Amanheci e rapidamente pude ver que não estava em meu quarto. Eu estava em uma sala desconhecida.

A sala era gigante, toda vermelha. Não tinha nada. Nem uma janela, nem ventiladores, mesas, tapete, nem sequer uma porta. Só um pequeno ponto preto brilhante no chão, um pouco distante de mim.

Resolvi caminhar até lá para descobrir o que era.

Chegando mais perto, aquele pequeno ponto foi ganhando forma.

Era uma espada.

Peguei.

Segurei com força e verifiquei que estava muito bem afiada. Eu sabia exatamente o que fazer.

Seguindo reto pelo caminho de onde eu estava indo, avistei uma porta. Calmamente fui até ela. Uma porta preta sem maçaneta escrita "levante".

Quando cheguei nela, fiz o que a placa dizia. Levantei e entrei.

Apareci dentro do elevador. O andar marcado era a sala principal da nossa casa. Fiquei completamente parado até que o elevador chegasse.

Ele se abriu e eu sai. Olhei para o chão e vi Tutu comendo um pedaço de queijo.

Inclinei minha cabeça para o lado e pensei. Olhei para a espada. Olhei para o Tutu. Pensei "por que não?". Olhei para a espada. Rapidamente enfiei a espada em sua barriga, fazendo com que ela ficasse lá, morto na espada. Seu sangue se espalhou e eu o deixei ali mesmo. Continuei minha jornada.

Dhuly estava no sofá da sala dormindo. Caminhei até lá lentamente, totalmente ereto e sem demonstrar emoção. Segurando firme a espada ao meu lado, e com Tutu morto nela.

Lá estava Dhuly. Dormindo como uma criança inocente.

Inclinei a cabeça para o lado e pensei. Olhei para o espada. Olhei para Dhuly. Pensei, "com certeza". Olhei para o chão. Olhei para Dhuly. Caminhei até ela. Segurei a espada com força direcionada em seu peito e enfiei.

– VOCÊ VAI SE ARREPENDER!

Já era tarde. Dhuly estava morta.

O sofá ficou coberto de sangue.

Inclinei a cabeça para o lado e pensei. Olhei para Dhuly. Olhei para o Tutu. Olhei para Dhuly de novo. Segurei firme a espada. Posicionei em meu peito. E enfiei.