California Girl escrita por Mellie


Capítulo 25
My Life Sucks.


Notas iniciais do capítulo

OEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE :3
Certo, vamos fingir que o cap 24 não aconteceu ainda...voltamos de onde o 23 parou, ok? Nada daquilo aconteceu.

obs.: Oução 'Heart made up on you', beleza?



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"Look what you did, what you did
What you're doing to me
You got me searching for the words, like a silent movie"

“Pra onde vamos?” eu perguntei.

“Ter uma aventura” ele me respondeu dando se ombros.

Corríamos pelas ruas de mãos dadas, nos esquivando dos estranhos e rindo por nada, com o vento batendo nos meus cabelos e uma sensação de liberdade falsa nas veias.

O toque dele na minha mão enviava pequenos choques e me deixava com ‘borboletas no estômago’. O que não era nada bom, porque, como eu já tinha aprendido a algum tempo atrás, elas são só uma forma do seu corpo demonstrar o quão realmente fodido na vida você está (n/a: experiência própria)...

–Chegamos.

Nós estávamos num bosque, não era como em nenhum parque que eu já tivesse ido, era mais...verde, vivo, maravilhoso.

–Que lugar é esse? –perguntei.

–É onde eu venho quando preciso pensar.

–Você pensa? –perguntei fingindo estar impressionada.

–Haha- ele riu sem humor (?)- Mas é pra cá que eu venho quando estou com a cabeça cheia e ninguém me deixa em paz...

–Então aqui é tipo seu “lugar secreto”?

–Bom, era. Até eu trazer você aqui.

–Ah! -bufei irritada- Eu acabei com toda a magia daqui!

–Ele fica mais mágico ainda com você aqui- ele disse me olhando nos olhos e me fazendo corar.

–Shhh- mandei envergonhada.

Continuamos andando até pararmos perto de um riacho.

–O que estamos fazendo aqui? –perguntei curiosa.

–Eu gosto daqui...achei que também fosse gostar.

–Eu gosto.

Nós estávamos um do lado do outro, nossas mãos se tocavam, mas não seria eu a única a junta-las, por mais que eu quisesse que isso acontecesse. Comecei a pensar em como a cena era estranha; Eu e Thomas, eu deveria parecer uma criança ao seu lado, vestindo roupas largas e ele lá todo...alto e essas baboseiras todas...ERA TÃO CLICHÊ! Eu ainda não aceitava o fato de eu viver em um, mas era preciso, ‘esse clichê’ seria a minha vida. Uma vida estranha, mas ainda uma vida. Saí do meu torpor quando senti que Thomas estava juntando nossas mãos...ele parecia envergonhado e cauteloso. Aos poucos me acostumei com a ideia de estarmos tão próximos e eu não conseguir dizer nada...isso já tinha acontecido antes (não desse jeito, muito mais rápido, primeiro amor, sabe como é) e não havia acabado nada bem...eu sabia que poderia confiar em Thomas e ele sabia que podia confiar em mim, mas eu estava insegura. Não é como se do dia pra noite eu me apaixonasse e vice versa. Eu nem o conhecia direito.

E isso me deu uma ideia. Uma ótima ideia.

–Ei- chamei sua atenção, ele desviou os olhos do céu e me olhou- Vamos jogar um jogo?

–Hum...pode ser...qual?

–10 perguntas! – (n/a: na verdade são 20, mas eu não sou tão criativa) era uma coisa que nossa professora de artes fazia conosco todo ano, nos juntávamos e dupla e perguntávamos coisas ao nosso parceiro- Você pode me perguntar qualquer coisa, e eu tenho que responder, ok?

–Certo, vamos sentar- ele me puxou pra uma mesa de piquenique próxima ao riacho, nos sentamos um na frente do outro.

–Eu começo- se apressou a dizer- Qual sua cor preferida?

–Que pergunta mais tosca! –acusei rindo.

–Responde logo!

–Cinza.

–Que cor mais tosca! –me imitou.

–Cala a boca Thomas-mandei- Certo. Minha vez...como você descobriu esse lugar?

–Eu e meu pai costumávamos a fazer trilhas quando eu era menor, em uma dessas vezes achamos o rio, continuamos andando e decidimos que esse seria nosso lugar- ele nunca tinha me falado do pai dele, deveria me preocupar? –Quer se formar em que?

–História.

–Legal...

–Hum, deixa ver...onde seu pai está? –eu sei que era uma pergunta pessoal, mas a curiosidade falou mais alto.

–Não sei...não o vejo a algum tempo.

–Oh...

–Você já amou alguém? Ele perguntou sem nem me dar tempo de entender a resposta que ele tinha dado.

–Eu...eu acho que...-eu não queria responder aquela pergunta. Era delicado demais pra mim tocar nesse assunto- Está tarde, deveríamos ir embora- tentei desviar do assunto.

–Ainda são...- ele olhou no celular- Oito e meia, temos tempo. Vai!

–Tudo bem-suspirei- Teve uma vez. Eu estava no primeiro ano. Ele no terceiro. Eu sempre tive uma quedinha por ele, mas nunca nem cogitei a ideia de ele sentir o mesmo...então um dia ele simplesmente me chamou pra sair, eu aceitei, claro, e foi perfeito. Tudo. Ele fez eu me apaixonar e também me fez pensar que ele também estava apaixonado. Eu acreditei, todos acreditaram...logo nós começamos a namorar, ele era um fofo, tinha olhos castanhos penetrantes e um sorriso que me deixava louca. Ficamos juntos por seis meses. Até que alguém descobriu que ele estava me traindo e espalhou pra todo mundo. Eu fui humilhada de muitas formas aqueles dias...nós terminamos e ele se formou, eu me tornei a estranha e no outro ano Becca entrou na escola. Ela era a única que falava comigo...mas isso é passado. Não importa mais.

–Qual era o nome dele? –ele parecia irritado. Como se estivesse com raiva dele mesmo sem ter nem o conhecido.

–Agora é minha vez de perguntar! E você? Já amou alguém de verdade?

–Não. É minha vez de novo. Qual era o nome dele?

–Daniel Albert. Satisfeito?

–Ok...

–Hum...com quantos anos foi seu primeiro beijo?

–13. E o seu?

–15...com o Daniel...

–Sério? Que merda.

–Pois é...a minha vida é uma droga...

–Claro que não! Se eu estou na sua vida, ele pode ser tudo, menos uma droga.

–Seu ego consegue ser maior do que a do Jace, sabia?

–Posso fingir que conheço?

–Não faz mais do que a obrigação- depois de dizer isso bocejei. Eu normalmente ia dormir cedo, ficar acordada até tarde não era muito comum, só quando estritamente necessário (ou pra assistir Bob Esponja) -Acho que podemos ir pra casa agora, não é?

–Claro. Vamos- nos levantamos e andamos de volta até onde o carro estava. Longa noite.


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Notas finais do capítulo

Muitas emoções no próximo capítulo...me aguardem...
BJOKINHAS :3
MEL