Capítulo 11: Jack e Nathaniel, dois idiotas.

Eu não sei como alguém pode ser tão burro, ao ponto de esquecer de trazer consigo seus pertences, já que está "saindo" de casa, você tem que fazer isso, né? Pois, nunca se sabe o tempo que irá ficar fora...

– Urgh, sorte que as roupas dos meus irmãos lhe servem... sério, como você pode ser tão inteligente pra algumas coisas e tapado para outras? Por acaso, você bateu a cabeça quando nasceu? – Digo em um pigarro, colocando um forro no sofá-cama.

– Eu não fui gerado como você e seus irmãos, fui criado... – Diz ele comendo salgadinho. – Caraca, isso aqui é uma delícia!! – Exclama o mesmo.

– O que?! Você nunca comeu salgadinho?!! – Pergunto estupefata.

– Ah, se eu disse que não, você vai me bater? – Nathaniel já estava se protegendo com o pacote de salgadinho.

– Claro que não, né! Enfim... mudando de assunto, você irá dormir aqui. – Aponto para o sofá-cama. Não demorou muito para que o loiro estivesse deitado como se já morasse ali à tempos.

Ouço a campainha tocar.

Quem será nessas horas?

Mal deu tempo de abrir a porta, e só vejo uma figura branca e preta pular em cima de mim.

– YUUUIII!! – Um certo vampiro, começa a me abraçar fortemente. – Estava com tantas saudades!!

– J-Jack... vo-você está me matando...

O garoto me abraçava tão forte, que eu estava quase perdendo o ar.

– Ah, desculpe, desculpe... – ele se levanta e me ajuda a levantar logo em seguida.

Jack Mückeers, irmão mais novo de Iohan.
Viajou para Berlim, pois teve que voltar para terminar seu curso de fotografia.

– Quem é esse Yui? – Pergunta Nathaniel, quase fuzilando Jack com seu olhar... devo dizer que, Jack está fazendo o mesmo ao olhar para Nath.

– Esse é meu amigo de infância, Jack Mückeers. – Apresento-o, mas vejo que esses dois não irão se dar nenhum pouco bem. – E-Então, o que veio fazer aqui, Jack?

– Obviamente eu vim ter ver! Falei com a Steph, enquanto vinha para cá e soube que está doente, está tudo bem? – Pergunta o vampiro, quase pulando em cima de mim, com esse olhar de preocupado.

– Já estou melhorando, enfim... já terminou seu curso?

– Sim, sim! Foi um pouco difícil, já que eu era paparicado à cada cinco minutos pelas garotas... – Ele fazia algumas poses. – Está com ciúmes?

Como se não bastasse eu ter que abrigar um idiota... me aparece outro?!

– Eu? Ciúmes de você? Nem daqui mil anos... – resmungo, abrindo a porta novamente, para que ele vá embora. – Bom, depois nos falamos melhor... preciso dormir, pois tenho aula amanhã cedo.

– Ok, mas antes... – Jack aproximou-se de Nathaniel e disse. – Não irei perder para você.

– Muito menos eu.

Que diabos foi isso? Uma declaração de guerra na minha casa?!

Os dois trocam aperto de mão e Jack vai embora.

– Posso saber o que significa isso? – Pergunto incrédula.

– Não, ainda é cedo pra saber. – Ele dá de ombros e diz: – E você deveria começar a usar pijamas menos chamativos, seus peitos ficam muito amostra.

– O-O-OQUE!? VOCÊ FICOU OLHANDO-OS?! SEU PERVERTIDO! – E le dou um ponta pé na cabeça. – BOA NOITE! – E bato a porta do quarto com todas as minhas forças.

Urgh! Ele realmente me deixa nos nervos! Vontade de pegar ele, esmaga-lo e joga-lo dentro de uma sesta de basquete. Depois fazer picadinhos do mesmo!

– Ei... eu estou se uma coberta e traves–

Nathaniel, havia aparecido para pedir as coisas que esqueci. Pego rapidamente e jogo na sua cara, antes que ele pudesse terminar a frase.

[...]

No dia seguinte, acordei muito disposta. Minha gripe passou e agora me sinto mais revigorada.

Levanto da cama e vou para cozinha, cantarolando. Abro a geladeira, pego o cereal de aveia e leite. Abro as gavetas e pego uma tigela e uma colher. Logo estava comendo alegremente... mas tudo dura pouco. REALMENTE MUITO POUCO!

– Bom-dia... – o demônio aparece na minha frente. – Parece que acordou de bom humor...

Esqueci totalmente que esse ser estava aqui.

– Eu estava de bom humor... – murmuro. – Pode pegar o que quiser pra comer, menos o iogurte de maracujá, pois o Yoshiro não fica de bom humor se não comer... não queira conhecer ele quando está com raiva. Ele te faria em picadinhos. – Digo.

Então, vejo o loiro comendo o iogurte.

– AAAAAAH! SEU IDIOTA! CARALHO! E AGORA?! – Começo a me descabelar, berrar e a xingar o Nathaniel. – DESGRAÇADO! EU TE DISSE PRA NÃO COMER!

– Mas você disse que eu podia comer o que eu quiser... – Nathaniel estava lambuzado com o iogurte.

– Você ouve tudo pela metade, né? Mas que bosta viu... distraia meu irmão, enquanto eu corro para o mercado para comprar um novo. Agora repita o que eu disse.

– Para eu distrair seu irmão, enquanto você corre no mercado para comprar um.

– Bom garoto!

E começo a correr.
Chegando no mercado, me deparo com o outro idiota.

– Aah, que visão deslumbrante... - diz Jack quase me agarrando. No entanto, fui mais rápida, peguei a droga do iogurte e passei pelo caixa.

Voltando para casa, quase morrendo... – mal me recupero da gripe, já tenho que me matar pra fazer as coisas – Coloco o iogurte na geladeira e pergunto:

– Então, ele já acordou?

– Sim, eu dei o resto do iogurte que sobrou e ele foi embora. – Responde Nathaniel, com cara de que não precisou se esforçar.

– Q-Quer dizer que... EU FIZ ISSO TUDO PRA MERDA NENHUMA?! – Grito.

– Exatamente.

Nathaniel sorri e eu só pulo no seu pescoço.

– Yui! Não pode matar as pessoas na nossa casa. – Repreende minha mãe. – Se for fazer isso, faça lá fora.

– Pode deixar, irei enterra-lo também. – Digo, puxando-o para fora.

– S-Socorro...

[...]

Infelizmente... eu não pude assassiná-lo. Pois, fui impedida por Kim e a Garota-Coelho.

– Mais um pouco e eu o desmembrava... – Resmungo.

– Bom, na verdade, eu gostei... tive a chance de pegar nos seus maravilhosos peitos! – Comemora ele.

Lhe acerto um chute nos países baixos.

– Então Garota-Coelho, você sempre vai para a escola com a Kim? – Pergunto, deixando o maldito gemendo de dor para trás.

– Eu já disse! É ÍRIS! – Esbraveja a garota. – E sim, eu sempre vou.

– Eu tenho uma pergunta pra você Yui... – Kim me segura meus ombros e me olha diretamente nos meus olhos. – O que o Nathaniel estava fazendo na sua casa? E-Espera, não responda... quer dizer que vocês dois... MEU DEUS! VOCÊS... VOCÊS T-TRAN–

– CALA BOCA, SUA RETARDADA! CLARO QUE NÃO! – Grito novamente...

Mas que cacete, tiraram o dia pra me irritar.

– Quem iria ficar com um idiota, feito ele? Ninguém merece... – Resmungo, voltando a caminhar.

De repente... ouvimos alguém gritar. Um sombra feminina surge atrás de arbusto – porquê isso é muito normal – e usando roupas esportivas diz:

– Sem idiotas o mundo seria sem-graça. – E a figura vai embora.

– Mas que porra... foi essa? - Pergunta Íris boquiaberta.

– É a Violette. – Diz Kim, nenhum pouco surpresa. – Quando ela está por perto e diz algo ruim sobre idiotas, ela surge do nada e diz coisas sem sentindo...

Eu... desisto de viver.

Então, Nathaniel segura minha canela... ainda gemendo de dor e diz:

– Por favor, faça isso novamente... t-terei a chance de ver sua calcinha de novo.

Não existe salvação pra esse cara.
Então, ouço Kim e Íris comentar em uníssono:

– S e M.

– NÃO SOU SÁDICA! E SÓ ELE QUE Ó MASOQUISTA!

– Ei, se for pra ver sua calcinha ou apertar seus peitos, eu aceito ser o masoquista.

– Cala boca! - E o chuto para longe.

– CALCINHAAA!!