Tate foi caminhando lentamente e assobiando pelo caminho. Quando chegou no lugar desejado arrumou o cabelo e passou a mão na roupa agora com um sorriso maníaco em seu rosto. Antes de tocar a campanhinha pegou ao lado da porta um machado que havia escondido horas antes e o colocou atrás de si. Tocou a campanhinha e Miles atendeu com uma cara de sono.

– O que você esta fazendo aqui? –perguntou sonolento. Não deu tempo de se defender, pois Tate acertou sua cabeça com o cabo do machado fazendo-o cair no chão meio desorientado.

– O que estou fazendo aqui? Resolvendo coisas. –disse rindo de um jeito assustador. Miles tentou se levantar mas Tate o chutou fazendo ele cair no chão novamente. Quando ia acertar o machado em Miles, ele desviou rapidamente e tentou fugir, mas novamente Tate foi mais rápido e deu um soco em seu rosto.

– Porque você esta fazendo isso? –perguntou com o rosto sangrando.

– Nada disso estaria acontecendo se você não tivesse se aproximado da Violet. –disse bem perto do rosto de Miles.

– Você é louco! –disse se arrastando pelo carpet da sala. Tate sorriu e acertou a perna de Miles que gritou de dor enquanto sua perna era decepada. Mesmo com o machucado continuo se arrastando e deixando uma marca de sangue.

– Sim, eu sou! –disse e acertou as costas de Miles. Continuou dando inúmeros golpes nas costas do garoto até que ele caiu morto e uma poça enorme de sangue o rodeando.

Tate limpou o sangue que tinha respingado em seu rosto, depois limpou as digitais do machado, olhou para Miles e deu um sorriso de lado.

– Trabalho bem feito. –disse e saiu sorrindo abertamente.

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Violet acordou na manha seguinte se sentindo bem como nunca se sentiu antes. Procurou Tate com os olhos, mas não o achou. Começou a pensar que Tate queria apenas transar com ela, para depois abandoná-la. Se vestiu com um pouco de dificuldade devido ao pequeno espaço, e saiu da barraca. Estava tentando achar a trilha certa para voltar para a casa quando sentiu uma mão lhe agarrar pelo pulso.

– Estava fugindo de mim é? –perguntou Tate com um sorrisinho para logo depois depositar um leve beijo nos lábios de Violet.

– Achei que você tinha fugido.- enfatizou o ‘’você’’.

– Nunca, não depois daquela noite. –disse com um sorriso malicioso.

Violet ficou vermelha e Tate a abraçou.

– Trouxe isso para você. –disse lhe mostrando uma rosa negra. – Sei que o diferente te atrai.

– Ela é linda Tate, obrigada. –disse pegando a rosa admirada.

– Vamos para a casa, seus pais devem estar preocupados com você.

Violet revirou os olhos, mas foram para casa.

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Quando chegaram na casa de Violet a policia estava em frente a casa.

– Será que eles chamaram a policia? –perguntou rindo e indo onde os pais estavam.

– Srta. Violet?- perguntou um policial olhando para alguma ficha em suas mãos.

– Eu mesma. Porque? Aconteceu alguma coisa? –perguntou começando a ficar preocupada, já que sua mãe e nem mesmo seu pai brigaram ou gritaram com ela.

– Um amigo do colégio onde você estuda morreu, e estamos colhendo informações sobre o garoto para descobrir quem o assassinou. –disse o policial, Tate se aproximou e tentou esconder suas emoções.

– Morto? Quem é? –perguntou horrorizada.

– Miles Jackson. Conhecia ele?

Violet sentiu o mundo ao redor girar e um mal estar a atingiu. Tate passou as mãos em seus ombros e a puxou para si.

– S-sim, nós conversamos hoje. Como ele morreu?

– Atacado por um machado.

– Meu Deus... –começou a chorar e correu em direção a casa, Tate foi atrás mas Ben o impediu.

– Deixa ela em paz. –disse com a mão no peito do garoto.

– Tire suas mãos imundas de mim, ou eu mesmo faço isso. E o senhor não vai gostar. –disse ameaçador. Ben tirou a mão dele devagar e com o cenho franzido.

Antes que o policial começasse a fazer perguntas para ele, foi caminhando até sua casa –que era ao lado da dos Harmon-.

Uma coisa que ninguém sabia, nem mesmo seu psiquiatra, era que quando Tate fazia essas coisas, não conseguia parar mais. O desejo de ver o sangue jorrando da pessoa, o grito desesperado, a angustia nos olhos antes de morrerem. Tudo aquilo lhe proporcionava um prazer imenso que ele não conseguia explicar.

E ele queria fazer novamente, tudo aquilo que fez no passado estava voltando com força e precisava saciar esse desejo.

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No outro dia, Violet se levantou, arrumou-se e foi para o colégio sem tomar café. Era provável que colocaria tudo para fora. Estava em choque. Não era melhor amiga dele e nem conversavam, foi uma vez e Tate ainda tinha aparecido e a arrastado dali.

Tate... ela não estaria envolvido nisso, estaria? Teve que rir com esse pensamento idiota, Tate? Não, ele nunca faria uma coisa dessas e sem motivo algum. Ou ele pode ter feito, pois ficou com ciúmes de vocês dois... pensou mentalmente.

Balançou a cabeça como que para afastar aqueles pensamentos e continuou andando. Quando chegou no colégio andava pelos corredores vendo algumas pessoas chorarem e se abraçarem em frente ao um memorial que fizeram em homenagem ao garoto, que era muito querido por todos. Novamente se sentiu mal e quando ia sair dali esbarrou em Tate, que a segurou antes que fosse de encontro ao chão.

– Opa! Cuidado meu amor. –disse sorrindo e logo depois a beijando.

– Hei Tate... –respondeu desanimada e desviou o olhar para o memorial. Tate seguiu o olhar de Violet e revirou os olhos discretamente.

– Ele... eu ainda não acredito. Quem faria isso com um adolescente? –disse começando a chorar fraquinho. Novamente Tate revirou os olhos e a abraçou passando as mãos nos cabelos macios.

– Shiu... não fica assim. Ele já esta morto, não tem mais volta.

– Eu sei mai mesmo assim, me sinto mal. –disse o abraçando de volta, e enterrando a cabeço no peito de Tate.

– Você nem o conhecia, não tem porque esta chorando por causa dele. –disse meio frio.

– Você não esta nem um pouco mal com isso? –perguntou se soltando dos braços de Tate.

– Ele não era meu amigo. Não vejo o porquê de eu ficar comovido com isso. –disse dando de ombros.

Violet o olhou de um jeito que no fundo, Tate se sentiu mal.

– Foi você? –perguntou baixinho, e se Tate não estivesse perto dela, não teria ouvido.

– O que? Como pode pensar algo assim de mim? –perguntou incrédulo.

– Você não gostou de me ver conversando com ele, as vezes...

– Violet, pare de falar essas coisas e vamos sair daqui, o que acha de irmos novamente para aquela floresta? –perguntou tentando mudar de assunto.

Violet pensou um pouco. Não queria ficar ali vendo as pessoas chorarem, nem ver as fotos de Miles espalhadas por ai, então pegou na mão de Tate e foram para fora dos portões do colégio.

Porém aquele pensamento de que talvez Tate pudesse ter matado Miles não saia de sua cabeça.