Regina é a primeira a cair de cara no chão. Durante a queda ela deu algumas piruetas até acertar a grama e logo Charming e Snow aterrissam na mesma condição que Regina, seguindo por Granny, Grumpy e Hook que incrivelmente caiu em pé na aterrissagem. Charming se levanta do chão afobado procurando por Snow e a ajuda a levantar do chão. Os dois cruzam os olhares e depois um encara os lábios do outro e finalmente se beijam. Regina ainda zonza pela queda, faz uma cara de repulsa:

— Vocês precisam fazer isso a cada vez que há uma distância maior que 15 metros entre os dois? Ah por favor né...

Mas Snow e Charming não se sentem ofendidos, era como se já esperavam essa reação de Regina. Hook que tinha caído um pouco longe do grupo, chega correndo e diz:

— Pessoal, eu acho que erramos um pouquinho a floresta encantada.

Logo Hook tira sua garrafa de rum de algum dos bolsos das suas vestes e a entorna. Regina pensa em quando aquele rum acabaria mas ela desvia o pensamento e começa a reparar ao redor, mais para frente do gramado ela observa uns cogumelos de diferentes tamanhos, flores azuis e rochas cobrindo terrenos irregulares, árvores ao mesmo tempo enormes e menores que pinheiros de natal com um formato de cone invertido e uma estranha trilha de pedras amarelas e laranjas onde não se vê para onde ela leva.

— Regina! Onde exatamente estamos? — Pergunta Snow, segurando a mão de Charming como se ele pudesse evaporar no ar do nada.

— Aqui meus amigos... — Regina adota uma expressão de repulsa ao lembrar do nome do lugar. — É Wonderland. E não se deixem enganar pelo nome pois de Maravilhoso aqui não tem nada.

— O que deu errado na parte de quebrar a maldição, hein Regina? — Pergunta Hook. — Perdeu a prática foi?

— Quando eu lancei o feitiço que tirou Ruby de lá, acho que algo deu errado e nos trouxe para cá.

Snow se aproxima e diz num tom preocupado:

— Mas e os outros? Não estou vendo todo mundo que veio conosco.

— Bom magia é bem imprevisível. Todos os outros podem ter ido parar na Floresta Encantada, ou em Neverland ou em reinos ainda piores! Eles podem até terem se separado e cada grupo ter ido para diversos reinos. Não dá para saber. Precisamos achar um jeito de voltar para casa.

Regina considera a hipótese de alguém ter ido parar em outra parte daquele reino onde Storybrooke existia. Regina bufa num tom de pena por quem ficou lá. Mas seus pensamentos são redirecionados para Henry. Aonde quer que ele e Emma estejam, eles estarão seguros e felizes. E Regina logo tenta esconder a dor dela abafando uma lágrima.

Grumpy aparece limpando sua roupa de pedaços de grama:

— Alguém tem algum feijão mágico sobrando?

Instintivamente todos olham na direção de Hook que fica espantado e levanta a mão e o gancho ao ar como se estivesse sendo revistado:

— Não olhem para mim, eu até teria um, mas acho que ele está escondido em algum lugar dentro do Jolly Roger.

Snow se aproxima de Granny aparentando preocupação:

— Será que a Ruby conseguiu vir junto? Talvez ela esteja em algum outro reino.

— Não acho. Se nós viemos parar em Wonderland, não tenho certeza de que ela saiu daquele reino. Mas ela é forte, sabe se virar. Está no sangue.

Snow sorri educadamente mas ela não esconde a preocupação com Ruby.

Elas deveriam dividir um abraço juntas, finalmente o feitiço de Regina acabou mas os problemas nunca acabam.

Charming olha para Regina dizendo:

— Você sabe de algum jeito de chegarmos em casa? — Regina é pega de surpresa e retorna de seus pensamentos sobre o Henry.

— Bom, eu confesso que esperava Hook ter um feijão escondido. — Hook morde o lábio inferior. — Mas talvez eu conheça alguém que possa nos tirar daqui. Se o feitiço deu ao menos um pouco certo, podemos tentar isto.

Todos ali começam a seguir Regina até que Snow trava por um momento, relembra de quando um homem a amordaçou e forçou Emma a fazer um chapéu girar. Snow encara Regina e pergunta:

— Regina? Não é o...?

— Sim... Ele mesmo. Acho que vamos comprar chapéus hoje.

Após andarem por quilômetros, Regina começa a se perguntar se estava no caminho certo para o castelo que Cora, sua adorável e sem coração mãe, uma vez foi dona. Regina nunca erra a direção que escolhe mas ela mesma não se sente segura da direção após passar muitos minutos relembrando de Henry e da morte de Rumple.

— Não seria mais fácil encontrarmos um vilarejo perto e perguntar para alguém aonde o chapeleiro vive? — Pergunta Charming. Granny comenta:

— Eu acho melhor acharmos um lugar pra passarmos a noite, para o caso de não acharmos nem a nós mesmos.

Grumpy para de andar ao perceber que pisou em algum inseto de 4 cores diferentes e do bichinho saia uma gosma fluorescente. Grumpy não escondeu a cara de nojo apesar de ser tão durão.

— Podemos ficar no castelo que minha mãe possuía talvez. Só precisamos passar pelo labirinto e depois procuramos o chapeleiro pela manhã seguinte.

— Parece bem fácil hein Regina. — Diz Grumpy com uma pitada de ironia.

— E se algo ou alguém estiver esperando por nós nesse castelo? Eu estou sem minha picareta, a vovó ali está sem a besta dela, Snow sem o arco. Vamos depender só da sua magia? Estamos mortos.

Charming apoia sua mão no ombro de Grumpy, olhando fixo para o caminho no qual eles caminham e diz — Não importa o que aconteça e muito menos o reino em que estivermos, nós sempre daremos um jeito. Sempre nos viramos de alguma forma não é verdade? — Charming cruza olhares e sorrisos com Snow.

Mais alguns minutos de caminhada eles alcançaram o labirinto onde no centro uma vez sua mãe mandava em Wonderland. Regina se aproxima de um dos muros e usa magia para abrir caminho e ela alerta:

— Não encostem nas paredes!
Hook se aproxima das folhas das paredes analisando-as:

— Eu nem ousaria mesmo sem seu aviso Regina.
Ao chegarem próximo ao castelo, ambos percebem que há algo de errado. Não houve nenhum guarda para atacá-los ou qualquer coisa, porém mas a frente ela visualiza poucos guardas no portão principal.

— Bem quem quer que esteja vivendo aqui, não é muito de se preocupar com proteção. O que facilita muito o meu trabalho.

Os tais guardas vestiam um tipo de tecido preto com vestes vermelhas por cima. Utilizavam também um cinto com um coração pendurado neles e capacetes que literalmente tinham o formato de um ovo partido ao meio. A princípio os guardas continuavam parados mesmo ao notarem o grupo, mas Regina logo foi empurrando-os com magia e instintivamente todos os guardas que estavam nas redondezas foram para cima atacar o grupo.

Os que desciam as escadas, Regina os faziam tropeçar e cair todo o caminho até o chão. Charming e Grumpy ameaçaram partir para cima mas Snow esticou os braços para impedir que ambos entrassem na briga. Snow franze as sobrancelhas e observa:

— Os guardas não nos atacaram quando nos viram... — Snow continua pensando. — Regina! Pare de atacá-los. Eles não vão nos atacar.

Regina vira-se para trás encarando Snow com uma expressão que pode ser resumida em “do que você está falando sua insana?”. Logo que Regina cessa o ataque os guardas apenas os cercam, mas não avançam e nem atacam.

Snow se aproxima de um dos guardas caídos e o ajuda a levantar.

— Precisamos que você nos leve ao seu Rei, ou quem quer que esteja no comando.

O guarda assente com a cabeça e diz ofensivamente para Regina:

— Era só ter chamado ou pedido com educação. — Ele bufa e entra castelo adentro.

Snow sorri ironicamente ao olhar para regina.

— Se você ao menos tivesse esperado um pouco, Regina.

Regina apenas faz uma careta.