Guardians of Life escrita por Cloud Ventofuria


Capítulo 4
Guardian Three


Notas iniciais do capítulo

Lassie: Eu fiz esse capitulo em 8 dias! Isso é um recorde.
Cloud: E eu fui obrigado a ler em 8 dias!
Lassie: Não seja chato.
Cloud: Ah, não é sendo chato, só to brincando com sua cara.
Lassie: Aproveitem o cap. *arrastando o Cloud para longe*
Cloud: Ehhhh... Tá me levando aonde?



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– Mas o que é isso? – Emperius perguntou, sua armadura dourada brilhando sobre o sol azulado daquele mundo. Alguns pássaros passaram ao seu lado, cantando suavemente. As árvores dançavam com o vento e a paz podia ser tocada de tão forte. – Sou obrigado a dizer, mas esse lugar é lindo... – Ele falou baixinho, tentando não demonstrar sua surpresa.

– Obrigada. – A voz suave atrás de si o assustou, ele se virou pronto para cortar quem o assustou. Ele olhou para a moça atrás de si. Hiana sorriu suavemente pare ele, e soltou sua espada, da qual segurou a lâmina. – Sua sorte que foi apenas eu.

– Quem é você? – Ele perguntou, ela piscou confusa.

– Eu não me apresentei ainda? – Ela perguntou suavemente.

– Não. – Ele respondeu um pouco frio, mas logo sua expressão suavizou. – “Eu não estou em minha dimensão, e por alguma razão... Sinto que deveria respeita-la.” Meu nome é Emperius. – Ele falou se curvando de leve para ela.

– Meu nome é Hiana, eu sou a Rainha desse mundo, do qual chamamos de Auram. – Ela se apresentou, colocou a mão sobre o selo da vida. Emperius ficou olhando para ela em silencio por alguns segundos. – Sentimentos.

– O que? – Ele sacudiu a cabeça, saindo do transe. – Espera, como sabe?

– Meu desafio. – Ela sorriu e estendeu a mão para ele.

– Fala disso? – Ele entregou a ela um pequeno símbolo, ela segurou ele com as duas mãos e fechou os olhos, assim que os abriu, o símbolo sumiu.

– Venha, vou lhe levar para treinar. – Hiana se virou de costas e começou a andar, passos suaves e lentos, um jeito calmo de andar e uma pose superiora. Mas ainda descontraída.

“Ela é realmente uma rainha...” – Ele pensou e começou a seguir a jovem dama.

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Ele olhou para a área circular e branca, o coliseu de puro mármore. Os pilares tinham desenhos de um guerreiro e de Hiana lutando, cada pilar uma coisa diferente. O que mais chamou a atenção de Emperius foi o pilar no centro da arena. Uma imagem entalhada de Hiana, as mãos juntas em forma de prece, ela está com as pernas justas, uma um pouco mais atrás e duas asas abertas, atrás dela o símbolo da vida e ao seu lado um guerreiro com a espada erguida.

Por alguma razão, aquela imagem lhe doeu o coração, ainda mais com a expressão de sofrimento no rosto de Hiana, ela parecia estar sofrendo ou sentindo dor. Ele não soube dizer por que.

– Sentimentos. – Ela chamou a atenção de Emperius, ele se virou para ela.

– Quem é ele? – Emperius perguntou, gesticulando para o homem na gravura.

– Ele... – Ela colocou a mão sobre o selo da vida. – Não precisa saber agora. – Ela respondeu suave, mas com uma expressão de sofrimento, ele ia continuar a questionar. – Resista. – Ela pediu e antes que pudesse perguntar, uma dor de cabeça forte se apossou de sua mente.

Não conseguia pensar por conta própria, a dor era insuportável, a dor de cabeça começou a aumentar até um ponto que ele tapou os ouvidos por cima da armadura. Ele começou a gritar, pedindo para aquilo parar. Ele sentiu uma pontada no peito e arfou, aquela tortura era forte demais. Ela disse para ele resistir, mas a dor é alta demais, é como se estivessem atacando sua mente e seus sentimentos ao mesmo tempo.

Começou a ficar confuso e com a mente alterada. A dor começou a parar, ele caiu arfando de exaustão, a dor insuportável finalmente acabou. Ele suspirou aliviado quando acabou.

– Deveria ter me avisado disso mãe... – Ele falou e soltou um barulho de surpresa. – Desculpa, eu... – Ele olhou para Hiana e viu ela de olhos arregalados em surpresa, nem ela mesma esperava por essa. – Mãe? – Ele fez de novo, e se deu um tapa mental.

– Eu... Sinto muito... Não sabia que isso ia lhe machucar tanto. – Ela falou suavemente novamente, ele estranhou um pouco, mas não respondeu. – Descanse, amanhã tentaremos de novo. – Ela falou e se direcionou a saída.

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Assim que pisou no coliseu, Emperius sentiu uma onda de energia batendo contra ele, a força não era hostil, ao contrario, ela pareceu o embraçar e acalmar todos seus nervos e tirar todas suas incertezas. Ele andou até no meio do coliseu e viu Hiana de costas para ele.

– Mãe? – Ele falou e novamente o tapa mental. – Quer dizer, Hiana. – Ele se corrigiu. Ela se virou para ele, um sorriso calmo e um olhar tranquilo, ele estranhou, mas não falou nada.

– Resista. – Ela pediu novamente.

O impacto mental veio mais forte, mas dessa vez ele entendeu a dor. Ela está atacando sua mente com os próprios sentimentos. Ela está testando ele, com o próprio poder. Começou a resistir, começou a lutar contra, criando uma barreira, mas logo a barreira foi comprimida por um ataque mais forte.

Ele começou a seguir esse ritmo até um ponto que não conseguia mais nem ouvir os próprios pensamentos. Ele viu Hiana sorrir para ele e soltar uma risada suave e de certa forma fofa. Ela fez um movimento com a mão e toda a dor desapareceu.

– O que foi isso? – Emperius perguntou.

– Isso foi Sentimental Afection. – Hiana respondeu. – Apesar de parecer fraco, isso altera seus sentimentos de tal forma, que torna sua mente fácil de invadir e destruir. Por isso pedi para resistir. – Ela suspirou. – Eu poderia mata-lo Emperius.

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– Isso é fácil. – Hiana falou, ela apontou para a árvore a sua frente. – Eu já lhe disse quatro vezes, concentre sentimentos bons e ressuscite a árvore. – Ela falou, ele a olhou como se ela fosse louca. Hiana suspirou. – Sentimental Life não é fácil. – Ela olhou para ele. – Eu sei que isso é difícil Emperius, pelo menos para você. – Ela olhou para o céu.

– Quantos anos você tem mãe? – Ele perguntou e se deu mais um tapa mental, isso estava começando a o irritar.

– Tenho 27 anos, querido. – Ela respondeu suave.

– Só 27 anos? – Ele perguntou e Hiana soltou uma risada.

– Como Auram sim, agora a sua idade... Isso seria por volta de... 27 mil anos. – Hiana respondeu e Emperius virou a cabeça.

– Tá velha, hein. – Ele falou e Hiana sorriu novamente.

– Tente outra vez. – Ela pediu.

Emperius começou a concentrar sentimentos e direcionou eles na árvore, acabou imaginando como seria se aquela planta tivesse vida e fosse uma pessoa. Ele fechou os olhos e imaginou uma mulher linda de longos cabelos loiros, e lindos olhos azuis profundos. Ele ouviu um suspiro alto, ele abriu os olhos e viu uma linda árvore de folhas douradas crescida. A árvore tem flores azuis que começaram a desabrochar, soltando um pó prateado que o rodeou e se dissipou em seguida.

– O que foi isso? – Ele perguntou.

– Isso foi o sentimento que chamamos de amor. – Hiana respondeu docemente, Emperius a encarou por alguns segundos.

– Sério, você nunca fica irritada? Está sempre falando calma e suave, isso é assustador. – Ele falou e viu a expressão triste dela. – Mãe? Algo errado?

– Me perdoe. – Ela apenas sussurrou desaparecendo no ar, como se nunca tivesse estado ali.

– O que eu fiz? – Emperius deu um tapa no próprio rosto. – Às vezes, pedir para que as coisas sejam mais fáceis, acaba apenas complicando elas.

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Hiana encarou o céu e sua expressão endureceu, com um aceno de mão, o céu ficou vermelho e o sol e a lua desapareceram. Ela fechou a mão em punho e as nuvens cobriram o céu completamente. Todos os Aurans olharam para o céu e começou a invocar seus elementos. Emperius viu que todos eles começaram a ficar em alerta, assim que ouviu o barulho de trovões, ele arregalou os olhos e correu para encontrar a Rainha de Auram.

– O que está acontecendo? – Ele perguntou assim que chegou nela.

– Ele está vindo. – Ela apenas respondeu. – Lembra-se da árvore que você ressuscitou? – Ela perguntou, Emperius assentiu.

– Faça o contrário, use Sentimental Death e mate-a, essa é sua magia da morte. – Ela passou do lado dele, Emperius ia falar algo, mas seu choque fora demais para abrir a boca.

A Rainha deixou de ter sua expressão amena, uma expressão fria tomou seu lugar, seus cabelos antes castanhos se tornaram negros e seus olhos antes azuis, se tornaram escarlates. Aquela não é a Hiana que ele conhece, ela é muito diferente. O lindo vestido de cetim também havia mudado para uma malha negra de batalha. Em sua cintura uma espada e uma faca e em suas mãos, um par de armas parecidas com pistolas.

– Aprenda a magia da morte. – Ela falou, sua voz havia mudado. Em vez da voz suave e gentil, uma voz fria e cruel. – Eu vou proteger meu povo. – Ela falou e passou por ele novamente, indo até a sacada do castelo. – QUE SEJA DESTRUIDO NOSSO INIMIGO! – Hiana gritou e o povo ergueu suas armas, ainda em silencio.

– Essa não é uma dimensão de paz? – Emperius deixou a pergunta escapar, Hiana sorriu para ele, ainda naquela forma sombria.

– Todos temos nossos segredos criança. – Ela falou e pulou da sacada.

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Emperius conseguiu matar a planta com facilidade, ele se surpreendeu como era mais simples matar do que revive-la. Mas sobrou uma ultima flor da qual ele pegou e antes que fizesse qualquer coisa, o vento a levou para longe de sua mão. Com um suave sorriso, ele olhou para o céu e viu que um raio prateado caiu e logo em seguida um dourado.

As nuvens se dissiparam e o céu ficou apenas vermelho, ele notou algo estranho, acima de tudo isso. Ele pode ver claramente Hiana voando, mas não entendeu, suas asas eram douradas. Douradas como o sol, sendo que sua forma era sombria como a noite.

Todos têm segredos. Ela havia lhe avisado, então ele olhou para o resto da árvore que um dia fora a mais bela que já havia visto. Mas ele ficou chocado ao ver o que estava lutando contra ela. Um homem usando uma capa para esconder seu corpo, mas ele reconheceu os chifres e principalmente a cauda com as asas.

– Terrakion? – Ele falou baixo.

Hiana defendeu o golpe de Terrakion com a bainha de sua espada, ela deu um giro rápido e deu um soco no rosto da criatura, evitando acertar o chifre. Ele desviou do soco e usou seu rabo para ataca-la. Hiana fechou as asas e caiu, evitando o ataque, ela voltou a abrir as asas e voo para a esquerda. Ela viu Emperius e sua expressão endureceu ainda mais.

Terrakion avançou nela, ela acabou sendo pega pelo golpe e jogada contra o chão. Logo se levantou e sacou sua adaga, embainhando e guardando sua espada. Uma energia sombria começou a emanar de seu corpo, ela flexionou as pernas e usou as asas para dar um impulso para frente.

Terrakion não esperava pelo golpe rápido e repentino, mas ele conseguiu segurar o braço de Hiana, ela usou a outra mão e segurou a mão de Terrakion, pulou por cima do braço dele e conseguiu usar o peso e a força dele contra ele, forçando ele a soltar e o jogando para o chão, derrubando algumas árvores. Ela trincou os dentes ao ouvir o choro distante de uma criança.

Ele se levantou e correu na direção dela, diferente dele, ela não abaixou a guarda achando que venceu, então conseguiu desviar, mas se arrependeu ao ver quem era seu verdadeiro alvo. Em um golpe de desespero, conseguiu ficar na frente de Emperius, e ele acertou Hiana no peito, sua mão atravessou ela e ela tossiu sangue, um sangue vermelho com um brilho dourado.

– Eu posso simplesmente mata-la. – Terrakion falou e ela sorriu.

– Me destrua que eu levo você junto. – Ela falou e segurou o braço dele com as duas mãos, Emperius caiu no chão atrás dela em choque. – Eu sou Zephyra Cleaver, o Demônio dos Elementos. – Hiana sorriu de canto e sua aura sombria começou a se prender em Terrakion. Ele começou a tentar se soltar, mas a aura dela havia se agarrado a ele.

Quando ele fez ela soltar seu braço, já era tarde, um portal se abriu e ela o jogou dentro dele. O portal se fechou e o céu ficou azul outra vez, ela caiu de joelho e começou a tossir sangue, o ferimento em seu peito deixou de existir.

– Você está bem? – Emperius perguntou, vendo ela voltar ao normal.

– Quase... Ele acertou minha fagulha. – Ela tossiu mais uma vez. – Se ele tivesse tirado o braço depois que me acertou, eu estaria morta, eu o segurei tempo o suficiente para recuperar ela... E o bani. – Ela suspirou. – Minha sorte... Que ele... Estava enfraquecido. – Ela suspirou cansada.

– Por que me protegeu? – Emperius perguntou.

– Por que...? – Hiana se virou para ele e sorriu, ela se levantou, com a mão no lugar que Terrakion a acertou. – Eu nunca vou permitir que matem uma de minhas crianças.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado do capítulo! Eu realmente trabalhei bastante nele, fiz o capítulo enquanto ouvia Lugia Song (que por alguma razão...).
Mereço Reviews? =3
Ja nee!



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