[...]

–I entaum vamo? – O velho barbudo perguntou.

–Sim, claro. – Respondi me levantando. – Não comia bem assim desde... desde... eu acho que desde ontem. -

–Idiota. –Sasuke falou baixinho.

–Vamu –

Seguimos o barbudo até um caminhão enorme de cor vermelho desgastado que só tem um farol funcionando. Isso está definitivamente caindo aos pedaços.

–Eu dirijo a rosinha vai no meio e o outro lá vai na outra porta. – Ele abriu um sorriso. – Vamu bonitinha.

–Ótimo. – Sorri junto com ele. E Sasuke me fuzilou com o olhar.

Caímos na estrada.

[...]

–Sabi? Eu tinha uma sobrinha assim como ocê, brarquinha, bunitinha e rosinha. – Ele me falou. Estávamos conversando á horas. Temos muito em comum, o tiozinho é legal. Sasuke não participou porque está dormindo.

–Sério? Ela tinha o cabelo rosa também? Sabe, todas as mulheres da minha família tem cabelo rosa e tudo começou com a minha tataravó, deve ter sofrido por ser diferente tadinha. –

–O nome da minha sobrinha é Hozuki, ela era uma grarcinha, mas eu parei de vê ela quando eu comecei essa vida de caminhoneiro, sabi, a estrada é minha miór amiga, maís é muito solitário, sabi? Somos só eu e ar Dorothy. –

–Dorothy? –

–É, a caminhona, mi lembro inté o dia em que comprei ela. Era vermelhinha burnitinha. –

–Ah, mas espera o nome da sua sobrinha é Hozuki? –

–Sim, purque? –

–Hozuki é o nome da minha tia, irmã da minha mãe. –

–Ora, maiz que cunhecidência boa, e o nomi de sua mãe é Suzani? –

–Como você sabe? –

–Purque eu so tio dela tambéin.-

–Tio Hélio? –

–Eu mermo. –

–Poxa tio, eu sou a filha da Suzani, mas que conhecidência. Minha mãe vai adorar saber que eu encontrei meu tio-avô. –

–Que graça, a pequenininha Suzani tevi uma filinha. –

–Mas não é? –

–Maiz eu acho qui é mior ocê num contar nada naum. Noiz tivemos uma briga sabi? Eu e o pai da sua mãe i noiz nunca maiz se vimos. –

–Hm sei, então pode deixar que eu não conto não. –

–Maiz mim conta, ela ta bunita? A rosinha? Ela era miudinha quando eu deixei. –

–Ela está enorme, tem três filho grandes, um de vinte, uma de dezesseis e um de vinte e cinco.-

–Mais ita, rosinha vivia dizenu qui iria querer só fia e nenhum fio. –

–Mas eita, jura? Pois então ela teve dois filhos e uma menina. Casa cheia sabe? Adoro minha tia. –

–Maiz e esse garoto ai du seu lado, ele é oque seu? –

–Sasuke? Ele é, hãn. – O que o Sasuke é de mim? – Acho que ele é meu colega de classe. –

–Só colega? Arguém qui ti paga um armoço grandi como o seu, naum é só seu colega. Fica di olho qui a vida dá voltas. –

–É. –

–Acorda teu colega qui já tamo chegando, ali é Konoha ta venu? –

Vi. Estamos em Konoha novamente, GRAÇAS A GÓDI. E ao meu tio-avô Hélio, é claro.

–Sasuke acorda. – Comecei a acordar ele.

–Hãn? – Sasuke falou acordando.

–Chegamos. – Respondi com um sorriso.

–I ondi nos para? – o meu tio-avô perguntou.

–Naquele colégio bem ali na frente ta vendo? –

–Hm, tô sim sinhora. –

Ele parou o caminhão.

–Istão intregues, dê um beijo na sua mãe e na rosinha por mim. –

–Pode deixar tio, e a cafeteria é ali. Você segue reto e na segunda você vira á direita, ai você segue até uma padaria de esquina Bom Pão, nela você vira nela e é só seguir em frente até você chegar na cafeteria. – Falei descendo do caminhão.

–Vamos Sasuke. –

–É. –

–Tchau rosinha. –

–Tchau tio. –

Eu e o Sasuke seguimos pra entrada da escola.

–Ele é seu tio? –

–Ele é meu tio-avô. –

–Hm-

Quando entramos na escola vimos a diretora Tsu (para os íntimos) correndo em nossa direção.

–Crianças, vocês estão bem? –

–Estamos. – Respondi por nós dois.

– Onde vocês foram? Quem era o cara do caminhão velho? E porque vocês estão sujos? Vocês tem muito o que explicar. -