Quando eu cheguei em casa, a cena de meses atrás se repetia e meu coração disparou. Rose estava no sofá, tinha ambas as mãos sobre o ventre dilatado e seus olhos estavam aguados. Só relaxei ao constatar que não havia o menor vestígio de sangue... Isso era bom, certo?
Imediatamente fiquei ao lado dela, acariciei seu rosto e toquei seu ventre, então, com os olhos aguados ela segurou minha mão pondo sobre seu ventre e meus olhos aguaram,nosso bebê estava mexendo. Dessa vez era de verdade, sua barriga ondulava, não como outra vez em que era apenas uma mexidinha, pelo contrário, o bebê parecia esticar-se todo dentro do ventre de Rosalie e isso a emocionara profundamente.
Estava tudo maravilhosamente bem com os dois.
Naquela noite nós voltamos a fazer amos, assim, sem medos nem restrições e tudo voltava a ficar bem.
- Eu amo você – ela sussurrou segurando meu rosto, pondo uma mão em cada bochecha, e eu sorri beijando a ponta de seu nariz.
- E eu amo você.
Agora sim tudo estava bem.
Durante a noite nós permanecemos abraçados, e minhas mãos não saíram de sua barriga, sentindo, volta e meia, uma leve ondulação, e aquilo, aquela suave sensação me causava uma paz que eu sequer sabia da existência.
Nós estávamos vivendo o nosso conto de fadas, mas do que nunca...
Mas enquanto Rose ressonava tranquila, com uma pousada sobre a minha, eu não podia deixar de pensar, não que em algum momento eu sequer cogitasse dar razão a meu pai, mas, pensando bem, eu seria capaz de fazer isso, desde que ele nos deixasse em paz.
Porque eu seria capaz de qualquer coisa para garantir que nós teríamos paz e, Rose podia estar esperando um menino, e eu não queria meu pai por perto para tentar, mesmo que fosse só para tentar, interferir na educação que eu daria ao meu filho. Não! Eu não queria que meu pai plantasse as ideias absurdas que não funcionaram comigo.
A questão é, até onde eu seria capaz de ir por isso? Não que me faltasse coragem exatamente, mas Rose iria me matar só de cogitar essa ideia. Eu tinha era de por numa balança... Nossa paz x Guerra.
Valeria á pena correr o risco?