Easy Way Out escrita por LoverVillains


Capítulo 7
Teenagers


Notas iniciais do capítulo

Muitas visualizações para poucos comentarios, mas fazer o que neh.
Vida que segue.



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They're gonna clean up your looks

With all the lies in the books

To make a citizen out of you

Because they sleep with a gun

And keep an eye on you, son

So they can watch all the things you do (My Chemical Romance)




–Hey loira cadê a Allicia? Não a vejo desde o café da manhã…

–Em que ela correu de você—completou Mary Anne sorrindo.

–Que seja—disse fechando a cara—Ainda não respondeu minha pergunta.

Mary Anne olhou em volta e ao confirmar a presença de Derricky no fundo da sala, respondeu:

–Ela torceu o pé hoje cedo e preferiu ficar no quarto.

–Como? Machucou? E ela ficou sem comer?—Perguntou parecendo preocupado.

–Relaxa, levamos almoço para ela—disse resolvendo não mencionar o Lancaster, para evitar mais confusão.

–Bom, então eu vou lá vê-la—disse se levantando.

–Senhor Stayland, gostaria de saber por que o senhor não julga importante assistir a minha aula— Disse o professor enquanto o Tristan abria a porta.

O garoto sorriu e revirou os olhos, virando-se para ele respondeu:

–Um pequeno acidente na família.

O professor deu um suspiro cansado e fez um gesto para que o garoto saísse, as vezes era melhor tê-los do lado de fora, do que atrapalhando a aula toda.

“Desde que ela correu de você”— a brincadeira sem graça de Mary Anne não saía da cabeça de Tristan enquanto caminhava. Quando ele soube que Allicia viria para o BCI ficou realmente contente, mesmo que a garota jurara a um tempo atrás que nunca mais falaria com ele, sabia que não seria assim, já a conquistara uma vez e acreditou que não teria problemas quanto a uma segunda tentativa, até o Black entrar na briga.

Não era a primeira vez que ele e Damien batiam de frente por causa de uma garota. Desde que se conheceram que os dois não se deram bem. Para ele, Damien era irritante, narcisista e egocêntrico. E por mais que algumas pessoas dissessem que ambos eram muito parecidos, ele discordava. Não se achava egocêntrico, apenas tinha amor próprio e conhecimento da capacidade que tinha para conseguir o que queria.

E além de tudo, Allicia não era um jogo, era diferente com ela, só não sabia explicar o porque. Desde a primeira vez que a vira, ele a quis, mas ela tinha um namorado irritante e certinho que a tratava como uma boneca de porcelana, e a conhecendo melhor, descobriu que ela não era assim, claro que era linda e delicada, mas também gostava de aventura e perigo, adorava chegar ao limite, e isso só a tornava mais e mais encantadora. Com gostos em comum foi mais fácil conquistá-la, e depois…a história se desenrolou de maneira divertida e um tanto quanto dramática demais para seu gosto.

Pensando em tudo isso ele chegou ao dormitório dela e encontrou-a lendo um livro.

–Allie—chamou fechando a porta.

–Tristan—disse descontente, desviando-se do livro—A quê devo a honra?

–Calma, só vim ver como está—disse levantando as mãos para o alto em sinal de rendição—Prometo que não vou morder.

–Eu estou bem, obrigada—disse dando-se por vencida.

–Pode deixar a marra de lado só hoje?—Pediu

–Muito difícil esse seu pedido—respondeu sorrindo.

–Tem razão—concordou pensativo—Não está entediada nesse quarto sem ter nada para fazer?

–Tenho um bom acompanhante—disse balançando o livro já desconfiando aonde aquela conversa levaria.

–Nunca entendi como uma garota tão agitada tem tanta paciência para ler—disse.

–São os mistérios da vida Stayland—brincou.

–Oh sim—disse—um dos muitos que você possui.

–Tem falado com a Vicky?— Perguntou séria sem conseguir se conter.

–Sério Allie?— Perguntou surpreso e um pouco irritado— Acha mesmo que ela falaria comigo depois de tudo?

A garota não respondeu, apenas deu um longo suspiro.

–Você se arrepende?— Perguntou ele quebrando o silêncio.

–Não é uma pergunta que eu queira responder— disse sem olhá-lo nos olhos.

–Você tocou no assunto, não eu— argumentou.

–Eu sei mas…

–Você se arrepende?— Insistiu.

Ela permaneceu calada, era uma pergunta que não sabia e não queria responder nem para si mesma, mentiria se dissesse que se arrependera, e estaria sendo egoísta se dissesse que não. Evitava seriamente pensar nisso, era só mais um dos seus conflitos.

–Tem falado com o Pietro?—Perguntou ele após um tempo.

Ela deu um sorriso meio debochado, meio triste.

–Duvido muito que teria sucesso se tentasse— respondeu— acho que o melhor que faço é manter distância.

–Acho que podemos dizer o mesmo sobre a Vicky— disse meio desconfortável.

–Mas ela é minha prima, e se a sua irmã e o meu pai derem certo…

–Tem razão—disse pensativo— seremos uma família estranha.

–Uma família estranha? Nós arrumamos uma grande confusão, e se isso se espalhar na família, não sei o que vai ser de mim.

–Coisas assim acontecem Allie— disse calmamente.

–Acontece?— Perguntou irritada— você realmente não muda né?

–Eu nunca disse que mudaria— argumentou.

Irritada com a resposta jogou o travesseiro nele, e mancando saiu do quarto. Não sabia nem para onde iria só queria ficar bem longe dele.

–Merda—disse ao chegar a escada que levava ao jardim.

Apoiando-se na parede, desceu lentamente, pois do jeito que era e com a sorte que tinha, era capaz de cair e machucar o outro pé. Por incrível que pareça não caiu mesmo.

–Opa— disse Damien a segurando quando quase caiu na rampa que descia para os bancos da estufa.

–Obrigada—disse apoiando-se nele.

–Andou chutando alguma porta?— Perguntou ajudando-a se sentar em um dos bancos.

–Antes fosse, pelo menos não seria tão estúpido como pisar em falso e cair—respondeu— E quanto a você? Matando aula?

–Ainda tentando mudar meus horários.

–Porquê?

–Pensando civilizadamente concluí que é melhor mudar a matéria do que me irritar ainda mais com o professor —respondeu.

–E com o que você não se irrita?— Debochou.

– Com você— disse encarando-a.

–E… quem é esse professor ?—Perguntou mudando de assunto.

–Ficou tímida?—Brincou— Por quê?

–Só não estou a fim de brincadeiras— respondeu.

–E quem disse que eu estou brincando?

–Damien, estou falando sério— avisou— não quero outra cena entre você e o Stayland.

Ele sorriu.

–Se eu não conhecesse um pouco de você diria que está com medo.

–Medo de que?— Perguntou surpresa.

–Do que o Stayland vai pensar— disse ele se aproximando.

–Agora ponto! Eu com medo do que ele vai pensar se me ver falando com você.- debochou

–Não. Ver isso—disse a beijando.

No começo ela bem que resistiu, mas ao sentir o toque suave e ao mesmo tempo intenso. Não entendia como podia desejar tanto o beijo de alguém que acabara de conhecer. Ela sabia que não era certo, mas não queria que parasse, e isso a assustou.

–E então— disse ele sem fôlego com um sorriso de lado.

Ela não disse nada, não sabia nem mesmo o que dizer, queria mais e ao mesmo tempo não queria.

–O que está acontecendo comigo?—Perguntou sem querer e voz alta.

Ele sorriu e segurou seu rosto, aproximando-se mais sussurrou:

–Você não precisa ter medo.

–Você é um idiota— disse beijando-o intensa e profundamente.

Damien aproximou-a o máximo que pode de si, geralmente não prestava muito atenção em detalhes como por exemplo o doce hálito de morango dela, ou a suavidade dos seus lábios, ao mesmo tempo delicado e desejoso com um suave toque de malícia. Ele a queria, e agora não era só um jogo.


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