17° Desafio Sherlolly - O Melhor Amigo da Noiva escrita por Raura
Notas iniciais do capítulo
Depois de um bom tempo, humildemente atualizo essa fic.
Peço desculpas pela demora, vou tentar não enrolar para postar o próximo.
Espero que apreciem,
boa leitura!
Sherlock e Molly entraram em uma loja de departamento que vendia as coisas das mais variadas, caminhavam pela loja de braço dados pelos corredores.
— Nem sei por onde começar – Molly admitiu.
— Tem que escolher a louça de acordo com a recepção que pretende dar, e os tipos de prato que vai servir, olha aqui – Sherlock pegou três pratos diferentes de uma prateleira — Não fique com medo de misturar, mesmo se forem diferentes estilos ou texturas – jogou os pratos no ar e começou a fazer malabarismo com eles, a amiga o olhava assutada com medo que ele os derrubasse — Você tem que mesclar a mesa, esse é objetivo, ai no final do dia... – colocou um prato em cima do outro montando uma combinação harmoniosa — Você irá descobrir combinações
Ouviram aplausos das pessoas que tinham se juntado em volta deles para saber o que acontecia, Molly não acreditava no que tinha acabado de ver o amigo fazer, subiram a escada rolante para olharem o outro setor da loja.
— Se me achou bom a louça, tem que ver o que faço com o roupa de cama – comentou quando chegaram no andar de cima.
— Lingerie, perfeito!
— Roupa de cama é pra lá – Sherlock apontou na direção contrária a que a amiga seguia.
— Pode me ajudar a escolher para noite de núpcias – a amiga olhava em volta as peças expostas.
— Não – essa não era uma boa ideia.
— Ficou maluco? Você é a pessoa perfeita pra me ajudar com isso! Quem já tirou mais lingerie que você? Use esse seu dom para o bem, Sherlock – ela saiu andando escolhendo qual mais lhe agradava.
— É – suspirou e seguiu a amiga.
Sherlock esperou do lado de fora do provador, andava de um lado para outro com as mãos atrás das costas.
— E como foi lá com o conselho? – perguntou do outro lado da cortina.
— Foi ótimo, Tom conseguiu que aprovassem tudo!
— Molly, eu vou dizer uma coisa e vai parecer engraçado, mas eu tenho que agradecer.
— Por que?
— Por me convidar para ser sua madrinha, pode parecer loucura, mas você me abriu os olhos para esse conceito de casamento – ouviu a risada da amiga.
— Tá – ela não acreditou no que ouviu.
— É sério! – tentou convencê-la.
— Você conheceu alguém, Sherlock?
— Não.
— Então como pode estar falando sério?
— Não sei... – através da cortina pode ver a silhueta da amiga, decidiu esperar sentado no divã de frente aos provadores.
Molly colocou a cabeça para fora do provador, depois um perna, exibindo uma meia 7/8 preta, saiu de lá vestindo um corselet, calcinha e ligas vinho, tinha um chicote em uma das mãos, fez a pose mais sensual que conseguiu, Sherlock se remexeu no divã levemente desconfortável diante da situação em que se encontrava.
— O que achou? Acha que Tom vai gostar? – perguntou com a voz sensualmente baixa.
— Não – levantou-se e foi até perto da amiga — Achei fofo.
— Fofo? – ela golpeou seu braço com o chicote — Não quero parecer fofa na minha noite de núpcias!
— Anda, coloca isso – pegou um robe jogado numa cadeira ali perto e cobriu-a
— Isso é meu – uma senhora apareceu pegando o robe.
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— Não acredito que hoje é meu último dia em Londres – Molly comentou enquanto saiam da loja.
— Como é?
— Eu já devia ter falado, Sherlock, quando eu for amanhã não vou mais voltar, decidi me mudar para Los Angeles e ficar com Tom lá.
— Vai embora de Londres? – parecia que tinham jogado um balde de água fria em Sherlock.
— Vou sim, faz todo o sentido, Tom terá que gerenciar os negócios da família dele, vai ser uma nova vida.
Sherlock abriu a boca para dizer algo, mas fechou sem dizer nada.
— Você foi incrível hoje! Eu não sabia que era malabarista, com as mulheres eu sabia, mas com a louça não, você é sempre incrível! – Sherlock continuava sem saber o que dizer, apenas encarava a amiga — Vem cá – puxou-o para um abraço
— Te vejo em Los Angeles em breve – disse assim que soltou-se do abraço.
— A gente se vê lá – observou a amiga entrar no táxi.
— Vou sentir saudade – assoprou-lhe um beijo.
Sherlock ficou observando o veículo se afastar, resolveu ir caminhar no parque que tinha ido outro dia, sentou-se na beirada da fonte que havia ali e ficou observando as pessoas ao redor.
Após chegar em seu apartamento tocou violino durante um tempo, desistiu do instrumento e pôs se a pensar em sua poltrona, só notou que já tinha escurecido quando Sra Hudson veio trazer-lhe a janta.
— Oh Sherlock! – comentou a senhora quando notou seu estado de espírito.
— Eu nunca me senti tão perdido – assumiu os sentimentos.
— Sherlock, então por que aceitou ser a madrinha? – questionou-o sentando-se de frente para ele.
— Oras, pra ficar com ela e descobrir um jeito de tirá-la daquele Tom, mas talvez ele seja um cara melhor do que eu, dá uma de príncipe, luta bem...
— Ninguém é perfeito.
— Não posso ir, não posso ver Molly se casar com esse cara, ela vai se mudar para Los Angeles, eu perdi.
— Não me venha com essa.
— Quem ama liberta.
— Conversa, foi dito por um covarde e usado por todos os outros. Sherlock, eu só amei de verdade uma vez na vida, era um homem maravilhoso, era meu melhor amigo. Eu era jovem e boba, de todos meus erros esse foi o maior. Quando eu percebi e decidi lutar por ele, já era tarde demais. Ele não me aceitou, estava certo, realmente era tarde demais – levantou-se e ia saindo do cômodo, parou na porta — A propósito, vou me divorciar de novo – anunciou.
— Ah! Mrs Hudson! – comentou com um sorriso.
— E trate de ir atrás dela! – disse antes de fechar a porta.
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Lestrade, Anderson e John acompanharam o amigo até o aeroporto.
— Sherlock, arrebenta! – Lestrade disse-lhe.
— Capricha no casamento! – incentivou Anderson.
— E roube a noiva! – John o lembrou seu principal motivo de ir até Los Angeles.
— Obrigado! – Sherlock agradeceu aos amigos.
A mãe e avó de Molly, Mary e Janine também estavam no mesmo vôo que ele, apesar de gostar da loira optou por dormir a viagem toda, assim evitaria ter que ouvir os comentários sobre o quão incrível Tom era, Tom isso, Tom aquilo.
Chegaram em Los Angeles de tarde, era realmente um cidade bonita, mas não quando comparada a sua Londres.
Um empregado os esperava para levá-los a casa de campo dos pais de Tom, foram recepcionados pelos noivos e alguns empregados. Tom levou-os para conhecer a propriedade e depois apresentou-os aos seus pais.
Quando Sherlock foi apresentado como a madrinha, os familiares de Tom estranharam, ouviu um 'com certeza é gay' de alguém, revirou os olhos e sorriu, depois as damas de honra foram apresentadas.
— E ai? – Molly perguntou baixinho ao amigo.
— Estão pensando que sou gay.
— O que? – a amiga começou a rir.
— Dá pra gente ficar sozinho, para por o papo em dia?
Foram interrompidos por Tom que se ofereceu para levar Sherlock até seu quarto.
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No quarto uma mulher jogava tanto laquê no cabelo de Molly, que ela pensava se era possível que ainda existia um pouco do produto dentro da lata quando ela terminou
— O que vocês acharam? – Molly quis saber a opinião da sua mãe e das amigas e damas de honra.
— Está bonito.
— Maravilhoso.
— Ficou divino.
Elas falavam ao mesmo tempo, Molly duvidava que fosse verdade, Sherlock abriu a porta e entrou no quarto, perguntaria a ele, o amigo sempre era sincero, até quando não precisava.
— Sherlock! O que achou?
— Do cabelo? Hum... É.
— Esta faixa vai com o vestido – a mãe de Tom disse enquanto prendia uma faixa com alfinetes no vestido de Molly.
— Sério?! – Molly se levantou e foi para perto da sogra.
— É tradição! – a futura sogra explicou.
— O cabelo dela está parecendo um ninho de passarinho – Sherlock cochichou para Mary e Janine.
— Sherlock, você é a madrinha, precisa dar apoio à ela, diz que o cabelo está bonito – Mary cochichou de volta.
— Molly – disse alto o suficiente para que a amiga lhe ouvisse — Seu cabelo está incrível!
— Sério?! – ela mexeu no cabelo e de onde estavam ouviram o barulho que ele fazia quando ela punha a mão nele.
— É.
Duas empregadas entraram no quarto carregando roupas.
— Os jogos começaram em breve! – a mãe de Tom anunciou.
— Ah! Fantasias! – Janine deu um gritinho e foi olhar as roupas de perto.
— Como assim os jogos? – Sherlock pediu que a mãe do noivo de explicasse.
— Os jogos medievais, é uma tradição na nossa família! O noivo deve provar que é suficientemente bom para merecer a noiva, se ele não vencer, não ficava com a noiva. Isso não é problema para meu Tom.
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O local onde ocorria a Feira Medieval não era tão longe de onde estavam hospedados, por todos os lados haviam pessoas fantasiadas à caráter medieval, o locutor anunciava no alto falante sobre a competição e os competidores:
— O competidor favorito que não precisa ser anunciado, Thomas Wright! – a plateia ovacionou Tom quando ele entrou na arena — E vindo diretamente de Londres, Sherlock Holmes, a madrinha de Molly! – Sherlock estava desconfortável naquele saio e pelote que o fizeram vestir 'entre no clima, Sherlock' Molly disse.
Molly, Mary, Janine a mãe do noivo e mais algumas mulheres iriam assistir tudo de cima de uma espécie de camarote, elas aplaudiam e torciam para os competidores.
As competições eram: duelo de espadas, arremesso de martelo, cabo de guerra, pinos e arco e flecha, Sherlock fez o seu melhor e conseguiu chegar na final com Tom, estavam empatados e decidiriam quem seria o vencedor com o arremesso de tronco.
Tom fez um bom arremesso, era a vez de Sherlock, nunca tinha feito isso, e precisava ganhar a competição para que Molly visse que ela era melhor que Tom. Sherlock pegou o tronco e o levantou, foi tentando se equilibrar andando de um lado a outro, contou até três e jogou o tronco pra cima. O arremesso foi para trás e caiu em cima de um carro estacionado ali perto.
— Que pena, perdeu a garota com essa – o locutor comentou — E o vencedor dos jogos medievais é Thomas Wright!
Tom foi aplaudido por todos, correu para onde a noiva estava e deu-lhe um beijo, Sherlock olhava de longe, aquela era sua chance de provar para Molly que ele era o melhor, e acabou perdendo.
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E então? Sempre é bom saber o que acham sobre os capítulos.
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