Karatê Medieval Parte 2! escrita por Pakalia


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Um pouco da história da nossa vilã e eu quero saber, quem é a voz??? Deixem nos comentários!! Capítulo curto! Desculpem! :P



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Eduarda tremia toda:

–A senhorita está bem Vossa Majestade? Um dos guardas perguntou, ela se virou para ele:

–Suma da minha frente antes que eu decida que a próxima cabeça cortada será a sua, vá, xô, xô! O homem tremeu e saiu de lá seguido por todos os outros, finalmente sozinha, ela conseguiu pensar um pouco sobre a Rainha Kim, mas somente por alguns segundos antes de ser interrompida pela voz:

–Você foi uma tola! A voz gritou e ela estremeceu – Como pôde deixá-la assim, tranquila, quando eu te ofereci apoio, eu...

–Eu sei! – Ela gritou de volta – Eu dominaria o mundo, robuaria os quatro itens mágicos dos quatro castelos e te traria de volta, é fácil falar quando você já morreu!

–Não ouse usar esse tom de voz comigo! – Ele gritou – Quando estive vivo, estive muito perto de derrotar a garota, e o garoto, se você não conseguiu intimidá-la, porque acha que conseguirá intimidar o todo poderoso Rei Jack?

–Porque ele é homem – A garota jogou os cabelos para trás em um gesto sexy – E homens não resistem a um rabo de saia bonito, jovem e luminoso como eu.

Uma mão invisivel agarrou o seu braço:

–Você acha realmente que Jack pode gostar de você quando ele tem a Kim? Ela sim é bonita, ela sim é a mais bela garota do mundo, não uma garotinha burra como você!

Eduarda tentou se soltar, mas o braço que a segurava era forte demais, mais uma vez, voltou-lhe na cabeça como seria o seu mestre, ele era invisível a todos os olhos, inclusive aos dela, o diferencial é que podia conversar com ela, coisa que não fazia com as outras pessoas, de repente um par de lábios gosmentos, grudendos e nojentos, invisíveis grudaram aos seus e soltaram logo depois, um leve selinho que a deixou cheia de repulsa, sem conseguir se conter:

–O que foi isso? Gritou exasperada e ouviu em resposta uma risada maligna e o seu braço sendo solto:

–Vám conquiste todos os seus reinos e namorados do mundo, apenas traga-me o que lhe pedi.

Ela assentiu e com uma pequena reverência saiu pela porta, fechando-a atrás de si, naquele momento ela começou a correr, tentando fugir da voz, mas ela sempre lhe alcançava, era como um fantasma de seus piores pesadelos, não havia como fugir dele e não havia vida fora dele!

Para ela não havia vida fora daquela, era a mais nova e mais bela de sete irmãos, tinha perdido a mãe aos cinco anos e o pai mal ficava em casa trabalhando nas lavouras para conseguir o que comer e o que dar de comer aos filhos, os seus seis irmãos mais velhos juntos, também na roça, tentando encontrar algo para comer, ela ficava sozinha em casa cozinhando a sopa simples e quando finalmente chamava os irmãos para jantar, eles e o pai com tanta fome mal se lembravam dela e passaram-se noites e mais noites sem comer, semanas inteiras em jejum somente para poder ver seus irmãos e seu pai felizes, até que em um desastre, todo o campo onde sua família trabalhava foi invadido e todos, cada membro foi morto, Eduarda ainda se lembrava da cena, os corpos de cada irmão e do pai estelados, desfigurados, esquartejados e carbonizados no chão, ela ainda tinha pesadelos com isso, ela não tinha nada, duas roupas diferentes sujas e rasgadas, vestindo uma e carregando a outra, ela andou por kilometros, tudo isso com apenas oito anos até encontrar uma nascente onde pôde beber água e lavar suas roupas, vivia da pouca caridade que recebia das fazendas, mulheres lhe dando um pouco de comida, um pão seco ou um grão que não prestava, mas tudo isso não era muito pior do que viver com a família, vivia solitária, não tinha o que comer, até mesmo os pastos diferentes onde dormia com os animais eram mais confortáveis que a sua antiga cama.

Com dez anos encontrou um punhau e passou a viver das galinhas ou bezerros que roubava das fazendas, alguns ela vendia, outros matava e comia, e foi com onze anos que começou a ouvir a voz, era masculina, e era noite quando a ouviu pela primeira vez, se assustou e tentou fugir, mas aquilo lhe seguiu, acalmou e prometeu ajudá-la, se ela o ajudasse, as propostas interessaram á Eduarda, então ela concordou, foi difícil no começo, ecom doze começou a seduzir garotos de sua idade e mais velhos sem perder sua dignidade, eles começaram a lhe fazer favores, com quatorze já tinha servos e começou seu estrago adquirindo serviçais, mas seu poder só atingia aos homens e quando já tinha homens suficientes passou a sequestrar as mulheres por mando da voz até chegar à Rainha Kim e essa era toda a sua história, lembrar dela fazia Eduarda chorar e era isso que ela fazia nos corredores imundos de seu esconderijo, chorava, chorava profundo e melancolicamente, era o único luxo que poderia se dar naquele momento!


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Notas finais do capítulo

Vocês têm dó dela? Ou acham que ela é só mais uma garota tola? Comentários??



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