Beacon People Story escrita por Guga673


Capítulo 15
Capítulo 15 - Correndo Atrás: Parte 1




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Cara e Lydia tentaram de tudo o que podiam para rastrearem Ruby com ambas suas habilidades, mas todas as tentativas foram em vão. Cara interferia de uma misteriosa forma nos poderes Banshee de Lydia. Ambas não sabiam como mas depois de Lydia ter sentido algo relacionado à Ruby, elas continuaram a tentar. Lydia não sentiu mais nada porém algo a dizia que Ruby ainda estava viva. O quão viva, ela não tinha certeza, mas sabia que Ruby ainda vivia e esta incerteza deixava o grupo aflito para encontrá-la antes que seja tarde demais.

Scott não dormiu direito, ele arquitetava em sua cabeça todas as possibilidades para ir atrás de Ruby. Sua inquietação fez com que Isaac o expulsasse da cama para dormir na sala. Ele tentava seriamente prestar atenção na aula mas era impossível.

— Scott. — Diz Stephen. — Você está caindo de sono aí.

— Eu sei.

Disse Scott coçando os olhos com as costas das mãos e levantando os braços para se espreguiçar.

— Ah, ótimo, Sr McCall. Vejo que você adoraria ir para o quadro e resolver essa equação.

— Não... O que?

— Ora o senhor levantou a mão bem quando eu pedi para alguém vir aqui.

— Mas eu... Na verdade...

— Algum problema Sr. McCall?

Scott revira os olhos, bufa e vai até o quadro-negro. Seu raciocínio estava bem afetado.

— *O que eu faço?* — Pensou Scott.

— *Scott. Sou eu Stephen.* — Scott se assustou e olhou na direção de Stephen com as sobrancelhas levantadas. — *Bem discreto você hein. Volta a encarar o quadro.*

— *Ok. Quer me ajudar? Agora seria um bom momento.*

— *Tá.* — Stephen encara o quadro, franze a testa e pensa em algo. — *Reduz o primeiro membro da equação isolando os termos.*

— *Assim?*

— *Não, você tem que dividir primeiro.*

— *Ah. Calma.* — Scott se atrapalha um pouco.

— *Isso. Tenta jogar aquele número para o outro lado da equação.* — Stephen olhava e corrigia as contas de Scott de longe do lugar dele. — *Para tudo.*

— *O que?* — Scott parou de escrever do nada deixando todos a estranhar o seu comportamento.

— *Nada não, continua.*

Scott desenhava e se corrigia logo em seguida por várias vezes e a indecisão dele na frente da sala tornou a situação estranha para a professora e cômica para os alunos.

— *Assim?*

— *Isso! Exato!*

— *Ah. Valeu.*

— *Pera faltou o conjunto solução, volta lá!*

Scott se joga de volta para o quadro para terminar o exercício quase atropelando as pessoas da fileira.

— Okay senhor McCall. Você resolveu corretamente. — Disse ela fazendo uma careta. — O senhor está bem?

— Ah estou sim.

Scott ao passar por Stephen o cumprimenta com um soco.

— Alguma objeção Sr. Jameson?

— Não senhora. Eu não teria feito diferente.

Isaac se aproxima do ouvido de Scott e sussurra:

— Isso é trapaça.

— O que? Ninguém viu. Aliás foi você quem me mandou dormir no sofá.

— Hm. Okay. Dessa vez eu assumo a culpa.

Scott se distrai e percebe uma movimentação estranha ao longo do corredor. Ele percebe também que o Sheriff Stilinski estava pelo colégio junto com Parrish e ambos conversavam com um dos professores. Scott foca sua audição na direção deles. Ao ouvir alguma coisa sobre um desaparecimento, Scott vira drasticamente para Isaac que estava sentado atrás. Ele apoia a mão no braço de Isaac e o aperta para chamar a atenção. Scott acena com a cabeça na direção do Sheriff e Isaac passa a escutar a conversa também.

— Nosso registro escolar diz que ela não aparece faz tempo. — Diz um dos professores.

— Você está certo disto? — Pergunta o Sheriff.

— Totalmente. Brittani sempre manteve um ótimo registro presencial. Por isso quando notamos que ela não veio por mais de quatro dias chamamos vocês.

— Pode deixar que tomamos conta a partir daqui. - Finaliza Parrish.
Scott e Isaac se encaram assustados.

— Chame o Stiles. — Exclama Isaac.

~ ~ ~

— Brittani Kegley. Um ano mais nova que todos nós, seu registro de presença é perfeito. Quase como uma linha constante, até aproximadamente quatro dias atrás onde ela não apareceu mais. — Disse Stiles eufórico.

Ele reuniu todos que ele conseguiu chamar de última hora em uma das mesas na área aberta do High School.

— Não acham que nós deveríamos nos preocupar com Ruby? Não teremos muito tempo para salvá-la se ficarmos atrás desses casos a parte. — Comenta Malia rispidamente.

Neste momento Lydia, ao ouvir as palavras de Malia, sente o pingente do colar de Ruby pesar no seu pescoço. Ela sentia como se aquilo a puxasse para baixo quase como um peso em uma coleira. Todos encaravam Malia sem ter o que dizer exatamente.

— O que foi? Tem alguns casos que a polícia deveria resolver por conta própria. — Continua ela.

— Aconteceu que... — Interfere Scott cuidadosamente. — Chris sumiu também. E como eles não são sobrenaturais, talvez tenhamos que lidar com outros caras maus além do Ultra.

— Pessoal. Não vamos conseguir lidar com tudo isso ao mesmo tempo. — Isaac diz. — As provas finais estão aí, estamos abaixo da classificação pro Lacrosse e precisamos recuperar quem sumiu, mas estamos em menor número.

Todos na mesa sentem o que Isaac quer dizer. Priorizar. Eles terão que escolher de quem eles irão atrás para salvar primeiro. Sabe-se lá quem morrerá antes entre Ruby e o Chris. E até mesmo a garota desaparecida.

— Não podemos fazer como alguns que podem deixar de estudar e roubar as respostas das cabeças alheias durante os testes. Também não podemos só usar nossas habilidades no campo e trapacear. — Stephen, que estava entre eles, sentiu a indireta.

— Isso porque eu achei que ele estava viajando. — Conclui Scott.

Stephen levanta o dedo como quem precisasse pedir espaço para falar.

— Bom eu não sei quanto a vocês mas eu sei de alguém que pode cuidar ou, pelo menos, ajudar nesse caso da garota por nós.

~ ~ ~

— Desculpe-me e você é? — Pergunta o Sheriff.

— Cara Coburn. Eu sou...

— Uma amiga, pai.

— Stiles. Eu não estou de brincadeira, esse caso é sério e outra eu nunca a vi em lugar algum dessa cidade. Com todo respeito claro.

— *Creio que você pode confiar em mim Sheriff.*

O Sheriff ficou embasbacado com a voz de Cara dentro da cabeça dele.

— Calma. Ela é uma...?

— Melhor! — Exclama Stiles. — Ela está do lado dos mocinhos. O que eu acho que é o nosso lado.

— Hm. Que seja. Parrish, entregue para ela a ficha de Brittani.

Parrish ao cruzar olhares com Cara, fica sério. Ele não entendeu bem o que aconteceu. Aliás Parrish nunca entendeu de coisa alguma do que acontecia em Beacon Hills. Cara abre a ficha, passa os olhos pelas informações e pensa por uns minutos. Não havia nada de muito relevante tirando que não haviam informações dos pais ou algo do gênero.

— Pai... Scott está me chamando eu vou lá. Divirtam-se. — Despede-se Stiles.

— Então... Cara. Nós não descobrimos nada de importante até agora mais ou menos.

— Talvez... — Ela reflete mais um pouco. — Vocês não tenham olhado no lugar certo.

— Bom o procedimento era sair daqui e fazer uma busca pela cidade. Ou mandar a delegacia emitir um alerta. — Comenta Parrish.

— Mas e se alguma informação que possa ser útil...

— ...Alguém daqui possa ter. — Parrish completa o raciocínio.

— Sim. Exato.

— Você sugere um interrogatório em massa? — Pergunta o Sheriff.

— Quase isso. Mas comigo por perto vocês possuem uma dianteira.

~ ~ ~

Sheriff, Cara e Parrish ocuparam uma das salas para interrogar os alunos. Os critérios não eram muito bem definidos, apenas pegaram os alunos que claramente eram mais próximos de Brittani.

— Como era sua relação com ela? — Pergunta Cara olhando fixamente para o aluno.

— Ah ela não era de falar muito sabe? Ela tinha o jeito alegre dela mas sempre no próprio canto. No máximo sentávamos próximos um do outro.

— Hmm. — Murmura Cara. Parrish fazia algumas anotações enquanto o Sheriff supervisionava.

— Nesses últimos dias, meu jovem... — Diz o Sheriff. — Ela disse ou mencionou algo sobre perseguição?

O aluno balança a cabeça negativamente fazendo uma careta de negação.

— Por enquanto é só. — Comenta Cara. — Obrigada.

Parrish escolta o aluno de volta para a sala e chama pelo próximo discretamente para não atrapalhar a aula de Economia. Enquanto Parrish estava fora da sala, o Sheriff aproveita para perguntar Cara sobre o aluno.

— Você sentiu algo de diferente nele?

— Não. Ele estava sendo sincero. Mas ele vivia repetindo um formulário de física para si mesmo.

— Provavelmente eles estão em provas.

Parrish trouxe o próximo aluno que no caso era uma garota. Ela senta-se e aparentava estar abalada. Provavelmente preocupada com a situação da amiga.

— Como era seu relacionamento com ela? — Pergunta Cara gentilmente.

— Ela era uma garota muito companheira. Ela me ajudou muitas vezes principalmente quando eu e meu ex terminamos. Brittani ficou do meu lado, levantou meu astral quando ninguém mais estava lá.

A garota segura uma lágrima. O Sheriff se aproxima dela.

— Você por acaso não saberia de alguém que a pudesse fazer mal?

— Não. Não teria por que isso. A não ser uma outra garota irritante que durante uma festa foi empurrada por Brittani numa piscina. Mas foi um acidente. Brittani não estava passando bem e esbarrou nela.

Cara tenta consolar a garota segurando uma de suas mãos e percebe que seria melhor não prosseguir com mais perguntas. Ela acena para que Parrish trouxesse o próximo. Cara espera Parrish sair da sala.

— E aí?

— Dessa vez eu consegui ver esse episódio da festa. Eu vi, pelas memórias, Brittani lá e ela não aparentava estar bem. Como se algo estivesse a afetando.

Na memória que Cara observara, Brittani tampava os ouvidos com ambas as mãos e andava desequilibrada esbarrando nas pessoas. Em outro flash mostrava claramente a imagem da Lua Cheia brilhando no céu.

— Talvez isso seja relevante, não?

— Considerando os inúmeros casos que acontecem em Lua Cheia, sim, é bastante relevante.

Cara e o Sheriff escutam um barulho e foram verificar. Parrish foi empurrado contra um armário por um dos alunos, que saiu correndo pelo corredor.

— Atrás dele! — Exclama o Sheriff.

Cara e Parrish vão correndo na direção do garoto que fugiu. Cara pede para Parrish se separar e ir por outro caminho. Ele faz o que ela pediu então Cara ganha tempo, se esconde numa sala e se concentra para localizar por telepatia o aluno.

Cara ouvia muitas vozes ao mesmo tempo e ela se esforça para achar a assinatura do garoto. Ela consegue. Cara foca e se teleporta para o mais perto que ela conseguir. Ela olha para os lados e estava perto do campo de Lacrosse. Quando encontra o garoto correndo ela tenta alcançá-lo correndo. Cara grita para ele parar e quase o perde na corrida quando ela usa a telecinése para fazê-lo tropeçar. Ela o alcança, vira-o de barriga para o chão e puxa os braços dele contra as costas apoiando o joelho imobilizando-o. Parrish logo chega armado.

— Esperem! Por favor! Eu não fiz nada!

— Então por que você fugiu? — Pergunta Cara rigidamente.

— É que... — Ele hesita.

— Fale!

— Eu estava com Brittani no dia que ela sumiu.

— Continue falando!

— Eu falo! Eu falo, só sai de cima de mim, eu não consigo respirar.

— Se você tentar qualquer gracinha, você vai se ver comigo. — Diz Parrish abaixando sua arma.

Cara o solta e ele fica sentado no chão. Sua respiração está acelerada e seus pensamentos confusos demais para que Cara use telepatia.

— Vai falando.

— Tá bom. Foi há alguns dias. Eu e ela saímos juntos em um encontro e voltávamos a pé pela rua quando...

A hesitação do garoto dava a entender que ele estivesse inventando uma história, o que irritou Cara.

— Diga!

— Eu não sei. Tudo ficou escuro. Acordei caído na rua com uma senhora me ajudando mas Brittani não estava lá.

— E por que não procurou a polícia? — Pergunta Parrish.

— Eu não sabia o que fazer. Tive medo que me levassem caso chamasse por ajuda. Tentei procurá-la por conta própria mas... Ela se foi.

Cara telepaticamente vasculha as memórias do garoto e vê flashes da noite em que Brittani foi levada. Ela percebe que tudo o que ele relatou realmente aconteceu, mas não havia nada que ela pudesse perceber momentos antes dele ser apagado.

— Ele está limpo.

— O que? — Indaga Parrish. — Como assim?

— Confia em mim. Já temos o que precisamos dele.

Parrish não confiava tranquilamente nas pessoas, e como ele não tinha noção de nada do mundo sobrenatural, tudo ficava mais difícil de acreditar já que não explicavam.


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