Some Things Never Change escrita por Sabrina Azzar


Capítulo 7
Se eu não tivesse feito isso então não seria eu


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas queridas leitoras! Tudo bem? Ansiosas pela reação da Katniss ao beijo do Peeta? Bom, eu vou pular essa parte! kkkkkk Mentirinha... Queria agradecer aos reviews e vi que tenho mais acompanhamentos... Mas porque ninguém comenta? Os acessos foram mais de 100 mas só tive dois reviews! Gente, por favor, não custa nada comentar, a mão não cai não! kkkkk
Beijos e Boa leitura...



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POV – Katniss

Um suave gosto de menta preenche minha boca, sua língua suavemente pede passagem e eu cedo, ela explora cada pedacinho da minha boca com ternura e eu retribuo fazendo o mesmo. Uma de suas mãos sobe até a minha nuca e agarra meus cabelos com cuidado, a outra vai até a minha cintura e a aperta com força. Meu coração dá uma falhada rápida e depois volta a bater com toda a força possível, um arrepio sobe das minhas partes baixas até a minha nuca onde uma das mãos de Peeta está. Ele larga meus cabelos e começa a desenhar carícias no mesmo lugar fazendo-me soltar um pequeno gemido. Ele sorri entre meus lábios, mas não o solta, muito pelo contrário, me beija com mais voracidade, com mais paixão. Outra falhada em meu coração, mas desta vez mais demorada. O que está acontecendo comigo? Peeta vai parando nosso beijo lentamente, mas minha boca anseia pela sua. Por favor, não para! Nossos lábios se afastam e ele me olha com seus lindos olhos azuis com amor. Não sei o que dizer, não sei o que fazer, então fico calada e imóvel. Minha respiração está ofegante e meus olhos não se desgrudam dos seus, é como se eu estivesse me afogando, me afogando no seu mar, no meu mar, porque sinto que esse mar é somente meu, e de mais ninguém. Então ele abaixa a cabeça e começa a mexer na areia, e então é como se todo o mar que me cercava á pouco tivesse secado.

— Desculpa. – Ele diz.

— Pelo que? – Pergunto ainda meio zonza.

— Não devia ter te beijado.

— Porque não? – E então me olha novamente confuso.

— Você falou ontem, na pizzaria que éramos só amigos. Por isso eu não deveria ter te beijado.

— Acho que era o que eu pensava né? – Perguntei sorrindo. Ele retribui o sorriso e um brilho toma conta de seus olhos. Ficamos nos encarando assim durante alguns segundos, mas então eu não agüentava mais. Meus lábios desejavam os seus e eu os queria mais que tudo nesse momento. Me joguei em cima de Peeta fazendo com ele caísse na areia e então selei nossos lábios. Imediatamente suas mãos pousaram na minha cintura apertando-as com força, com desejo. Senti seu coração batendo tão rápido quanto o meu e então percebi que eles batiam em uma sincronia perfeita. O beijo havia se tornado urgente e voraz, levei uma das mãos até seus cabelos e os agarrei com força fazendo-o soltar um pequeno gemido, e então foi a minha vez de sorrir em seus lábios. Meu coração deu várias falhadas, mas pra mim já havia se tornado tão normal, era como respirar, como piscar os olhos. O beijo se tornava mais quente a cada segundo e então o fôlego nos faltou e nossos lábios se soltaram relutantes. Peeta me olhou com desejo e então eu me levantei de cima dele, ele se levantou também e ficamos sentados um ao lado do outro na areia, sem nos olhar. Foi então que ele quebrou o silêncio.

— Preciso ir pra água. – Ele disse e se levantou. – Você vem? – Fiz que não com a cabeça. – Ok. – Ele disse e saiu me deixando sozinha com meus pensamentos. Fico observando-o de longe e então ele some em meio ás ondas.

Alguns minutos depois Annie e Johanna saem da água e vem em minha direção sorrindo.

— Eu vi! – Johanna falou pegando uma toalha e se enrolando.

— Viu o que? – Perguntei sem humor.

— Não se faça de boba KitKat! – Annie falou sorrindo.

— Não sei do que vocês estão falando. – Digo fazendo-me de desentendida.

— Vai dizer então que não era você beijando o Peeta? - Johanna falou sentando do meu lado. Não falei nada, fiquei apenas fitando o mar. – Conta logo Katniss.

— Tá bom! – Disse irritada. – A gente se beijou e daí? – Digo dando de ombros.

— Ah! – Annie dá um gritinho. – E foi bom? Ele beija bem? Ele tem cara de que beija bem... – Ela falou rápido.

— Devagar aí Annie... – Falei levantando as mãos. – Porque essa mania de falar tudo tão rápido?

— Ah, sei lá. Acho que tenho problema de ansiedade. – Ela deu de ombros. – Mas você ainda não respondeu... Ele beija bem?

— Beija. – Falei relutante, mas logo elas me fizeram contar tudo com detalhes. Falei que meu coração bateu rápido, que fiquei arrepiada, e que senti algo que nunca havia sentido antes.

— Isso é amor. – Johanna falou sorrindo.

— Como é que você sabe? Você por um acaso já amou antes? – Perguntei irritada, não sei por quê.

— Olha fofinha... – Ela começou. – Eu já amei sim! Só não gosto de falar a respeito. – Ela falou fazendo biquinho. Apenas revirei os olhos.

— O que eu faço agora? – Perguntei sem saber o que fazer.

— Deixa rolar... – Annie falou feliz.

Depois disso não falamos mais nada sobre o assunto. Elas acabaram me convencendo de ir pra água, então tirei meu shorts e passei meu bronzeador. Em seguida entramos no mar. Às vezes Peeta me olhava, mas logo desviava o olhar, o que estava me irritando profundamente. Então fui para o fundo, sozinha e fiquei encarando ele, com a intenção de ele me seguir, mas isso não aconteceu. Eu estava totalmente chateada, porque ele não fala comigo? Fui indo cada vez mais pro fundo e o pessoal ficava cada vez mais longe, nem conseguia mais ver o Peeta. Então eu parei e fiquei de costas para as ondas, o mar estava calmo até. Mas o que eu não esperava era que uma onda enorme me afogasse. Abri meus olhos em baixo da água e estava muito fundo, eu tentava subir, mas a pressão da água me levava cada vez mais pra baixo. Eu tentei prender a respiração o máximo que pude e então tudo ficou preto.

...

Abri os olhos devagar e tudo o que eu via não passava de um borrão branco. Eu esfreguei os olhos várias vezes e então as coisas começaram a tomar forma. Eu estou em um... Hospital? Comecei a ficar nervosa porque odeio hospitais. Desde o acidente do meu pai tento ficar longe daqui o máximo que posso. Então de repente aparece uma moça de cabelos pretos e olhos cor de caramelo. Deve ser a médica ou a enfermeira.

— Como está se sentindo? – Ela pergunta apontando uma luz nos meus olhos.

— Bem. Eu acho. – Respondo.

— Você se afogou pra valer. – Ela diz. – Se não fosse os seus amigos...

— Amigos? Que amigos? – Pergunto confusa.

— Duas garotas e dois garotos. – Ela diz. – Quer que eu os chame?

— Por favor. – Digo e então ela sai. Logo entram Annie, Johanna, Finnick e… Peeta?

— Oi. – Digo tentando sorrir.

— Você quase matou a gente de susto sua louca! – Annie diz preocupada.

— Se eu não tivesse feito isso então não seria eu. – Digo e eles caem na risada. Eu e Peeta ficamos nos encarando por alguns segundos e então Johanna puza Annie e Finnick pra fora.

— Você está bem? – Ele perguntando chegando mais perto.

— Porque você não falou mais comigo depois do beijo? – Pergunto meio brava.

— Eu sei lá. Achei que não quisesse mais falar comigo. – Ele dá de ombros.

— Você acha mesmo que eu não ia querer mais falar com você depois daquilo? – Pergunto irônica. Ele sorri.

— Certas coisas nunca mudam... – Ele então me dá um selinho.

— Quem me pegou no mar? – Pergunto curiosa.

— Eu. – Ele responde.

— Eu pensei que você nem soubesse onde eu estava.

— Eu não tirei os olhos de você nenhum minuto. E quando aquela onda te engoliu eu fui o primeiro a ver. Eu fui até onde você estava e te puxei, você estava muito fundo... Você não respirava, eu pensei que... – Ele falou parecendo se lembrar do que aconteceu, e dor preencheu seus olhos.

— Que eu tivesse morrido? – Pergunto rindo. – Eu sou dura na queda! – Ele ri, mas logo seu sorriso se desfaz. – Ei... Eu estou bem, não se preocupa.

Ele não diz nada, apenas captura meus lábios em um beijo urgente.


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