Capítulo 14: Novidades!

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Um diase passou desde aquele churrasco disfarçado de piquenique aconteceu, ou seja, estou no segundo dia e... sabe, mesmo que eu ache aquela cupido metida à besta que por sinal é namorada do meu irmão uma completa idiota, palavras de um cupido nunca mentem. E por mais que eu queira ficar em casa e evitar o encontro com a pessoa que me foi destinada pelo resto da vida... eu sou obrigada à sair. Fazer o quê, tenho aula.

– Muito bem Yui, evite-o de qualquer maneira.

Murmuro em um tom desanimado.

Saio do quarto pronta para sair. Kouta havia saído mais cedo, pois o garoto tem de se encontrar com o novo clube que resolveu entrar. Um clube que se chama... "Viciados por suas namoradas". Basicamente o clube fala sobre vídeos games de simulação, onde são garotas em estilo 2D e cada uma tem uma personalidade diferente e conforme você vai jogando, acaba ficando com uma delas no fim... e bom, meu irmão Kouta joga isso o tempo todo, até disse que uma tal de Shino é sua namorada, no começo todos ficaram perplexos... até ele mostrar no seu PSP a personagem do vídeo game. Enfim...

Coloco os sapatos e saio. Agora, só tentar relaxar.

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Por que estou indo sozinha ao invés de ir com o Kaoru? Bom, a turma dele foi numa viajem no dia anterior... então, ele só irá voltar hoje à tarde.

Paro na frente do portão da escola e respiro fundo... repito novamente para mim mesma: Evite-o de qualquer maneira!

– Bom-dia pequena Yui, como está?

– Bom-dia Lys, hum... um pouco inquieta, mas tirando isso estou bem. E você?

Lysandre começa a andar do meu lado, resolvemos não ir para sala, pois há ainda muito tempo até lá. Ficamos no pátio da escola.

– Eu também estou bem e... por que inquieta? Aconteceu alguma coisa?

– Não aconteceu, vai acontecer... e esse é meu medo. Pedi para um amigo ver meu futuro amoroso, acabou que no fim ficaria com uma pessoa que jamais consigo imaginar estar ao lado... logo depois, me aparece uma cupido me dizendo que tudo está prestes acontecer em dois dias e olha só! Hoje é o segundo dia!!

Fiquei tão eufórica que não conseguia parar de tremer.

– Mas... qual é o problema de acabar se apaixonando por esta pessoa?

Lys me pareceu confuso... bom, qualquer um ficaria.

– Essa pessoa é irritante, impertinente, intrometida e me deixa puta da vida. Sinceramente, eu quero gostar de um cara que seja atencioso e que realmente se preocupe comigo, não que me use para experiências fúteis!

O albino pareceu pensar.

– Essa pessoa seria... Nathaniel?

– SIM!! Oh, não sabe o meu grande desespero... eu já fui apalpada e de certa forma, ele queria fazer algo na minha casa enquanto eu dormia, sabe-se lá o que! – Exclamo Imagina só ser namorada dele?

Lysandre segura minha mão e diz:

– Hey, se acalme... você só o conheceu não faz muito tempo, e se estiver enganada sobre isso? E se Nathaniel se mostrar um homem atencioso e protetor? Você ainda assim se manteria nesta opinião?

– Eu... bem... e-eu não sei...

– Pense sobre isso e enquanto isso, tente conhece-lo melhor.

Dou um longo suspiro. Realmente, sou uma estúpida por pensar desta maneira, entretanto Nathaniel nunca me pareceu se esforçar para me dar uma boa impressão.

Foi então, que uma garota de cabelos brancos apareceu. Ela é incrivelmente fofa e adorável, seus olhos de cor púrpura transmitem uma sensação de compaixão, tão pequena e frágil, me parece que se alguém se esbarrar acidentalmente nela pode acabar machucando-a.

– Com licença... por acaso, vocês conhecem o filho de Frank, Nathaniel?

– Sim... – Respondo um pouco surpresa por alguém estar a procura dele – Ele te fez alguma coisa? Ele abusou de você?! – Pergunto, segurando firmemente em seus ombros.

– Não, apenas quero conversar com ele. – E ela manteve a mesma expressão séria.

– Desculpe senhorita... ?

– Luma.

– Desculpe senhorita Luma, mas é só permitida a entrada de alunos nesta escola, a não ser que estejamos em um festival ou algo que permite pessoas de fora, todavia este não é o caso. – Lysandre, por mais gentil que soassem suas palavras... ele ainda gosta de seguir a risca às regras da escola.

– Ah, desculpe-me por isso. Na verdade, eu sou uma nova aluna que foi transferida hoje. E como tenho um relacionamento próximo de Nathaniel, eu gostaria de vê-lo.

Relacionamento próximo... cara, ele tem uma namorada!! ISSO!! Caramba!! Nunca me senti tão aliviada na minha vida! Quer dizer então que Nathaniel não é meu futuro namorado!

– Ora Lysandre, não seja tão sério sobre as regras... ela é apenas uma garota que é próxima do Nathaniel. Vamos, temos de ajuda-la à encontrar ele!! – Digo, dando ênfase na palavra.

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Andamos por praticamente toda a escola e nada do Nathaniel. A garota chamada Luma, parecia perder as esperanças. Ela parece gostar muito dele. Foi então, que o sinal tocou.

– Droga. – Murmuro num pigarro – Desculpe Luma, não os encontramos... por acaso sabe em que turma está? Pois, podemos te encontrar caso nós o encontrarmos.

– Estou no 1-A.

Uau! Ela é um ano mais nova...

– Ok! Obrigada, nos vemos mais tarde.

Nos despedimos e cada uma vai para sua turma.

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As aulas haviam começado e nada do Nathaniel... puxa vida, como ficará a Luma se souber que ele não veio? O sinal para a terceira aula tocou e após o professor sair, ouço ou forte estrondo.

– Nathaniel!!

Berro, contente em vê-lo. Corro em sua direção.

– Yui? Você parece feliz em me ver...

– Bom, sim, estou sim... sabe, é que uma garota chamada Luma foi transferida para cá e ela disse que conhece você, disse que são próximos. – E mais uma vez dou uma ênfase na palavra.

– Ah sim, somos amigos de infância... ela também conhece o Castiel, mas os dois se odeiam por algum motivo que desconheço. Eu disse á ela que me atrasaria hoje... aquela idiota, realmente não me dá ouvidos. – Ele pareceu chateado.

– Bom, eu disse a ela que caso encontrasse você, iríamos vê-la. Por sorte você chegou antes do intervalo.

Assim que termino de falar o professor chega na sala. Volto ao meu lugar apressadamente.

– Muito bem alunos, a aula será livre hoje. É final do bimestre e como já finalizamos provas e trabalhos, não há muito o que se fazer... e como todos foram bem na minha matéria, resolvi deixar minha aula livre.

E todos ficaram muitos animados com a notícia. Fiquei conversando com a Kim, depois de um tempinho, meu irmão me veio perguntar sobre minha alegria ao ver o Nathaniel...

– Não é nada do que te interesse.

– Claro que me interessa, sou seu irmão!

Estávamos prestes a discutir, mas fui puxada por um certo loiro. Meu irmão ficou para trás resmungando. Nathaniel me puxou até o final do corredor... eu certamente estranhei.

– Ei, o que foi?

– Sobre aquela vez na sua casa... me desculpe, quer dizer, minha irmã distorceu toda a história. – Ele me pareceu sem graça, ficou passando várias e várias vezes a mão na nuca e não olhava em meus olhos – Minha intenção não era de examina-la ou algo do gênero... estou me esforçando ao máximo para deixar essa mania horrível de lado, meus pais implicam comigo por causa disso. Bom, voltando ao objetivo desta conversa... eu peço desculpas. Eu meio que estava tendo mais uma das típicas vontades de fazer experimentos, então eu queria conhecer algum lugar novo em que eu pudesse me sentir tranquilo e quando me propuseram para ir visita-la quando estava doente, sabia que seria um ótimo lugar para me distrair, pensar em te ajudar a curar da gripe...

– Pare, está bem... já entendi, não estou mais brava com você.

– Jura?! Que maravilha!! Não sabe como me torturei por isso!!

Ele me abraça forte, quase me deixando sem ar.

Foi então, que alguns breves segundos... meu coração palpitou e senti minha cauda se eriçar. Coraçãozinho, seu único trabalho aqui, é bombear sangue!

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O intervalo foi tranquilo. Luma ficou conversando com o Nathaniel, parece que os dois não se viam a mais ou menos três anos. Castiel estava emburrado, ele realmente não gosta da presença desta menina... ou é o que parece. Kim e Kentin ficavam brincando de guerra de braço e era difícil saber quem ganharia, pois os dois se mantiveram firmes do começo ao fim. Lysandre ficou sentando ao meu lado sem falar nenhuma palavra... eu também não falei nada, apenas... fiquei lanchando.

Na hora da saída, Nathaniel me chamou.

– O que foi?

– Quer sair comigo e a Luma?

– E por que não?

E uma súbita onda de mal pressentimento me invadiu todo o corpo. Meu Deus... o que me falta acontecer? Saí da sala acompanhada do Nathaniel, falei para meu irmão que sairia com dois amigos e não iria demorar muito. Kaoru me olhou torto, mas no fim concordou. Ao sair, Luma estava nos esperando do lado de fora... ela ficou surpresa ao me ver, certamente esperava que só fossem os dois.

Caminhamos até uma sorveteria, do caminho da escola até aqui, apenas Nathaniel falou. Ele parecia tentar animar o clima tenso que havia se formado.

– Vão querer do que?

Pergunta o mesmo.

– Flocos!!

Responde rapidamente a mais nova.

– Eu vou querer de... laranja.

Ok! Ele se virou para o sorveteiro e fez os pedidos: Dois de flocos e um de laranja.

Enquanto esperávamos os sorvetes... alguém menos desejado neste momento apareceu. Jack.

– YUUUI!! Minha adorável Yui!!

– Jack!! O que faz aqui?

– Estava com uns amigos numa cafeteria aqui perto e quando voltamos, eu a vi. Então vim conversar com você e... – Ele viu Nathaniel e fez uma cara feia – Hey, esse e não é o cara que você odeia? Você disse para mim que nunca sairia com um patife como ele!

– O que disse?

Nathaniel ficou alterado.

– É isso mesmo que você ouviu. Não sabe como é chato ter ficar ouvindo a garota que gosta só reclamar de você pelo telefone... que você é um babaca, pervertido e etc... eu já não tinha ido com a sua cara logo que o vi na casa da minha Yui, logo depois você tenta usa-la em algum experimento seu?

Nathaniel me olhou atordoado.

– N-Nathaniel... e-eu, deixe-me explicar...

– Vamos embora Luma, parece que este passeio só serve para dois.

– Ambos pegaram seu sorvete e se retiraram. Logo em seguida, olhei para Jack irritada. Queria lhe acertar um soco, mas estava perdida em outro pensamento...

– Jack, seu imbecil! IDIOTA! SUMA DA MINHA FRENTE!! – Grito e lhe acerto um tapa no rosto.

– Hey moça, seu sorvete.

Pego o sorvete rapidamente e vou embora. Tento esfriar a cabeça tomando o sorvete, porém o gosto estava amargo... acho que minhas lágrimas acabaram de estraga-lo.