Pertenço a ti escrita por MaluPierce


Capítulo 13
Capítulo 13 — Você mentiu de novo


Notas iniciais do capítulo

Estou muito feliz que teve três pessoas que disseram que amam a história, yaaaay. Amo vocês ♥ Comentem, comentemm ♥



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You never looked like yourself from the side

But your profile could not hide

The fact you knew

I was approaching your throne

Artic Monkeys - Crying Lightning

 

Elena foi despertada por um toque de celular, mal abriu seus olhos e atendeu o celular.

— Alô? — Perguntou ela com uma voz rouca.

— Bom dia bela adormecida. — Ela reconheceu a voz e imediatamente sorriu.

— Bom dia, Damon.

— Soube que a Dona Isobel foi até você para lhe pedir desculpas e voltar para a empresa, você vai voltar?

— Eu não sei. Por que?

Damon olhou para Klaus com uma afeição preocupada.

— Nada. Me liga mais tarde, está bem?

— Está bem. Tchau, Damon.

Ele desligou.

— Como vou contar à ela que sou enteado da mulher que a maltratou? — Perguntou Damon. — Que merda, cara.

Klaus riu.

— Tá rindo por quê? — Perguntou Damon enquanto arrumava uns papéis de cima da mesa.

— Você nunca ficou nervoso assim por ninguém, nem por Rose.

Damon sentia algo por Elena, só não sabia o que. Pensava que era uma atração física, mas com certeza era mais que isso. Ele sabia só não conseguia explicar a vontade de ver Elena com seu sorriso cativante, seus cabelos e olhos cor de chocolate, de puxar a sua cintura contra seu corpo. E...

— Damon? Alô? — Perguntou Isobel pela terceira vez. — Está pensando em quê?

— Em nada. — Respondeu.

— Quero que você vá na festa de inauguração do novo ateliê, e me conte tudo depois. Se precisar dê em cima de alguém para conseguir informações. Está certo?

— Tá, tá.

Damon nem sabia o que Isobel estava pedindo; mas aceitou. Só queria pensar na Elena em paz.
Isobel sorriu, sabia que o enteado estava pensando em alguém, por isso saiu da sala.

— Damon?

— Que, cara?

— Escutou o que sua mãe pediu? — Perguntou ele segurando o riso.

— Festa, eu acho. Da... Ela me pediu para dar em cima de alguém?!

Klaus riu.

***

Elena havia pensado bastante durante a noite e a manhã sobre a visita de Isobel. E decidira que iria largar o seu orgulho para conseguir realizar seu sonho. Entrou no táxi e mando uma mensagem para Damon; avisando que iria para a empresa.

Após chegar no Ateliê, Damon a puxou pelo braço para um canto e beijou seus lábios. Elena correspondeu.

— Que bela recepção. — Ela comentou, sorrindo.

— Preciso te pedir um coisa.
Elena assentiu com a cabeça, na intenção que Damon continuasse a fala.

— Não podemos contar a Isobel que estamos...

— Juntos?

— É, juntos.

Elena depositou um selinho demorado em seus lábios, logo colocou a mão direita em seu cabelo, acariciando-o.

— Claro, deve ser proibido funcionários terem relações, não é?

Se ela soubesse a verdade, pensou Damon.

— É sim, anjo.

***

Grayson adentrou a casa e foi atrás da mãe, que estava na cama com um mal estar.

— O que houve?

— Desgosto da minha família. — Ela respondeu e Grayson revirou os olhos.

— Você quer algo?

— Na verdade, quero. — Ela sentou-se na cama. — Sabe aquela moça que me ajudou para ir ao hospital? — Grayson concordou. — Chame-a aqui. Me sinto sozinha, e ela é uma garota decente.

Grayson estranhou o pedido, mas concordou com a cabeça.

— Como quiser, mãe.

***

Damon entrou na festa e sentiu-se perdido. Várias mulheres davam em cima dele e ele não ligava; estava com a cabeça em outro lugar. Klaus bebia e se divirtia. Porém, Damon não podia esquecer aquela morena. Ele não nunca havia sentido aquilo por ninguém, queria estar perto dela a qualquer momento e abraça-la e toca-la de qualquer forma. A desejava mais que tudo, não podia ficar com outra mulher sendo que estava apenas com ela na cabeça. Apenas ela.

***

Elena bateu na porta de vidro três vezes até ouvir o som dela ser destrancada; entrou na sala e encontrou Isobel em pé com um sorriso no rosto.

— Elena, — ela saudou — fico feliz em te ver. Sente-se por favor.

Elena continuou em pé, não sabia se realmente retornaria para a empresa. Cruzou os braços e esperou que Isobel retomasse a fala.

— Está bem. Se realmente voltar para cá, você sofrerá uma alteração. Vou arrumar seu cabelo, dar mais vida a ele, — Isobel mexeu no cabelo da morena — suas roupas... Suas posturas. E ah, te fazer uma das principais modelos desse Ateliê.

Elena não estava acreditando que faria isso por ela; que lhe daria essa chance tão grande. Aproximou-se dela e a abraçou de surpresa.

— Muito obrigada, Dona Isobel. — Isobel ficou sem reação de começo, mas a abraçou e sentiu um certo... Alívio de ter ido atrás dela e trazido para perto.

***

Elena estava linda; com um vestido vermelho e o cabelo preso em um rabo de cavalo, os cabelos enormes e lisos; pretos. Caminhou pela passarela e Pepino a elogiou diversas vezes. A achava maravilhosa e perfeita para ser uma modelo.

Ela desfilava certamente como Jenna e Pippino diziam para fazer.

— Disseram que Damon não ligou para nenhuma das mulheres da festa, — comentava Pepino com Jenna. Foi inevitável Elena sorrir. — Será que Rose voltou? — Elena franziu o cenho, quem seria Rose?

— Será? Eu acho que não. Apesar de Rose ser a única que teve a aceitação de Isobel para namorar Damon.

Pepino direcionou seu olhar para Elena:

— Elena? Travou? Miga? Anda! Anda!

Ela respirou fundo e continuou a desfilar quando Isobel entrou no salão.

— Como ela está indo?

— Maravilhosamente linda! — Disse Pepino. — Ela é perfeita, Isobel. Foi ótimo tê-la chamado novamente.

Ela sorriu; Isobel sabia disso. E Damon entrou na sala imediatamente, sem ver Elena que estava de costas.

— Aqui está o que me pediu. — Damon entregou um envelope para Isobel.

— Elena, — chamou Isobel pela garota — esse aqui é Damon.

Elena virou-se para os dois; sorrindo.

— Meu filho. — Disse ela.

Elena olhou para Damon que ficou sem reação, após ver a reação de Elena, ele fechou os olhos e ela mordeu os lábios para segurar o choro. Ele o havia enganado outra vez.

— Você não a acha linda, Damon?

Damon encarou a morena por alguns segundos e concordou com a pergunta de Isobel;

— Ela é linda.

— Posso ir? — Perguntou Elena à Isobel.

— Claro, querida.

E Elena saiu, foi até o camarim e tirou a roupa imediatamente, colocou a roupa casual que veio vestida e saiu do prédio as pressas. Quando estava prestes a pegar o táxi, foi puxada pelo braço.

— Me larga, — ordenou ela, — não quero mais te ver!

— Eu não menti, Elena, entenda isso.

Ela bufou e puxou o seu braço.

— Te deixei a chance de contar tudo, mas você preferiu esconder que a Dona Isobel é sua mãe.. Você... É um mentiroso, Damon. — Ela passou a mão pelo rosto, de forma nervosa. — Me esqueça.

— Ela não é minha mãe.

— Claro que é, ela te apresentou como filho!

— Ela é minha madrasta, Elena.

Ela revirou os olhos.

— Isso não muda nada, agora me deixa em paz!

Ela saiu de perto do moreno e encaminhou-se até o táxi. Definitamente ela não queria mais vê-lo, mas foi inevitável não chorar.


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