Capítulo 6: Problemas à parte. - Parte 1.

Já faz uma semana que entrei para Sweet Amoris. Pensei que faria algumas amizades, teria um romance curto e me formaria sem nenhum problema. Mas esses meus planos foram para o ralo.
No momento, eu estou me escondendo de três garotos: Kouta, Nathaniel e o Castiel. Adoro o clube de jardinagem, tantas flores... ótimas para se esconder.
Eu não sei se posso dizer que já estou participando de um grupo de amigos, mas é como se fosse realmente. Quem sabe... já que sempre os encontro e conversamos e de vez em quando, tenho de fugir. Kim, apesar de ser uma colega de classe, a considero como amiga. Ela não gosta muito de saber que participa de um grupo assim, disse que queria ser o lobo solitário da história... Kentin e Lysandre também fazem parte. Eu fico até um pouco mais aliviada, já que Castiel não fica dando em cima de mim com suas cantadas ridículas e Nathaniel fica correndo atrás do Kentin... pobre Ken... sei como é sofrer nas mãos do Nathaniel. Depois de Kim, Kouta é o mais tranquilo, Kaoru não conversa muito com a gente, já que encontrou seu próprio grupo. Já Armin, bom... eu não sei dizer se ele está ou não...

– Ora, o que está fazendo aqui?

– Oh! Você é a Garota-Coelho!

– Garota-Coelho? - Ela me olha torto. - Me desculpe, mas eu me chamo Íris e você é a... ? - Pergunta, se agachando ao meu lado.

– Eu sou a Yui...

– Ahá! Te achei!! - Diz Nathaniel vitorioso.

– C-Como?! Este lugar é tão perfeito!

– As orelhas dela. - Aponta o loiro para as enormes orelhas da Garota-Coelho.

Uah! Tinha me esquecido de que eles são fáceis para denunciar o local do esconderijo, droga... eu preciso encontrar um novo lugar e não deixar que ninguém descubra.

– É, eles são realmente grandes... - Digo um pouco irritada.

– D-Desculpe, mas eu não sabia de nada. - Justifica-se a garota.

– Sem problemas, eu não poderia ficar aqui para sempre de qualquer modo. - Digo, limpando a sujeira da calça. - Bom, daqui a pouco o intervalo termina, então... nos vemos por aí Garota-Coelho. - Digo acenando de longe.

– É ÍRIS! - Grita com muita raiva.

Enquanto voltava com Nathaniel para a sala, uma alma furiosa apareceu na nossa frente.

– NATHANIEL!

– Ambre! Minha irmãzinha!

ELE TEM UMA IRMÃ?! Coitada...

– Sem essa de irmãzinha, olhe o que você fez com a minha orelha! Estou parecendo uma elfa! - Diz a garota vermelha de raiva, mostrando sua orelhas pontiagudas.

– Huhuhu... - Tento controlar as risadas, mas elas saem abafadas e a garota me manda um olhar de como estivesse para me fuzilar.

– E você, não tem o que fazer da vida?

– Pelo menos não sou eu que está com orelhas de elfo.

– Olha aqui sua v...

– Ei, nada de usar palavras sujas, ou quer que eu tire a metade da sua língua? Lembre-se que fui eu que a coloquei no lugar, posso retira-la assim que provocar a Yui novamente. - Fala Nathaniel muito irritado.
Uou, ele realmente pode fazer isso?

– É, mas foi você que a cortou! Seu imbecil, lembre-se disso. Quando voltarmos para casa, quero que arrume minhas orelhas ou conto para a mamãe e para o papai o que fez. - Fala a garota, retirando-se.

Eu olho de soslaio para Nathaniel... me pergunto o que se passa pela sua cabeça...

– Me desculpe pela minha irmã. Ela pode te ameaçar, mas nunca faz nada. Sabe que posso transforma-la em qualquer coisa horrenda, como fiz com ela quando completamos dez anos. Eu fiz Ambre virar um ratazana... quer dizer, quase...

Uah... que relação de irmãos é essa? Parece ser bem perigoso.

– Ah, tudo bem. Pessoas repugnantes como ela, evito ao máximo. Não te deixa com raiva se eu disser isso dela, né?

– Não se preocupe, nossa relação é muito inferior comparada à sua e de seus irmãos. Nós mal conversamos e geralmente, Ambre está ocupada fingindo ser uma boa filha para meus pais, apesar de que não recebe tantos créditos como eu. - Diz ele com um enorme sorriso. - A propósito, a história da língua, é mentira. Ela mesma a cortou em um acidente. Minha irmã sempre esconde a verdade, para mostrar que ela é perfeita, no entanto, é muito fácil perceber quando é mentira.

– Deve ser difícil ter uma irmã assim...

– Hahaha, nem tanto... você acaba se acostumando.

Acho que eu nunca me acostumaria convivendo com uma pessoa dessas...

– Enfim, vamos entrar? - Pergunta o mesmo.

Isso é muito surpreendente, pela primeira vez eu tive uma conversa normal com ele. Sem precisar me proteger ou sair correndo.

Então, foi quando houve uma explosão vindo da sala atrás de nós.

– Lysandre e Armin... - Comenta Nathaniel.

– Eh?

Foi então, que os dois saíram da sala com a cara preta e algumas partes faltando - Armin -. O que esses dois fizeram?!

– Meu Deus, o que houve?!

– Nós fizemos uma bomba fedida, mas o Armin acabou tropeçando e sua perna sai do lugar... então, acabou explodindo.

– Urgh!! Isso é nojento, aaaah... meu nariz está ardendo! Caralho! Meu Deus, eu irei passar mal... e-eu já venho. - Digo, indo diretamente para o banheiro.
Depois de vomitar um pouco, levanto-me e lavo o rosto, Logo em seguida, tomo água e com o nariz tampado, volto para a minha sala. No entanto, sou impedida. Uma faixa amarela mostrava 'perigo'. - Aaaah, como irei voltar para casa?!

– Não volta. - Diz a faixa.

– Cala boca, vocês são irritantes. - Resmungo.

– Volta pro banheiro, vai, volta.

– ENGOLE O MEU PÉ, SUA DESGRAÇA! - Digo, esmagando-a e depois rasgando. - Por isso odeio essas faixas de aviso, sempre tão repugnantes.

Dou meia volta. Vou para a sala de artes, vazia. Sala de música, o mesmo... então vou para o telhado.

– Ah, você também ficou aqui dentro, é?

– Kentin! Não sabe como estou feliz em vê-lo...

– Hahaha, vamos ficar aqui até liberar o corredor. Sabe quem causou aquela bagunça? Eu realmente fiquei com raiva, agora tenho vontade de esganar quem fez isso. - Diz Kentin furioso.

– Foram o Lysandre e o Armin, mas boa parte foi culpa do Armin... ou do Nathaniel? Enfim, não faça nada. É até bom perder aula de vez em quando.

Dou um longo suspiro... esse dia vai ser longo.