Small obsession escrita por Rafa


Capítulo 21
Capítulo 21 - Não é por você


Notas iniciais do capítulo

Oie leitores e leitores fantasmas hehehe
Tudo bem com ôces? heheheh
Espero que sim
Olha outro capitulo ai, gente....
Queria agradecer a duas pessoas lindas por comentarem o cap. anterior:



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— Ichigo —

Pensava que já estava preparado. Acreditava que suportaria a dor de ver a decepção e o ressentimento naqueles lindos olhos violáceos, mas foi ali parado em frente a porta fechada que senti na pele o quão errado estava.

A dor parecia dilacerar-me por dentro. Sentia um aperto no peito que me tirava o ar. A culpa pesava em meus ombros tanto que eu quase não conseguia suportar. Havia feito o certo, mas por que ainda me sentia sufocado? Por que não me sentia satisfeito?

Deixei minha costas encostar na parede fria deixando-me cair sentado ao chão em frente a porta branca, não tinha forças para sair dali a dor era forte demais.

Será que foi essa dor que ela sentiu nos trágicos fins de seus namoros? Será que ela está sofrendo agora tanto quanto a mim? Uma parte minha desejava com todas as forças saber que não. Desejava que ela estivesse bem, mas minha outra parte egoísta desejava que ela chorasse e sentisse essa mesma dor que me corroía por dentro. Contraditório, não?

Mesmo com meus sentimentos contraditórios não queria que ela sofresse sozinha, então liguei para Inoue e sem dar muitos detalhes pedi que ligasse para Rukia para saber com ela estava. Pedi que ela me contasse como ela estava, mas como já espera Rukia não atendeu nenhuma ligação.

O silêncio predominava dentro e fora do apartamento. O silencioso corredor estava vazio, sentia-me um pouco aliviado pelo andar ser composto por somente dois apartamentos, assim evitava ser visto naquele estado. É claro que não chorava, mas qualquer um que olhasse para mim notária o quão abatido estava.

O que será que ela estava fazendo? A dúvida se remoía em minha mente, sentia uma imensa vontade de abrir aquela porta, abraça-la e implorar perdão, mas respeitaria o momento dela. Eu prometi a mim mesmo e a ela que aprenderia a ama-la e esse seria o primeiro passo. Respeitar e dar espaço a ela.

Já havia perdido a noção de quanto tempo havia passado ali, quando de repente ouso assustado as portas do elevador abrir revelando um suado Grimmjow, que me olhou com deboche.

— Parece que a pequena Julieta deu um fora no valente Romeu. Estou errado? — Perguntou sorrindo sarcasticamente.

Não estava disposto a ouvir as provocações dele, então simplesmente o ignorei. A dor que sentia no momento era maior que a raiva que sentia por ele.

— Oe seu merda. Não vai me responder não? — Falou parando em minha frente. — O negócio deve ter sido serio mesmo. — Constatou ainda sem obter resposta alguma.

Continue apático a sua presença até vê-lo se afastar bufando irritado.

Finalmente poderia curtir minha dor em paz.

Já eram quase seis da tarde e estava decidido a ir embora quando Grimmjow aparece mais uma vez. Ele atravessava o corredor parando em minha frente.

— Vai continuar aí até quando? — Perguntou-me serio.

— Não é da sua conta. — Respondi rispidamente.

— Parece que recuperou a fala. Vamos, eu te pago uma bebida. — Disse andando até o elevador.

Minha surpresa não permitiu que o respondesse de imediato.

— Ei anda, não tenho todo o tempo do mundo. — Chamou impaciente.

— O que e faz pensar que eu aceitaria beber com você?! É claro que não vou. — Disse. — E outra, não te suporto. — Declarei sem nem sair de minha posição ao lado da porta fechada de Rukia.

— Ah ta. — Disse voltando a caminhar em minha direção, só que dessa vez parando em frente a porta onde eu estava encostado. — Talvez a Rukia-chan queria beber algo. Ela deve estar carente e precisando de um homem para consola-la. — Disse ele pronto para apertar a campainha.

Levante em um pulo agarrando-o pela gola da camisa preta que o mesmo usava.

— Não se atreva a chegar perto da Rukia. — Sibilei raivoso. A dor que sentia rapidamente foi substituída pelo ódio que sentia daquele cara.

— Oh! Parece que toquei na ferida. — Disse sarcástico. — Pode deixar que também não vou com sua cara. Só não gosto de ver meu rival desanimado, porque não tem graça disputar com alguém que já perdeu a vontade de lutar pelo que querer. — Declarou olhando-me serio. Estava clara sua sinceridade naquelas palavras.

Ponderei por alguns instantes levantando-me logo em seguida.

— Tudo bem, mas você paga. — Falei passando por ele para entrar no elevador.

— Oe eu disse que ia te pagar UMA bebida. Vê se não exagera, Romeu. — Disse destacando bem a palavra "uma" entrando junto a mim no elevador.

— Hm. — Resmunguei voltando a ignora-lo.

Ficamos em silêncio até chegar ao bar na esquina oposta ao prédio. Adentremos o pequeno estabelecimento tendo todos os olhares femininos voltados para nós. Grimmjow distribuía sorrisos e piscadelas safadas para todas. Definitivamente ele era um canalha.

— O que vão querer? — Perguntou o barman ao sentar em frente ao balcão.

— Pode trazer uma garrafa de Sakê, por favor. — Pediu Grimmjow de modo educado, coisa que nunca pensei que ele poderia ser. — Então Kurosaki o que aconteceu entre você e a baixinha? — Perguntou direto.

— Não te interessa. — Respondi já me servindo com a garrafa que o barman deixou em nossa frente.

— Qual é Kurosaki?! — Exclamou tomando a garrafa de minhas mãos para se servir também. — Pode desabafar comigo. Vamos conversar de homem para homem. — Continuou tentando me convencer.

Permaneci em silêncio somente apreciando a boa bebida. Depois de várias tentativas frustradas ele pareceu deixar o assunto de lado.

Agora, ambos apreciavam a boa música do ambiente junto da bebida. Já estávamos na terceira garrafa e já não controlava minha vontade de ir até Rukia e amá-la mais uma vez.

Levantei apressado afastando o banco rispidamente.

— Aonde vai, seu desgraçado?! — Indagou Grimmjow. Ele não parecia estar bêbado, mas é claro, quem havia bebido a maior parte da bebida era eu.

— Vou ver minha Rukia! — Exclamei rouco cambaleando para fora do bar sem esperar reação alguma por parte dele.

Caminhei lentamente em direção ao prédio, a rua já estava praticamente vazia e eu não precisava ter pressa.

— Ei seu puto. — Chamou Grimmjow alcançando-me. — Não acho que você esteja em condições de ver a Rukia-chan nesse estado. Vamos chamar um táxi para te levar para casa. — Disse pegando o celular.

— Não! — Gritei surpreendendo-o. — Eu preciso vê-la. Preciso dizer que a amo. E-Eu... Eu fiz o certo, mesmo sem querer, eu fiz. Não posso perde-la agora. — Disse voltando a caminhar deixando-o estupefato para trás.

— Ela não vai querer te ver assim, Kurosaki. — Disse parando em minha frente. — Vá para casa. — Mandou serio.

— Você não entende. Eu preciso pedir perdão mais uma vez. Dizer que me arrependo de ter acabado com os namoros dela. Que me arrependo de tê-la feito sofrer por culpa de meu egoísmo e covardia. Preciso dizer que vou aprender a amá-la como ela merece. — Confessei angustiadamente.

Ficamos alguns minutos em silêncio. Ele parecia surpreso com minhas palavras.

— Está vendo o céu, Grimmjow? — Perguntei recebendo um aceno para continuar. — Ele está nublado. A lua e as estrelas não aparecem. É assim que meu mundo fica quando não a tenho por perto. Tudo fica nublado e chuvoso. Sem luz e sem esperança. É por isso que eu não posso perde-la. — Disse observando o céu.

Grimmjow parecia refletir sobre minhas palavras. Suspirou pesadamente e apertou alguns botões no celular.

" Alô. Boa noite. Queria um táxi para a avenida central de Karakura. Espero na frente do bar The Night. Obrigado." Disse serio encerrando rapidamente a ligação.

— Vá para casa, Ichigo. Se o que você disse for mesmo verdade a Rukia-chan deve estar precisando de um tempo. Ir até lá agora e principalmente, nesse estado pode complicar ainda mais as coisas para você. — Falou puxando de uma maneira pouco delicada de volta para a frente do bar. — Eu não te suporto, mas gosto bastante da Nanica e se você a fizer feliz por mim tudo bem. — Declarou finalizando a conversa.

Já não estava mais a fim de discutir. Sabia que ele estava certo, então quando o Táxi enfim chegou me despedi com um aceno andando em direção ao veículo parado.

— Ei Kurosaki. Não pense que só porque eu fui bonzinho essa noite que somos amigos. Ainda tenho muito interesse na Baixinha e se você vacilar eu pego ela pra mim e você vai ficar chorando assim para sempre. — Declarou sorrindo de maneira debochada.

— Maldito. A Rukia é minha. — Declarei olhando irritado.

— É o que veremos. Até mais, Kurosaki Ichigo. — Disse dando-me as costas.

— Até mais, Grimmjow. — Falei olhando-o. — Obrigado. — Agradeci vendo-o parar no lugar sem se virar.

— Não me agradeça. Não fiz isso por você. — Declarou voltando a andar com as mãos nos bolsos da calça. — Pode ter certeza. Isso não é por você.

Adentrei o carro, partindo logo após passar meu endereço. O carro andava rápido e silenciosamente nas avenidas e ruas da cidade e em menos de vinte minutos parava em frente ao grande prédio onde eu morava. Sai apresado apos pagar e subi direto para meu apartamento.

Joguei-me na cama após despir-me da roupa suja, sentia que elas me sufocavam.

A foto que ela havia me dado ainda estava sobre o criado-mudo. Peguei e passei a observa-la lembrando que havia esquecido de meu carro junto do seu estacionado no subterrâneo do prédio. Sorrio cansado. Havia arranjado um motivo para ir vê-la.

Ouvi me celular tocar e peguei apressado, poderia ser ela sentido minha falta. Suspirei frustrado ao ver que era meu pai. Ignorei. Não estava querendo falar com ninguém só queria dormir. Amanhã pediria desculpa por não ter ido visitar minha mãe com eles e marcaria outro dia. Me doía decepcionar minhas irmãs, mas me doía ainda mais ficar sem minha pequena.

Olhei mais uma vez para a foto dela sorrindo. Queria tanto tê-la novamente em meus braços, mas por causa de meus erros havia voltado a estaca zero, nem sabia se ainda éramos namorados.

Pensar que talvez ela não me quisesse mais fazia me peito queimar. Não, eu não poderia perder minha pequena obsessão. Meu grande amor.


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Notas finais do capítulo

Então gente? Comentem!!! Façam uma autora feliz. Deixem um comentário... hehehhe
Vi essa frase no facebook!!!



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