Small obsession escrita por Rafa


Capítulo 36
Capítulo 36 - Oportunidade perfeita


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente ♥
Tudo bem?
Sim, eu sei que vcs querem comer meu figado, se é que ainda lembram da dessa fic
auhsuahushuhas
Ainda assim, olha eu aqui de volta o/
Espero que gostem do novo capítulo e só pra avisar, está faltando 4 capítulos para o fim da fic, então, boa leitura



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— Ichigo –

  O sol do meio-dia brilhava imponente no céu e nem isso fazia com que os vários empregados parassem suas tarefas.

  Faltavam exatas vinte quatro horas para o tão esperado casamento de Kaien e a bagunça tomava conta da pequena chácara de meus pais, mas nada daquilo me incomodava. Afinal, meu corpo podia estar ali, mas meus pensamentos estavam todos voltados para uma morena marrenta, que ainda não havia me dado notícia alguma.

  É claro que meu primo havia me contado sobre sua breve visita a Rukia, no entanto, o conteúdo da conversa ainda permanecia um mistério para mim a não ser pelo fato de que ele me dissera que Rukia viria a seu casamento. Fato que não me deixava nem um pouco à vontade.

  O que ela estava pensando? Será que sentia minha falta? Seu coração ainda pertencia a mim?

  E Grimmjow? O que ele estava aprontando afinal?

  Muitas perguntas e Kaien se negava a me dar as respostas. Talvez ele pensasse que aquilo fosse o melhor para mim, mas não era.

  Eu estava agitado e angustiado. Não conseguia pensar direito e nem mesmo ficar com minha mãe, que já havia recebido alta e estava em casa.

  Ela estava radiante, ainda usava uma cadeira de rodas por não conseguir se locomover direito, porém, nem aquilo parecia desanimá-la e eu me sentia culpado por não dar a atenção que ela merecia.

  Me sentia grado por ter meu pai e minhas irmãs para lhe dar apoio no momento que eu não conseguir nem cuidar de mim mesmo.

  Decidi caminhar um pouco para clarear os pensamentos, segui silenciosamente em meio ao caos de empregados e enfeites, estava quase chegando à beira do lago quando algo leve se choca contra mim, logo indo ao chão.

— Au! — reclamou a mulher de estranhos cabelos rosados, ainda sentada no chão. — Olha por onde anda, poste!

  Ignorei a falta de educação da moça e com a intenção de não lhe dirigir nenhuma palavra, lhe dei as costas. Se ela não seria educada, eu também não seria.

— É mal-educado além de tudo — murmurou, levantando-se e para logo desferir uma grande quantidade de palavrões em minha direção. — Não vai responder, não? Perdeu a língua? — continuou a provocar, o que me fez parar para encará-la.

  A ruiva parecia o tipo de garota que não levava desaforo para casa, assim com Rukia e isso me fez suavizar a expressão. Eu não precisava ser tão babaca, afinal, ela parecia ser apenas uma ajudante ali e na queda, ela havia derrubado quase todos os enfeites, que provavelmente, antes carregava nos braços.

  Caminhando lentamente em direção a mulher, peguei a maioria dos enfeites do chão e lhe entreguei:

— Desculpa.

  Seus olhos se arregalaram, enquanto encarava os meus e pude ver suas bochechas corarem.

— Certo. Certo — virou o rosto. — Riruka — disparou, estendendo a mão.

— Ichigo. — Estendi a mão, apertando suavemente a dela.    

— Não te conheço, mas sua expressão está cansada. Consigo ver isso através das marcas embaixo de seus olhos. Dia difícil?  — sua voz parecia mais calma e seu tom era quase como o deu uma velha amiga.

  Não respondi e ela não pareceu se importar.

— Não precisa responder. Você não é diferente dos milhares de pessoas que acordaram com o pé esquerdo hoje. Não se sinta especial.

— Você não sabe de nada — resmunguei, seguindo-a.

— Exato. Não que você se importe, mas estou tentando ser útil para minha prima aqui, então não me atrapalhe mais — apontou, virando-se para mim.

— Calma. Não precisa ser tão hostil.

  Ergui as mãos em forma de rendição.

  Não entendi porquê, mas me sentia impelido a ajudar aquela garota.

— Posso? — perguntei, oferecendo-me para carregar alguns dos enfeites.

  Indecisa, ela aceitou e caminhamos lado a lado, mergulhados no mais profundo silêncio.

  Ajudei nos preparativos para o casamento a tarde toda e Riruka, mostrou-se uma ótima companhia para alguém que precisava de silêncio.

  Após finalizar os preparativos, ela se foi e a saudades de Rukia voltou junto da ansiedade.

  Eu já não sabia o que esperar do dia seguinte, mas podia sentir que Kaien aprontava algo e aquilo só me deixava mais inseguro.

  Desejando que o tempo passasse o mais rápido possível, adormeci em meu quarto, sem nem ao menos descer para jantar, esperando que sonhos bons embrulhassem meu sono.

~~~~

— Acorda... — ouvi a porta de meu quarto se abrir em um estrondo e já sabia pelo que esperar. — Ichigo!

  Desviei o chute de meu pai sem muito esforço, fazendo-o cair de pernas abertas em minha cama, o que provavelmente deve ter doido muito e aquilo me fez rir.

— Bom dia, velho — saudei, ouvindo-o resmungar.

— Bom nada.... Eu só vim te apressar para irmos ao casamento do seu primo e é assim que você me recebe? Moleque ingrato — reclamou ao deixar o quarto.

  Gargalhei alto sentindo um agradável sentimento de nostalgia se apoderar de mim.

  No fundo de meu coração, eu sabia que aquele dia tinha tudo para dar certo.

  Me arrumei sem muita pressa e desci para encontrar minha família, já pronta a me esperar.

— Demorando mais que a noiva, Ichi-nii? — indagou Karin, com sarcasmo a banhar sua voz.

— Rá! Muito engraçado, mocinha — rebati, bagunçando seus cabelos negros.

  Ela estava linda, assim como Yuzu e minha mãe, que se apoiava no braço de meu pai. Mais ao fundo, encontrava-se Kaien, que parecia suar frio.

  Ele estava mais nervoso do que no dia de sua formatura, onde teria que realizar o discurso de abertura.

  Sorri desejando que um dia fosse eu a estar nervoso daquela maneira a esperar por Rukia no altar.

— Pronto? — perguntei tocando seu ombro de leve.

— Acho que sim — respondeu, apertando as mãos uma na outra de forma desajeitada.

— Então, vamos logo, que a forca te espera — gritou meu pai, recebendo um beliscão de minha mãe, que riu da idiotice do marido. — Casamento, querida. Eu quis dizer casamento...

— Sei...

  Com alegria reluzindo nos olhos de Kaien, seguimos para fora de casa, onde um lindo altar fora montado em frente ao lago, meu lugar favorito da chácara.

  Fiquei ao lado dele, como padrinho sem saber quem seria minha acompanhante.

  Os minutos passavam lentamente, mas para Kaien, que ainda suava frio ao meu lado, parecia se arrastar como dias. Tentei confortá-lo, mas ele apenas sorriu apontando na outra direção do jardim, onde, no começo do tapete que levaria a noiva até meu primo, Rukia sorria, com os olhos colados ao meu.

— Rukia?! — disparei sem tirar os olhos da pequena mulher que parecia caminhar até mim.

— Sim ou você achou que ficaria sozinho no altar? — riu Kaien, empurrando-me o ombro me fazendo dar o primeiro passo em direção a morena.

  Não precisei de mais para correr até seu encontro e ela pareceu se divertir com aquilo, fato comprovado pelo sorriu em seus lábios e pelo brilho em seu olhar.

— Olá, morango-kun — saudou com os olhos colados aos meus.

— Olá — respondi com uma louca vontade de toma-la nos braços e nunca mais soltar.

  Talvez fosse efeito da distância, mas a Kuchiki parecia ainda mais linda vestida com aquele belo vestido azul marinho, que fazia contraste com sua pele pálida, o que me deixou sem palavras.

  Assim, um silêncio cheio de expectativas caiu sobre nós e Rukia não demorou para quebra-lo:

— Acho melhor a gente sair do meio, antes que a marcha nupcial comece e a noiva queira nos atropelar — riu, tocando meu braço.

— Sim — tomei sua mão na minha, apertando seus dedos suavemente, para logo entrelaçar seu braço no meu.

  Aquilo só podia ser um sonho, mas não, não era.

  Rukia realmente, caminhava ao meu lado em direção a Kaien, que ainda sorria abertamente quando nós posicionamos ao seu lado no altar.

— Gostou da surpresa? — sussurrou, inclinando-se em minha direção.

— Não enche — rebati ao ouvir a marcha nupcial iniciar e Kaien endurecer, caindo na realidade.

  Pude ver seu rosto se transformar ao encontrar os olhos de sua noiva, onde antes se via tensão e insegurança, agora se via paixão e idolatria dedica a mulher de cabelos negros que lhe sorria radiante com lágrimas nos olhos.

  O amor entre eles parecia quase palpável para mim e não resistia a apertar a mão de Rukia na minha mais uma vez. Eu precisava senti-la ao meu lado naquele momento, sentir que ela ainda guardava algum sentimento por mim. E isso pareceu se confirmar quando ele respondeu meu aperto, aconchegando-se mais contra meu corpo.

  Meu coração parecia querer sair do peito, mas me controlei para não a abraçar até o fim da cerimônia, que pareceu demorar séculos. 

  Mas como tudo tem seu começo e fim, a cerimonia terminou, no entanto, para minha tristeza, Karin levou Rukia ao encontro de minha mãe e eu fiquei sozinho a esperar pela oportunidade perfeita para lhe falar como estava me sentindo, sem saber que a oportunidade perfeita nunca chega quando se espera por ela.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam da Riruka? Loo ela vai aparecer de novo kkkk
E do encontro IchiRuki? :3
Bom, espero vcs no comentário ( se ainda tiver alguém ai)
Bjus e até o próximo



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