Guardioes de Deus: a Batalha nos Ceus escrita por cardozo


Capítulo 42
Capítulo 15 - O Baile. PII




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-Parece que todo mundo da cidade compareceu a festa.  Comentou Cassi.

-Cassi! Como iremos achá-los aqui. Existe muita gente.  Kitrina procurava, mas a quantidade de pessoas era surpreendente. – E pra ajudar todos mascarados. Vai ser impossível. 

-Não vai não. Olhe ali. Cassi apontou para uma pequena menina mascarada que voava acima da cabeça dos outros.  -Me siga.

Foi abrindo caminho no meio da multidão.

-Oi!  Cassi tocou no ombro de Bal que levou um susto.

-Kitrina! Cassi! São vocês? Como nos encontraram?

-Você é inconfundível Bal. Com ou sem máscara.  Disse Kitrina.

O garoto não sabia se aquilo era um elogio ou uma gozação, por isso não respondeu.

-O que é esta flor na sua orelha?  Bal ia mexer nela, quando a mão de Cassi acertou lhe um tapa no braço. Ela olhou para Kitrina e ambas sorriram parecendo cúmplices.

-Apenas um adereço. Respondeu ela. -E você Arão, animado para a festa?

-Sim, acho que estou.

Dafne deu um abraço acompanhado de um beijo no rosto para animá-lo.

-Ele vai se divertir bastante hoje. Disse olhando para todos.

A festa começou animada, as pessoas riam, falavam alto,  comemoravam sem medo. Eles mesmos estavam impressionados de como todos pareciam se esquecer do que estavam passando. Viram-se tomados por sentimentos de paz e alegria.

Em uma bancada superior observando a festa estavam sentados os conselheiros, sábios e alguns anjos. Entre as personalidades estavam Medar, Empoly e Inimis. A cadeira que seria ocupada por Amagus estava vazia.

-Arão! Arão! Chamou Bal.

Ele olhava como muitos outros olhos faziam. Uma beldade, talvez a mais bela da noite. Ela descia as escadas com um vestido branco, acompanhada por um garoto mascarado. Inimis localizou seu alvo. Ficaria atento a noite toda.

Pararam ao lado de um grupo de garotos.  Arão não teve dúvida em identificar Odrin entre eles, o garoto tinha uma forma avantajada,  se destacando dos demais. Mas Arão não conseguia tirar os olhos da garota de branco.

-Vamos dançar?

-Não estou me sentindo muito disposta.  Respondeu a garota de branco.

-Vamos? Uma dança vai animá-la um pouco.

O garoto a conduziu mesmo a contra gosto, ela acabou indo.

 

 Cassi sentiu alguém tocar levemente em sua mão.

-Eu sabia que uma flor me mostraria o caminho da felicidade hoje. Só não sei distinguir qual das duas é mais bela.

Cassi sorriu perante o elogio do garoto mascarado.

-Me concede a honra desta dança?

 Cassi fez uma mesura, o garoto a tomou pelas mãos.  Dirigiram-se  para uma grande pista de  dança.

-Quem era aquele? Perguntou Bal cheio de curiosidade.

-Não faço a mínima idéia. Mentiu Kitrina rindo.

-Essas músicas parecem muito difíceis de se dançar. Comentou Dafne.

-Concordo com você.  Bal olhava para os casais admirado, havia uma harmonia entre eles, mesmo Cassi dançava muito bem com seu parceiro mascarado. -Eu não levo o menor jeito para a dança.  Confessou ele.

Arão observava as pessoas dançando, o ritmo da música percorria seu corpo, não sabia o porquê. De repente viu a jovem, a garota de branco, sendo conduzida para fora do local onde todos dançavam.

-O que aconteceu? Perguntou Odrin ao ver os dois chegarem.

 -Ela erra demais. Eu diria que: ou ela não quer dançar, ou está com os pensamentos em outro lugar.

Odrin a pegou pelo braço.

-Vai ficar aqui do lado nosso. Verá que ninguém ousará tirá-la para dançar.

-Gostaria de dançar comigo?  Moira estava radiante. Teles lhe ofereceu o braço, os dois foram para o meio da pista.

Arão pegou um copo com uma bebida que estava sendo servida e tomou um gole,  sua face se contorceu toda.

-Nossa isto até que é bom, mas está muito quente. O que é isso?

-Não sei, mas deixa que eu resolvo.  Bal se adiantou. -Vou lhe mostrar o truque que aprendi nos meus treinamentos de congelar as coisas. Vou fazer aparecer alguns cubos de gelo.

-Quer uma ajuda?   Ofereceu Dafne.

-Não! Deixa comigo isso, eu me viro sozinho. Bal fechou os olhos e se concentrou. Arão começou a sentir a mão que segurava o copo formigar.

-Ei! Bal pare! Gritou ele. O garoto abriu os olhos.

-E aí, consegui?

-Eu diria que sim.  Arão estava com a boca do copo virada em direção ao solo, nem uma gota de líquido caía.  -Minha bebida virou um bloco de gelo. Eu posso dizer que jamais vou reclamar quanto à quentura dela novamente.

-Foi mal. Acho que preciso praticar mais.

-Dá licença. Interveio Kitrina. -Mas estou cansada de esperar alguém me convidar para dançar.  Pegou Bal pelos braços.  -Vou roubá-lo um pouco de vocês.

Disse Kitrina a Dafne e Arão. Ele assentiu com a cabeça.

-O quê!?  Respondeu Dafne  espantada.

-Elas não resistem ao meu charme. Gritou Bal para os dois.  -Espere aí! Eu não sei dançar...

 Ele tentou se livrar dela, mas não conseguiu.

Dafne estava inconformada, voava de um lado para o outro.

-Que atrevimento! Reclamava ela. -Você não vai fazer nada?

Dirigiu-se para Arão que estava quieto.

-Eu? Mas o que é que posso fazer?

-Você é amigo dele não devia permitir...

-Por quê?

-Como por quê! Você devia protegê-lo.

Arão se divertia com os ciúmes dela.

 -Olha, acho que ela o está beijando.

O rosto de Dafne ficou vermelho.

 -Onde?  Perguntou ela revoltada.

-Ali, no meio, eu vi.

Apontou para uma direção qualquer. A ninfa saiu em disparada para o meio dos casais que dançavam.

"Finalmente terei um pouco de paz".  Pensou o garoto sorrindo consigo mesmo perante a mentira que acabara de contar. Mas algo do outro lado do salão  chamou-lhe a atenção.

 

 -Você não teme que os outros o vejam comigo?

-Cassi se eu for deixar que eles me digam o que fazer estou perdido. Tenho que seguir meu coração.

Cassi corou na hora,  agradecendo por Tiror não poder ver-lhe o rosto.

-Além do mais isto é um baile de máscaras, hoje estou salvo.  Sorriu para ela.  -A partir deste momento a coisa começa a ficar boa.

-Por quê?  Perguntou ela.

-É que as próximas músicas são de ritmos totalmente diferentes. Nem todos sabem dançar. Os que não conseguirem acompanhar o ritmo deverão sair da pista de dança até que reste um único casal.

-Nossa! Parece interessante.

-Vamos ver até onde conseguimos ir.

Damira estava sozinha, todos dançavam e como dissera Odrin ninguém se atreveria a se aproximar dela, nem mesmo para trocar algumas palavras. Inimis não a perdia de vista de onde estava. No fundo por mais doloroso que fosse devia ter continuado com Teles, pois pelo menos estaria dançando,  não ficaria tão solitária ali. Para ela a festa estava  muito triste.

            O evento mais divertido da festa começara, os casais  desafiavam os ritmos das músicas. Damira adorava essa parte, as candidatas a deusas eram excelentes dançarinas, ela lamentou perder essa parte.

"Vou me retirar".  Pensou. Não agüentava mais ficar isolada de todos. Abaixou a cabeça e levou as mãos à face. Sentiu uma mão quente tocar suas luvas finas.

-Me concede o prazer de sua companhia para esta dança?

Ela olhou para o garoto, ia responder um "não" incisivo como resposta, mas o sorriso dele a impediu. As palavras não saíam, não opôs qualquer resistência, apenas se deixou ser conduzida até o meio da pista, pela primeira vez na noite se sentiu alegre.

            Já nos primeiros ritmos Bal saiu do meio com Kitrina.

-Desculpe, mas eu disse que estava meio enferrujado.

-Tudo bem. Eu adorei mesmo assim.

-É!? Disse ele se animando.

Dafne os encontrara.

-Onde vocês estavam?

-Nós? Dançando...  Respondeu ele.

Ela olhou para Kitrina que ria, depois olhou outra vez para Bal desconfiada.

-Aconteceu alguma coisa? Perguntou Dafne chegando bem perto do rosto de Bal examinando-o minuciosamente.

-Comigo? Não, por quê?

-Seus lábios parecem estar inchados.

Segurava as bochechas dele com as mãos. Puxava-as com força. O garoto era forçado a fazer muitas caretas.

-Eu já disse que estou bem. Disse ele se livrando das mãos dela.

-Onde está Arão?

-Bom... Ele estava ao meu lado, mas  foi só me descuidar um pouco para ele sumir...

As músicas iam tocando, no final poucos pares restavam dançando. Um círculo de pessoas formavam-se ao redor da pista para observar os restantes. Cassi e Tiror logo foram se juntar a Bal, Kitrina e Dafne.

-Até que fomos muito bem. Disse Cassi.

-Realmente. Confirmou Tiror.

-Você me surpreendeu.

Os ritmos foram se tornando menos conhecidos. No final apenas dois casais dançavam.

-Como eles dançam bem. Comentou Kitrina.

-Quem serão eles?  Perguntou Bal.

-Bom, eu diria que um deles é Teles e Moira.  Respondeu Tiror. -Mas o outro me intriga e  apavora um pouco.

-Por quê?  Questionou Bal.

-Por que a dama é Damira, sem dúvida. Mas o cavalheiro seja ele quem for, além de ser um ótimo dançarino é alguém muito tolo.

-Por quê? Repetiu a pergunta, Bal. Tiror apontou para o lado onde vários garotos se amontoavam.-Porque quando acabar a música, Odrin, Lethan, Keyllor, Yalo e Irian o estarão esperando.

 Inimis também olhava da parte superior o casal dançando. Cassi sentiu um calafrio a percorrer-lhe o corpo.

            Damira dançava pela pista como nunca fizera antes. Esperava que fosse ficar apenas uma ou duas músicas, o que já lhe seria uma grande coisa, mas a habilidade de seu parceiro a surpreendeu. Ela tinha chegado um pouco displicente a pista de dança, porém quando ele parou, olhou em seus olhos através da máscara, pelo jeito como a abraçou. Ela sentiu que ele tinha o domínio da situação. Simplesmente a levava como queria, ela se entregou completamente.

Na bancada superior todos  os olhares estavam fixos nos dois casais dançando. Alguém comentou.

-Eles dançam divinamente, quem serão estes.

-Eu tenho uma pequena idéia de quem sejam. Disse Inimis irritado coçando o queixou. -Mas espero que esteja enganado ou alguém vai se dar muito mal.

            Damira notara na pista a movimentação do grupo de jovens que parecia estar esperando somente a música acabar para atacar seu parceiro.

-Podemos sair daqui? Damira  falava em seu ouvido.

-Já? Ela fez um sinal de afirmação com a cabeça. Ele sabia o porquê, notara a aglomeração dos garotos muito antes dela, mas já que iria apanhar poderia ser no final da música, pois assim ele aproveitaria ao máximo a companhia dela. A garota o puxou quando estavam longe, do outro lado da pista, saindo rápido, segurava-o pelas mãos no meio da multidão. Os garotos foram pegos de surpresa pela atitude da garota, mas mesmo assim foram atrás do casal.

Teles largou Moira,  também se juntou aos outros. Muitas pessoas interceptavam-lhe à frente para cumprimentar-lhes pela dança, mas ele nem lhes dava atenção.

-Precisamos ajudá-lo. Gritou Cassi.

-Deixa comigo. Disse Bal entrando na frente do bando de garotos que corriam na direção dos dois fugitivos. Ele pensava em algo para fazer, mas nada lhe vinha a mente. Odrin que vinha à frente empurrou-o.

-Sai da frente. Berrou ele enfurecido.

Bal foi ao solo. Tiror ajudou-o a se levantar.

-Vamos temos que fazer alguma coisa.

Porém, quando iam partir, Inimis interceptou-lhe o caminho.

 -Aonde vocês pensão que vão?

-Nós temos que ajudá-lo. Respondeu  Kitrina.

-Vocês não irão a lugar nenhum.

-Ele vai ser massacrado.  Protestou Bal.

-Existem pessoas que não sabem dar valor ao conselho dos outros.

Virou-se e sorriu.

"Quero ver escapar desta. Quando eles colocarem as mãos em você tenho certeza que irá sentir saudades da minha tortura".

Damira corria alucinada puxando o garoto que vinha cambaleando logo atrás. Já tinham deixado a multidão para trás, precisava arranjar algum lugar para se esconder. Estavam contornando uma pequena torre, ela era formada de fendas em todo o seu redor.

Pararam ao lado da porta, não havia mais tempo, seus perseguidores vinham em seus encalços  contornando a construção. Puxou o garoto para dentro da fenda logo ao lado da porta. Os dois ficaram espremidos na saliência, corpos colados um de frente para o outro. O grupo de garotos finalmente chegou, procuravam por todos os lados, mas nem sinal deles. Ninguém até então se preocupara em olhar as fendas. Yalo foi ver a porta, ela estava trancada.

-Droga!  Urrou Odrin dando um chute na mesma, ela foi  escancarada quebrando o cadeado e a corrente que a prendiam.

-Com certeza aqui dentro eles não estão. Yalo se dirigiu ao grupo.

Damira podia sentir as batidas sobressaltadas no peito do garoto. Ele observava preocupado o bando. Ela por sua vez olhava-o, reparava nas suas feições preocupadas. Apesar de estarem escondidos como era bom senti-lo assim tão próximo. Ela levantou as mãos passou sobre seu rosto tirando a máscara. Faz o mesmo com a sua logo em seguida. Arão olhou-a assustado.

-Eu queria apenas ver seu rosto. Sussurrou ela e sorriu.

-Eles não devem estar muito longe. Vamos nos separar em dois grupos. Quem o achar não acabe com ele tão depressa. Eu tenho alguns acertos a fazer antes. Vamos.

-Você é quem manda Odrin. Brandiu Keyllor indo no outro grupo.

            Os dois esperaram todos partirem. Damira o puxou para dentro da torre,  fechando a porta logo em seguida. Subiram alguns lances de escadas e  chegaram a uma sala que possuía uma abertura no teto, onde a luz da lua entrava formando um círculo no solo. Da janela podiam ver a festa animada.

-Você dança muito bem. Observou ela.  -Onde aprendeu?

-Eu não me lembro, só sei que quando ouvia as músicas, meu corpo pareceu ganhar vida própria. É como se eu já soubesse o que tinha que fazer.

Ele se aproximou um pouco mais dela.

-Então você já sabia que era eu?

-Meu sexto sentido me disse que eu não iria me arrepender de aceitar o convite de um estranho tão charmoso.  Piscou para ele.

-Posso?  Disse ele soltando o cabelo dela. -Prefiro você assim.

Ele se aproximou mais ainda, ela abaixou a cabeça,  falando um pouco desanimada.

-O que você pretende, Arão?

A pergunta o pegara desprevenido.

-Vou lhe ser bem sincera. Não sei o que sinto, mas eu adoro ficar perto de você Arão. Quando o vejo sinto vontade de estar ao seu lado, abraçá-lo, mas... Ficou quieta.

-Mas...

O garoto falou para incentivá-la a prosseguir.

-Jamais poderemos ter algo.

-Por quê?

-Porque eu sou uma futura deusa e estou prometida a um Deus. Levantou a cabeça com os olhos úmidos.

-Você vai ser mulher de Set?  Perguntou ele estarrecido.

-Não! De seu filho.

 Ela passou as mãos pelo cabelo.

-Onde ele está?

-Eu não devia lhe contar... Acho que você já sabe que na última guerra algumas  crianças ou foram enviadas para o mundo dos homens ou ficaram escondidas no firmamento sobre o cuidado de pessoas especiais, para escapar do mal que estava tomando-lhes a vida. Entre elas estava o filho de Set, sucessor do reino dos céus, já que Horus, descendente de Osíris, foi morto.

-Mas quem é ele? Onde ele está?

-Ninguém sabe quem é ele, para enganar o mal ele foi misturado com as outras crianças. Nem mesmo Set o conhece, mas ele está seguro entre nós.

-Nós?

-Sim, ele está entre um dos futuros candidatos a guardião. Por isso, nós candidatas, tínhamos tão pouca proteção enquanto os garotos da Cidade Superior eram super protegidos.

-Como saberão quem é ele?

-Isso eu não sei. Mas é por isso que não temos chance alguma.

-Do jeito que você diz eu poderia ser ele...

Ela duvidou que poderia ter alguma esperança.

-Não creio que ele seja um celestino. Nunca o mandariam para terra, ou aos cuidados de um celestino. Mesmo  porque vocês não receberam proteção nenhuma nestes dias. Somente uma pessoa pode ser descartada.

-Quem?

-Meu irmão Odrin ele foi um dos poucos que ficaram sobre a guarda dos sábios aqui na Cidade Superior.

Ela parecia desanimada. O silêncio tomava conta da sala.

-Que estranho. Arão apontou para o chão, mudando de assunto. -Apesar da luz da lua passar direto pelo teto, ela toma forma  de um círculo no solo. O teto não tem forma arredondada. Como isso é possível?

-Essa é uma sala muito especial. Explicou ela.

-Ela é mística.

-Mística? Ele parecia espantado com a colocação dela.

-As pessoas vêm até este aposento para saber como vai ser à noite. Se o círculo está cheio como agora, significa que a noite vai ser calma e tranqüila. Conforme o círculo vai sumindo,   a situação vai ficando pior. Hoje depois de cinco noites ele esta cheio novamente. Dizem que na pior das noites  da lua de sangue somente um quarto do círculo era visto.

Ela tomou fôlego e falou.

-Ainda bem que já passou.  Não se conteve abraçando-o forte.

-É, mas tivemos muitas perdas.  Respondeu ele.

"Sim".  Pensou ela,  lembrando-se de todos.  "Ingrid, Jenya, Etality e Amagus".

Fechou os olhos e apertou-lhe mais.

-Quatro noites com mortes. Ainda bem que foram só três da Cidade Superior.  Comentou Arão.

"Será que ele não sabe sobre Amagus?".  Pensou logo em seguida.

-Mas Amagus era da Cidade Superior. Afirmou ela.

 -Eu não estou falando dele. Digo...  Ele a olhou sem compreender suas palavras.

-O que aconteceu com Amagus? Eu não estou sabendo nada... Aconteceu alguma coisa com ele?

Não esperou resposta.  -Estou falando de Nesália que sumiu na primeira noite.

Damira abriu os olhos assustada, afastou-se dele.

-Você esta falando de Nesália a profetisa que fazia parte do grande conselho da Cidade Superior? Ela foi expulsa por proclamar catástrofes que nos atingiriam.

-Mas ela me disse que era uma velha celestina que vinha da comunidade do Norte.

-Ela foi para o norte, pode até ter se “tornado” uma celestina, já que ficou decepcionada com a decisão do conselho de expulsá-la. Entretanto isso só aconteceu depois que foi banida da Cidade Superior. Ela sempre foi e sempre será uma cidadã da Cidade Superior... Então foram cinco mortes em cinco noites... Nesália, Ingrind, Jenya, Etality e Amagus... Concluiu Damira.

Arão olhou novamente pela janela.

-Que movimentação é aquela lá fora.

As pessoas corriam assustadas de um lado para outro.

-Arão, olhe! Gritou Damira.

O círculo feito pela luz do luar havia sumido por completo.


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