Estávamos perto do cerco policial. Eu e Thalia estávamos ao lado do policial que pegava seu megafone.

Eu comecei a orar, nunca fui uma pessoa religiosa, mas se Deus existia, ele poderia livrar Percy disso tudo.

–Você esta cercado... Entregue-se e liberte o menino...

Não ouve resposta, apenas barulhos de dentro da casa. Estávamos no meio de uma estrada. A policia fechara a casa e a estrada, que não era de muito movimento.

Abriram a porta. Supostamente o homem que negociou tudo conosco. Era alto e forte, não do tipo que usa anabolizante, forte mesmo, como se tivesse malhado e nunca mais mudara de peso. Estava com uma calça jeans e blusa social... Que tipo de pessoa sequestra a outra vestida assim. Pingava de suor. Seus cabelos, que estavam grudados na testa, eram castanhos. Mantinha um pequeno sorriso de escárnio no rosto.

Ele mantinha uma das mãos dentro da casa. Ele foi se afastando da porta e em sua mão podíamos ver uma arma.

Ela, obviamente, estava apontada para a cabeça de Percy, que nos só conseguimos visualizar depois de alguns minutos.

Ele estava um pouco machucado, mas, aparentemente, bem.

–Então vocês não sabem guardar segredo... Eu não tenho nada a perder então... Vão pagar com o que merecem. –O sequestrador se manifestou, e em um movimento rápido, começou a enforcar Percy.

Os policias começaram a negociar com o sequestrador, mas sem solução. Percy era um bom nadador tinha um grande fôlego, mas ninguém aguentaria por tanto tempo.

Eu dei um passo a frente. Era como se eu não controla-se mais meu corpo. Atravessei o cerco policial. Ouvi um grito ao longe, me pareceu Poseidon. Ignorei. Continuei em frente em direção a Percy. Vi o homem o soltar levemente, mas o suficiente para que Percy voltasse a respirar. A cada passo Percy estava mais livre para correr.

O encarei e ele entendeu o que eu pensará. Parei a quase 5 metros deles. Percy já poderia correr, estaria livre. Eu, porem morta.

–Que lindo, quer morrer no lugar de seu namorado, então que assim seja.

Ele apontou a arma para minha cabeça. Olhei mais uma vez para Percy. Ele parecia não acreditar no que eu faria. Fechei os olhos e após alguns segundos ouvi o tiro, senti um corpo cair sobre mim. Abri os olhos e vi Percy, ele tinha entrado na frente do tiro e suas costelas sangravam.

Nós dois estávamos caímos no chão e eu comecei a chorar. Começou um tiroteio sobre nós. Me mantendo abaixada, verifiquei a respiração de Percy, estava normal, ele apenas sangrava muito.

Senti uma dor em meu braço e dirige minha atenção para o tiroteio, o sequestrador tinha sido baleado, mas tinha me atingido.

Poseidon vinha correndo e se ajoelhou ao lado de Percy.

–Como ele esta?

–Respirando.

–sua mãe vai me matar...

–O importante é Percy ficar bem.

A ambulância que a policia tinha chamado chegou. Eles levaram a mim e a Percy para o hospital. Eu me sentia aliviada, pois apesar das circunstancias eu estava novamente com Percy. Eu respondi as perguntas de rotina que eles me fizeram “Como me sentia?” “O que havia acontecido?”.

Me deram um remédio para que a dor fosse aliviada. Disseram que eu possivelmente dormiria porem eu fui a exceção não a regra.

Me mantive acordada ate a chegada no hospital. Então me separaram de Percy, que estava sendo dirigido ao centro cirúrgico. Então apaguei.

= Παύση =

Acordei um dia depois...

Vi minha mãe conversando com Poseidon ela parecia desesperada e quase o matando... Eles não perceberam que eu acordara.

–Você tem noção do perigo que você expos a minha filha?

–Athena você acha mesmo que eu autorizei isso? Ela se jogou do cerco policial eu não pude fazer nada...

–Mas agora ela esta ai... Você é um irresponsável!

–Palas... - O Apelido que tinha dado a ela, quando eles namoravam- Acha mesmo que eu colocaria Annie em risco, ela poderia ser minha filha...

Minha mãe se virou, ela havia congelou com a menção de filha.

–Poseidon você prometeu esquecer o que aconteceu naquela noite...

–Como eu poderia esquecer a ultima noite com a mulher da minha vida... - Poseidon à abraçou, ela demorou uns segundos significativos mas se afastou.

–Chega! Eu vou ver como minha filha está...

Eu fechei os olhos e depois de mais ou menos 1 minuto senti a mão de minha mãe tocar meu braço, que estava com um curativo...

Abri gradativamente meus olhos e vi minha mãe me olhando aliviada. Ela me abraçou e me pôs a par de todos os detalhes...

O homem que o sequestrará se chamava Cronos, e fazia parte de uma facção de criminosos comandada por uma mulher chamada Gaia. Ele foi preso e contou a policia tudo o que sabia.

Minha mãe então me contou o que ele já havia contado a policia.

Aparentemente ele está procurando uma boa vitima. Ele conhecerá uma garota Ruiva que lhe deu informações sobre Percy. A garota ruiva foi identificada como Rachel.

Nessa hora interrompi a narrativa de minha mãe.

–Como assim, Rachel?

–Sim- disse Poseidon- A ex-namorada de Percy.

Fiquei horrorizada, como ela poderia feito isso!

Minha mãe continuou contando, mas eu não prestava mais atenção. Queria matar Rachel com as minhas próprias mãos.

Percy tinha sido acertado na costela mais nada grave... Ele ainda estava internado por que havia perdido muito sangue.

Eu, no meio do tiroteio fui atingida de raspão no braço esquerdo, por isso estava com um curativo... Eu seria liberada assim que acordasse.

Cumprimentei Poseidon e me levantei da cama. Minha mãe havia trago roupas pra mim então fui me trocar. Sai do banheiro e minha mãe estava abraçada com Poseidon. Aquilo estava estranho, afinal eles eram casados então...

–Onde é o quarto de Percy? - Fui direta pra acabar com aquela cena,.

Minha mãe e Poseidon se afastaram rapidamente. Minha mãe, um pouco corada, e Poseidon bagunçava os cabelos envergonhado.

–No andar superior. Ele está acordado.

Me dirigi então ate a porta do quarto. Ouvi Poseidon dizer um "juízo" e ouvir minha mãe logo em seguida perguntar o por que. Sai o mas rápido daquele andar afinal depois que Poseidon contasse à minha mãe o que estava acontecendo ela surtaria...

Cheguei ao quarto de Percy. Que saudade que eu sentia daquele idiota... Fui correndo ate a cama e me sentei.

–Oi sabidinha... Com pressa?

Percy tinha recuperado o seu bom humor...

–É por que eu tenho que falar com o meu namorado gato, mas acho que ele não estava afim de me ver.

–Ele deve ser um completo babaca se não quiser te ver...

–Tenho uma leve impressão de que ele quer sim...

Me curvei e uni nossos lábios. Nos estávamos ansiosos por aquele beijo, precisávamos um do outro... Eu o amava.

Fomos interrompidos pela minha mãe. Ela gritava com Poseidon que a seguia de perto.

–Você nunca viu problema algum por que é sego eu não quero os dois juntos!

Olhávamos espantados para minha mãe. Ela falava de nós dois...

–Athena eles são amigos desde crianças se conhecem e se gostam. Qual é o problema?

–O problema é que eu não quero!

–Sua mãe também não queria que ficássemos juntos...

–E ela estava certa.

Poseidon olhou indignado para Athena como se ela acabasse de falar que a terra era quadrada.

–Então você se arrepende de ter ficado comigo?- Minha mãe o olhou e aconteceu com ela o que acontece comigo... Ela se perdeu na imensidão dos olhos profundos de Poseidon- Responda Athena!

–E- eu não quis dizer isso...

–Mas é o que me parece!

Olhei para Percy ele olhava para o pai para Athena e então parou seus olhos em mim fazendo uma expressão tipo "O que ta rolando aqui?".

–Chega Poseidon- Minha mãe disse baixo- Vou para casa e vou levar Annabeth. Em casa ela vai me ouvir e vai me dar razão...

–Foi o que a sua mãe disse... - Ele sorriu sarcástico. Ele parecia querer chorar.

Minha mãe olhou para baixo e murmurou um venha em minha direção.

Ela foi se distanciando, olhei para Percy depositei um leve e breve beijo em seus lábios, e fui embora correndo atrás da minha mãe.