“_Ficamos com a casa! –disse com um sorriso irônico”

Depois disso meus pais me olharam tipo “como assim?” penas deu de ombros.

__Bom, já que a Violet gostou, nós ficamos com a casa! –disse meu pai animado. Ele tava apaixonado por essa casa.

A corretora abriu um sorriso que mal cabia no rosto.

__Bom, fico feliz de ter feito negócios com vocês. Agora se me deem licença.

Não fiquei ali, fui direto para meu novo quarto. Era simples, bonito e aconchegante. Gostei. Assim que vi a cama corri e me joguei nela. como era bom sentir a textura do acolchoado, o cochão macio... acho que não percebi, mais cai no sono rapidamente.

__Violet... Violet acorda meu amor... –falava uma voz distante

__Que...? –resmunguei

__Filha desce pra jantar

__Ah mãe to sem fome... Me...

__Nada disso, vamos logo mocinha.

Depois saiu do meu quarto, mesmo resmungando eu levantei. Não tinha paz nem pra dormir. Desci com a minha melhor cara de enterro que consegui fazer. Me sentei e a empregada, Moura me serviu. Ela veio de “brinde” junto com a casa, olha só que maravilha! Parecia ser uma senhora boa.

__Ansiosa para amanhã querida? –perguntou minha mãe

__Para que exatamente? –perguntei confusa

__Ora para seu 1º dia no colégio novo –disse sorrindo

Ah não! Fala serio, a tortura já ia começar?

__Já? Mais agente acabou de se mudar. –disse tentando arrumar algum petresto.

__Quanto antes melhor, você já perdeu muita aula querida.

Não disse mais nada, ninguém. A única coisa que se era ouvida naquela mesa de jantar era o tilintar dos talheres e a comida descendo por suas gargantas. Assim que terminei subi em direção ao meu quarto. Tomei um banho e troquei de roupa, peguei um livro dentro de uma mochila minha e li até que minha consciência dissesse “Chega! Você tem que dormir!!” e foi isso que fiz, deitei na cama e mergulhei num sono sem absolutamente sonho algum.

No outro dia acordei igual a um zumbi. Estava morrendo de sono, não tinha dormido praticamente nada, mais mesmo assim me levantei, fui no banheiro fiz minha higiene matinal,me arrumei e desci. Encontrei minha mãe e meu pai tomando café. Me sentei e peguei uma xícara com café.

Bom dia. –falei, minha voz saiu fraca e baixa

__Bom dia –responderam juntos.

Depois do café, subi novamente para escovar os dentes. Minha mãe me levaria para o novo colégio.

O carro parou em frente a um colégio grande e simples. Desci lentamente do carro e acenei para minha mãe. Assim que o carro virou a esquina, peguei um cigarro dentro da minha bolsa. O acendi e fui caminhando pelo colégio. Que a tortura comece!