uma das pessoas mais doce do mundo.

Sorri e a abracei.

— Você que está linda Esme. Há quanto tempo não nos vemos, sim?

A senhora que parecia aparentar menos idade do que possuía, estava maravilhosa com o seu vestido azul de busto prata.

Ela soltou uma pequena risada.

— Pelo menos, nós todas iremos estar deslumbrantes hoje. Mesmo que eu ainda não tenha visto o vestido de Alice, sei que ela vai estar.

Arregalei os olhos para ela.

— Ela não te deixou ver o vestido? – admirei-me.

Esme negou com a cabeça.

— Ela não deixou ninguém ver. A baixinha é impossível – comentou Rose, fazendo-nos rir.

Carlisle apareceu no apartamento para levar Alice ao altar – o único que a veria antes de todos – e Esme foi comigo e Rose no conversível vermelho da loira.

Algum tempo depois chegamos à igreja que não era muito longe. O local estava lotado. Tinha fotografo para todo lado. Enquanto entrava, os flashes me cegaram e eu quase me desequilibrei nos saltos.

Eu já era desastrada imagina com esse monte de flash, um salto 12 cm e ainda mais agulha?

No altar encontrei um Jasper super nervoso, com um Emmett tentando tranquiliza–lo. Eles estavam lindos. Jasper de terno azul e Emmett de terno preto.

Looks.

— Nossa! Quem será aquele gatinho? – perguntou Rose, apontando para o Emmett.

Sorri marota.

— Meu irmão – falei como se fosse algo banal. Vi Rose corar 50 tons de vermelho e ri disso. Algumas pessoas nos olharam.

— Onde esta seu namorado? – mudei de assunto.

— Viajou a negócios – bufou – Vamos para o altar.

Ela puxou-me pela mão. No altar estava Emm, Jazz e Jake conversando. Esme estava ali perto cumprimentando alguns convidados.

— Boa noite – cumprimentei todos. – Tudo bem, Jazz? – perguntei enquanto ele bebia um copo de água.

Ele apenas fez legal com a mão.

— Emm essa é a minha irmã Rosalie – apresentou Jazz – E Rose, esse é meu mais novo amigo e irmão da Bella, Emmett

— Prazer – disse Emmett com um sorriso malicioso.

Rose retribuiu com um especulativo.

— Prazer – respondeu.

— Oi Bella, Rose — cumprimentou Jacob dando um abraço em mim e outro em Rose — Estão lindas.

— Obrigada — falamos juntas e rimos.

Esme chegou próxima a nós com um semblante preocupado.

— Algo a perturba? – perguntei, franzindo o cenho.

— Edward está atrasado – suspirou – Ele é padrinho do Jazz junto com a Rose. Alice chega e ele não.

— Calma Esme – a tranquilizei – Ele daqui a pouco chega.

Ela assentiu e foi pegar um copo de água. Fui para meu lugar no altar junto com o Emm, pois a cerimônia começaria em instantes. Éramo-nos os padrinhos de Alice.

— Está linda maninha – elogiou.

— Você também grandão – pisquei – Se não fosse meu irmão pegava fácil.

— Mesmo que você não fosse minha irmã eu não pegava. Não curto morenas magrelas — disse brincalhão e eu dei um soco de leve em seu braço.

Minutos depois entra pela igreja um cara lindo, que Deus, parecia um modelo. Sua expressão era séria, assim como o seu terno preto e ele cumprimentava algumas pessoas. Tinha os cabelos em um estranho tom de bronze, olhos verdes como esmeraldas, boca avermelhada e um corpo bem definido. Ao seu lado estava uma mulherdeslumbrante em um vestido elegante tomara que caia na cor roxa. Seus cabelos eram loiros e claros, olhos de um profundo azul e traços bem sinuosos.

Atrás, vinha uma senhora com duas crianças. Uma garota entre seus nove ou dez anos extremamente linda. Ela trajava um vestido azul e sapatilhas e era muito parecida com o homem. Tinha os cabelos no mesmo tom de bronze, olhos médios e atentos numa linda cor verde esmeralda, boca pequena e rosada. Sua expressão era entediada. Ao seu lado, tinha um menino de cabelos lisos e loiro claro, olhos azuis quase prateados e a boca redonda e cheia. Uma fofura! Fiquei olhando eles, até que o homem se acomodou ao lado de Rosalie no altar. Então me dei conta que esse deveria ser o pai de quatro crianças, o irmão da Alice.

A marcha matrimonial começou a tocar e todos se levantaram para vê a noiva. Oh, céus! Alice estava magnífica! Essa baixinha pirada realmente tinha o dom. Ao lado de Alice, Carlisle estava magnífico em um terno azul. Na sua frente tinha duas crianças quase idênticas. Uma garota de passos graciosos e sorriso perfeito que jogava pétalas de rosa pelo caminho; e um garoto, com uma expressão um pouco emburrada. Ele carregava as alianças em uma almofadinha. Eles tinham o cabelo loiro claro e liso, olhos verdes e possuíam rostos muito angelicais. A menininha estava divina em um vestidinho de dama de honra e o garoto em um terno.

A cerimônia seguiu normal e depois do tão esperado "sim" os noivos se beijaram e a igreja explodiu em uma salva de palmas. Todos foram para um dos salões de festas mais luxuosos de NY onde aconteceria a festa de casamento.

— Oh, foi tudo tão perfeito! – comentei no caminho para o salão de festas.

Estava novamente no carro de Rose, só que agora em vez de Esme, Emmett é que estava conosco.

— Foi mesmo – concordou Rose – Ainda caso um dia na igreja – prometeu.

Eu ri.

— Não sei. Acho casamentos um pouco brega, mas, se uma pessoa interessante aparecesse em minha vida, quem sabe eu não embarcaria nessa breguisse? – piscou para Rosalie, que corou um pouco, percebendo a indireta – bem direta – do Emmett.

Esse meu irmão tinha um fogo interminável. Quero só vê o pocotó dele sair da chuva quando descobrir que ela namora.

Chegamos ao local da festa e fomos recebidos por dois noivos radiando felicidade. Acomodei-me na enorme mesa, junto de Emm e Rose, que era para os familiares.

Nela já estavam presentes, Carlisle, Esme e os pais de Rose e Jazz. Cumprimentamos a todos e logo se iniciou uma conversa entre nós.

— Com licença — pedi, após um tempo — Vou ao banheiro.

O pessoal apenas assentiu e voltou a conversar. Andei pelo enorme salão até achar a área dos sanitários. Entrei no banheiro feminino e me olhei no espelho, ajeitando um pouco os cabelos. Do nada, escutei um choro baixinho.

Intrigada, olhei ao redor do banheiro até encontrar uma linda menininha de cabelos loiros e lisinhos, estranhamente conhecida. Ela estava abraçada à suas pernas, sentada em um cantinho.

— Tudo bom, princesa? — perguntei abaixando-se rente a ela.

A menininha me fitou com seus grandes olhos verde e, em uma atitude inesperada, abraçou-me apertado, chorando mais uma vez.

— Shii, shii — pedi acariciando seus cabelos. Detesto ver pessoas chorando — Já passou, já passou.

Ela chorou por alguns minutos, até se distanciar de mim. Seu rostinho estava rosado por causa das lágrimas. Então conheci a menina. Ela era daminha. A sobrinha de Alice.

— Porque estava chorando? — perguntei em um sussurro.

— Porque ninguém gosta de mim — fez um biquinho.

— Que isso princesa — sorri — Eu gosto de você.

E estranhamente, eu gostava mesmo.

— Mas você nem me conhece! — exclamou.

— Bom. Eu já ouvi falar de você. Sobrinha da Alice né? — perguntei e ela assentiu — Então, eu conheço você um pouquinho e garanto que a tia Alice e os vovôs Carlisle e Esme gostam de você.

— Mas meu papai não. - suspirou.

— Como sabe que ele não gosta de você?

— Porque ele só vive trabalhando, ou, então, grudado naquela loira azeda — ela cruzou os braços com a expressão emburrada.

Tão fofinha! Quase ri do biquinho fofo em seus lábios.

— Isso não quer dizer nada — assim eu espero, completei mentalmente — Seu papai gosta de você, apesar de não demonstrar muito.

A menina me fitou um pouco descrente. Suspirei. Eu também não ficaria muito confiante, afinal eu não conheço a sua vida.

— Mas, então — mudei o assunto ligeiramente — Qual seu nome princesa? Devem está atrás de você.

— Eu sou a Lily — deu um sorriso fraquinho — E qual é o seu?

— Isabella, mas só Bella — dei de ombros.

— Que tal eu te chamar de Isa? É legal — ela deu um sorriso maior, não que desse para ver os dentes, mas um pouco mais feliz.

— Ta bom — dei de ombros — Vamos voltar para festa?

— Claro, mas... Você conhece a tia Alice? — perguntou enquanto eu pegava em sua pequena mãozinha.

— Claro. Sou a melhor amiga dela. A nanica nunca contou de mim para você? — fingi tristeza.

— Sim — então ela deu uns pulinhos — Agora eu me lembro de onde eu já vi você. Tia Alice mostrou uma foto sua.

— Ah — sorri sem graça — Foi mesmo?

— Foi — continuou — Ela disse que você era muuuuito legal e bonita também. Concordo com ela — corei.

— Ela também fala que vocês são uns amores — comentei.

— LILY! — escutei o grito fino de Alice, depois Lily tinha sumido do meu lado — Onde você estava? Quer me matar garota? E esse rostinho? O que houve? — tagarelava Alice, agarrada a garota.

— Calma tia — Lily pediu — Eu to bem, só fui ao banheiro e... — ela parou no meio da frase. Acho que não queria dizer o porquê de estar chorando.

—... E ela caiu. Sorte que eu estava lá e a ajudei — pisquei para Lily que sorriu.

— Ow, meu anjinho — Alice beijou seus cabelos — Machucou alguma coisa?

— Não tia — negou — Pode me botar no chão.

E assim Alice o fez.

— Quer doce? Pedi a tia Anne que ela dá — incentivou.

Lily saiu correndo pelo salão.

— CUIDADO! — gritou Alice e depois olhou para mim — Porque ela estava chorando?

— Porque caiu oras — falei como se fosse óbvio.

— Você não me engana Isabella. Era por causa do Edward, né?

— Edward seria o pai dela? — perguntei com quem não quer nada.

— Lógico — grunhiu e suspirou — Lily é muito sensível. A mais sensível dos quatro. Ela é a que mais demonstra o quanto sofre com a ausência do Edward — Alice olhou para o outro lado.

Engoli em seco. Tão pequena, tão meiga, tão fofa e já tendo que aturar além da falta de uma mãe, a falta de um pai também. Lily e seus irmãos precisavam de uma pessoa que tivesse tempo para eles, que os entendesse, que os fizessem feliz. Será que eu poderia ser essa pessoa? Uma babá altamente sem noção, que mostrasse a essas crianças o bom de ser feliz?

Naquele momento eu tomei uma decisão importante em minha vida, que poderia mudar ou não as coisas. No momento que abri a boca para comunicar a Alice, eis que ela é arrastada por algumas pessoas que falavam algo como ‘’tirar fotos’’. Suspirei e decidi falar com ela depois.

Estava no caminho para voltar à mesa, quando avistei Emmett parado na pista de dança, com um olhar distante. Estranhei. Caminhei até lá e estalei meus dedos, rente ao seu rosto, para que ele me notasse. Emmett piscou rapidamente, saindo de seu transe e olhando para mim.

— Que foi, Emm? – questionei confusa.

Ele ficou cabisbaixo.

— A loirona tem namorado, Bells. Lá se vai a minha chance de pegar uma loira gostosa – fungou dramaticamente.

Revirei os olhos. Emmett era um pateta.

— Até parece que essa dor de cotovelo vai durar por muito tempo – falei com desdém.

Emmett levantou a cabeça já expondo o seu sorriso estilo taradão de novo.

— Verdade. Já estou de olho em uma ruivinha ali – piscou para alguém atrás de mim.

Virei-me e avistei uma ruiva – até que bonitinha – a alguns metros de distância de nós.

Dei uma tapa na testa do cabeção.

— Toma rumo, homem.

Ele riu e foi atrás de sua nova conquista.

— Bella! – chamou-me Alice, correndo até mim com certa dificuldade – por conta do vestido e do sapato.

— Oi?

— Quero tirar uma foto exclusiva contigo e Rose – pegou em minha mão.

— Espera, Alice – pedi antes que ela saísse me puxando.

Ela olhou para mim, esperando.

— Eu aceito.

— Aceita o quê? – questionou confusa.

— Ser a babá dos seus sobrinhos.

Seu sorriso foi maior do que eu esperava.


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Notas finais do capítulo

Rewiens, favoritos, comentários?
Beijos e até a próxima!