Proibido amar? escrita por Any the Fox


Capítulo 11
O retorno de N.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Bem, hoje é o dia em que White e Black vão fugir para Sinnoh e ser muito felizes juntos, então a fic vai acabar e... *pausa* ... Era isso que eu gostava de dizer, mas não é isso que vai acontecer... Black e White não vão ficar juntos tão facilmente...
Enjoy!



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Passaram-se umas semanas desde o dia em que saí de casa, hoje era o dia do jantar de famílias, ou seja, o dia da fuga…

– Então, White. Nervosa? – Black perguntou tirando duas caixas do armário.

– O que acha? – Respondi um pouco brava, mas logo me arrependi do tom.

– Calma, linda. Não queria ofender. Pronto, vista esta roupa. – Ele sorriu estendendo-me uma das caixas.

Abri a caixa estranhando o seu comportamento, quando a abri reparei num vestido preto justo até aos joelhos, acompanhado de uma mala da mesma cor e um colar de obsidiana. Não percebi, nós iriamos fugir, não é? Então… porquê tanta atenção para o que levaria vestido?

– Não gostou? – Perguntou desanimado.

– Não, não, eu gostei imenso! – Sosseguei-o. - Mas… não percebo o porquê.

– Bem, é que eu quero que esteja perfeita quando dançar com você. – Ele sorriu sem jeito.

– Dançar? – Fiquei confusa. – Não íamos fugir?

– E vamos, mas não quer dizer que não vamos aproveitar a noite também. – Explicou.

Sorri, mesmo em alturas de risco como numa fuga ele estava completamente descontraído, isso era uma das coisas que eu amava nele. Puxei do vestido e eu fui no banheiro para me trocar, virei-me quando ouvi Black rir.

– Que foi? O que tem tanta graça? – Eu pensei que ele estava-me zoando.

– É que, eu já a vi nua por duas vezes e você ainda sente necessidade de se trocar no banheiro! – Ele tentou prender o riso, mas em vão.

– BAKA! – Gritei fechando a porta por trás de mim.

Comecei a trocar-me, pensando no que ele dissera, até que era verdade, eu já não devia ter pudor de ficar em trajes menores na frente dele, mas… é constrangedor… Com a roupa trocada, necessitei de ajuda com o fecho das costas, então decidi ir pedir ajuda a Black.

– Black, podia dar uma ajuda aqui? – Pedi abrindo a porta, acabei por corar um pouco quando vi que ele estava acabando de vestir a camisa.

– Hum? – Ele virou-se com a camisa ainda aberta, possibilitando a visão de seu peitoral. – Ajuda com o quê?

– Bem… dá um jeito aqui nas costas? – Perguntei virando-me e apontando para o fecho aberto.

– Claro, amor. – Sorriu vindo ao meu encontro e fechando o vestido. – Pronto.

– Obrigado… - Voltei a encará-lo. – Você de fato e gravata? Quem diria?

– Bem, julguei que me desse mais estilo. – Ele piscou.

– E dá! – Sorri.

Ambos rimos com vontade.

……

Estávamos prontos a sair de casa, Black disse para levar dentro da bolça o que eu acho indispensável, então, uns dias antes pedi à Leaf e à Yellow para me irem buscar o celular e a Nintendo a minha casa, também levei o meu bichinho de pelúcia que meu irmão me dera… Eu sei que não devia, mas… era a única coisa que eu tinha que me lembrava de meu antigo irmão N.

Olhei para Black, ele estava lindo, usava um fato preto que lhe realçava o cabelo meio despenteado bagunçado. Vi-o atrapalhado a tentar dar o nó da gravata, comecei a rir.

– Que foi? – Olhou-me estranhando o meu comportamento.

– Desculpe, mas… Você tem uma falta de jeito com isso! – Ri.

Ele olhou para si tentando perceber o que eu queria dizer, até que viu a gravata.

– Oh, já entendi! Tem razão, eu não sei dar nós… - Ele riu também.

– Deixe para lá, eu faço isso. – Cheguei-me mais perto dele e atei aquele tecido branco.

– Ei, obrigado. – Ele segurou meu queixo na sua direção.

– De nada! – Sorri para ele.

Ele puxou-me para ele juntando os nossos lábios num beijo delicado e romântico, separando-nos quando o ar já escanceava.

– Vamos? – Perguntou abrindo a porta.

– Vamos. – Disse saindo pela porta, ele veio atrás.

……

Chegámos no restaurante onde se realizava o jantar, há muitos anos que isso se passava ali, olhei para os carros ali estacionados, não vi a limusine de minha família, eles ainda não tinham chegado. Entrámos no edifício e seguimos até à sala das “crianças”, pois os filhos dos casais ricos não comiam na mesma sala. Lá encontrámos todos nossos colegas de escola.

– Ei olhem! A White está viva! – Gold veio ao meu encontro. – Estávamos preocupados.

– Oi, Gold. Sim, bem vivinha. – Sorri.

Na sala estavam Gold, Silver, Crystal, Sapphire e Ruby. Estavam a faltar as duas garotas que costumam animar aquela festa…

– Oi, oi, oi! As rainhas da festa chegaram! – Yellow chegou escancarando a porta da sala, com Leaf seguindo-a.

– Oi, meninas! Mas cadê Red e Green? – Ruby perguntou estranhando a ausência dos amigos.

– Bem… eles virão em breve. – Yellow disse piscando um olho para Ruby e o abraçando, esfregando os seus seios fartos no seu peitoral, o maior corou.

– Cof, cof! – Sapphire tossiu alto olhando irritada para Ruby.

– Ei, eu não tenho culpa! – Ruby defendeu-se. – Ela é que se atirou para cima de mim!

– Yellow, não tens respeito por ninguém! - Sapphire começou a mandar vir com a menor, mas foi ignorada.

– Cheren! – Leaf gritou indo de encontro a meu irmão.

Paralisei, se Cheren já estava no recinto… isso significa que N e meus pais também. Observei atentamente a minha amiga correr em direção de meu irmão, abraçando-se ao seu pescoço e esfregando o seu peito quase liso no seu peitoral.

– Cheren! Não teve saudades minhas? – A menor perguntou inocente.

– Bem, eu… - Cheren tentou responder, mas Yellow logo interrompeu.

– Cheren! Meu querido, há quanto tempo?! – Ela empurrou Leaf e agarrou-se a Cheren.

– Sai daí, Yellow! Eu vi primeiro! – Leaf abraçou-se também ao meu irmão começando uma briga de empurrões.

Cheren tinha uma cara de pânico imensa, parece que ele ainda não se esqueceu do que eu lhe disse há umas semanas naquela noite… Mas para piorar, duas pessoas chegaram naquele momento à sala.

– Que pouca vergonha é essa?! – Green gritou vendo as duas garotas abraçadas ao rapaz de cabelo azul.

– O que raio vocês as duas estão fazendo? – Red perguntou em seguida.

– Green! Bem, isto não é o que parece… - Leaf começou.

– Pois! Ele é que nos abraçou! Eu tentei resistir, mas ele obrigou-me! Red, ele é do mal! – Yellow forçou o choro no ombro de Red, Leaf simplesmente foi abraçar Green.

– O quê?! – Cheren reparou que o caso estava mal parado.

– Sério? – Red perguntou olhando mortalmente para meu irmão.

– Sim, é tudo verdade! – Leaf confirmou.

Então Green e Red separaram-se das suas namoradas e seguiram até Cheren.

– M-mamãe… - Cheren balbuciou antes de ambos lhe saltarem para cima e entrarem numa briga como nos desenhos animados da Worner.

– Coitado de seu irmão… - Black deixou escapar.

– Deixe para lá, ele vai ficar bem. – Ri com vontade.

– Ei, seus irmãos já chegaram. – Silver veio a meu encontro.

– Eu sei. – Respondi.

– Então está na hora de começar com a operação fugir escondido! – Crystal anunciou.

Gold bateu as palmas e todos se reuniram, Red e Green abandonaram o corpo machucado de meu irmão no meio do chão para vir ao nosso encontro, um garoto, que não sei dizer quem é, levou meu irmão à enfermaria, acho que se não fosse esse moleque meu irmão não iria aguentar…

– Então, sabem todos o que têm de fazer, né? Ruby e Silver, vocês dois ficam lá fora comigo a segurar as bicicletas preparadas para a fuga. Sapphire e Crystal, certifiquem-se que a mãe de White não se apercebe da presensa da filha. Hugh, fica de guarda nesta sala, Rosa, você só tem de avisar se N tentar fazer algo e Leaf e Yellow, vocês acompanhem White quando ela for ter com N. – Gold distribuiu tarefas. – Ah! E claro, Black, fique esperando connosco.

– Acham mesmo que isso vai resultar? – Crystal perguntou. – É um plano tão pobre e se N fizer algo?

– Não seja desmancha-prazeres! Se N fizer algo a Rosa avisa, né, Rosa? – Sapphire quis ter a certeza.

– S-sim. – Rosa respondeu com a voz trémula da timidez.

– Bem, então vamos lá. – Black disse, depois beijou-me. – Vemo-nos lá fora.

– Claro. – Confirmei.

Ele saiu com Ruby, Gold e Silver, eu fui até à sala dos adultos com Leaf, Yellow, Sapphire e Crystal. Como combinado, Sapphire e Crystal foram distrair minha mãe, que tinha do seu lado Bianca. Eu e as outras corremos para o corredor, procurando N. Encontrámo-lo numa sala com um computador, ele lamentava-se abaixado a um canto com os olhos cheios de olheiras. Ele estava em mau estado.

– White, pense bem. Tem a certeza que quer ir falar com ele? – Yellow preocupou-se.

– Sim. Fiquem aqui. Eu entro sozinha. – Pedi, afinal, se N estivesse a planear algo Rosa tinha avisado.

Entrei na sala fechando a porta atrás de mim, N olhou-me num reflexo.

– White? O que faz aqui? – Ele perguntou assustado.

– Eu… Eu vim despedir-me de você… - Hesitei um pouco em dizer, aproximando-me.

– Despedir? – Ele estava confuso.

– Sim, N. Eu vou-me embora. Para longe. – Expliquei passando-lhe a mão no rosto.

– Vai? E quando volta? – Ele estava mesmo de rastos, parecia não conseguir raciocinar direito, o que me deu imensa pena.

– Não vou voltar mais… - Deixei escapar uma lágrima.

– Não! – Gritou levantando-se. – Você não pode ir embora! White… Se você se for embora, eu mato-me!

Ele estava fora de si, irreconhecível, quando se levantou pude visualizar melhor o seu corpo, a roupa estava toda amachucada e cheia de nódoas, a sua cara estava chorosa e parecia não dormir bem há muito tempo, eu sabia o que ele tinha, tinha um desgosto de amor.

– N, não diga essas coisas! – Pedi, não conseguia aceitar que o meu irmão se quisesse matar.

– Então, não fuja. Fique comigo. Não! Melhor! Fuja comigo! – N sugeriu.

– N… Eu gosto muito de você, mas… Não posso fazer isso, eu amo o Black. – Abracei-o.

– Então… Acho que não tenho outra opção se não aceitar… - Ele abraçou-me com mais força.

– Ainda bem que entendeu… - Sorri, finalmente tinha o meu irmão de volta.

– Ou será que tenho? – Senti algo tapar-me a boca e o nariz, impedindo-me de respirar, mexi-me freneticamente para me soltar, mas em vão, acabei inconsciente nos braços de meu irmão.

– Está feito, N! – Rosa exclamou.

– Obrigado, Rosa. Se eu não amasse minha irmã, eu casaria consigo. – N afirmou.

– Oh, amor, isso é tão querido. – Rosa corou.

– Bem, ajude-me a levá-la para o carro, vamos levá-la para um local longe daqui. – N ordenou.

– Com certeza. – Rosa colocou-me nas suas costas e ambos fugiram pela janela.

– Desculpe, White… Mas eu não tenho escolha… - N desculpou-se, mas depois desta, eu não o vou desculpar mais…


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Notas finais do capítulo

Oi de novo! Sério, eu não estava nada à espera que N fizesse isso, foi uma coisa que ocorreu na hora, pois eu ia só fazer um pequeno contratempo, não isso...

Aviso que para a semana não vai haver capítulos, pois não vou poder postar T-T.

Se detetaram algum erro, discordância ou algo que não faça sentido, por favor me avisem.
Até mais!