Can't Run From It Anymore escrita por Me
Notas iniciais do capítulo
Obrigada pelos comentários.
Sei que ninguém quer ver Clara e Marina separadas, mas a minha história é semelhante a história do Manuel Carlos nesse ponto. O meu objetivo é focar na (re)construção dessa amizade/paixão entre elas após 5 anos de silêncio quase que absoluto e nas dúvidas e inseguranças da Clara.
Então, paciência. Vai demorar um pouquinho para elas ficarem juntas de verdade. Se ficarem…
Observação: perguntaram se a Vanessa não iria aparecer na história porque tem uma personagem que chama Maria Eduarda. Só para deixar claro, uma coisa não tem ligação com a outra. Maria Eduarda é só um nome que acho legal. Não é por causa da atriz. A Vanessa deve aparecer mais para frente, mas não terá toda essa importância na história, provavelmente, e acho que as pessoas devem ter um pouco de amor próprio, por isso, provavelmente, não se rastejará aos pés da Marina como faz na novela.
Eu e a Maria Eduarda passamos a tarde inteira focadas no desenvolvimento das peças para a exposição da Marina, mas por mais que eu me esforçasse para me manter foca apenas no trabalho, minha mente fazia questão de me puxar para o passado hora ou outra.
FLASHBACK ON
– Nem acredito que falta apenas um mês para concluirmos o ensino médio.
– Verdade. Clara, preciso te contar uma coisa.
– O que foi? Aconteceu algo de grave, Marina?
– Nossa, porque você acha que é grave?
– Você está toda séria aí. Na verdade, percebi que já tem umas semanas que você está assim, mas fiquei meio sem graça de perguntar.
– Como se a gente tivesse segredos uma com a outra. Clara, você é a minha melhor e única amiga.
– Marina, Marina... Diz aí. - disse quando a foto que estava no meu caderno caiu no chão.
– Você ainda gosta dele? - perguntou olhando a foto
– Não. A gente ficou junto quase três anos, você sabe, mas nunca fui realmente apaixonada. Ele era uma boa companhia e era divertido. Era bom ter alguém por perto quando você me abandonava para ir curtir com as suas “amigas”.
– Qual é, Clara?! Você que ficou estranha quando te contei que gostava de meninas. Achei melhor não misturar as coisas, depois que voltamos a nos falar.
– Eu estranha?! - falei indignada - Não vou negar. A gente se conhecia apenas há dois meses quando me contou, fiquei apenas surpresa na hora. Você que ficou uma semana me ignorando.
– Eu te ignorando?! Como assim? Te contei e você saiu do meu quarto como se eu fosse te atacar!
– Ai, Marina qual é? Isso já faz quase três anos. Vai ficar mesmo lembrando disso agora?! O que importa é que voltamos as boas. Você sabe que é a pessoa mais importante para mim nesse mundo e que eu te adoro! Pode confiar. O que aconteceu?
– Meu pai foi transferido.
– Sério? Para onde?
– New York.
– E você vai junto?
– Então, lembra que te falei que teria essa possibilidade e que por isso meu pai fez com que eu procurasse faculdade lá?! Fui aprovada na New York Film Academy.
– É possível estar feliz e triste ao mesmo tempo?!
– É. Eu sei como é. Essa universidade tem um dos melhores cursos na área de Fotografia, o que é muito legal, mas fica em NY. Não acredito que, depois de três anos de muitas risas, momentos alegres e alguns dissentimentos, vou ficar longe de você.
– Quando você vai?
– Assim que terminarem as aulas.
– Já?
– Meu pai já está providenciando tudo. Era até pra a gente já ter ido, mas ele conseguiu esse prazo extra com o chefe dele para eu poder terminar o ensino médio aqui.
FLASHBACK OFF
– Clara... Clara! - disse a Maria Eduarda encostando em mim.
– Oi - disse assustada.
– Tá com a cabeça longe, né? O que foi? Está preocupada com a sua mãe ainda?
– Não, deixa para lá. Vamos finalizar isso logo. Estou louca para ir para sua casa para gente assistir filme agarradinhas e eu esquecer dos problemas - falei dando um beijo estalado em sua bochecha.
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