— Meu pai? Ryan Valesnki? — Gargalhei. — Ele cansou de Tonki? (Cidade fictícia.)

— Não... Ele está só de passagem, vem te apresentar Caroline. E te convidar pra alguma coisa...

— Quem é Caroline? — Perguntei intrigada.

— A noiva dele. — Ela disse revirando os olhos.

— Mãe...

— Oi?

— Você está morrendo de ciúmes! Hahahaha. Você ainda gosta dele?

— Gostar não. Mas sinto carinho e ciúme também. Agora vai se arrumar, ele já deve estar chegando.

[...]

Ding Dong

Eu estava nervosa. Havia um bom tempo que eu não via meu pai. Meus pais se separaram quando eu tinha 10 anos e foi bem estranho por que eles me esconderam toda a frustração do relacionamento por 2 anos, e aí quando a bomba explodiu foi um baque pra mim. Foi muito difícil conseguir superar tudo. Pelo menos ele não me abandonou, sempre vinha me visitar e tudo. Só que há 3 anos ele se mudou pra Tonki que fica bem longe da minha cidade Consulit (Cidade Fictícia.) e só dava pra eu ver ele nas festividades de fim de ano. E agora ele me vem com Caroline... Acho que ele ficou com medo de me falar dela na ultima visita. Minha mãe foi abrir a porta e lá estava ele, Ryan. O lindão, meu pai.

— Oi Luísa. Você continua linda como sempre. — Ele a abraçou.

— Oi Ryan. Tudo bem?
— Tudo ótimo. Essa é a Caroline. Caroline, essa é a Luísa, minha ex-esposa.

— Princesa! — Ele disse vindo em minha direção me entregando um pequeno buquê das minhas rosas favoritas.

— Pai! Que saudade! — O abracei.

— Pequena... Essa é Caroline. Minha noiva.

Caroline era realmente muito fofa. Estava vestida para uma ocasião muito formal, mas sua cara mostrava que ela não era nada do que sua roupa tentava nos dizer. Ela tinha cara daquelas mulheres completamente malucas, tipo a minha mãe. Caroline era fofa e aparentava ter um parafuso a menos na cabeça, mas diferente de minha mãe Caroline era muito bem sucedida. Ela era empresária e pelo que parece conheceu meu pai em um novo projeto que eles estavam fazendo. Meu pai era Chef de Cozinha, um dos melhores do país eles estavam abrindo uma franquia do Charloutte, seu restaurante, em outro país e acho que em alguma dessas milhares de viagens, se apaixonaram.

— Oi, então você é a famosa Melissa? — Ela me deu aquele típico dois beijos. — Você é mais bonita do que nas fotos.

— Ah oi! Você é Caroline, certo? Muito obrigada. Você também é muito bonita. Meu pai tem bom gosto para mulheres. — Disse olhando para minha mãe e depois para ela.

— Realmente! Luísa também é muito linda. Assim vou ficar com ciúme. — Ela riu.

— Que isso boba. Ryan é totalmente fiel. Não o deixe escapar... — Minha mãe piscou. — E aí, vamos jantar?

[...]

Durante o jantar conversamos sobre muitas coisas e resultado: Eu estava certa. Faltava uma meia dúzia de parafusos na cabeça de Caroline, mas ela era muito divertida e se deu muito bem com minha mãe.

— Então... Vim aqui pra te convidar para ser uma dama do nosso casamento. — Meu pai disse animado.

— E quando vai ser o casamento? — Perguntei.

— Daqui a dois meses.

— Quero sim pai! — Disse levantando e o abraçando.

— Que bom, querida! — Caroline disse. — E vocês podem ficar hospedadas lá em casa... Reservo dois quartinhos para vocês.

— Para vocês? Não precisa... — Minha mãe disse envergonhada. Apesar dela não amar mais meu pai, não se sentia confortável com essa ideia de vê-lo casando com outra.

— Que isso Luísa. Faço questão que você vá. — Meu pai disse.

— Ai... Tudo bem. Eu vou.

Depois do jantar meu pai ficou mais um tempo conosco conversando na sala, depois disse que iria ficar mais uns dias na cidade e que depois voltaria para Tonki. Depois que ele foi embora, conversei um pouco com a minha mãe sobre a viagem que exagerada como só ela consegue ser falou um monte de bobagem que me fez rir, mas decidi ir dormir logo porque no outro dia eu teria escola.
Dormi bem pesadamente e acordei atrasadíssima. Tomei um banho ultra rápido, vesti meu uniforme, prendi meus cabelos num coque mal feito, passei um rímel, um blush e desci ao encontro da minha mãe que também estava atrasada para o trabalho.

— Querida! Vem, não vai dar tempo de você comer aqui em casa. Te dou um dinheirinho a mais pra você comer alguma coisa na escola ok? — Minha mãe disse apressada.
Entramos no carro, ela me deu o dinheiro e enfim partimos.

[...]

— Então galera, como eu havia dito esse é o cara da empresa de festas que vai organizar a festa para arrecadar fundos e futuramente o baile de formatura de vocês ok? A festa será daqui a 3 semanas! — O professor disse.

O cara da empresa começou a dar umas dicas pra festa e no final o terceiro ano podre como só ele consegue ser escolheu o tema mais clichê do mundo: Festa à fantasia. Seria pago e cada formando deveria vender no mínimo 10 convites.

No geral a aula foi normal, no intervalo todos já estavam sabendo da minha briguinha com a Megan e todo mundo estava comentando sobre o feriadão.

Depois da aula, como combinado fui almoçar com o Jake. Só passei em casa para tomar um banho e pegar dinheiro. Depois nos encontramos no restaurante de comida caseira preferido do Jake a: Casa da Joanne.

— Oi. — Ele selou rapidamente nossos lábios.

— Estou morrendo de fome, pede qualquer coisa pra mim aí. — Eu disse.

— Já pedi. O mesmo que o meu. — Ele sorriu.

Ficamos conversando por algum tempo durante o almoço até eu enfim perguntar:

— Você disse que precisávamos conversar. Bom... Estou toda a ouvidos para você. — Eu disse com um singelo sorriso no rosto.

— Acho que eu nunca te falei isso, mas sou apaixonado por você desde a sétima série. — Ele riu e ficou vermelho quando eu olhei sem graça pra ele rindo também. — Não ri de mim. É sério! São quase 5 anos de segredo.

— E porque você nunca me falou?

— Porque quando eu ia te falar, o Brian chegou primeiro e começou a ficar com você. Por isso que eu o odeio tanto. Ele ouviu eu falando com o Louis sobre o que eu estava anhh... Sentindo.

— Se você tivesse me falado, talvez tivesse sido diferente Jake. Eu já gostava de você há algum tempo, só não queria admitir pra não me machucar.

— Então... E quando eu resolvo dizer que te amo — Ele disse pegando na minha mão. — Você retribui o mesmo sentimento e, como essa é a primeira vez na qual estou apaixonado de verdade Lisa... Queria te perguntar uma coisa. — Ele disse tirando sua mão da minha e pegando uma coisa no seu bolso. — Você quer anhh... Namorar... Comigo? — Ele disse envergonhado ao me mostrar um pequeno colar em forma de coração que era um mini porta retratos. Dentro tinha uma foto nossa juntos quando pequenos e, uma foto nossa já atual. Olhei para ele com os olhos brilhando e então dei minha resposta:

— É claro que eu aceito ser a tua namorada. — Jake me beijou e fomos embora.

Depois do almoço ele ficou lá em casa comigo pra assistimos a uns filmes. E é claro que em certo ponto do filme as coisas foram ficando mais quentes e os beijos mais intensos e... A porta abre e minha mãe chega cheia de sacolas do mercado. Era incrível como sempre que estamos em um clima gostoso, alguém nos atrapalhava.

— Lisa? Cheguei. — Ela gritou da porta.

— Oi mãe... — Eu disse gritando de volta enquanto jogava minha cabeça entediada para trás. Jake riu da situação e me beijou.

— Aproveito pra te pedir em namoro pra ela e é claro, bater um rango. To morto de fome. — Ele disse indo em direção à cozinha.

— Você só come Jake! Que horror. — Eu disse rindo.

— To afim de comer outra coisa que... Hum viu Melissinha. — Ele disse me analisando dos pés a cabeça. Olhei horrorizada pra ele e joguei uma almofada na sua cabeça.

— Doente! HAHAHHAHA.

— Ah, Oi Jake. Não sabia que tinha visitas aqui hoje. — Minha mãe disse o abraçando.

— Pois é. Vim acompanhar a Lisa e perdi a hora... Vou aproveitar para falar com a senhora de uma vez daqui a pouco.

— Tudo bem querido. — Ela sorriu e quando ele virou para mim, ela começou a passar a mão no próprio pescoço indicando que havia visto o colar. Depois começou a gritar sem voz pra mim muito animada. Quando Jake a olhou novamente, ela se portou como uma mulher sã e sorriu pra ele. — Quer ficar para o jantar querido?

— Opa. — Ele disse enquanto a seguia até a cozinha.

Ajudamos minha mãe a preparar duas lasanhas para o jantar e depois jantamos.

— Tia Luísa, eu tenho algo pra te falar e pra... Te pedir. — Jake disse com um pequeno sorriso nos lábios.

— Pode falar querido. — Ela disse sorrindo pra mim animada.

— Então... Eu pedi a mão da Melissa em namoro. — Ele me olhou rindo e pegou na minha mão. — E eu gostaria de pedir a mão dela em namoro a você. — Ele sorriu pra ela enquanto aguardava resposta.

— Não. — Ela disse séria arqueando a sobrancelha.

— Não? — Dissemos ao mesmo tempo assustados.

— Não... Não tem problema seus bobinhos. — Minha mãe disse enquanto ria descontroladamente. Não rimos apenas a observamos assustados.
— Ah... Qual é, teve graça. — Ela disse sem graça. Rimos da carinha dela e fomos a abraçar.

Depois do jantar o Jake ficou mais um pouco lá em casa e até insistiu pra poder dormir, mas minha mãe não deixou, claro! Contei pra ele do meu pai, Caroline e o casamento e meu pai também me ligou a noite perguntando se eu não gostaria de almoçar com ele e Caroline no outro dia.

— Ei, amanhã eu passo aqui cedo pra irmos juntos de carro pra escola ok? — Ele disse selando nossos lábios.

— Tudo bem. — O beijei e puxei de leve seu lábio. — Te amo bobo. — Sorri enquanto encostava minha testa à dele.

— Te amo mais. — Ele me beijou e então saiu.

Depois do Jake ir embora, ajudei minha mãe a arrumar a cozinha, depois subi e resolvi mexer um pouco no computador. Entrei no meu facebook e tinha uma mensagem privada do Brian.

Brian Scoledario. (Disse às 14h15min): Oi Lisa. Então, fiquei sabendo pelo Louis que eu bebi demais e acabei falando que te amava. Eu não estava brincando, eu estou realmente apaixonado por você. Me desculpe pelo vexame. Me desculpe por tudo, quero conversar com você pra te contar direitinho tudo o que sinto. Então... Tchau.

Sinceramente? Eu ri um pouco dessa mensagem. O Brian já estava me enchendo à paciência com essa história toda. Resolvi responder pelo facebook mesmo para não o encher de esperanças.

Melissa Antônnietai. (Disse às 22h30min): Brian, queridinho. Nossa época já passou. Você teve mais do que quatro meses pra me pedir em namoro, mas não. Você preferiu ir fazer intercâmbio do outro lado do mundo ao invés de ser homem e ficar comigo. Não vamos nos encontrar, desculpe ser grossa, mas eu não te amo. E estou namorando agora. E aposto que meu namorado não vai querer saber de encontros nossos para podermos resolver sobre ‘seus sentimentos’. Espero que você possa compreender isso mais que demais. Então... Adeus Brian.

Fiquei mais um tempo vagando pelas redes sociais até me cansar e resolver ir dormir. Dormi muito bem e me despertei um pouco mais cedo para poder me arrumar a tempo do Jake ir me buscar. Tomei um banho relaxante, vesti meu típico uniforme com uma bermudinha da escola. Coloquei meu vans classic preto, sequei meus cabelos com o difusor. Peguei meu moletom da escola, meus materiais e desci para o café.

— Que milagre é esse você acordada 20 minutos antes do sinal da escola bater? — Minha mãe riu enquanto arrumava uns papeis dentro da sua bolsa.

— Cala essa boca mami. — Eu disse rindo enquanto pegava umas torradas com café para comer.

Depois de ter terminado de comer, subi escovei meus dentes e quando pensei em sentar no sofá o Jake buzinou no lado de fora me indicando que havia chegado.

— Tchau mãe! Vou com o Jake hoje. — Gritei.

— Tudo bem querida! Nos vemos a noite. Ah, seu pai vai te buscar na escola hoje com a Caroline ok? — Ela gritou de volta antes de eu sair de casa.

Sai e lá estava ele, encostado a porta do passageiro cheio da sua marra de cafajeste me esperando.

— Bom dia princesa. — Ele sorriu pra mim enquanto me aproximava.

— Bom dia. — O beijei.

— Preparada para entrar na escola como a mulher do senhor Jacob Lukerman? — Ele disse todo cheio de si.

— Ih... Cala essa boca Jake. — Gargalhei.

Ele selou rapidamente nossos lábios e abriu a porta do passageiro para mim.
Depois de uns 10 minutos chegamos à escola, Jake foi todo cavalheiro. Desceu, abriu a porta pra mim e adentramos a escola juntos de mãos dadas.

— Oi Jake... — Disse uma vadia qualquer que eu não conhecia. — Oi Melissa. — Ela sorriu falsa pra mim. — Jake gatinho, o que você acha de passar na minha casa hoje à tarde? Vai ter outro grupinho de estudos sabe? — Ela disse se insinuando para ele. Arqueei a sobrancelha para ele aguardando a resposta.

— Desculpa Mariah...

— É Rachel. — Ela disse safada.

— Rachel. Não posso... Minha namorada é muito ciumenta.

Rachel gargalhou e gargalhou muito alto. Uma risadinha estridente sabe? E aí fica uma dúvida: Porque putas tem voz estridente? Argh.

— Você? Namorando? Por favor né Jacob, se você não quer é só me falar gatinho... A gente marca pra outro dia.

— Mas eu to namorando. — Ele disse sério.

— E quem é a vadia? — Ela disse irritada.

— Eu. Eu sou a vadia e mais respeito. De pessoas como você... — A olhei dos pés a cabeça. — Eu EXIJO respeito.

— Melissa... Conta outra. Todo mundo sabe que vocês são só melhores amigos.

— E melhores amigos por acaso fazem isso? — Jake me agarrou e me deixou de frente a ele. E então, me beijou. Foi um beijo rápido porque o porteiro disse que se não parássemos com aquilo ele chamaria a diretora para “Apagar nosso fogo”.

— Mas... Mas...

— Mas nada Rachel. Eu tenho namorada e não pretendo a trair nunca. — Ele selou nossos lábios e começou a andar em direção a nossa sala.

— Você é um fofo.

— Eu sei — Ele disse cheio de si.

— Espero que cumpra o que disse otário. — Soquei de leve o braço dele e depois selei nossos lábios rapidamente.

Quando chegamos em frente da sala de aula, Lizzie nos parou e começou a periquitar como sempre faz.

— EU SABIA!

— Sabia o que louca? — Eu disse assustada.

— Que vocês se amavam... Eu sabia. — Ela disse com os olhos brilhando.

— Pois é. — Jake disse meio assustado.

— Jake.

— Oi?

— Se você magoar ela... — Ela chegou bem perto dele e sussurrou. — Eu corto teu pinto.

— Porra Lizzie. — Ele disse assustado.

— Tô falando sério! Agora me da minha melhor amiga.

— E se eu não quiser? Ela é minha namorada.

— Mas ela é do comitê do baile, querido. Tem reunião agora.

— Deixa amor... Vou com ela. — Eu disse antes de beijá-lo.

— Te vejo no intervalo? — Ele perguntou.

— Claro. — Sorri e segui com a Lizzie para o auditório.

A reunião era apenas para o comitê que eram 10 pessoas no total. Foi uma reunião complicada, pois estávamos decidindo coisas para a festa à fantasia e para o baile do fim do ano. Ficamos o dia inteiro na reunião fazendo planos e orçamentos já que a escola trouxe novamente o cara da empresa de eventos que veio com um monte de orçamentos para avaliarmos qual seria melhor. Ficou faltando apenas decidir qual seria o tema do baile de formatura, porque de resto tudo ficou acertado. Saímos apenas para o intervalo (na qual passei o tempo toda grudada no meu namorado) e na hora de ir embora mesmo.

— Quer almoçar comigo de novo? — Jake me perguntou na saída.

— Não vai dar amor. Vou almoçar e passar essa tarde com meu pai e com Caroline.

— Quem é Caroline?

— A noiva dele.

— Tio Ryan vai casar de novo? — Ele disse meio histérico.

— Vai Jake. Já te falei garoto. — Disse assustada. — Se acalma. Olha ele aí! — E então meu pai exibido parou em frente a minha escola com seu xodó SS prata, linha 2012.

— CARALHO MELISSA, teu pai tem um Camaro? Amor... O que você acha de pedir pra ele me levar pra almoçar com vocês? — Ele disse implorando.

— Não! — Gargalhei. — Depois a gente se fala, te amo! — Sai correndo em direção ao meu pai.

— Oi princesa. — Meu pai disse enquanto beijava minha testa.

— Pai, você tem dois carros na garagem e resolve vir justamente com esse. Fala sério! Exibido.

— Três.

— Ãnhh?

— Três. Eu tenho três carros. Esse é novo. Meu xodó. — Ele disse enquanto beijava o teto do carro.

— Você é estranho. — Gargalhei. — Oi Caroline! — Eu disse dando aquele típico dois beijos nela.

— Oi querida. — Ele retribuiu os mesmos.

— Então... Vamos? — Meu pai disse dando partida no carro.

Almocei e passei a tarde com meu pai e com Caroline vendo coisas para o casamento e coisas para mim. Contei pro meu pai sobre Jake e, ele ficou surpreso uma vez que ele pensava que Jacob fosse gay. Realmente, havia muito tempo que meu pai tinha se mudado para Tonki. Depois ele me levou para jantar e perguntou se eu não queria passar uns dias na casa dele antes do casamento e é claro que eu aceitei. Ficar na casa do meu pai era ótimo. Ficava ao lado do lago Grimmand e meu quarto tinha uma vista muito linda.

O restante das duas semanas que antecediam a festa se passou muito rápido e monotonamente e quando eu vi já era noite de sexta-feira. Jake e o comitê do baile estavam na minha casa vendo os últimos detalhes para a festa que seria no sábado. E pelo visto seria um sucesso já que não havia mais convites para serem vendidos, nem do dia da festa.

— Então acho que é só isso galera. Sábado de manhã e pela tarde estamos convocados para ajudar a empresa de festas a organizar a festa do jeito que queremos ok? — Hannah, a presidente do comitê nos informou.

— A que horas Hannah? — perguntei.

— Às 8h. — Houve uma reclamação coletiva, 8h era muito cedo para nós meros mortais.

— Sem reclamação galera. Há muito que fazer, 8h é muito tarde ok? — Ela disse bufando.

— Tudo bem Hannah. TODOS nós estaremos lá, sem exceções Lizzie. — Disse olhando para ela que mantinha a mão levantada para com certeza pedir uma autorização para não ser obrigada a ir às 8h.

— Você é super chata Lisa. — Ela disse emburrada.

— Também te amo. HAHAHA.

— Ok galera, quem quiser carona estou indo embora. — Hannah disse.

— Eu também! Estou com o carro do Brian, irmão do Louis. — Todos foram embora de carona com elas e ficamos apenas eu e Jake lá em casa.

Pedimos uma pizza já que minha mãe passaria a noite fora para uma “noite das mulheres” com umas amigas do escritório. A pizza chegou, comemos e então decidimos ir ver um filme e, como nós nunca conseguimos terminar de assistir a um filme, com menos de 10 minutos já estávamos num amasso sensacional no sofá.

— Acho melhor a gente parar. — Jake disse.

— Por quê? — Perguntei irritada por ele ter cortado tudo.

— Por que você... Nãovaiquerercontinuareaieuvouficarnanecessidadeemuitochateado.

— O que você disse? — Gargalhei.

— Você vai me deixar na vontade Melissa. Igual na praia e igual vem sendo nos últimos dias. — Ele disse realmente chateado.

— Amor...

— Fala.

— Mas, eu realmente quero. — Ele arregalou os olhos e finalmente ficou histérico.

— Você está falando sério

— To falando muito sério Jacob. — Gargalhei.

Ele calmamente começou a me beijar, todo cuidadoso como se aquela fosse à primeira vez de ambos. Não existia toda aquela pressão, nem vontade exagerada de sexo entre nós dois, era realmente tudo muito calmo e carinhoso. Jacob era além do cafajeste que eu sempre pensei que ele fosse. Jake era acima da média até para o garoto mais romântico que eu já havia conhecido. Ele me pegou com muito carinho no colo e subiu em direção ao meu quarto.